— Por favor, Tae. — Jimin pedia segurando em meus ombros com um sorrisinho travesso e feição dócil, prova do quanto ele queria me convencer.
— Eu não sei…
— Por favor, pensa com carinho. — e o menor continuou insistindo. Estávamos eu e ele caminhando pelo pátio do colégio, e enquanto conversávamos, eu esperava Jungkook aparecer.
Às vezes ele demorava um pouquinho e isso nunca foi um problema, porém logo hoje que Jimin está da pá virada o Baby resolveu fazer hora dentro da escola.
— É muito importante para mim. Você é meu melhor amigo e o Hobi é quase meu namoradinho. — o Park falou, exibindo seu semblante mais pidoncho. Eu tenho um melhor amigo muito fofo, bochechudo e cheio das estratégias. — Eu quero que vocês sejam amiguinhos.
— Mas nós já somos amiguinhos. — declarei.
— Vocês são no máximo coleguinhas.
— Nada a ver. — havia achado aquilo ofensivo. Onde já se viu rebaixar minha amizade com o Hoseok? — Eu até fiz ele te levar no exame naquele dia. Você deveria me agradecer.
— Você fez aquilo porque é cara de pau, não porque vocês são amigos.
— Ai, Chim… Que besteira.
— Besteira é tu estar negando até agora.
— Eu só não quero ficar de vela. — sair com Jimin não seria nenhuma novidade, todavia, tinha esse porém.
— Você não vai ficar de vela!
— Ah, te conheço, eu vou sim.
— Então chama o Jungkook! — o loiro sentenciou como se tivesse tido a melhor das ideias, com direito a lampadazinha das ideias flutuando sobre sua cabeça e tudo mais.
Com tudo mais eu quis dizer risos de minha parte. Muitos risos.
— Ele vai não querer ir. — obviamente.
— Por que não? — perguntou desgostoso. — Ele tem algo contra mim?
— Não! Quer dizer, eu não sei. — ri, o Jeon tinha seu jeitinho encabulado, eu não teria como saber certamente. — Mas ele não vai querer ir.
— Poxa… Tenta conversar com ele, Taehyung.
— Irei ver, Chim. Mas não prometo nada. — fui sincero. Até porque, quando um não quer, dois não fazem. Quando dois não querem então…
Eu não queria, Jungkook também não ia querer. Seria portanto, muito improvável. E mesmo se o Baby quisesse e fosse, ficaríamos eu e ele de vela. Não é como se algo fosse acontecer.
— Jungkook é difícil com você e você é difícil comigo. — o mais velho lamuriou com um bico nos lábios.
— Oh judiação… — brinquei e puxei o Park para um abraço. Quando o assunto era manha Jimin e cerejinho eram farinha do mesmo saco.
Abracei meu hyung por mais algum tempo, até que vi o Jeon saindo todo pimposo pelo portão da instituição. Ele tinha um cachecol escuro no pescoço e estava a coisa mais fofinha.
— O Gukkie está vindo. — disse e me separei do abraço. — Depois eu falo com ele sobre isso, okay?
— Okay, fale mesmo. — Jimin complementou e se virou para Jungkook no momento em que este parou perto de nós. — Olá, GukGuk!
A carinha de perdido que o moreno fez devido ao cumprimento foi ótima e após algum tempo fitando-me questionador, sorriu de volta.
— Oi? — a resposta que ele deu foi praticamente uma pergunta, esse Baby é um fofo mesmo.
— Oi! — Jimin repetiu. — E agora tchau! Não esquece do coiso lá, Tae. Tchau.
E então o Park se foi, saiu todo saltitante e alegre na direção oposta. Alegre por esperar um possível “sim” vindo de mim. Admito que eu raramente negava algo a ele e assim o hyung se tornou mal acostumado.
— Ele me chamou de GukGuk?
— É doido. Ignora. — falei por fim, pegando a mão do meu ‘saeng e rumando a rua com ele. — Você demorou…
— Eu passei na secretaria. Estou pensando em voltar para o clube de artes.
— E esse retorno tem a ver com o painel? — questionei sorrindo. Ficaria feliz em vê-lo se reabituando a seus hobbies.
O Jeon comprimiu os lábios e lançou um olhar cínico ao céu, depois de um tempo balbuciando um “talvez”. Palavrinha esta que me deixou contente por pensar que eu tinha participação nisso, nem que mínima. Sentia-me íntegro por tê-lo incentivado a retornar com o panorama.
— Apoio sua volta Baby, mesmo que eu não saiba o porquê de você ter saído…
— Meio que desanimei também. Quando desanimei com o painel, desanimei com tudo.
Se antes eu ficaria feliz caso o mais novo retornasse ao grupo, agora faria total questão de encoraja-lo. Queria demonstrar meu suporte. Não fiquei nada contente com a explicação cabisbaixa e muito menos com Jungkook, que havia ficado todo jururu enquanto me contava o tal motivo.
— Eu realmente acho que você deveria voltar! O Daddy quer te ver animado e fazendo muitas artes por aí. — Jungkook por si só já era uma arte. — Pense direitinho e volte somente se achar que se sentirá bem.
— Farei isso. Mas é só um clube, não é para tanto. — o mais baixo menosprezou minha preocupação.
— Seu desânimo não é brincadeira, Baby. — exprimi, dando uma leve cutucada na cintura do menor. — É sexta-feira, não é? Os encontros do clube de artes. — o garoto assentiu. — Mesmo dia e horário do clube de teatro.
— Que você saiu. Eu deixei um clube, você deixou outro.
— Não deixei o clube de teatro, Baby.
— Não?
— Não. O clube foi suspenso pela má infraestrutura da sala, no dia que um pedaço do teto quase caiu na cabeça do Minjae durante um ensaio.
— Nossa… Eu não sabia. — Jungkook murmurou surpreso.
— Pois é. A diretora decretou que só podemos voltar com as reuniões quando a sala for reformada, mas a verba que cobre os clubes é dividida integralmente entre todos eles e isso nos deixa sem dinheiro para fazer uma reforma tão grande. A sala está bem velhinha… — apesar disso, eu possuía boas lembranças do local. Estudava no colégio desde pequeno e participava do grupo desde o 6º ano. — A professora Sun Hee que é a inspetora e ela está tentando convencer a coordenação a nos deixar ensaiar no anfiteatro, porém já tem alguns meses que o clube foi suspenso e até agora nada.
— E você e os outros membros não marcam de se encontrar para ensaiar ou algo assim?
— Às vezes a gente tenta, mas é complicado. Não sei quantos integrantes tem no clube de artes mas no de teatro tem 18. É difícil reunir todo mundo.
— Não tem tanta gente assim no de artes mas até que é legalzinho.
— Eu ainda acho que você deveria voltar, bebê. — lancei um sorriso ao garoto e soltei sua mão. Se ele trajava um cachecol era provável que estivesse com bastante frio e beirando aquecê-lo um pouquinho, passei meu braço por seus ombros.
Foi quando constatei que havíamos chegado na esquina que levava até a rua da banquinha. Era um caminho ou outro, ou seguiríamos reto ou passaríamos para a rua de trás.
— Quer um pirulitinho hoje também? — no instante em que o Jeon abriu aquele sorrisinho amarelo cheguei à conclusão de que não deveria nem ter perguntado. Era óbvio. — Certo, então vamos por aqui.
Guiei Jungkook e assim fomos para a rua portadora da pracinha, caminhando até nossas casas após mais um presentinho que eu havia dado a ele.
[-]
Quando chegamos na residência do menor eu já ia me afastando e preparando-me para me despedir. Não esperava que ainda fosse ficar com o Jeon, até que o mesmo soltou um pigarreio.
— Não quer entrar para conhecer o gato? — e mais uma vez o Baby me surpreendeu. Um convite inusitado.
Mas quem seria eu para negar algum tempinho com Jungkook? Ou para negar conhecer o novo integrante da família Jeon?
— Claro.
Segui o mais novo até o andar de cima sem deixar de passar meus olhos por todos os cantos da sala, o gatinho poderia estar ali afinal.
Entretanto, anulei essa possibilidade ao encontrar a porta do quarto do Baby fechada. Parece que acertei quando disse que o felino dormiria com ele.
Jungkook girou a maçaneta e novamente meus orbes seguiram curiosos, fitei um primeiro cantinho no cômodo, os travesseiros no colchão e até o assento da escrivaninha. Nada.
Estava prestes a perguntar sobre o animal quando ouvi um miado tímido e minha atenção foi parar no chão, na caminha marrom e felpuda que se encontrava ali. Jazia próxima ao tapete acinzentado na beirada da cama e havia um consistente cobertor vermelho sobre o objeto.
Mas não era bem nele que o gato estava enrolado. O bichano pequeno parecia mais interessado em rolar pelo tapete e cravar as unhas no tecido.
— Você saiu da cobertinha de novo, gato. Um frio desses. — a voz do Baby se fez presente no ambiente ao passo que ele dirigiu-se até o felino. — Are you crazy?
E foi então que um riso soprado escapou de minha boca. Jungkook com um gato, conversando com ele e ainda por cima em inglês. Não existia coisa mais adorável.
— Are you crazy? — repeti risonho, me posicionando ao lado do moreno e só agora analisando o animal com mais vigor.
A bola de pelos era uma confusão de cinza e branco, a cor mais clara se destacando pela barriguinha e pelas patas. O nariz era escurinho, os pequenos olhos eram azul-acinzentados e o gato contava com bigodes brancos. Além de ser minúsculo, miudíssimo.
— Meu Deus, ele é um nenis.
— 4 meses. — murmurou o mais baixo, pegando o filhote em suas mãos e seguindo com ele até sua cama. — 4 meses de pura decepção.
— Tadinho, Baby. Não fale assim. — repreendi, assistindo-o deitar no acolchoado e colocar o gato um pouco acima de sua barriga.
— Mas é a verdade. Esse tribufu saiu da cobertinha que arrumei para ele umas 5 vezes, se remexeu a madrugada inteira, soltou as garrinhas nervosas em mim e como se não bastasse, mia, mia e mia. — e meu Baby é uma comédia mesmo. Proferiu tudo afrontando o bichano com o olhar. — Gato, por que tu mias?
— Vai ver ele está com fome.
— Não. Eu enchi a vasilha dele hoje de manhã quando saí e a minha mãe disse que viria aqui por comida antes de ir trabalhar.
— E o tio? — indaguei, sentando-me ao lado do Baby na pontinha que ele me havia deixado. Estava intrigado para saber qual foi a atitude do homem depois de tanto insistir no animal de estimação.
— Está louco. Saiu andando com o gato para cá e para lá. Fez questão de “apresentar o novo lar”, mesmo que a gente tenha decidido que ele vai ficar aqui até crescer o suficiente para não se perder pela casa. — bravo eu já sabia que Jungkook não estava pois tinha posto o bicho estirado por cima de seu corpo, contudo, ele também não parecia a pessoa mais contente com as novidades. — E ele ficou encarregado de trocar a caixinha de areia, mas já vi que o trabalho duro vai sobrar todo para mim com Gatolino morando no meu quarto.
— Gatolino? Mas o nome dele não era Steve?
— Que Steve o quê, isso não é nem nome de gato. — cerejinho contrapôs com indiferença. — E se sou eu quem vai cuidar dele, significa que ele é meu. Eu escolho o nome.
Simpatizei com sua birra, seria divertido acompanhar a história do gato de nome incomum. Para inventar algo como Gatolino a pessoa tem que ser no mínimo meio inovadora, para não dizer biruta.
Mas Jungkook era o birutinha mais lindo. Lindo e que me fornecia várias ideias com suas falas.
— Se eu prometer cuidar ti, você aceita ser o meu gatinho? — e o menor ficou exasperado por eu ter conseguido xaveca-lo tão repentinamente e encarou-me com tédio. No entanto, diferente do que eu imaginava, ele não reclamou. Muito pelo contrário.
— Vou pensar no seu caso.
— É sério?
— Não. — riu, possivelmente da minha cara de espanto. — Não sei nem porque você ainda acredita.
— Poxa, Baby. — lamentei, havia sido ludibriado. — Você deixa o Daddy tão triste… Faz meu coraçãozinho doer.
E foi aí que cerejinho gargalhou. Ele riu tão airoso que eu gostaria de tê-lo acompanhado, mas isso seria o mesmo que rir da minha própria desgraça, portanto permaneci empenhado em meu rostinho tristonho.
— Que maldade.
— Desculpa. — intermediou com uma voz doce. — O Baby não quer ser mau com o Daddy.
— Não? — Jungkook negou. Não parece, é o que eu gostaria de dizer, porém optei por entrar em seu joguinho. — Sabe o que o Daddy quer?
— Se você responder beijo…
— Não é isso. — bufei com o arquear de sobrancelhas desacreditado que o mais novo me direcionou. — Bom, também… Mas agora é outra coisa.
— O que?
— Antes de falar, eu posso fazer carinho na sua barriga? — indaguei casualmente e o menor me olhou todo estranho. Qual é? Seria só um carinhosinho. Eu vi Jungkook deitadinho alisando o Steve e fiquei com vontade.
— O que…?
— Carinho, Baby. — proferi novamente. — Posso?
— Eu não sei. Acho que sim? — achei graça da confusão do mais novo e enfiei minha mão por debaixo de sua blusa do uniforme. Ele havia permitido.
— Sua pele é tão quentinha… — comemorei com um sorriso ao entrar em contato com a epiderme morna e aveludada.
— E você é tão esquisito... — articulou no mesmo tom.
— Certo, vou falar o que eu queria. — iniciei, começando também com movimentos circulares na barriguinha do moreno. — Então, é que o Jimin está com um namoradinho novo e ele quer muito que eu saia com eles para nós ficarmos mais próximos. Achei desnecessário uma vez que eu e o Hobi já somos amiguinhos, mas enfim… Eu não ‘tô a fim de ir e ficar segurando vela. Falei isso ao Jimin e ele sugeriu que eu te convidasse para ir com gente. — finalizei a explicação. — Foi ele, okay? Juro que não foi ideia minha. Mas sei que ele vai ficar me aporrinhando e que eu vou terminar indo. Então, Baby, vai comigo por favor?
— Nossa… — Jungkook se impressionou, porque convenhamos, eu falei demais.
— É, eu sei. Muita informação. Porém caso você aceite, prometo ser bonzinho e vou fazer o máximo para ser um rolê legal. — tentei soar o mais convincente e gentil possível, quem sabe assim eu não consigo amolecer o coraçãozinho de pedra do Jeon. — E te dou um presente!
— Você já me dá presente todo dia.
— Um presente que você queira.
— Ah. — o murmúrio foi tudo que tive como retorno.
— O que me diz? Topa?
— Hm… — ele pensou um pouquinho, deixando certo suspense no ar. — ‘Tá, eu topo.
— Mesmo? — eu não consegui acreditar, Jungkook aceitou até mais rápido que eu quando Jimin me chamou. — Fácil assim?
— Era para eu ter negado? — questionou entre risos.
— Sim. Quer dizer, não… — cerejinho estava me deixando todo doido da cabeça. Aposto que ele só aceitou porque gostou do carinho que eu fiz na barriga dele. — É que eu pensei que você não fosse aceitar.
— Eu também pensaria. — revelou calmo, assustando-me com o sorriso presunçoso que me foi dirigido nos segundos seguintes. — Mas agora estou me preparando para pensar em um presente bem caro, então não tem problema.
Uma parte de mim pensou “é claro, estava bom demais para ser verdade” e a outra encontrava-se procurando qualquer vestígio na carinha do menor de que ele não estivesse falando sério. Eu não soube como reagir, acabei fazendo cara de paisagem.
— Assim Baby, eu acho que a gente só vai no shopping então não crie muitas esperanças. E lembra que seu Daddy não trabalha ainda, não faça essa ruindade não.
— Eu estou só brincando, Daddy.
— Ata, me assustou. — brinquei, apertando um pedacinho de pele da barriga dele. — Bom, estou feliz que vamos segurar vela juntinhos.
— E o Jimin e esse tal Hobi são tão terríveis assim?
— É o que vamos descobrir. — eu sinceramente não sabia. O Park não dava muitos detalhes, ou melhor, ele até dava, porém não eram aspectos que traziam alguma garantia. Ele só falava como o Hobi era cheiroso, atencioso, incrível, como ficava sexy enquanto dançava… Coisas que me levaram a supor que uma boca não sairia da outra nesse passeio.
— Certo. — o garoto passou então a fitar o gato, pondo às vezes seu indicador no nariz do mesmo quando este soltava miados em excesso. — Aliás, quando vai ser?
— Não sei ainda. O Chim só falou comigo hoje.
— Hm, e alguma ideia do horário?
— Também não sei. — ri.
— Tem alguma coisa que você sabe? — o moreno debochou.
— Sei que quando acontecer eu vou me arrumar para ficar bem lindão. Vai que além de gentil você fala que eu sou bonito também. — pisquei para o menor, quem soltou o ar pelo nariz e negou com a cabeça. — Vou te avisando quando eu souber, mas a gente geralmente sai de tarde. Umas 19h no máximo.
— ‘Tá bom. — após esse “‘tá bom”, Jungkook se distraiu e quando menos esperava, Steve mordeu seu dedo. — Para de aprontar, bicho feio. Vê se toma rumo.
Era oficial, observar Jungkook e o gato se tornou meu novo hobbie.
— Acho que agora eu vou embora. Assim você pode parar de fingir que não gostou do gato e dar muito amor a ele, do jeitinho que sei que você vai fazer. — o moreno riu baixinho.
— Admito que Gatolino seja fofo. — revelou fitando o animal.
— Não mais que você. — com minha fala o Jeon olhou-me descrente. Mas eu vi! Eu vi quando um sorrisinho bem discreto apareceu em sua face.
— Começou…
— Estou falando sério. — assegurei. — Duvido que ele saiba fazer essa coisinha com a boca. — toquei no cantinho de seus lábios, local onde o repuxar havia surgido. — Ou que ele aceitaria sair comigo.
— Deve ser porque ele é um gato.
— Não importa. Você é mais fofo. — sorri sincero. Para mim Jungkook sempre seria mais fofo, mesmo que ele negasse.
— Aqui. — o Baby pegou minha mão livre, sem mexer na outra, a qual eu usava para contornar seu umbigo, e a colocou nas costas do gato. — Você não pegou nele até agora. Sei que Gatolino tem essa carinha de anjo e que parece que pode quebrar a qualquer momento, mas de santo ele não tem nada. Arranhou minha perna ontem.
— Cadê o arranhão? — perguntei ao que finalmente afaguei o gatinho. Seu pelo era macio e ele até abaixou as orelhas quando passei meus dedos por ali. — O Daddy pode dar um beijinho para sarar rápido.
— Com perna eu quis dizer um pouco acima da coxa, então você vai ficar sem ver.
Acima da coxa.
— Ele arranhou sua bunda? — gargalhei. Não era possível, Steve era endiabrado ou o quê?
— Não ri! — o moreno bateu em meu braço. — Quando meu pai foi dormir deixou Gatolino aqui e só restou a mim arrumar a cama dele. Eu estava ajoelhado dobrando a cobertinha e ele estava deitado do lado da minha perna. Depois eu só senti uma dor.
— Ai, Baby… — ainda ria. Não é como se eu pudesse me controlar.
— Aish, já deu, né? — queixou-se. — Que tal você ir para sua casa agora?
— Eu vou. — já estávamos conversados e eu sentia-me contente por ter conseguido a companhia do Baby na tal saída, então porque não dar a ele um tarde de sossego? — Obrigado por ter aceitado. Você é o cerejinho mais lindo.
— Hm. — resmungou o moreno com seu típico semblante ranzinza.
— Adeus, Stevelino. — deixei um beijinho na cabeça do felino.
— O nome dele é Gatolino, Daddy.
— Adeus, Gatolino. — revirei os olhos, embora tenha repetido da forma que o menor considerava correta. — E adeus, Baby. — Me inclinei sobre o corpo de Jungkook com muito cuidado para não ficar por cima do Steve e matá-lo com meu peso, ele era tão miúdo que parecia que quebraria de verdade. Em seguida, alisei o rostinho do garoto e rocei meus lábios nos dele bem de leve; uma alegria exagerada me subindo no sangue pelo contato.
— A porta não vai se fechar sozinha então vou ter que te levar lá embaixo. — advertiu se levantando e rumando a saída do quarto. Eu apenas fui seguindo o menino que andava todo doido chacoalhando o filhote pelo corredor. Ele havia gostado de Gatolino no fim das contas.
Quando Jungkook abriu a porta, passei por esta, porém não sem antes dizer:
— Eu sei que não falou sério quando disse que pensaria no meu caso, mas mesmo que você não queira ser o meu gatinho o Daddy promete cuidar de ti.
[-]
Não havia mandado mensagens ao Baby. Ele tinha sido um anjinho comigo e isso me levou a não querer incomodá-lo.
O dia se passou com velocidade e não nego ter espiado seu quarto algumas vezes. Cerejinho não largava Steve e até me arrisco a dizer que ele deixaria o bichano dormir em seu travesseiro. No entanto, o ponto aqui é que eu havia lhe dado uma tarde de paz e não esperava por mais nenhum contato hoje.
Foi então que, enquanto eu trocava mensagens com Jimin, – quem ficou muito feliz com a notícia de que eu e o Baby iríamos e me mandou vários memes, a propósito – o Jeon me surpreendeu com uma mensagem.
Ele mandou-me uma foto com o gato, a qual tinha como legenda “Gatolino está desejando boa noite”.
Jungkook estava tão fofo agarrado naquele gato, eu quis mandar vários corações. Porém não o fiz.
Eu:
Se só Gatolino está desejando boa noite, boa noite só para ele então
Baby:
Grr
O Baby está desejando também
Eu:
Kkk sabia
Boa noite para você também, cerejinho
Dorme bem <3
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