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História Filamentos de Pessoas - Kate


Escrita por: Anannai

Notas do Autor


Até a pedra mais bonita tem rachaduras, você pode lapidar um cristal, mas seu interior continua puro, e sua historia nunca é perdida.

Capítulo 6 - Kate


Fanfic / Fanfiction Filamentos de Pessoas - Kate

Marcus e Mary esperam uma criança. Marcus é um homem alto e magro, uma pele morena, olhos castanhos e um pouco tímido, tem um rosto comprido e oval. Mary é uma senhorita muita recatada, cabelos loiros  e muito lisos cortados na altura da cintura, ela é baixinha, e parece ainda menor perto de Marcus, tem belos olhos azuis bem claros,  é elegante e bondosa.

Mary estava usando uma saia branca até pouco depois dos joelhos, um casaco de cashimir verde oliva e sapatilhas pretas com meias brancas, seu cabelo estava penteado para trás partido no meio pórem com um franja loira cobrindo sua testa, ela estava no sofá de casa com seu marido Marcus no momento que sua bolsa estourou. Marcus sempre usou roupas comuns, geralmente um jeans azul padrão e uma camisa sem estampa ou listrada, naquele dia ele estava com uma camisa verde musgo com listras roxas.

Marcus carregou Mary nos braços até sua caminhonete azul. Chegaram no hospital mais próximo em 15 minutos, não era para isso acontecer, estava um mês antes do previsto, chegaram e pouco depois Mary já estava em trabalho de parto, após muitas complicações Kate nasce.

5 anos depois-

A saúde de Mary foi afetada pela gravidez, ela fica doente com mais frequência e passa muito tempo em casa, ela largou a carreira de professora e se tornou agente de telemarketing para poder trabalhar em casa. Marcus é um pai superprotetor, ele cuida muito bem de sua filha e as vezes exagera, Kate nasceu aparentando saúde perfeita mas com quatro anos de idade passou á demonstrar diversos sintomas de transtornos psicológicos, Marcus estudava direito e largou seus estudos para se tornar professor de sociologia, ele queria garantir que por mais que sua filha se tornasse diferente ela fosse aceita na sociedade, os trés frequentavam a igreja aos sábados e domingos conhecendo pessoas novas e fazendo amigos.

2 anos depois-

Kate muda para a escola de Ellie, por Ellie ser muito gentil ela logo tentou fazer amizade com Kate, por ser muito tímida Ellie se tornou sua única amiga.

Kate quase sempre usava um casaco de algodão preto, uma blusa social, uma calça skinny por baixo de uma saia até o joelho verde oliva e um ténis de costura simples. Seu cabelo loiro sempre preso em um coque, com alguns fios caindo pelos cantos do rosto, a única coisa que herdará de Marcus foram seus olhos castanhos, seu rosto era igual ao de sua mãe, um queixo de tamanho médio, um nariz fino e curto, bochechas rosadas e amplas.

Kate e Ellie gostavam de ouvir música juntas e desenhar nos intervalos, Kalle não se sentia bem perto de Kate por algum motivo, talvez sentisse que ela não gostava dele.

Marcus não gostava que Kate ficasse muito tempo fora de casa e por isso era muito mais comum Ellie ir na casa de Kate do que o contrário. A fachada da casa de Kate era uma parede branca suja e gasta pela acão da chuva e um portão de barras de ferro pintado de preto, passando pelo portão havia um pequeno caminho de pedra na terra que levava até a porta da casa, Marcus gostava de cães, tinha um pitbull preto que atacava qualquer desconhecido, seu nome era Rufus, Ellie tomou um susto a primeira vez que chegou na casa de Kate e ele pulou latindo no portão. A casa de Kate era bem simples, uma porta de vidro levava á uma sala com um sofá e uma tv, alguns quadros de gatos estavam pelas paredes, havia um tapete e uma mesa de centro separando o sofá da tv, seguindo pelo corredor da sala havia na primeira porta á esquerda a cozinha, uma cozinha pequena, apenas um fogão, uma geladeira e uma bancada com um armário embaixo. Na primeira á direita estava o quarto de Kate, e mais á frente o quarto de seus pais, o banheiro ficava logo em frente no corredor e a mesa de jantar ficava na segunda porta á esquerda, do chão ao teto era tudo branco, apenas o quarto de Kate tinha as paredes pintadas de vinho. Até seus quatro anos as paredes tinham sido rosas mas Kate dizia que essa cor fazia seus olhos doerem. Kate tinha um coelho branco com manchas pretas em seu olho e na orelha direita. Kate amava aquele coelho, e Ellie amava brincar com ele, mas o coelho sempre fugia de Ellie, seu nome era Edward, ele era bem quieto e gostava de paz, assim como Kate.

-Um dia a caminhonete de Marcus estava na oficina e ela teve de ir á pé para casa, Ellie caminhou junto de Kate por uma boa parte do trajeto até chegarem na encruzilhada de duas ruas, elas se despediram e foram para lados opostos, pouco antes de chegar em casa Kate é abordada por um homem, ele é bem maior do que ela e parece estar bebâdo, alguns outros aparecem em seguida.

O que uma garotinha como você está fazendo andando por essas ruas sozinha?- Primeiro homem.

-Kate olha pro chão e começa á tremer.

O que foi garotinha? Está com medo?-Ele diz aproximando bastante seu rosto do de Kate.

Um garoto em uma moto aparece e acerta o homem que falava com Kate.

Suba garota.

-Kate estava em choque, ela apenas queria sair dali e obedeceu o menino.

-Ele disparou em direção ao bosque e Kate se agarrou firme em seu torso.

-Chegando lá Kate cai da moto e desmaia.

-Quando acorda Kate ainda está no bosque com o garoto, sua cabeça doi, ela passa a mão no local da dor e sente um pano aspero, ela bateu com a cabeça em uma pedra quando caiu da moto. O garoto está sentado se apoiando em uma árvore logo em frente dela, á uma pequena fogueira entre os dois, Kate nunca virá uma fogueira até aquele dia.

-Ao perceber que ela acordou os dois falam em unissono.

Quem é você?

Meu nome é Kate.

Bem, meu nome é Jake.

-Se seguiu um siléncio que se estendeu por alguns minutos.

Não vai dizer nada garoto?

Já disse, meu nome é Jake.

Ta. Jake, porque você me salvou?

Porque era o certo? Você deixaria alguem sofrer podendo ajudar?- Ele fala com um certo tom arrogante.

-Kate se irrita um pouco, mas logo percebe que é sem motivo, ele está certo.

Ahn...

Que foi Kate?

Obrigada...

Disponha.

Você... você pode me levar para casa?

Posso. Mas pode me fazer um favor tambem?

-Um arrepio passa por todo o corpo de Kate.

O... o que você quer?

Vê se deixa de ser tão inocente.

-Kate fica muito corada.

Como assim?!

Suas roupas, seu cabelo, aqueles caras olham pra você e te acham um alvo fácil, acham que vão fazer o que quiser com você pois acham que você não vai denunciar. Você tem cara de uma menina de igreja que não quer sujar sua imagem. Tem que mudar isso se quiser sobreviver nesse mundo.

-Kate fica sem palavras, ela senta segurando suas pernas e apoiada em uma árvore. Ela observa o garoto.

Jake parece um clássico badboy, usa uma jaqueta de couro, uma camisa preta, uma calça jeans preta com corrente e coturnos, usa óculos escuros e por isso não se pode ver seus olhos, seu cabelo é preto e bagunçado, um pouco longo tambem.

-Kate fica admirada com o rapaz, por algum motivo aquele visual lhe traz conforto. Ela fica o encarando por tempo demais e logo ele diz.

Só pra constar. Eu sou gay.




Notas Finais


Coitado daqueles que se moldam para encaixar na sociedade, aqueles que negam a própria natureza para viver aos olhos dos outros.


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