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História Dallan - Terceira Temporada - Garotos!


Escrita por: Caroli_cunha

Notas do Autor


Oioioi,meus linduus!
Como vocês estão?
Eu estou bem,tirando o resfriado....
Espero que gostem do capítulo de hoje,pois escrevi com muito carinho <3
Boa leitura!

Capítulo 36 - Garotos!


Fanfic / Fanfiction Dallan - Terceira Temporada - Garotos!

Fiquei olhando para ele.Engraçado que no enterro do irmão,ele parecia um homem,como na cafeteria.Mas agora,não sei se pelas roupas e mochila,era um simples garoto.Talvez seja mal de família.

—O que faz aqui?—perguntou sorrindo.

Me lembrei dos erros cometidos antes,que me levaram ao abismo por pura ingenuidade e falsidade.Dessa vez eu tinha que ser mais esperto,nunca se sabe com quem se está lidando.

—Eu é que pergunto!—fingi brincar.

—Eu estudo aqui ahora!—contou animado e eu o peguei na mentira.

—Pensei que fosse voltar pra Espanha em breve…

—Vou! Mas mi hermano Olavo quer que eu estude aqui,por um tempo! Necessito aprender a falar mejor o português!—justificou e eu assenti compreensivo.

—Que bom! Então nos vemos depois...—ele me interrompeu.

—Espera!—tocou-me sutilmente o braço.—Vamos juntos até ali!

Eu simplesmente saí andando e ele me acompanhou porque quis.Chegamos no portão do colégio,ele andou mais rápido que eu e parou à minha frente,com o sorrisinho sacana,já natural em si.

—Então...O que você acha da gente...—eu me fiz de sonso.

—Hm,o que?! Não entendi!—claro,ele nem sequer falou.

—O que você acha da gente sair pra comer ou algo assim?—pra isso o português funciona direitinho.

—A gente quem?!—tentei desencorajá-lo.

—Eu e você,você e eu!—brincou rindo.

—Ahm... Acontece que…

—Qualquer dia,talvez num sábado...À noite!—deu uma piscada de olho,a mais canalha que já vi.

—Olha...Thiago,não?—fingi não me lembrar bem dele,e o mesmo assentiu sorrindo.—Desculpa,mas não vai rolar,okay?

—Por que?

—Carinha,você só tem dezesseis! Vá estudar,jogar videogame,comer chocolate...—ele pareceu contrariado.

—Achas que sou criança?!—eu ri com sarcasmo,dando de ombros.

Ele passou a língua pela parte interna das bochechas,balançando a cabeça negativamente,devia estar morrendo de raiva.

—Então pra você,a idade é o que importa?—eu cruzei os braços e o olhei sorrindo.—Qual é,eu posso pagar um jantar como qualquer hombre!

—Que bom,agora eu devo ir pois ainda tenho coisas pra resolver!—continuei andando,e foi então que ele gritou.

—Não seja covarde! Assuma que foge de mim porque te faço lembrar do Diego!

Parei por um instante.Cretino,como se atrevia a usar o próprio irmão,já falecido,como desculpa para dar em cima do ex-cunhado?!

Olhei por cima do ombro e o vi parado,sorrindo cinicamente.Virei-me para ele e o olhei bem nos olhos.

—Você não tem direito de comparar uma coisa com a outra! Eu não saio com você porque não quero,simples!—respondi com dureza,ele parou de sorrir e ficou olhando.—E volte para a escola,não é hora de ir embora ainda!

Segui meu caminho,furioso.Que diabos eu faço para atrair essas crianças,hein? Seja o que for,eu não tô nem um pouco a fim.

Fui pra casa,tomei um banho,juntei meus jogos numa bolsa e segui para a clínica do Matheus Medeiros,o psicólogo.

Já na sala de espera,um paciente saiu do consultório e logo meu nome foi chamado.Sentado na poltrona bege,ele hoje se vestia com mais personalidade,roupas menos certinhas e sem graça.Os cabelos lisos eram levemente penteados,nada de gel e fios milimetricamente colados na cabeça.Estava até que bonitinho.

—Boa tarde!—cumprimentei educadamente.

—Olá,Dallan!—respondeu animado.—Senta aí,cara!

Eu me sentei,ele ofereceu um suco e alguns biscoitos,mas eu recusei.Como sempre,entramos no assunto de como foi minha semana.

—Ahm...Foi normal!Veja,eu trouxe os games que você me pediu,sabe?—desconversei.

E ele como um bom profissional,percebeu minha intenção e ficou observando pacientemente eu retirando os jogos da bolsa. Eu lhe entreguei as caixas.

—Puxa,que bacana! É tudo original?—perguntou e eu assenti.

—Essa semana eu comprei um novo,se você quiser dar uma olhada...—convidei disfarçadamente,mas ele não deu muita atenção.

—Muito interessante... —murmurou consigo mesmo.—Posso levar pra dar uma olhada em casa?

—Claro,foi pra isso que eu trouxe!—respomdi e ele riu animado.

Ele guardou numa das gavetas na escrivaninha ao lado e voltou para a chatice de sessão.

—Então,tem algo que queira me contar? Alguma novidade…

—Ehm... Já falei do jogo...Eu vou voltar a dar aulas em breve!—contei animado.

—Nossa,que legal! Muito bom saber disso!

A caneta caiu de sua mão e veio rolando até meu pé,eu a peguei e quando fui lhe entregar,notei uma aliança prata em sua mão direita.

—Obrigado!—agradeceu sério, continuando as anotações.

—Você namora?—fui direito,ele me olhou atentamente,depois sorriu.

—Oh sim!—sorriu olhando para a aliança.

—Quanto tempo?

—Ahm...Uns dois anos já,cara!

—Que bom!Você tem fotos dela?—ele sorriu estranhando,e eu permaneci o olhando.

—Talvez eu tenha algumas fotos dela...Mas voltando ao assunto,você tem sentido algum sintoma ou efeito colateral ao tratamento?

—Não,nada!—ele assentiu,anotando.

—Tem se sentido triste ou irritado sem motivos?—perguntou,e como não me ouviu responder,elevou o olhar até a mim.—Nenhuma vez?

—Hu-hum...—neguei em murmúrio.—Desculpa eu perguntar,você é de onde?

—Daqui mesmo!Por que?

—É que as vezes eu sinto que já o conheço de algum lugar…

—É,pode ser que já nos vimos,né?—concordou,tentando disfarçar a frustração.

—Está vendo aquele prédio,bem ali?—indiquei pela janela,e ele se virou para olhar.

—Sei!

—Então,eu moro lá!

—Sério? Que bacana!

—Bem pertinho,né?—ele assentiu, largando a prancheta na mesa e esfregando o rosto,num gesto fatigado.—Você está bem?

—Ah sim,eu só...Ando estressado ultimamente!—suspirou e sorriu levemente.

—Muitas histórias,não é?—compreendi,e ele negou.

—Não é isso,não! Eu ando mais preocupado com assuntos da faculdade e tal...—eu esperei ele continuar,mas o mesmo caiu em si rapidamente.—Ah cara,desculpa! Eu acabei me distraindo,não tem nada a ver com você…

—Imagina,pode desabafar! Todo mundo precisa de um tempo,não é?

—Eu sei,mas…

—Eu também gosto de ouvir,Matheus!—ele sorriu relaxando.—Além disso,somos amigos... Não somos?

Ele sorriu,esfregando os olhos cansados.Porém,nem a ética,nem sua masculinidade o permitiram adentrar o assunto que o incomodava tanto,apesar da vontade.O mesmo levou um tempo me olhando,com aqueles olhos redondos e grandes,os quais lhe davam um ar de coitadinho,mesmo talvez nem sendo.

—Você é um cara legal,Dallan!—comentou,e eu ri.

—Não,você é legal,eu sou um idiota!—arranquei-lhe uma gargalhada.

—Não diga isso!—continuou rindo,até se sentir acanhado comigo.—Certo.Dallan,foi muito bom ver que você está evoluindo,espero que continue assim…

—Vai fazer o que no domingo?—perguntei naturalmente.

—Não sei...Por que?—perguntou desentendido.

—Bem,eu vou estar livre a tarde toda,então...Se você quiser aparecer lá em casa pra gente jogar alguma coisa,vai ser legal!—tentei fazer o convite não parecer tão íntimo.—Já sabe onde eu moro!

—Ah cara... Acontece que esse fim de semana eu vou estar ocupado,sabe? Domingo é o único dia que eu tenho pra ficar com a minha namorada,já que sábado eu tenho coisas pra fazer e…—eu interrompi.

—Okay, sem problemas!—falei sorrindo, mas ele continuou meio chateado.—Mas,se resolver mudar de ideia,tem meu telefone...É só ligar!

Ele sorriu.Nos despedimos e eu fui embora.

(...)

Meu celular tocou bem no meio de uma batalha de espadas contra um dos melhor jogadores que eu tinha como rival.Mas no estágio em que eu me encontrava,tentando defender minha honra já abalada naquele time,fosse quem fosse,eu não atenderia enquanto não o derrotasse.

Enfim,venci.

Peguei rapidamente o telefone e atendi,ainda comemorando.

—Oi?

Oi,tá ocupado?—perguntou o carioca,e eu ri por dentro.

—Ehm...Na verdade,estou um pouquinho!—mentira,só estou me fazendo de difícil.

Aah... Então desculpa!—tentou desconversar mas eu fui rápido.

—Não,imagina! Eu já acabei,pode falar,Nick!—ele riu.

Sabe,é que...—fez-se de acanhado.

—O que houve?—ele riu sem jeito.—Pode falar,eu to ouvindo!

—É que meus tios foram viajar,e eu fiquei só!E tá escuro aqui,eu tô com medo...—confessou um tanto envergonhado.

—Ah!—tentei não rir.—Por que,sua casa não é segura?—perguntei agora mais sério.Podia ser algo a se pensar,não uma simples cantada.

Ahm...É,mas... Não sei,eu ouvi alguns barulhos...Poxa,seria demais te pedir pra vir aqui ficar comigo?—seria sim.

—Ahm,bem...—pensei melhor e resolvi fazer do meu jeito.—Por que não vem você ficar comigo?

Ah...Se assim for melhor…

Fui buscá-lo onze horas da noite naquela rua deserta e sombria onde ele morava,numa quinta-feira.Mas antes que eu chegasse,o avistei parado na calçada com uma mochila de couro pendurada num dos ombros.Parei o carro perto dele e abri a janela.

—Menino,o que você acha que está fazendo,sozinho nessa rua uma hora dessas?!—dei-lhe uma bronca,destravando a porta.

—Eu estava te esperando!—respondeu inocentemente.

—É perigoso,criatura!—ele olhou para o fim da rua e voltou sorrindo.—Anda,entra no carro!

Ele me obedeceu e nós seguimos para casa.Quando chegamos,eu o guiei até o quarto para guardar a mochila e deixei que ficasse à vontade pois eu iria tomar um banho rápido.

Terminei,vesti algo que não fosse tão broxante e voltei para a sala,onde o encontrei bisbilhotando tudo ao redor.

—Voltei!—avisei e ele se assustou, sorrindo para mim em seguida.

—Quem é essa bebezinha?—perguntou sobre a foto na estante.

—É a Laura,minha sobrinha!—respondi,e ele levou um tempo observando a foto.—Linda,não é?

—Muito!—concordou ternamente.

—Ahm... Então,está com fome? A gente pode preparar algo pra comer e...depois…

Perdi o assunto enquanto ele se aproximava de mim e envolvia meu pescoço,me olhando nos olhos e beijando meu queixo delicadamente.E claro que eu não era assim tão lerdo,logo percebi o que ele queria.

Abracei sua cintura fina e o puxei para mim,beijando seus lábios e tendo os meus mordiscados.Ele me acariciando e eu o abraçando bem forte.Até que parou e sorriu,soltando uma espécie de ronrono,tão fofo quanto seu sotaque.

—Ai tá bom,Dallan! Eu menti!—confessou envergonhado.

—Mentiu? Sobre o que?—perguntei confuso.

—Meus tios não foram viajar,eles brigaram comigo e eu não queria ficar lá... Não tava com medo de nada,só queria ficar um pouco contigo!—torceu a boca arrependido,brincando com a gola da minha camisa.

—É,eu devia mesmo imaginar! Desde quando tem medo do escuro?!—zombei,mas ele não riu.

—É que…Cara,é muito difícil viver com eles! Tudo o que eu faço,pra eles tá errado ou eu fiz de má vontade.Sempre dá encrenca por causa dos meus costumes e opiniões diferentes...Mas o pior mesmo é a falta de privacidade,sabe?—contou baixinho como se alguém pudesse ouvir.

—É,eu posso imaginar!Se com os pais já é complicado...—concordei,e ele fez cara de cachorro pidão.

—Deve ser tão bom morar só...—eu dei de ombros.

—Depende da ocasião!

—Poxa,eu só queria ficar um pouquinho contigo,só pra esquecer toda aquela chatice por um tempo...—pediu,voltando a me abraçar.—Não fica bolado comigo,tá?

—O que? Não,sem problemas! Mas não precisava mentir,era só contar a verdade que eu não ia me ofender,bombonzinho!—respondi o abraçando e ele riu.

—Adoro quando me chama assim,sabia?

Eu não resistia àquele rostinho tão fofo,beijando-o várias vezes até ele rir e me agarrar num beijo mais profundo.Caímos no sofá,ele por baixo com uma perna enrolada na minha cintura.

Lá fora começou a chover,e nós não largávamos um do outro.O clima começou a esquentar,e eu tratei de retirar seu suéter e atacar seu pescoço.Ele passeava com os dedos pelos meus cabelos,vez ou outra puxando-os para si e eu o beijava toda vez que fazia isso.Ele se levantou um pouco,retirou a camiseta.Eu o puxei pelos braços e o pus no colo,vendo-o sorrir e me beijar,então o abracei calorosamente.

Sem largarmos do beijo,suas mãos àgeis foram desabotoando minhas calças,descendo por dentro delas.Parei o beijo e o olhei no fundo dos olhos,o assistindo retirar meu membro da cueca,tocando suavemente mas tão empenhado em me causar prazer.

Até me assustei quando alguém bateu na porta.Ele parou e me deu um beijo rápido.

—Tá esperando alguém?

—Ahm... Não!—bateram de novo.—Na verdade,o porteiro deveria ter me avisado antes de deixar qualquer pessoa subir!

Ele saiu do meu colo e se sentou no sofá,vestindo novamente suas roupas e me deixando frustrado.Bateram de novo,e eu fui atender.

Quando abri,deparei-me com Viktor. Ensopado da chuva,com uma cara ferrada,que mudou quando ele olhou para dentro do meu apartamento.Olhei para trás e vi Nicholas o olhando inocentemente,voltei-me para Viktor e até pude ouvi-lo dizendo “Quem é essa vadia no seu sofá?!”,só pelo olhar.

E eu fiquei entre os dois,numa sinuca de bico.



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