História Dama da Noite - O sequestro de Hope

A noite havia caido e a festa começado, milhares de pessoas festejavam nas ruas de New Orleans, a música alta não deixava ninguém adormecer e era o momento predileto dos vampiros, o jantar. Estava sentada em um dos barzinhos da cidade, me sentia fraca e doente, e a única coisa que me tirava a dor era a bebida. 

_ Mais uma.- disse entregando o pequeno copo para a moça loira do balcão.

_ Último.-entregou ela o copo cheio novamente._ Estaremos fechando em breve.

Revirei o olho e virei o copo, o liquido desceu rasgando minha garganta e arrepiando cada pelo de meu corpo, era horrível mas satisfatório. Entreguei o copo para a moça junto com uma nota de cem dolares.

_ Fique com o troco.- disse me levantando da cadeira cambaleando.

_ Você não quer que eu chame um taxi?- perguntou ela vendo minha situação.

_ Não obrigada.

Pisquei para a bela moça e deixei o bar indo em direção ao meu hotel a pé mesmo. Estava escuro mas as luzes iluminavam a rua, ainda havia muitas pessoas festejando e era incrível como a cidade não dormia. 

Minha visão estava turva e parecia que tudo girava, eu teria uma péssima ressaca na manhã seguinte.

_ SOCORRO.- ouvi o grito fino distante.

Vampiros, pensei a princípio, porém o grito continuava sem parar e se realmente fosse algum vampiro a pessoa já estaria calada ou até mesmo morta. Mesmo bêbada decidi seguir os gritos e me encarei entrando em um beco afastado do festival e escuro, no final haviam sete homens e então uma garotinha, me aproximando mais deles a reconheci, era Hope, filha de Niklaus.

_ Hope?-perguntei chamando a atenção de todos._ O que está acontecendo aqui?

_ MIKAELLA.- gritou ela ao me olhar._ ME AJUDA.

_ Vá embora.- um dos homens disse vindo em minha direção._ Ou....

_ Ou o que?-perguntei sarcástica.

_ Ou irá se arrepender.- ele mostrou seus olhos de lobisomem.

_ Eu acho que não.

Sorri e segundos depois assisti lentamente seus braços virem em minhha direção mas antes de me alcançarem os segureis virando na posição contrária os torcendo, o grito do homem de dor alertou os outros que rapidamente correram até mim. Enquanto eu quebrava o braço de um dos homens com minhas mãos eu quebrava o pescoço de outro com minha magia e em poucos minutos de luta todos estavam caidos no chão mortos. 

_ Você está bem?-perguntei me abaixando perto de Hope que estava assustada.

_ Você foi mordida.- respondeu ela segurando em meu braço que não havia a marca.

_ Isso não é nada.- Passei meus dedos sobre a mordida e em segundos já havia sumido.- viu?

_ Uau.- ela pareica impressionada.

_ Vamos, eu irei te levar para casa.- ela assentiu e segurou em minha mão após eu estica-la.

Saimos do beco e então seguimos rumo para o complexo Mikaelson.

_ O que houve?-perguntei ainda confusa.

_ Eu estava com meu Tio Kol quando eles chegaram.

_ Como seu tio deixou eles te pegarem?

_ Tio Kol foi mordido, como você.

Ela contava detalhe por detalhe do que ocorreu mas não conseguia entender muita coisa,porém não era por conta da bebida e sim da marca, eu havia usado minha força e minha magia e isso me deixou mais fraca do que já estava. Hope percebeu também já que toda hora me olhava com feição de preocupação. Minhas mãos suavam e provavelmente eu estava com febre, eu lutava para continuar em pé já que nada nesse mundo pode me derrubar, nem mesmo uma marca de magia negra. 

_ MAMÃE.

Gritou Hope ao entrarmos no complexo, Hayley estava andando de um lado para o outro, provavelmente preocupada com a filha. Junto com ela estava mais algumas pessoas, um homem jovem muito bonito por sinal, duas mulheres loiras de olhos claros e um homem de pele escura que tentava acalmar Hayley. Nenhum sinal de Niklaus e isso me deixava mais aliviada, não queria encara-lo nesta situação.

_ Oh meu deus, querida, você está bem?-perguntou ela desesperada para a filha._ Eles te machucaram?

_ Não.- ela respondeu abraçando a mãe.

_ E quem é você?- Perguntou o homem moreno.

_ Ela quem me salvou dos homens maus.

_ Mikaella, certo?- disse Hayley e eu assenti._ Ela é uma conhecida de Jackson.

_ Obrigada por salvar minha sobrinha.- o Homem jovem disse e eu sorri em forma de aceitação. 

_ Mamãe, cadê o papai? - Hope perguntou.

_ Ele está no escritório com seu tio Elijah, procurando uma forma de te encontrar.

_ Já pedi que o chamassem.- Uma das loiras disse abraçando a garotinha.

E não bastou segundos para que Niklaus descesse as escadas correndo e então abraçando sua filha, logo em seguida vinha um homem de terno que também aparentava estar preocupado. Ótimo Mikaella, todos amavam ela, até por que, era impossivel não amar aquela garota.

_ Como você fugiu?- Perguntou o homem de terno.

_ Ela me ajudou Tio Elijah.- Hope apontou para mim e foi nesse momento que Niklaus percebeu minha presença ali, sua feição foi de surpresa e raiva, mas mudou para conformidade?

_ E quem é você?- Elijah, o homem perguntou.

_ MIkaella.- respondeu Niklaus.

_ Você a conhece irmão?

_ Mikaella é uma hibrida.- Hayley disse me abraçando._ Obrigada por salva-la.

_ De nada.- disse ainda sem tirar os olhos de Niklaus que também mantinha o olhar sobre mim._ Bom, agora eu preciso ir, Hope já está a salvo.

_ Você não quer ficar?- Perguntou Hope._ Você está doente.- ela disse.

_ Doente?-Perguntou Elijah.

_ Sim, ela tem a mesma marca que o papai e você estavam falando na outra noite.

E foi neste momento que me arrependi de ter salvado ela, como ela sabia?

_ Como assim você possui a marca?- perguntou Hayley e então puxou minha blusa mostrando a todos a marca enorme em meu braço._ Como é possível?

_ Você é a garota que Niklaus nos contou? - O moreno perguntou e então Niklaus concordou, ele havia contado sobre mim?.

_ Não importa se eu possuo a marca ou não, eu preciso ir.- Disse saindo daquele complexo porém Elijah foi mais rápido e impediu minha passagem pela porta._ Licença.

_ Não, você não pode sair assim, podemos te ajudar.

_ Podemos?-perguntou a loira.

_ Sim, bom, podemos tentar.

_ Não acho uma boa idéia.- disse Niklaus.

_ Mas não foi você quem nos contou sobre ela?

_ Não importa o que digam, você irá ficar sim, será minha hospede, pelo menos até descobrirmos o responsável pela marca e o obrigá-lo a tirá-la.

Nada o fez mudar de ideia, quando menos percebi já estava no andar de cima em um dos quartos de hospedes, eu estava ferrada, Niklaus provavelmente me mataria, não antes que eu mesmo mesma, eu jurei por tudo que é mais sagrado que ninguém muito menos os Mikaelsons iriam ter a chance de me conhecer e hoje estou aqui, em seu complexo recebendo suas ajudas e suas preocupações.