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História Dama de Azul - I. Prologue


Escrita por: _-Bonnie-_

Notas do Autor


Hell Yeah!

Mais uma fic (primeira, nessa conta). Dessa vez, como um diário de metade de uma vida, que durará sete fanfics, talvez oito. Como de costume, vou sempre recomendar uma música para ouvir enquanto vocês leem. A música de hoje é Gemini {Tae Yeon}, o link está nas Notas Finais.

Personagens do Capítulo: Bae Khyun & Chen.


Boa leitura.

Capítulo 1 - I. Prologue


Fanfic / Fanfiction Dama de Azul - I. Prologue

Diário 'As Sete Damas'

Desde que eu era jovem,
uma semente foi plantada em segredo no meu coração

 

Alguns anos atrás, uma fase estranha se iniciou em minha vida. Uma fase que me introduziu ao amor pela primeira vez, e como é de se esperar, eu não soube lidar com nada. Está certo que grande parte das meninas preferem se designar como princesas, mas, eu, em especial, gosto de referir-me a mim como uma dama. Não por causa das lindas damas elegantes da Inglaterra, nem pelos milhares de elogios que a palavra ‘dama’ atrai, mas sim porquê damas são fortes, e toda essa fase me tornou uma mulher forte com as experiências cansativas.

 

Digamos que eu separe a fase em sete etapas, que são as etapas de minha evolução. Para o começo de tudo, na primeira etapa, a ‘Dama de Azul’. Bom, caso o nome intrigue, dou-lhe uma explicação breve: azul sempre me pareceu uma cor de leveza, que representa a inocência, sendo assim, uma dama infantil, angelical e delicada. Sendo sincera, eu era assim, mas acho que perdi toda minha infantilidade e delicadeza.

 

Essa etapa começou quando eu tinha cerca de meus seis anos de idade. Havia acabado de começar meu maravilhoso primeiro ano em minha primeira escola. Acho que devemos ignorar as primeiras impressões que tive de lá, no dia de minha matrícula, mamãe ficou cerca de duas horas de baixo de sol com outras mães ouvindo uma mulher estranha falando. Nunca fui de me enturmar, mas logo no começo fiz meus amigos (Que criança vive sem amigos?).

 

O primeiro que conheci foi Kim Jong Hyun. Era um menino do tipo animado, ele sempre conseguia colocar as situações chatas em bons momentos, e mesmo tendo sua personalidade descontraída, jamais conseguiu esconder seu amor infantil por Han Sun Hee, o tipo de garota que esbanja sua beleza desde cedo. Outra garota muito bonita que, confesso, senti certa inveja quando a vi, é Lee Sa Rang. Para começo de minha confissão, ela não era só muito bonita, como de família rica de Gang Nam, tinha sempre as melhores roupas, as canetas mais bonitas de variadas cores – e brilhantes –, além de estar sempre com cabelo pranchado, e para mim, aquilo era simplesmente perfeito.

 

Outro garoto com quem formei um laço bonito de amizade foi Jeon Dong Ri, que apelidei indecentemente de Johnny, um baixinho de pele extremamente clara muito simpático que mostrou grande interesse por mim. Logo nos primeiros dias lá, estava familiarizada.

 

Página 1

“Para uma segunda-feira, Sun Hee parecia sorridente de mais… talvez algo realmente bom tivesse acontecido com ela – mais tarde naquele dia, acabei descobrindo que recebera uma declaração de Jong Hyun –. Mas é bom ver que alguma amiga esteja sorrindo, considerando o dia ruim que estávamos tendo. Para a desgraça de vinte crianças, havia chovido, e a quadra estava em manutenção, sendo assim, todos deveriam ficar na sala de aula assistindo as gotas de chuva cair, ou, se preferissem, ficar conversando em seus grupos.

 

Naquele dia eu optei por ficar sozinha no meu canto, não queria tirar Sun Hee de seus pensamentos alegres, nem incomodar o braço de ferro de Jong Hyun e seus amigos. Alguns alunos estavam fazendo a lição de casa, mas a minha já estava pronta, a única opção que tinha era ficar sentada ao lado da janela esperando até a próxima aula começar.

 

Porém, algo inesperado para nós acabou acontecendo. Nossa professora veio para a sala mais cedo que o comum. Ela então nos disse que esperaria até dar o horário para começar sua aula, mas estaria ali para ajudar na lição. Foi então que, após a professora se sentar em sua mesa, e iniciar uma leitura serena, Park Jung Eun, uma menina um ano mais velha, se aproximou de mim com o caderno aberto, e lápis em mãos.

 

Página 2

— Ei, Soo Yun, faz minha lição? — uma cara de pau… mas a inocência de uma criança jamais perceberia isso. Estava sem nada para fazer, então me encolhi em minha carteira, peguei seu caderno e lápis, e após sua saída, parti a imitar sua letra minúscula e redonda nas respostas. Aquilo acabou com minhas mãos doendo.

 

Minutos depois, quando a professora nos avisou que a aula já havia começado, Jung Eun veio correndo e levou seu caderno de volta, e não me importei se não recebi um ‘obrigada’ ao ver sua imagem se afastando. O que me importou era que estava cansada por fazer sua lição, e isso acabaria me prejudicando na aula.

 

Nada de interessante realmente aconteceu àquele dia, após a aula minha babá veio me buscar com seu guarda-chuva azul marinho gigantesco, e horas depois fui para casa.


 

Dias depois, Shin Dong Hee, um carinha que eu não ia muito com a cara, ficou me fazendo perguntas no intervalo. Seus ‘quantos anos você tem?’, ‘onde você mora?’ e ‘qual o nome da sua mamãe?’ apenas serviram para afastar as meninas da outra classe, e me tirar a diversão de pular corda. Quando, no final do intervalo, eu sentei encostada à parede que dava vista à rua do lado de fora, eu tive minha primeira sensação de paz total da vida. Silêncio, solidão e melancolia foram os sentimentos daquele momento. Eu ficaria mais tempo naquilo se Byun Bae Khyun, um colega que morava na mesma rua que eu, não viesse levantar minha cabeça e perguntar-me se estava bem. Após um ‘sim’ tranquilo, ele fez questão de segurar minha mão para me ajudar a levantar e me levar até a porta de minha sala. Não estudávamos juntos, ele é dois anos mais velho, e me pergunto hoje se eu tivera sorte de ter essa peculiaridade entre nós.

 

A cena de ele me deixando à sala com um sorriso gentil fez com que várias meninas da sala me olhassem rindo e conversando baixo com suas amigas. Até Sa Rang olhou de forma diferente para mim, e isso me fez torcer a cara.

 

Mas, para meu azar – ou sorte –, a fama de ‘namorada do Bae Khyun’ pegou. Durante as aulas de educação física da classe de Bae Khyun, algumas meninas de lá vinham até minha janela para gritar ao meu ouvido ‘namoradinha do Bae!’. Até aí, eu não estava me importando muito.

 

Dois dias antes de uma prova, Bae Khyun me procurou no intervalo com o melhor dos sorrisos, e me levou até um canto da escola que os alunos não frequentavam. O canto que chamávamos de ‘canto da bola’ – nome idiota –, que ficava atrás da cozinha, de frente para o muro da escola, e ao lado de uma sala fechada, e isso tudo impedia que alguém quisesse ir ali, era escuro demais.

 

— Você quer ser minha namorada?

 

Simples e rápido, o pedido inesperado chegou. Não que eu esperasse aquilo dele, mas eu já imaginava algo assim, o dia anterior que passei em casa, Bae Khyun ficou ao meu portão jogando elogios para mim, e até deu-me um beijo na bochecha.

 

Eu não tive resposta. Foi um dos poucos momentos em que não sei se fui fraca, se as palavras me faltaram, ou se eu simplesmente não queria responder. Mas todas as opções me pareceram errôneas quando pensei sobre aquele dia. A verdade era que meu ‘sim’ estava preso na garganta, mas gostar dele era arriscado. Eu sabia dos ciúmes que as "amigas" dele tinham, e Jung Eun parecia não concordar quando comentei sobre ele. Então, o que me restava?

 

Página 3

— Sim.

 

Um beijo na bochecha foi o que nos separou, e cada um ficou em seu canto até que o dia seguinte chegasse. Bae Khyun não tinha dito a ninguém, mas nos viram conversando. Jung Eun me chamou para conversar no canto da bola durante o intervalo, e quando cheguei lá, estavam Shin Dong Hee e Kim Jong Dae, além de, óbvio, a própria Jung Eun. Não precisei perguntar o que queriam, pois assim que cheguei, os dois garotos ficaram atrás de mim, impedindo que eu saísse, e Jung Eun se aproximou colocando medo evidente em mim.

 

— Você está namorando com Bae Khyun? — aparentemente calma.

 

— Sim — minha voz tremeu, nunca tinha sido exposta à uma situação como aquela.

 

— Então… — Jung Eun olhou para Jong Dae, e ele se aproximou também, enquanto ela saía do canto tranquilamente.

 

Outra ‘primeira vez’. A primeira vez que senti dor a sério.

 

Dois chutes de Jong Dae, um no joelho direito, e, quando caí com o impacto da dor, outro nas costas. Assim como os outros dois, saiu como se nada tivesse acontecido. Aquilo significava que eu também teria de agir como se meu dia estivesse normal caso não quisesse sentir aquelas dores novamente.

 

Mais tarde daquele dia, quando estava em aula vaga, Bae Khyun veio conversar comigo através da janela ao meu lado. Mesmo sorrindo, eu sabia que ele estava preocupado com algo, Jong Dae sempre foi seu melhor amigo e não escondia nada. Como soez, algumas meninas olharam-me, mas a única coisa que me tirava a calma era como iria esconder os roxos dos chutes de minha avó em casa. Os olhos atentos de Jong Dae sobre mim enquanto Bae Khyun falava apenas me tiravam mais ainda da calma.

 

Antes da saída da escola, Bae Khyun me perguntou se estava sentindo muita dor. Ele não poderia fazer nada de mais. Jong Dae estava ao seu lado quando veio falar comigo, e não consegui esconder o medo e relutância que senti ao vê-lo se aproximar.

 

 

Mais alguns dias se passaram, e Jung Eun demonstrava estar com raiva de mim. Se o motivo era Bae Khyun… eu decidi que iria acabar com aquela espécie de ‘namoro’, não queria viver com o medo constante de apanhar novamente a qualquer hora e na escola. Não sabia como dizer aquilo depois de mandar uma carta a Bae dizendo que o amava, mas teria de ser o mais rápido possível.

 

Na primeira oportunidade, o chamei para o mesmo lugar em que ele havia me tirado a paz. Como esperado, ninguém lá. A preocupação dele se mostrou novamente quando disse-lhe que tinha algo sério a dizer.

 

Página 4

— Nós não somos mais namorados — a expressão de surpresa de Bae me deixou envergonhada. Não sabia como olhar para seus olhos como normalmente. — Eu não sei se gosto de você.

 

Algo que aprendi naquele momento foi que eu jamais deveria contar coisas importantes em locais inapropriados, se tratando de uma escola. Além de ter deixado Bae Khyun extremamente surpreso, descobri que sua face que normalmente carregava um sorriso bonançoso e delicada poderia se contorcer em raiva e ódio. O que estava acontecendo?

 

— Como? — ele se aproximou agressivamente. — Você não pode… como quer terminar nosso namoro?

 

— Por favor…

 

— Não! Jamais! O que você pensa que está fazendo me chamando até aqui para me dizer isso? — minhas costas já chegavam à parede, mas Bae Khyun não se afastava. — Perdeu a noção, só pode.

 

Eu tinha certeza de que ele tentaria algo contra mim, seus olhos não escondiam aquilo, muito menos suas palavras. Mas pela primeira vez a pessoa que eu pensei que só me causaria dor veio à calhar.

 

— Bae Khyun? O que está acontecendo?

 

Jong Dae chegara para meu alívio. Se o conhecesse, pediria socorro, mas o que esperar do melhor amigo de Bae Khyun? Do melhor amigo de Shin Dong e Jung Eun? As minhas expectativas eram de que Bae Khyun o relataria o que eu o disse, e Jong Dae certamente partiria para cima de mim como da última vez. Aquela pequena Park Soo Yun encolhida, com olhos marejados, e com medo evidente jamais conseguiria fazer algo para se defender.

 

— Sai daí, deixa a menina em paz — sua frase impressionou até mesmo Bae Khyun, que olhou para seu amigo expressivamente surpreso. Mas parecia que não queria sair dali sem conseguir algo, ao menos se mexeu do lugar. Jong Dae puxou seu amigo pelo ombro contra a vontade, e o fez sair de lá.

 

Quando estava saindo, pouco antes que eu já não pudesse mais ver sua face confusa e embaraçada graças à uma parede, olhou para mim seriamente. Não soube o que aquilo foi, mas estava eternamente grata.”


Notas Finais


♦️ Gemini {Tae Yeon} _ https://youtu.be/0N2Re3A_ruc

Por hoje é isso ^^
♦️♦️ ❤️ Cherry Lips Kisses! ❤️ ♦️♦️


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