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História Dança Comigo? - C


Escrita por: Agathinha_sama

Capítulo 1 - C


Fanfic / Fanfiction Dança Comigo? - C

 

- Definitivamente estou cansada disto! É o cúmulo! Se eu fosse uma chata até entenderia, mas não! Sou boazinha até demais!

- Talvez esse seja o problema. – disse o moreno em seu tom sério matinal. 

- Pode ser... – quando estava pensativa, Karin costumava fazer um biquinho irritante – e o mais engraçado é que todas tinham referências ótimas e se diziam confiáveis! Palhaçada! 

 - Já é a terceira este mês Karin, realmente precisamos de uma empregada?

- Claro amor! Já viu o tamanho dessa casa? Coitada de mim se fosse limpar tudo isso sozinha! Não há manicure que aguente isso!

Depois dessa, Sasuke voltou para sua sessão de esportes no jornal enquanto Karin acabava seu café da manhã sem parar de falar em nenhum momento. Quando terminaram, a ruiva deu um selinho no esposo e pegou sua bolsa da cadeira, já ia se retirando quando Sasuke a chamou de longe.

- Não vai nem tirar a mesa do café?

- Deixa isso para a nova empregada que vou contratar hoje, pode ir tranquilo pra empresa! Bom trabalho amor!

O moreno franziu o cenho, fechou seu jornal e virou de uma vez o último gole de seu café amargo. Levantou-se e simplesmente não conseguiu deixar tudo aquilo do jeito que estava. Fechou a manteiga, guardou o suco e as frutas, ele mesmo tirou a mesa do café e arregaçou as mangas da camisa para lavar a louça. 

Deu-se por satisfeito e ajeitou as mangas novamente, ergueu um pouco o nó da gravata, pegou o blazer da cadeira e as chaves que deixara na mesa. No carro, a primeira coisa que fez foi procurar a estação de notícias e em seguida ajeitar o retrovisor; deu a partida e apertou o botão do controle do portão. 

Enquanto dirigia no pesado trânsito de Tókyo e escutava as últimas manchetes da manhã, pensava no novo prejuízo que teria no fim da semana. Cada pessoa que a esposa contratava para trabalhar em casa era sinônimo de problema. Deu o que fazer para esconder o último arrombo da casa... Sasuke precisou pagar uma boa quantia para que a informação não vazasse na mídia. Tudo o que ele menos precisava era manchar sua imagem de empresário perfeito.

Narrado por Sakura...

Definitivamente, segunda-feira é o pior dia da semana!

Ainda esfregando os olhos, me sento na beira da cama e dou um longo e preguiçoso bocejo. Pior que segunda-feira é essa minha cara amassada de travesseiro! Como de costume, bebo de uma vez meu copo de água que sempre deixo na cabeceira da minha cama (mania de menina) e depois de zumbizar sentada na cama por cinco ou dez minutos, vou até o banheiro fazer minha higiene matinal.

Na minha arara de roupas (sou pobre não tenho guarda-roupas) pego minhas peças mais usadas da semana - calça leging e uma blusa soltinha - visto e já assalto o frigobar (também não tenho geladeira! Ô pobreza...) uma bolacha e um suco está bom pra começar meu dia. 

Hoje é um dia e tanto! Uma agência de empregos viu meu currículo e me ligou no sábado, e hoje é o dia! Estava implorando aos céus que conseguisse qualquer emprego logo ou seria enxotada da pensão da Dona Kurenai, minha sorte é que ela é bem paciente.
Coloco meus fones de ouvido e seleciono uma de minhas tantas músicas favoritas, calço meus sapatos e fecho a porta atrás de mim, jogando a chave no fundo da mochila. Suspiro mais uma vez e quando me viro dou de cara com ele, sim ele, pessoinha insuportável, mas infelizmente meu vizinho de quarto.

- Batata? – diz ele estendendo o pacote para mim com a boca cheia de migalhas.

- Não, valeu Chouji, estou de dieta – digo meio sem graça. Não gosto muito dele mas também não gosto de ser mal educada com ninguém, afinal, nunca se sabe o que o amanhã nos reserva.

- Não entendo as mulheres, sempre estão de dieta, como conseguem viver assim?

- Não vivemos... Sobrevivemos! – se tem uma coisa em que sou muito boa é em descontrair, como algumas pessoas dizem, tenho muito jogo de cintura! – Vou indo!

Nos despedimos e eu corri até o ponto de ônibus, a mochila esta um pouco mais pesada hoje mas nada que eu não me acostume. Sento-me num banco que por milagre ainda estava disponível e começo a selecionar outra música, não importa quantas músicas eu tenha arquivado, sempre estou me atualizando e arquivando cada vez mais. Por quê? Ora, porque simplesmente amo música! Minha vida é uma canção! 

Logo o alvoroço se espalha no ponto e eu já sei o motivo, o ônibus estava chegando. Entro na fila e rapidinho estrou fora do GOL (Grande Ônibus Lotado), em pé, é claro, sentada jamais! Procuro sempre ficar perto de alguma janela, sempre agarrada a minha bolsa e ao meu celular, bem quietinha escutando a música da prova do mês que vem e revisando os passos na mente. Eu tinha tudo para passar e me dar, exceto por um pequeno probleminha... Meu parceiro de dança estava doente, catapora eu acho.

Isso pode botar meus planos a perder, mas nada de desespero! Sou Sakura Haruno e tudo posso e consigo... Na medida do possível! (risos).

Depois de muito espreme espreme e empurra empurra, lá estava a rua Lafaiete Almeida, faltava achar o número 315, o que não seria difícil, bastava andar algumas quadras. Aproveitando o tempo livre, acabo de tomar meu suco e sem demora, chego ao meu destino, à agência de empregos. Suspiro profundamente e só para dar sorte, entro no local com o pé direito.

Não é sempre que acredito nesse negócio de sorte, mas as vezes, precisamos de algo para nos dar uma base, eu estava em uma situação desconfortável, ser entrevistada é desconfortável, tudo o que eu menos quero sempre acontecesse na hora errada, da ultima eu arrotei sem querer e aí da pra imaginar o que aconteceu! Desta vez, não! Não iria permitir que algo desse errado!

- Bom dia... ah... sou Sakura... – sabe aquela cara de “e o que eu tenho a ver com isso” ? A recepcionista não me parece amigável, mas tudo pode ser dobrado com amor! – Ah... estão me esperando e...

- SHIKAMARU NARA! – o grito dela foi tão repentino que não sei como eu não gritei junto, qual o problema dela?! – Pode se sentar mocinha, quando for sua vez eu te chamo.

- Tá legal... – estava até com um pouco de medo de responder, essa senhora me parece meio instável. Sentei-me em uma poltrona do canto pegando uma revista, passei a folhear algumas páginas. Artigos de moda e saúde, assuntos políticos e econômicos, nada que eu me interessasse. O mundo para mim é muito complexo e sem sentido, ao contrário da vida, que a meu ver é muito simples, basta viver um dia de cada vez sem deixar de pensar no amanhã.

- SAKURA HARUNO! – a rabugenta recepcionista gritou tão alto meu nome que se eu estivesse morta, ressuscitaria! Deve achar que estamos numa feira de peixe! Caminho até ela segurando firme a alça da minha bolsa nos ombros, nos olhamos por alguns instantes, e nesses poucos instantes, pude reparar na imensa quantidade de rugas e pés de galinha, era quase como um Grand Cannion, estava me hipnotizando, não conseguia desviar o olhar daquilo! – SEGUNDA SALA A DIREITA!

Gente! Pra quê gritar desse jeito? Estou bem na frente dela e não tem barulho aqui! A alma quase saiu do corpo! Mas ainda bem que ela me tirou daquele transe esquisito, me sentia sendo sugada para um buraco negro!

Ando a passos rápidos pelo corredor pouco iluminado, conto a primeira e encontro a segunda porta, bato discretamente e logo escuto ser chamada. Abro a porta e bem na minha frente me esperando está uma bela cadeira, na minha visão esta mais pra armadilha mortal! A sala esta tão silenciosa que qualquer barulhinho parecia um terremoto, até mesmo o da porta se fechando.

- Pode se sentar. – diz um homem de barba branca. Na cadeira ao lado, me observando de cima a baixo, havia uma ruiva de óculos, estava com um cara de enjoada, cara de quem chupou limão. – Senhorita?

- Desculpe, já vou me sentar. – digo meio sem jeito, é quase uma mania ficar sem jeito pras coisas, acho que é por isso que não consigo um namorado!

- Me parece meio distraída hoje, você esta bem? – me pergunta a ruiva ajeitando os óculos no rosto e a bolsa no colo. – Me chamo Karin.

- Estou bem sim, obrigada, acho que estou um pouco nervosa, só isso. Chamo-me Sakura, é um prazer. – apertamos as mãos em um cumprimento rápido.

- Gostei dela Jason, é educada, qual o histórico? – Histórico?? De quê??

- Não tem histórico, senhora Uchiha. – dizia o homem folheando uma pasta cheia de papéis – fale mais sobre você senhorita Haruno, seu currículo é um tanto quanto... vago. – o homem de cabelos grisalhos me olhou desconfiado por sobre os óculos, geralmente é nessas horas que eu costumo engasgar! Controle Sakura, controle!

- Bem, tenho 19 anos, estou em Konoha há pouco mais de um ano, estudo na academia de dança de salão para... – do nada, eu travo, depois que percebo o olhar da ruiva sobre mim.

- Continue. – diz ela me encarando com um sorriso no mínimo assustador.

- Estudo para... ser.. dançarina profissional. Não tenho experiência com nenhum tipo de trabalho.

- Só isso? – ela me pergunta.

- Só – ela fica um tempo em silencio e momentos depois se levanta.

- Tudo bem, esta contratada. – sério? Só isso? Foi tão fácil! Pera! O que eu tenho que fazer?! Contratada pra que?! – Começa agora mesmo!

- Espera... eu...

- Quer saber os detalhes primeiros? – diz ela.

- Bom, sim...

- O salário é de 2.000,00 por mês com um vale transporte, mas caso queira morar na minha casa, tiro seu vale e aumento seu salário pra 2.500,00. É de segunda a sábado, o domingo é seu. 

- E o que farei exatamente? – morar na casa dela? Como assim?

- Será empregada, fará tudo em casa.

- A senhora tem certeza? Com certeza deve ter profissionais mais qualificados que eu, com mais experiência...

- Sabe cozinhar? – diz a ruiva abrindo a bolsa suspirando de tédio.

- Sei.

- Lavar? Passar?

- Sim... e sim...

- Já é o bastante! Estou farta de gente qualificada! Aqui – disse ela rasgando uma folha de um talão de cheques – O primeiro pagamento é adiantado, mais tarde você me diz se vai ou não morar no serviço, agora vamos, tenho hora no salão!

Olhei para o homem atrás de mim, parecia não dar muita bola, como se visse aquilo todos os dias. A ruiva, quer dizer, Karin, nem estava mais ali, saiu andando na minha frente. Saí meio sem entender o que tinha acabado de me acontecer, foi tudo meio rápido demais. 
Na calçada, com os óculos escuros e uma chave na mão, minha nova patroa me esperava, parece que meu primeiro trabalho seria de empregada doméstica. Não vou dizer que estou super animada, mas trabalho é trabalho e serviço não se escolhe, o que vale é o pagamento no fim do mês. Pelo menos faria uma coisa que sei fazer bem, cuidar de uma casa, isso me daria menos chances de colocar tudo a perder.

- Ah... a senhora pode me passar o endereço da sua casa, eu vou de ônibus.

- Ônibus? Não querida, você vem comigo de carro. 

- Carro? – pergunto espantada.

- Sim, vou te deixar em casa antes de ir ao meu compromisso, você tem que fazer o almoço do meu marido. – disse ela entrando num carro nada básico, uma BMW branca para ser mais exata.

Dou de ombros e vou atrás dela, hoje o dia tá estranho, então é melhor nem questionar. É como uma dança, tem que se deixar levar...



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