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História Dance! - Segundo ato heróico!


Escrita por: SamiraNelani

Notas do Autor


Oooooiiiiieeee!!! Após minha longa jornada à Narnia, eis meu tão esperado retorno (ou nem tanto ) para a civilização.
Já disse que odeio férias? Só servem pra me fuder, logo no começo eu machuquei meu pescoço no treino e fiquei uma semana com um colar de imobilização, depois eu consegui queimar o meu rosto com óleo e fui parar no hospital, enfim, se eu ficasse mais uma semana era capaz de eu nem estar viva. Kkk E as férias de vocês? Espero do fundo do meu coração que tenham sido melhor do que a minha.
Ainda estou morrendo de raiva de ter perdido o arquivo do capítulo, eu estava achando que ia ficar em duas partes, mas quando eu fui reescrever, o que tinha 1000 palavras virou 400, mas achei que ficou bom e espero que gostem e me perdoem pela demora.
Boa leitura!

Capítulo 30 - Segundo ato heróico!


Fanfic / Fanfiction Dance! - Segundo ato heróico!

/*Sadie*/ 
Tanta coisa mudou na minha vida que minha cabeça tá uma zona, sério, o ano começo em grande estilo. Já havia passado mais de uma semana que voltei do Japão e ainda me adaptando a ideia de ter novos avos, tios e primos, já estamos no meio das férias e logo retornará as aula, e, pela primeira vez em muito tempo, eu estudaria mais de um semestre no mesmo lugar, algo que só aconteceu na segunda serie, então é normal que eu ainda esteja associando as coisas. 
Depois de passar a semana inteira dando uma geral na casa, habito que temos todo começo do ano, eu já estava exausta de tanto trabalhar e tinha me jogado na cama e pego o celular para ver as mensagens e vi uma da Rosy me convidando para ir à praia. Pensei "por que não?" afinal a última vez que entrei no mar foi quando eu tinha sete anos – e olha que a cinco anos eu morei em Sydney, – um pouco de água salgada não faria mal nenhum. 
Obviamente eu não tinha roupa de banho então marquei de ir com as meninas de ir ao shopping no fim de semana, o lugar estava bem movimentado, éramos eu, Rosy, Lety e Sam. Andamos por varias lojas de roupas e itens de praia, elas me ajudaram a escolher, mas nada estava me agradando, eu queria algo discreto e parecia impossível achar um, em uma das minhas últimas tentativas numa das lojas experimentei um biquíni cintura alta preto. Saí bem discretamente da cabine e perguntei o que as meninas acharam. 
– Uau, tá gatona, – foi o comentário de Lety. 
Elas elogiaram muito a peça. 
– Sério? Eu não sei... 
– Não se preocupe, – interrompeu Rosy, – nada no mundo é capaz de disfarçar seus peitos. – Fiquei vermelha instantaneamente, como ela conseguia dizer uma coisa dessas tão naturalmente. Estávamos em um local público! Morrendo de vergonha fui direto para o provador colocar minha roupa de volta. Acabei ficando com aquele mesmo e depois de pagar fomos comer alguma coisa. 
Combinamos de ir a praia no meio da semana para não achar o local lotado, mas foi em vão pois por conta das férias e do calor aparentemente todos tiveram a mesma ideia. Quando cheguei todos já estavam me esperando então fomos procurar um local para ficar, achamos um lugar com sombra próximo a uns coqueiros então nos dividimos em grupos para arrumar o local. 
Praticamente metade da sala estava lá, eu, Rosy, Cast, Vi, Sam, Lety, Lys, Ken, Alexy, Armin (que veio praticamente obrigado), Bry e Iris, quando estava quase tudo pronto apareceu um rapaz um pouco mais velho que nós chamado Leigh, era namorado da Rosy e irmão mais velho do Lys, o que dava pra notar já que eles são bem parecidos, quando estava tudo pronto eles decidiram criar times para jogar vôlei eu decidi ir buscar refri enquanto esperava a minha vez. 
Cheguei no quiosque e fui para a geladeira pegar os refrigerantes e acabei por coincidência me encontrando com o Nathaniel, aproveitei para perguntar se ele não queria se juntar com a gente, mas ele falou que estava com a Ambre e isso não seria uma boa ideia, peguei as bebidas e paguei, quando eu já estava voltando Nath se ofereceu para levar e apesar de eu recusar ele insistiu e fomos juntos até onde os outros estavam. 
– Eu pedi para trazer bebidas, não um gato de sunga, – Lety brincou quando nos aproximamos. 
– Tava na promoção, compre 10 bebidas e ganhe um loiro de olhos azuis, se eu juntar cinco eu troco por um sorvete, – respondi em mesmo tom. 
– Não sabia que o representante fazia algo além de estudar, – Armin falou distante. 
– Disse o cara que trouxe o PSP pra praia! - Alexy gritou. 
Distribui as bebidas conforme os pedidos, depois deitei-me na toalha de praia de baixo do guarda-sol para ver o jogo, era o Castiel e a Rosalya contra o Brian e a Letícia, não sabia o placar pois já estava no meio do jogo, então Nathaniel sentou-se ao meu lado e começamos a conversar. 
Conversávamos tranquilamente quando uma bola veio em alta velocidade acertando o rosto do Nathaniel em cheio. 
– Maus aí, – disse Castiel – saquei errado, te machuquei? 
– Não foi nada, – Nathaniel respondeu devolvendo a bola, – estou bem, pra falar a verdade nem foi tão forte assim, mal deu  pra sentir. 
– Aé? Então por que você não vem aqui e me mostra um bom saque? – Desafiou. 
– Se o Brian não se incomodar em trocar comigo. 
– Imagine! – Brian respondeu de imediato. 
Nathaniel se levantou para trocar de lugar com o Bry fazendo dupla com a Lety e por sua vez, Brian veio se sentar ao meu lado. 
– Que comecem os jogos, – disse ele ao se sentar. 
– Você fez isso de propósito, né? Só pra ver o circo pegar fogo! – Sussurrei. 
– Que graça teria? Está faltando um pouco de emoção nesse lugar. 
Castiel levantou a bola para sacar. 
E assim começou o desastre. 
*** 
/*Castiel*/ 
[Antes] 
Eu tinha acabado de voltar do parque com o Dragom, coloquei água para ele antes de ir ver meu celular, tinha uma mensagem da Rosalya me chamando para ir pra praia junto com a turma da sala, fala sério, a última coisa que eu quero nas ferias e ver as mesmas pessoas que vi todo o período de aula, mandei uma resposta bem direta, mas ela começou a me encher o saco pra ir, eu estava preste a falar pra ela me esquecer quando ela diz que a Sadie iria. 
Bem, daí já é outra história, afinal de contas eu a veria de biquíni e valeria a pena aturar o pessoal da sala apenas para ter essa visão. 
Fui um dos primeiros a chegar e ela ainda não estava lá, eu estava decido a ir embora caso ela não viesse, a cada pessoa que chegava minha ansiedade ia aumentando, a Rosy tinha convidado praticamente a sala toda! 
Para meu alivio ela finalmente chegou sendo a última. 
Olhei para ela admirado, com certeza  tinha valido a espera, depois de vê-la com aquele moletom horroroso nada como uma roupa que cobria tão pouco o corpo. 
– Oi Cast. 
– Olá tábua! – a cumprimentei. 
– Engraçadinho... 
Fomos até um local onde pudéssemos por nossas coisas e arrumamos as coisas para jogarmos volei. 
De maneira bem aleatória, decidimos as duplas depois a ordem de quem jogaria primeiro, então entramos em consenso de que ganharia quem fizesse dez pontos, para não deixar o jogo muito longo e valeria toque com o pé. Era o nosso vôlei. 
Eu jogava na segunda rodada com a Letícia, antes da partida eu deixei bem claro que apesar de ser "só por diversão" eu não jogo pra perder nunca. A partida estava boa, estávamos há dois pontos na frente da outra dupla, então percebi que a Sadie não estava lá, não sei ao certo quando ela saiu, pois só percebi na minha vez de sacar, continuei a partida novamente quando ela retorna acompanhada. 
Aquele maldito representante. 
Pra piorar ele fica pra assistir a partida e senta do lado, quase colado, da Sadie, então eles começam a conversar e soltar risinhos entre eles. 
Era novamente a minha vez de sacar, afastei-me agindo normalmente e mirei bem na cara daquele maldito batendo na bola o mais forte possível. 
Lance perfeito. 
– Maus aí, saquei errado, – menti, – te machuquei? 
– Não foi nada, estou bem, – respondeu jogando a bola de volta, – pra falar a verdade nem foi tão forte assim, mal deu  pra sentir. 
Quem aquele mané pensa que é? 
– Ah é? Então por que você não vem aqui e me mostra um bom saque? – falei em tom desafiador. 
– Se o Brian não se incomodar em trocar comigo, respondeu em desdém. 
Joguei a bola para o alto e pulei para saca-la. 
*** 
/*Sadie*/ 
E assim começou o desastre. 
Castiel sacou a bola bem forte e ela passou pela rede quase rapando, Rosalya ergueu a bola jogando-a para traz para que o Nathaniel fizesse o corte, mas antes da bola atingir o solo, Lety se jogou na areia para defender, a bola volta com menos velocidade e Rosy apenas a devolve num toque e Castiel aproveita para dar uma cortada, fazendo assim seu primeiro ponto. 
Lety vai para o saque, Nathaniel pega de manchete a bola volta para o outro lado, Castiel tenta cortar de novo, mas Nathaniel bloqueia fazendo eles ficarem empatados. 
E assim o jogo prossegue, quando um time marcava o outro marcava em seguida, a disputa estava violenta, quase sanguinária, parecia mais uma guerra do que um jogo, chegou uma hora que eles começaram a empurrar as meninas para pegarem a bola e até brigarem com elas quando perdiam um ponto. 
Era muita vergonha alheia. 
Totalmente enfezadas com aquilo elas abandonaram o jogo deixando que eles se matassem sozinho e vieram até mim me convidando para dar um mergulho. 
– Claro, não tenho a menor intenção de continuar aqui vendo essa palhaçada. 
*** 
Andamos descalças em direção ao mar sentindo a areia macia em nossos pés desviando de guarda-sóis, toalhas de praia, crianças brincando de castelos de areia de baixo do sol das 9h até chegarmos na areia mais escura e úmida, o mar estava logo a diante, paramos e começamos a trocar olhares entre a gente. 
– Corrida? 
Sem pensar duas vezes começamos a correr em direção do mar deixando pegadas fundas na areia negra, os passos fortes no inicio da água fazia espirrar gotas que voavam até metade da cintura enquanto pulávamos as primeiras ondinhas, o ritmo começou a diminuir a medida que avançávamos e a água ficava mais alta exigindo mais esforço para se locomover, quando a água ficou um pouco acima do joelho nos jogamos mergulhando. 
A água estava ótima, fria pra cassete, mas logo o corpo se acostumou com a temperatura enquanto íamos mais fundo até a água alcançar a cintura, daí a gente começou a bater na água para jogar uma na outra, – quero deixar bem claro que foi a Rosy que começou, a propósito, ela foi a primeira a pedir para parar, – para completar a "guerra" eu e Lety nos jogamos em cima da Rosy para afunda-la na água. 
Sabe... há tempos eu não me divertia tanto e era ótimo isso. 
Depois de um tempo saímos da água para voltar ao nosso lugar, afinal, eu ainda tinha intenção de jogar, tínhamos acabado de por os pés na areia quando fui abordada por um rosto familiar: 
– Uau, como você mudou! Eu quase não te reconheci! – Falou o surfista que eu conhecia muito bem. 
– Dakota... Eu juro que você era a única pessoa que eu não esperava, – ou queria – ver aqui. – As meninas olharam curiosas para saber quem ele era, – estudei com ele há cinco anos quando eu me mudei para Austrália, fiquei uns quatro meses morando em Sydney, – esclareci, – agora, – voltei a me dirigir a ele, – você pode me dizer o que caralhos está fazendo aqui? 
– Muito prazer meninas, eu me chamo Dakota, mas podem me chamar de Dake, – disse ignorando minha pergunta, – estou visitando meu tio durante as férias e devo dizer que estou achando tudo aqui muito bonito, – falou de maneira óbvia que quando disse "bonito" não estava se referindo ao lugar. 
– Ah, o Boris.... Então, quando você volta? 
– Não tão sedo, fique tranquila. A propósito, como você cresceu! – Comentou olhando visivelmente para os meus seios. Que babaca. 
– Por outro lado, você não mudou nadinha, –continua o mesmo babaca de sempre, – mas agora infelizmente, – muito felizmente, – não poderemos conversar mais porque meus amigos estão me esperando, – falei de forma mais irônica possível. 
– Amigos? Você? – Falou claramente me avacalhando. 
Daí eu perdi a cabeça de vez. 
– AH! VÁ TOMAR NO CU, PORRA! Você me vem com aquele papinho depois de tudo o que já aprontou comigo e agora vem com essa?! VÁ PRA PUTA QUE O PARIU, SEU BASTARDO DE MERDA!!! – Berrei e dando as costas para ele enquanto eu puxava as meninas. 
Quando nos afastamos elas me perguntaram: 
– O que foi aquilo? Nossa eu nunca te vi tão nervosa. 
– Eu tinha 11, antes de me mudar para Grenoble e conhecer a praga da Debrah, eu era aquela nerd clichê: de óculos, aparelho, que andava sempre com livros, ele vivia me atormentando jogando bolas de papel em mim, colocando apelidos ridículos, riscando meu caderno com piadas sobre mim e outras mais brincadeiras estúpidas. 
– Ah, mais isso é coisa de criança, não há motivos para ainda sentir raiva dele. 
– Ele era um babaca! Vivia de marcação comigo. E duvido muito que tenha mudado... 
– Mas ele parece estar afim de você, – disse, Lety, num tom malicioso, – você poderia se aproveitar disso... finge estar interessada depois da um fora nele. 
– Que ideia absurda! – Disse. 
Quando chegamos, vimos Ambre fazendo mó barraco, ela não parava de reclamar do Nath simplesmente tê-la abandonado sem dar qualquer satisfação... Para mim ele estava mesmo era fugindo dela. Eles não paravam de discutir, todos estavam parados apenas observando a sena, aquele showzinho só terminou quando o Nathaniel finalmente mandou aquela vaca pastar. 
– Bem... – falei ignorando o ocorrido, – eu não perdi minha vez, certo? 
– Vish, nem está perto, – Alexy falou, – a partida dos senhores nervosinho ficou um tempão no melhor de dois, daí a gente decidiu declarar empate logo de uma vez para os outras também jogarem, depois me aparece aquela louca fazendo aquele escândalo que começou já faz um tempo e ninguém conseguiu jogar então todo mundo só ficou assistindo o barraco. 
– Então não perdi nada.... 
Quando finalmente chegou minha vez eu fui jogar com Sam e fomos completamente massacradas, eu já disse que sou péssima no vôlei? Deve ter sido a partida mais rápida de todas, por que eu era o desastre em pessoa e ela não era lá aquelas coisas... ainda bem que ao contrario de alguns, eu SABIA jogar só por diversão. 
Depois as duplas jogadoras disputaram entre si e assim por diante. 
Logo acabou as bebidas de novo, então eu resolvi levar a caixa de isopor mesmo para pegar já que o quiosque não era lá tão perto assim, eu era a única que não tinha um time pra quem estava torcendo, então era a melhor candidata á isso, só não fui sozinha porque a Sam se ofereceu para me ajudar. 
Levamos a caixa cheia de gelo até o quiosque e no meio do caminho tivemos a infeliz sorte de nos encontrarmos com a barraqueira. 
– A culpa é sua! 
– Por quê? Por que ele quis me ajudar? Por acaso eu o sequestrei? Ele estava amarrado, amordaçado ou trancafiado quando você o viu? Diga me um porquê para sua acusação. Eu não tenho satisfação nenhuma porque você não tem motivo nenhum para dizer uma coisas dessas para mim. {AUTORA : esta é uma excelentíssima demonstração do uso de todos os porquê da gramatica para aqueles que faram enem. :) } 
– Você é uma sonsa mesmo. Você fez isso de propósito! 
Se fiz, eu fiz um favor á ele. 
Antes de manda-la pra puta que pariu, me aparece mais um que eu não queria ver nem pintado de ouro. Por que quanto mais eu rezo mais o diabo aparece? 
– Sadie,  que coincidência nos encontrarmos de novo. 
– Que coincidência, – falei sarcasticamente. 
Amber o olha de cima a baixo e resolve se intrometer. 
– Nossa, nunca te vi aqui antes, chegou ha pouco tempo? 
– Estou passando as féria aqui. 
– E já conheceu a cidade? Se quiser eu posso te levar para conhecer vários lugares, – depois eu é quem sou a oferecida. 
– Parece incrível sua oferta, mas infelizmente eu terei que recusar, – respondeu sem pensar muito, – já tenho outros planos. – Sabe, estou começando a gostar dele. – Então Sadie, – falou ignorando-a, – quer ajuda com isso? – Disse se referindo a caixa. 
– Dispenso-a totalmente porque já tenho ajuda e posso muito bem fazer isso sozinha, – falei secamente e só sai de lá sem dizer mais nada. 
Infelizmente ele veio me seguindo. 
Tentei dar o máximo de voltas possíveis para despistado ou simplesmente para tentar faze-lo desistir disso, mas ele insistiu do mesmo jeito. 
Que mala! 
Desistindo da ideia fui de uma vez ver minhas coisas, daí comecei a pensar melhor, talvez seja uma boa seguir a ideia da Lety,  e mudei completamente minha postura para parecer que eu estava afim da companhia dele, estava dando super certo, ele estava na minha mão... mas então vi o Castiel de longe. What? 
– O que você está fazendo aqui? 
– Vocês demorarão muito então vim ver se precisavam de ajuda, – falou para mim e Sam, só depois notou a presença do Dakota, – e que é esse? 
– Um amigo de uma antiga escola. 
– Sei, – falou não conseguindo se convencer. 
Para evitar qualquer piti do ruivo, achei melhor me despedir do Dakota, pelo menos até voltar lá com a caixa de bebidas.  Castiel decidiu pegar a caixa da gente e leva-la sozinho, liguei o botão do foda-se e ignorei, logo chegamos e após deixar a caixa no chão me chamou para conversar mais afastado. 
– Não fui com a cara dele, – falou se referindo ao Dakota. 
– Eee? 
– É serio! Não gostei de você ficar falando com ele, não acho que ele tenha boas intenções. 
– Sei me cuidar. 
– Não, não sabe, se não, não estaria falando com ele. 
Ele estava começando a me irritar. 
– Por quê? Por que você não foi com a cara dele? Faça-me o favor Cast! 
Eu já estava dando meia volta quando ele me puxou pelo braço. 
– Você não entende? Tá na cara que ele vai aprontar alguma com você e parece que você simplesmente não que enxergar isso! Estou falando: não confie nesse cara. 
– Já disse que você não pode controlar com que eu saio ou não! – Eu aumentava cada vez mais me tom de voz. 
– Deixa de ser teimosa! Eu estou falando isso pro seu bem. 
– Pro meu bem? Desde quando você sabe o que é melhor para mim? Até onde eu sei, seus palpites sobre o caráter dos garotos com quem falei até agora estavam totalmente errados. Eu não vou deixar de falar com o Dakota porque você não vai com a cara dele, até porque, se dependesse dos seus critérios eu não estaria falando nem com o Nathaniel, nem com o Brian. 
– Mas agora é diferente! 
– Diferente mesmo, das outras vezes você só dava piti, agora você está deixando bem claro que não quer que eu saia com alguém, já disse sei me cuidar. 
– Você é uma idiota mesmo! E ainda diz que sabe se cuidar. 
– JÁ CHEGA!!! Eu não preciso da sua opinião nem do seu consentimento para falar com alguém, você não é meu pai para decidir isso e se quiser dar piti por causa disso fique á vontade, porque eu sinceramente não ligo.  EU NÃO PRECISO DE VOCÊ! Então se já disse tudo o que tinha pra me dizer pode ir embora. 
– Ok, – disse indo embora, – pensei que fossemos amigos. 
Quando voltei todos já estavam pegando os lanches que trouxemos, todos estavam morrendo de fome, fiquei batendo papo com o Nath e ignorei o Castiel completamente, depois de um tempo o pessoal voltou a jogar e eu falei que não estava muito afim e que iria dar uma volta... eu iria procurar o Dakota. 
Foi fácil de encontra-lo, ele também estava me procurando. 
– Nos esbarramos de novo, não é incrível Dakota? 
– Já disse pra você me chamar só de Dake. 
– Tá bom, Dake, e aí? Eu me lembro que você falava que seu sonho era surfar em todas as praias da Austrália, como está seu progresso? 
– Muito bom, eu surfo quase todo dia e aproveito todas as minhas férias viajando pra isso, só essa semana que vim ver meu tio, se não é cada dia em uma praia, eu planejo concluir isso em uns 10 anos. 
– Caramba! – Eu estava realmente surpresa. 
– E você? Pelo que me lembre você dançava balé na época, ainda dança? 
– Não só balé, hoje em dia, aprendi vários outros estilos depois disso, agora mesmo, eu sou a líder e coordenadora do clube de Dança da escola. 
– Uau, já virou professora! 
Acho que ficamos quase duas horas conversando, depois ele me chamou para irmos até as pedras tomar sorte, era uma montanha rochosa entre o mar e a floresta, tinha praticamente só nós lá e cada vez ficava mais vazio, quando as ondas começaram a ficar mais fortes tivemos que sair de lá antes que acontecesse alguma coisa. 
– Já disse que você está linda? 
– Já, mais pode dizer de novo, – seria muito bom para o aumentar meu ego. 
– Você está linda! E já que estamos sozinhos, você poderia aproveitar para me dar um beijo, – falou segurando meu rosto. 
– Até parece, – falei tirando a mão dele, – não é porque que eu gostei da nossa conversa que eu goste de você, eu cresci, não sou mais aquela garotinha insegura que você conheceu e você não foi, não é e nunca será meu tipo. 
– Quando você fala assim, – disse me puxando pela cintura, – só me deixa mais afim de você. 
– Tá, já deu. Tava bom, mas agora eu preciso ir. – soltei-me novamente dele. 
– Você deu em cima de mim o dia inteiro, quer realmente que eu acredite que você não está afim? – Falou segurando meu braço. 
– Não estou brincando, Dake, me solta agora. 
– Só se você me der um beijo. 
– Já disse não, agora me solta! 
Ele tinha me agarrado pela cintura quando eu ouvi alguém gritar. 
– Solta ela ou vai se arrepender. 
*** 
/Castiel/ 
[Antes] 
Que ódio! Eu tinha acabado de discutir com a Sadie, aquilo havia me deixado com muita raiva, o pior é que ela decidiu dar um gelo em mim no restante do dia, tentei jogar para me esquecer disso, mas parecia impossível! 
Ela tinha saído de novo. 
Parecia que ela não voltava nunca. 
Passou mais de uma horas e o pessoal já estava começando a ir embora e nada dela voltar, pensei que ela tinha ido direto para a casa, mas as coisas delas continuavam lá, eu já estava começando a ficar preocupado, aquilo não me cheirava bem. 
– Relaxa ruivinho, – ouvi Lety falar atrás de mim, – não precisa ficar com ciúmes, não, ela não gosta dele. 
– Do que você está falando? 
– Do surfista gato, que mais seria? Ela não é amiga dele nem nunca foi, ela só quer ter o gostinho de dispensa-lo como vingança pelo o que ele aprontou com ela antes. 
Sabia que algo estava errado, que garota idiota! Já que não tinha quase ninguém falei que eles poderiam ir sem a gente que depois eu voltaria pra casa com a Sadie. 
Sai correndo procura-la em todo lugar, ela com certeza tinha entrado em alguma furada, mas eu não a encontrava de jeito nenhum,  eu já tinha revirado a praia toda sem nenhum sinal dela quando eu vi o paredão de roxas, talvez... 
Fui até lá e antes de chegar eu podia ouvir a voz dela, ele a segurava visivelmente contra sua vontade e eu não consegui me segurar. 
– Solta ela! 
– Ei, não se mete ruivinho, – Respondeu aquele bastardo quase rindo, – não está vendo que estamos ocupado? 
– Eu só ouvi ela mandar você soltar. 
– É? E o que você pretende fazer? 
– Isso, – disse dando um soco no estomago que o fez cair de joelhos, depois puxei a Sadie pelo braço – vamos embora. 
Quando tínhamos nos afastado ela me disse. 
– Obrigada. 
– Agora eu posso falar "eu disse"? 
Ela não respondeu, apenas abaixou a cabeça e continuou a me seguir, ela visivelmente não estava nada bem, então antes de irmos passei para comprar um sorvete e puxei ela para uma das mesas. 
– Nada como um sorvete para esfriar a cabeça, – brinquei. 
Ela nem sequer olhou para mim, parecia estar em transe, assim que acabamos o sorvete ela apenas levantou e seguiu para fora da praia, peguei o mesmo ônibus que ela, queria ter certeza que ela chegaria em casa em segurança porque o estado dela não estava nada bom, quando descemos ônibus ainda tinha um trecho para caminhar,  ela me acompanho sem dizer uma só palavra, tentei puxar assunto diversas vezes, mas ela simplesmente não respondia, de repente ela parou. 
Eu estava já ha uns dois passos dela quando percebi isso, virei-me para ver o que tinha acontecido e percebi que ela estava chorando. 
– M-me desculpa, – falou entre soluços. 
– Sadie? 
– Eu fui uma idiota, pensei que estava no controle da situação, pensei que seria fácil. A ideia era estúpida desde o começo, eu sabia disso, mas eu estava com tanta vontade de dar o troco nele que nem pensei direito. Pra piorar, eu acabei descontando em você tudo isso, eu falei aquelas coisas horríveis sendo que você só queria me ajudar... você tem razão, eu sou mesmo uma idiota. 
– Você não é idiota, aquele cara que sim, não fale como o que aconteceu fosse sua culpa. 
– Mas se eu tivesse te ouvido isso não teria acontecido. Eu devia ter te escutado, mas ao invés disso eu gritei com você e no fim, foi você que bancou o herói, de novo, sendo que eu nem merecia ser tratada daquele jeito depois de tudo que te disse, e mesmo assim você estava lá e eu nem sei o que faria se você não tivesse aparecido. 
– Quando a Lety me contou o que estava acontecendo, eu sabia que você   estaria precisando de ajuda. 
– É disso que estou falando! Você tinha todos os motivos para ficar bravo  comigo, mas me perdoou sem pensar duas vezes. 
– Eu também já dei muita mancada com você, e você me perdoou todas as vezes, seria hipocrisia se eu não fizesse o mesmo.... Além do mais, esqueceu-se? Eu prometi que iria te proteger. 
*flashback-on 
"Eu vou te proteger, nunca irei permitir que isso aconteça com você de novo, não enquanto você estiver em Sweet, eu prometo." 
*flashback-off 
Isso só serviu para ela chorar ainda mais. 
– Hei, – disse tirando seu cabelo do rosto, – já disse que está tudo bem, agora pode me fazer o favor de parar de chorar? 
– Desculpe. 
– E para de pedir desculpas! Você eim... – tira de novo o cabelo que cobria o rosto, – caramba, porque você insisti em deixar seu cabelo solto? Toda hora tá ficando no seu rosto cobrindo metade da cara. 
– Eu gosto assim, tá? – Falou emburradinha, – só prendo no treino porque atrapalha. 
– Ok, ok, – ri, – agora podemos ir? 
Ela concordou com a cabeça, então seguimos nosso caminho. 
"Eu vou te proteger, não importa o que aconteça. " 


Notas Finais


AVISO!!! NÃO PERCAM O PRÓXIMO CAPÍTULO!!!

Obrigada por lerem!

Próximo capítulo: Dramática!
Previa: " Droga! Por que caralhos eu inventei de fazer aquilo? Acho que nunca mais conseguirei olhar pra cara dele de novo."


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