História Dance for Me - Min Yoongi Hot - O que está acontecendo?

Algumas semanas depois...

- Vamos meninas! – disse pegando minha bolsa, havia acabado a aula de dança, minhas pernas doíam. Observei quando os garotos Sairam dizendo que iriam a um jogo de basquete.

- Vou antes que você. – Channel se apressou e saiu da sala dando tchauzinho com os dedos.

- Vai ficar por ultimo Talita! – falei, todas nós iríamos para  um restaurante juntas, o clima perto do natal era ótimo, o frio chegava, assim como as festas e o concurso.

Olhei para trás antes que pudesse sair da sala de dança, o Yoongi falava ao celular gesticulando com as mãos como se estivesse irritado. Seu semblante ultimamente estava quieto, nos jantares coma família ele estava calado. Ele então me virei dando um suspiro, acredito que como sempre ele ficaria até tarde treinando, era o que fazíamos, ainda mais agora, duas semanas antes o concurso da Julliard’s.

Entrei no restaurante, no fundo dele uma mesa para as meninas e eu na qual eu fui a ultima a chegar.

- Vem Kat! Vou escolher. – falou a Talita apontando para o cardápio. Foi ela quem mais relutou quando contei que estava namorando com o Min Yoongi há alguns dias, disse que não era pra namorar com ele mas que se ele partisse meu coração ela estaria lá.

- tem o que? – falei colocando minha bolsa no chão perto da minha cadeira e ajeitando o rabo de cavalo que fiz.

- Tem sopa de algas,Kimchi, Bibimbap, Bulgogi , Doshirak , Ttteokbokki...

- Kimchi. – impedi que ela continuasse o falatório, estava cansada, estressada e com dor de cabeça. Era como se todo suor que saísse de mim quisesse voltar pra dentro de mim me sufocando.

Quando terminamos de comer a Emmy sugeriu que fizéssemos uma rodada do nosso dorama preferido ‘’Secret Garden’’, mostrava a história de duas pessoas que se odiavam mas que com o tempo passaram a se amar. Cler concordou sorridente, tirei o celular de meu colo e o liguei esperando ter alguma coisa na caixa de mensagens, suspirei vendo que não tinha.

- Ei! Acorda  - Talita falou dando um estalo a frente de meu rosto. Cler, Talita, Channel e Emmy  eram ótimas decifradoras de enigmas quando se tratava de mim.

- O que tá acontecendo? – Cler perguntou pousando seu celular desligado na mesa.

- nada. – olhei para o copo de suco e o ergui para tomar um gole.

- te conhecemos desde quando tinha treze anos Kat. Min Yoongi machucou seu coração? –Emmy perguntou atingindo o ponto que me fazia se distanciar da reunião.

- Não. – respondi acuada.

- vocês não estão muito próximos estas semanas. – Talita observou.

- E ele não está mais treinando tão bem. – Channel falou colocando a mão pálida sobre o peito. – minha opinião.

- eu percebi. – suspiro fundo. – eu acho quer não vou hoje para a noite de dorama.

- por que? É tão grave? Devemos reunir-nos para te ajudar? Colocar uma maquiagem bonita e pintar suas unhas? – Channel perguntou, eu acenei que não com a cabeça. – OMO! – ela suspirou.

- galera, eu só preciso me focar, tenho que treinar em casa também. – olho novamente para o Smartphone.

- Se ele partir seu coração, nós partimos a cara dele! – Talita, a mais feroz fala.

- é isso ai! Aquele branquelo que procurou. – Cler acena com raiva.

- Obrigada meninas, eu vou indo. – pego meu celular, e a bolsa do chão. – boa noite o filme, me contem tudo por mensagem. – levantei-me da cadeira e deixei minha arte para pagara  conta, em seguida sai.

Tinha deixado minha bicicleta em casa pois o freio estava meio que falhando e perto da minha casa havia uma ladeira que dava em um atalho para a escola, preferi não arriscar.

Com a bolsa nas costas, o casaco batendo nos dedos  e o cabelo preso fui andando até onde conseguia. Com o passar dos minutos o tempo foi se fechando, e algumas gotículas de água caíram sob meu rosto.

- Droga! – a chuva logo caiu e eu aproveitei o telhado de uma das lojas o centro para me amparar.

‘’Minha filha, suba aqui. – meu pai me pegou em seu colo, o sorriso radiante dele me guiou e suas mãos em puseram num banquinho e então pude ver a chuva que caia no jardim de casa. – Quando crescer entenderá essa frase, por enquanto apenas ouça atentamente, primeiro vem a chuva e depois o arco-iris. A ordem é sempre essa. E papai vai estar aqui para te apoiar sempre.’’

Essa era a frase de que me lembrava toda vez que chovia. Me agachei no cão e ergui meus dedos para fora do telhadinho da loja, os pingos molharam aos poucos minhas mãos, olhei adiante de mim, a praça vazia, a clinica do outro lado da rua, atrelado ao hospital, uma ambulância saia da porta, a sirene ligada fazendo um estandarte por onde passava, os carros com os vidros fechados e os pássaros escondidos.

Então prestei sem querer a atenção para a porta do hospital, e então virei meu rosto, com um guarda chuva estava Min Yoongi, era ele, pude ver suas costas, era ele, seu jeito de andar. Levantei-me, precisava falar com ele, cheguei a dar dois passos mas ouvi uma buzina que me despertou. Era o carro do meu tio, parado á minha frente. Olhei novamente, ele havia dobrado a rua e eu perdido minha chance, abri a porta do carro e entrei.

- Oi pai. – disse carinhosamente.

-Oi, e sua bicicleta? – ele perguntou.

- acho que está com o freio ruim.  – ele acelerou e fomos embora.

- vamos mandar ela para a oficina ok?

- ok. – provavelmente a oficina que ele falava era a do meu primo, um médico das bicicletas de dia e um cantor de bares á noite. Ele era realmente bonito, tímido e gentil. Era uma pessoa tranquila e em queme u confiava embora não tivesse tido muito contato. Park Jimin. A mãe dele queria que ele seguisse o emprego de advogado, até arrumou uma vaga pra ele em Harvard mas ele desistiu, disse que queria fazer o que gostava mesmo que ganhasse pouco.

Há pessoas que nos falam que nem escutamos, há outras que nos ferem e nem cicatrizes deixam, mas há algumas que aparecem de repente, e essas são as piores por que você se vê cercado, e refém a esse sentimento. Era o que Min Yoongi havia feito, e agora estava sequer dando bola. Mas eu tinha com o que me preocupar também, tinha as provas da faculdade, as tarefas em casa  e tinha que levar minha bicicleta a oficina, coisa que seria bastante difícil alguém me acompanhar.