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História Dance With Me! - Lágrimas de Sol (Part. 2) - Exilado: Água e Fogo


Escrita por: Yarv

Notas do Autor


Amores mios' :3 O.K., O.K., eu sei que vocês devem estar bem chateados pela minha demora e infelizmente eu não tenho lá essas explicações, mas não deixa de ser uma explicação: O branco que eu tanto odeio resolveu dar as caras novamente. Não só para essa mas para minha outra fic! Eu não conseguia escrever nem uma linha sequer, e isso me deixou bem triste' :( Eu não escrevo só por que eu quero: É uma paixão e acima de tudo a maneira que eu coloco meus sentimentos mais profundos para fora. Então pode ter certeza de uma coisa, sempre que escrever alguma coisa terá uma mensagem subliminar sobre a minha alma' ♡
Maaaasss, graças a Deus estou de volta! E pretendo voltar o mais rápido possível, ainda mais depois dessa... Sem spoiler hoje! XD
Espero que me perdoem e continuem dando muito amor a essa fic! Porque eu já amo vocês! ♡
Milhões de BJokas e ótima leitura! ♡♡♡

Capítulo 7 - Exilado: Água e Fogo


Naquele mesmo dia...

Walterfire/Colinas

...

 

A noite já havia caído quando as coisas se acalmaram um pouco, por assim dizer. Todos estavam esgotados, cansados, mas com medo demais para que pudessem fechar os olhos e dormir. A face de seus entes queridos pairavam sobre seus pensamentos, as expressões de horror causadas por uma guerra desnecessária e que já tinha ultrapassado limites e tempo demais.

Não aguentariam uma segunda vez daquilo. E ainda não tinham forças para depositar suas únicas e últimas esperanças numa criança confusa e assustada.

Haru havia chorado compulsivamente logo após sua transformação, pedindo os braços da mãe ou qualquer coisa que reconhecesse naquele mundo estranho e devastado. Mas tudo que pôde receber foi um feitiço de Meredy para que se acalmasse e dormisse profundamente.

O príncipe exilado lutava para segurar as lágrimas e a dor presas dentro de si, enquanto encarava a pilha de corpos a sua frente. Vermelhos e azuis se misturavam numa bagunça que o fazia pensar o que Makarov considerava como vida. O que ele pretendia com aquela inseminação de sofrimento...

Foi tolo ao pensar que todo o sofrimento acabaria quando seu irmão fosse morto. Mas tudo parece ainda pior: E não sabia se era pelo fato de seu coração estar doendo com a morte do mesmo. Tentava se consolar dizendo a si mesmo que chorava todas as noites pelo Lyon que brincava consigo em volta do trono do pai, disputando quem conseguiria correr pelo lugar em menos tempo.

A lembrança da risada do pai, de Lyon experimentando a coroa, dos segredos e confissões trocados entre si lhe fez soltar um soluço.

Nunca foi tão difícil ter o sangue azul correndo nas veias.

Uma mão afagou de leve seus ombros o que o fez se tencionar por um instante, mas logo que se virou todo seu corpo relaxou. Pena que ela já o tinha visto chorar...

Juvia sorriu docemente enquanto se abaixava para ficar na altura do príncipe. Doía nela mesma ver aqueles olhos tão lindos apagados e sem esperança.

- Meu amor... - Sussurrou, deslizando os dedos pelo rosto agora sujo de seu amado. Nunca o tinha visto assim antes e isso a fez sorrir, mesmo que tristemente. - Preciso que você faça algo.

Gray engoliu em seco e não respondeu sequer uma palavra.

Ela suspirou, sabendo o quanto o fardo que sempre carregou, desde a morte do pai, pesava agora.

- Eu sei que é difícil. Até mesmo ter esperanças... - Ela fechou os olhos ao se lembrar da irmã e teve que reprimir a própria vontade de chorar. - Mas precisamos acreditar que alguma coisa irá acontecer. Mesmo que pareça impossível! Temos que ficar a espera de um milagre...

Ele apenas concordou com um aceno de cabeça. Ela suspirou e colou suas testas, tentando tranquilizar aquela dor e aquele peso com as mãos.

- Precisa falar com o Natsu.

Dessa vez ele a olhou.

- Natsu?

- Sim. Ele... Ele não aceita ver Haru. E mesmo que não entenda, Haru precisa dele. - Ela sorriu novamente e Gray se sentiu relaxar. - Ele precisa de Haru. Nós precisamos de Haru...

Esperanças. Para ser sincero já não tinha mais nenhuma. Mas, o que custava tentar?

- Tudo bem. - Falou exasperado, já se levantando e se preparando para os olhares homicidas que iria receber dos vermelhos. - Tudo bem...

Precisava esconder sua dor, pelo menos mais um pouco. Afinal, passou a vida inteira aprendendo a esconder muitas coisas. Principalmente seu coração.

 

 

 

 

 

Não se importava que o chamassem se covarde. Não se importava nenhum pouco. Mas sabia que não manteria o controle ao olhar naqueles olhos tão parecidos com os dela, os cabelos exatamente iguais aos dela, e saber que ela nunca mais iria voltar.

Era demais para si. Era um peso que dessa vez, era pesado demais para suportar.

E assim como várias outras vezes, apenas abaixou a cabeça entre as mãos e chorou. Chorou na esperança que sua alma fosse limpa, que a culpa saísse de si e que tudo fosse perfeito.

Pelo menos uma vez... Mais uma vez...

- Natsu.

Arregalou os olhos e imediatamente olhou para trás.

Era a última pessoa que pensaria ou queria ver naquele momento.

O príncipe exilado o encarava com seu costumeiro ar autoritário. Não tinha culpa, afinal, desde seu nascimento havia sido criado assim.

Mas sua cabeça havia sido moldada de outra maneira, mais justa e melhor do que qualquer rei antes de si jamais teve.

O príncipe não se surpreendeu ao ver Natsu o fuzilar com o olhar. Os olhos vermelhos pelas lágrimas começavam a ficar escarlates pelo poder.

- O que está fazendo aqui?

Gray soltou um riso sem humor algum.

- Acha mesmo que comparado a atual situação em que nos encontramos, eu vim aqui brigar com você?

- Não acho nada, príncipe. - O tom propositalmente azedo o feriu mais do que gostaria de admitir. - Apenas não confio em você.

- Em mim?! - Indagou, dando dois passos perigosos a frente. Uma pequena chama se ascendeu em uma das mãos de Natsu. Mas isso não foi o bastante para intimidar o príncipe. - Ou no sangue que corre em minhas veias?

- O sangue que corre em suas veias é o mesmo que matou o meu povo! - Grunhiu o rosado deixando a dor falar mais alto que sua razão.

- O meu povo também foi morto pelo seu! - Bradou Gray, deixando uma lágrima solitária correr. - Os corpos empilhados lá fora não são só seus! São meu povo também!

Natsu arregalou os olhos. Aquilo não era de todo mentira.

Os dois se silenciaram, apenas observando um ao outro. A verdade era que tinham mais coisas em comum do que realmente gostariam de admitir.

- O que importa... - Murmurou o príncipe, limpando o rosto cansado e sujo. - é que seu filho é a única esperança que nós temos. Tem os dois sangues correndo nas veias...

Ouvir aquilo em voz alta fez Natsu cambalear um pouco. Pensar em Haru o fazia pensar em...

Não! Pensar no nome dela era ainda pior!

- Tenho consciência disso. - Murmurou quase num sussurro. - Mas o que você quer que eu faça?

Gray o olhou com repulsa.

- Não está claro? É seu filho! Você precisa falar com ele! Explicar o que está acontecendo!

Aquilo o fez sentar. Era muita coisa, muitas lembranças...

Tinha quase certeza que ele era muito parecido com ela.

- E-Eu não posso... - Gaguejou, apavorado demais com aquela possibilidade.

- Você não tem escolha! - Gritou Gray, agora claramente perdendo a cabeça. Não tinha culpa. A situação era desesperadora. - Olhe para os corpos lá fora! Você quer aumentar aquele número?!

- Isso não é culpa minha! - Gritou Natsu se levantando.

- NÃO É DE NINGUÉM! - Berrou Gray mais alto.

Isso fez os dois se assustarem.

O príncipe não ousou dizer mais nada. Apenas saiu, deixando Natsu a sós com sua consciência e seus pensamentos.

 

 

 

 

 

Campos

 

Ainda se impressionava com o quanto Haru era parecido com o pai. Além dos cabelos loiros, nada mais lembrava Lucy... A não ser a personalidade.

- Você precisa comer! - Exclamou Erza já pela quinta vez. - Vai ficar mais fraco do que já está...

E assim como todas as outras vezes, ele não respondeu absolutamente nada, virando a cabeça em todas as vezes em que ela tentava lhe dar de comer.

Erza desconfiava que juntando a teimosia de Natsu a de Lucy aquela tarefa se tornaria impossível! Com certeza daria uns tapas naquela bunda tão grande quanto a de Lucy se ele não fosse a criança da profecia.

- Haru, por favor... A tia já está perdendo a paciência!

E ele simplesmente a ignorou.

- Haru.

Os dois pularam com a voz grossa que se fez ouvir atrás deles. Mesmo assim, Haru virou a cabeça bem mais rápido que a ruiva.

Natsu estava de pé com os braços cruzados e uma expressão de poucos amigos, juntando o fato de sua espada estar bem mais visível que o normal. Erza suspirou. Aquele não era um modo muito agradável de se apresentar a um filho que se estava acabando de conhecer, levando o fato de que ele era uma criança de 5 anos de idade.

Como esperado, o pequeno o olhou com espanto. Erza não sabia se era pelo fato de estar assustador ou se pelo pai saber seu nome.

- C-Como sabe meu nome?

E apenas com um olhar a ruiva se retirou, entregando o prato com a comida que dava a criança a Natsu.

A situação poderia ser considerada engraçada se não fosse de extrema delicadeza. Natsu simplesmente não sabia o que fazer em seguida, enquanto o garoto o encarava ainda assustado.

Finalmente o rosado, mesmo que muito desajeitado, se sentou ao lado do filho. Preferia olhar para o prato do que para aqueles olhos tão parecidos com os dela.

- Coma. - Disse simplesmente, enquanto erguia a colher sem ainda encarar o garoto.

Mas foi surpreendido ao ter a mesma acertada por um forte chute, assim como o prato em suas mãos. Quando levantou os olhos se surpreendeu ainda mais ao ver que o garoto chorava compulsivamente.

- Eu não quero comer! Eu não quero nada desse lugar! - Gritou com ardor e logo um de seus olhos começava a queimar num tom avermelhado. - Eu quero a minha mãe! Quero meu pai! Estou com medo!

Natsu não pode deixar de sentir seu coração ser ferido pelas penúltimas palavras. Pai?! Quem era o pai dele?!

- Pai?!

- Sim! Quero meu papai! - O garoto soluçava e logo uma poça de água tremeluziu ali perto. O rosado só se surpreendia cada vez mais. - Papai! Mamãe! Por favor, me tirem daqui!

- Olhe para mim! - Gritou o rosado, agarrando o garoto pelos ombros. Não pensou ao berrar, em completo desespero: - EU SOU SEU PAI!

Tudo pareceu silenciar.

Haru não se debateu e seu pequeno corpo caiu sentado na grama, enquanto a consciência do que fizera recaía sobre Natsu.

A brisa fresca balançou os cabelos do filho, que o encarava com os olhos arregalados. Sem cor... Sem brilho...

E antes que se desse conta do que acontecia, Haru era arrancando com brutalidade do chão bem diante dos seus olhos.

Mal teve tempo de reagir já que seu corpo foi igualmente lançado para longe.

Alguma coisa o perfurou no pulmão e enquanto cuspia o próprio sangue, tentava se orientar do que estava acontecendo.

A grama verde agora coberta por azul. Fardas azuis...

Aldeia da Água.

Gritos, desespero, tudo se repetindo novamente...

Mas tudo que conseguia focalizar era Makarov, parado o olhando fixamente, enquanto seu exército exterminava seu povo mais uma vez.

Uma voz invadiu seus pensamentos, aguda e absurdamente desconfortável. Gritou com todas as suas forças enquanto as palavras eram proferidas:

 

"Eu até deixaria a criança viver, a criança da Profecia. Mas ele é um descendente seu, Natsu... O mal que precisa ser exterminado desse mundo. Minha família será vingada do sangue da sua geração...

Sua semente precisa ser exterminada desse mundo."


Notas Finais


O-O
Aguardo vocês aqui em baixo!
BJokas! ♡


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