Naquele mesmo dia resolvemos ir pro bar de novo, mas dessa vez num bar mais afastado do centro, onde não tinha muita gente. Todo pessoal ia também, então teríamos a oportunidade de ver Lilith de novo e tirar novas conclusões.
Eu estava na quinta cerveja e o Ed no quarto copo de whisky quando ela chegou. Estava inteira de preto, com uma maquiagem bem pesada. Não parecia a mesma garota de outra noite; agora ela parecia um demônio de verdade.
A chamei de canto pra conversar.
- Eu não sei se você lembra, mas você me disse que é um demônio.
- Sim, eu sou. E pelo visto você tá precisando de ajuda. É Stevie o nome dele, não é? Do cara que tá possuído e te perturba.
- Como você sabe disso Lilith? - eu estava pasma.
- Ah, pelo amor de Deus Morgana, - ela riu - eu sou um demônio. Eu sei de tudo. Ele está possuído por alguma entidade muito forte, eu só não sei qual é ainda.
- E você pode me ajudar?
- Você realmente quer fazer um contrato com um demônio?
- Quero. Isso não é uma questão, contanto que você resolva meu problema.
- Mas eu vou querer algo em troca.
- O quê, por exemplo?
- Vou pensar e preparar o contrato depois que conhecer a entidade. Mas eu quero que você tome cuidado. Meus irmãos não são tão bons quanto eu.
- Tá. Vê se pensa logo no que você quer.
- Pode deixar, Morgana.
E lá se foram mais cinco, talvez oito copos enormes de cerveja, e eu já não enxergava mais nada concretamente. Com a visão embaçada, vi entre as árvores algumas sombras. Não eram muitas, talvez três ou quatro.
- Vocês tão vendo aquilo?
- Sim. Quanto menos você olhar, melhor é pra você.
- Por quê, Lilith?
- Você sabe porquê. - me olhou com a pior cara possível.
É claro que, à aquela altura, eu já sabia o que era. Eram os irmãos da Lilith. Eu tava numa situação muito perigosa, envolvida em um contrato com uma entidade, um possuído me perseguindo e um demônio do meu lado. Não tinha realmente nada à meu favor.
- Ed, vamos embora. Agora.
- O que aconteceu morcega? - ele me olhou sem entender.
- Vamos, só vamos.
Fomos nos despedindo e entramos no carro. Eu tinha pego o número da Lilith e estava preocupada com a minha segurança e a de Ed. O que pode acontecer daqui pra frente?
Chegamos em casa e fomos direto pra cama. Eu estava um caco, parecia que tinha bebido rios de cerveja. E talvez eu tivesse mesmo. Olhar Ed daquele jeito, tão solto e confortável na minha cama, me fazia ter pensamentos não tão puros assim.
Deitei do seu lado e fiquei observando.
- O que foi? - ele perguntou sonolento.
- Nada. Gosto de te olhar.
- Ainda bem. Espero poder te olhar por muitos anos.
- Ah, não seja fofo quando eu estou tendo pensamentos tão impuros.
- Então estamos pensando na mesma coisa.
Uma onda de calor subiu pelo meu corpo e como num pulo fui direto pra ele e começamos a nos beijar loucamente. Quando me dei conta estava apenas de lingerie e ele de cueca. Ele estava me encarando.
- Você quer mesmo fazer isso?
- Se você continuar me fazendo essas perguntas imbecis eu vou perder a vontade.
O pouco de roupa que sobrava sobre nossos corpos foi tirada e eu pude perceber a expressão de "uau" dele quando tirei meu sutiã. Isso me fazia entrar em uma competição silenciosa com ele, fazendo ele ficar mais submisso à mim a cada experiência nova. Talvez eu estivesse com muito álcool no sangue.
Depois de muito lábio, língua, puxão de cabelo e sexo finalmente paramos. Eu estava exausta e saciada, e ele parecia estar também. Me deitei sobre seu peito e dormimos como bebês.
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