Sim mãe. Ok. Eu aviso ela. Também te amo. Até daqui a pouco.
- O que foi? - eu perguntei com receio.
- Minha mãe marcou sua terapia pras 16h. Eu conversei com ela e ela me disse que seria melhor se você fizesse individualmente. Tudo bem?
- Sim, eu já havia até esquecido disso. - e à propósito, cá entre nós, não queria lembrar.
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O dia correu bem e calmo. Almoçamos uma comida gostosa, assistimos um filme. E a "grande" hora chegou.
Entrei no carro dele e fui levada até o único hospital psiquiátrico de Forks: o St. Louis. Era um terreno enorme, bem afastado da cidade. Tivemos que pegar estrada pra chegar até lá. Tinha um jardim lindo, cheio de flores coloridas e bancos de madeira, tipo aqueles que tem nas praças. O prédio tinha pelo menos quatro andares, oito torres de observação, todo branco com suas janelas e telhado negros. E os muros, é claro. Os muros que cercavam o lugar eram tão imensos que eu não consigo imaginar quantos metros tem.
A recepção parecia de um museu. Estátuas artísticas espalhadas pra todos os lados, quadros enormes, muita iluminação natural, um balcão de madeira e mármore e uma secretária gordinha e simpática demais pra quem trabalha num hospital psiquiátrico.
- Boa tarde. Posso ajudá-los? - ela disse dando um meio sorriso e se ajeitando na cadeira, empurrando os óculos de volta pro topo do nariz.
- Oi, Margareth. Faz tempo que não venho aqui. Sou eu, Eddie. - ele disse sorrindo.
- Ed? Sério? Como você cresceu, criança! - as bochechas grandes dela ficaram rosadas de alegria instantaneamente - Quem é essa moça bonita que te acompanha?
- Essa é minha bem, hum... - ele ficou vermelho - bom, essa é a Morgana. Minha mãe está esperando ela.
- Hmmm, Morgana, sei. Olá querida. É no segundo andar, sala 103. Qualquer coisa que precisar pode me chamar. E Ed, cuide bem dela. - ela olhou pra ele com muita seriedade por trás dos óculos.
- Pode deixar.
- Obrigada, Margareth. - eu sorri e comecei a percorrer o corredor.
Ed se agarrou no meu braço esquerdo com força. O corredor era comprido, branco e com janelas enormes. O pé direito era bem alto, dava impressão que eram duas paredes, uma em cima da outra. A cada passo ele apertava mais meu braço.
- Tá tudo bem Ed?
- T-Tá si-sim... É só que eu não gosto muito daqui. Depois eu te explico. - paramos em frente à uma escada hiper larga com um piso de pedra escuro. - Eu não posso subir lá, então boa sorte, meu amor. Minha mãe vai cuidar bem de você, eu garanto. Daqui duas horas eu te encontro.
- Não se atrase e cuidado com a estrada. Sinta minha falta.
Subi as escadas e passo a passo aquele lugar me assolava.
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