14h45. Bom dia férias. Esfreguei os olhos com preguiça e como um zumbi me dirigi à cozinha, que estava com um cheiro ótimo de chá e pão com manteiga na chapa.
- Mas você já tá acordado???? - me surpreendi quando vi Ed fazendo nosso café/almoço.
- Na verdade eu tô acordado há horas, mas você é um trator e não acordava por nada nesse mundo, então supus que o cheiro de comida faria você levantar - ele riu - e pelo visto, eu estava certo.
Eu sorri pra ele e fui dar um beijo em sua nuca, quando ouvi os carros estacionando no quintal. E cinco segundos depois, Emma. Nossa maravilhosa e escandalosa Emma.
- CHEGUEI CARALHO! UH UH UH UH UHHHHHHH - ela entrou fazendo uma dancinha ridícula e todo mundo atrás cheio de mochilas e um monte de coisa pendurada nos braços mijava de dar risada.
Eu fui até lá segurar a porta pra todo mundo entrar. Enquanto eles arrumavam suas coisas nos seus determinados aposentos, eu saboreei o almoço com comida de café da manhã de Ed. Subimos pra trocar de roupa e fomos pegar o carro pra ir no mercado.
- Dan, fala que você trocou seu carro com a minivan da sua mãe, por favor, diz que você usou seu pequeno cére...
- SIM NÉ - ele me interrompeu - Olha a belezura lá!
- ESSE É MEU MENINO! - Ed disse brincando com ele.
Entramos nós todos, os oito, dentro duma minivan azul marinho de tiazona. Imagina a cena.
Dan e Lucy foram na frente e todo o resto foi amontoado atrás.
- Mano, isso aqui tá literalmente parecendo a Máquina de Mistérios do Scooby Doo - Ben disse e todo mundo riu.
- E até temos o Scooby - eu disse indicando à mim mesma, convenhamos, comida é a melhor coisa que o ser humano já inventou.
- E nós estamos indo comprar mais comida! - os olhinhos de Anggie até brilharam.
- Agora sabemos quem é o Salsicha - Emma disse e eu e Ang nos abraçamos.
Entramos no mercado e foi o famoso e famigerado clichê americano adolescente: fotos dentro do carrinho, muita zoeira, os funcionários loucos e uma bronquinha no final, só pra eles fingirem que realmente se importam.
Compramos alguns (muitos, MUITOS MESMO) fardos de refrigerante e cerveja, algumas garrafas de vinho barato, MUITA comida congelada, sorvete, uma quantidade imensa de absorvente (é, nós quatro menstruamos todas ao mesmo tempo... Que desastre) macarrão, e todas essas comidas fáceis e rápidas. Dois pacotes enormes de papel higiênico e uma quantidade absurdamente imensa de doces.
Como tudo isso e nós todos coubemos dentro do Batmóvel? Nobody know. Mas não foi fácil. Quando cheguei em casa, minha blusa estava toda marcada com a sola da bota de Emma.
Deixamos as compras em casa e já voltamos pra Máquina de Mistérios com destino à única loja mística de Forks, a Meia Lua. Notem que Forks tem muitas únicas lojas de muitas coisas.
Compramos velas, amuletos, livros de rituais de todos os tipos, mandingas e apetrechos de todos os tamanhos e voltamos à batcaverna.
Eu ajeitei tudo onde era o escritório do meu pai. Deixei tudo separado do resto da casa, o moço indígena dono da loja que recomendou. Deixamos todos os livros na estante, as velas guardadas e os amuletos pendurados onde podiam dar a devida proteção.
O tio Carl passou em casa com a tia Martha pra poder ver como tudo estava e entregar a papelada que eu tinha pedido: ficha criminal do Stevie e da mãe dele, dados sobre o pai biológico dele, casos de pessoas desaparecidas nas devidas circunstâncias e tudo mais.
Agora só o que podíamos fazer era trabalhar duro pra encontrar a pista certa.
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