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Kayo Aika
Aika bebericava um chá na sala do aquário. Ela, pessoalmente, achava a visão dos peixes agradável. A tranquilizava, na maioria das vezes. Observava com atenção um peixinho dourado nadar entre os corais rosados.
Definitivamente, era curioso.
Acreditava que o inverno já havia chegado. Sabia que já era época. Estavam lá haviam 4 meses.
Interrompeu sua reflexão ao ouvir a porta ser aberta. Eram Akane e Naomi.
— Oh, olá - cumprimento a bailarina, colocando a xícara de chá no pires.
— Oi - Akane resmungou, entrando. Atrás de si, Naomi suspirou e acenou com a cabeça.
— Akane e seu constante bom humor... - a soldado sorriu, sentando-se ao lado da bailarina.
— Cale a boca, Naomi - retrucou, esticando os braços e os colocando atrás da cabeça.
— Vocês duas são...confusas - Aika comentou, bebericando o chá.
— Como assim? - ambas perguntaram, em uníssono.
— Antes não se suportavam e agora vivem juntas, mesmo que se alfinetando - olhou-as por cima dos óculos, com os olhos brilhando de curiosidade.
— Ah, sim. Eu sei lá, me acostumei com essa mau-humorada - Naomi passou o braço pelo pescoço da garota e a puxou para perto de si, tocando suas bochechas.
— E-ei! Eu vou passar minha espada na sua garganta! - a pirata tentou se soltar, com o rosto levemente vermelho.
Os olhares das duas se encontraram e a soldado sorriu.
— Bom, vou me encontrar com o Kazuo agora - Aika levantou-se e pegou a xícara e o pires.
Ambas pareceram não ouvir.
Saiu da sala e fechou a porta.
Sorria.
°°°
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Toyo Ryotaro
Ryotaro não demorou muito a voltar á superfície. Tossiu e cuspiu água, enquanto aguardava Mikio subir também. Ele já vencera.
Ambos estavam na piscina, competindo para ver quem ficava mais tempo debaixo da água. Era a décima derrota do corredor.
Quando Mikio subiu, Ryotaro quase ficou cego. A água espirrou para todos os lados.
— Eu venci! De novo - ele sorriu e Ryotaro fez uma careta.
— Eu sei, eu sei. Parabéns - retrucou, cruzando os braços. - Não sou uma Aoi Asahina da vida.
— Tem razão, ela é mais bonita - Mikio riu ao sentir os socos fracos de Ryotaro em seu braço.
— Idiota - cansou-se e saiu da piscina, acompanhado do jogador. Lançou-lhe uma toalha.
— O que vamos fazer agora?
— Sei lá. Animes? - sugeriu, com os olhos brilhando.
— Tudo bem!
Tomaram um banho rápido e dirigiram-se á sala de recreação. Mikio ria ao ver o ânimo de Ryotaro.
Divertiam-se facilmente juntos.
°°°
Não se surpreenderam quando Monokuma avisou-os pessoalmente sobre o novo andar...ou melhor, nova sala, de manhã. Afinal, ele não havia dado nenhum motivo para eles.
Ryotaro fizera tudo por livre e espontânea vontade.
— Upupu...ora, onde estão Ryotaro e Aika? - perguntou, fingindo não saber o que havia acontecido á eles. Olhou em volta, com a pata no queixo. Até que pareceu lembrar-se. - Ah, sim. Mortos - riu, de forma maldosa.
Kazuo cerrou os punhos. Sentia um gosto amargo na boca.
— Bom, como sabem, um novo andar seria liberado. Mas eu acabei me decidindo por deixá-lo por último. Liberei á vocês uma nova sala, no mesmo andar da academia - ele deu lhes as costas e acenou. - Aproveitem e tenham uma vida cheia de desespero.
Quando o urso saiu, os 8 alunos restantes entreolharam-se.
O violinista não acreditava que em menos de um ano haviam sido reduzidos pela metade somente por pequenas coisas que o urso lhes dava. Os momentos que passaram todos juntos sempre voltavam á sua cabeça, lhe dando um motivo para continuar a lutar. Não desistiria de sair dali. Vingaria seus amigos e, assim, faria-os descansar em paz.
Seu coração apertou ao perceber que ninguém sabia onde estavam os corpos deles - provavelmente, jogados numa vala qualquer sem qualquer chance de um "adeus" digno.
— Bom, vamos todos na sala nova. Assim, quem sabe, não acontecerá outro assassinato - Yumi falou, novamente com o tom indiferente.
Akane remexeu-se, inquieta, e soltou um resmungo irritado.
— Não acredito que você ainda se mantém indiferente diante de tudo isso. Ryotaro estava certo no dia que você o esbofetou - a pirata olhou a modelo nos olhos. - Você sabe que Katsuo não vai voltar e, como você mesma disse, chorar não adianta nada.
Um sorriso sarcástico nasceu nos lábios de Yumi.
— Perdoe minha falta de educação, mas...quando lhe perguntei algo? - inclinou-se, parecendo infantil.
Diante da resposta, os outros arregalaram os olhos. Ao ver que a pirata não tinha resposta, voltou á sua posição normal e saiu.
Com uma careta, Akane a seguiu, junto com os restantes.
~~~~~~~~
A nova sala era um laboratório de biologia. Havia uma prateleira cheia de variados tipos de venenos e todo o material para dissecação estava num armário.
— Tudo aqui pode ser usado para um assassinato, mas não para uma fuga - suspirou Kazuo, devolvendo o potinho que continha cianeto com cuidado para seu lugar na prateleira.
Mikio estava nervoso. Não demorou muito para que saíssem e para que cada um seguisse seu caminho.
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