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História Danganronpa - The Return Of Despair - Despair Side - Episode 6


Escrita por: UltimateDespair

Notas do Autor


Desculpem, demorei mais que o necessário para acabar esse cap :v

Capítulo 10 - Despair Side - Episode 6


Fanfic / Fanfiction Danganronpa - The Return Of Despair - Despair Side - Episode 6

Despair Side

Episode 6: The Low Points Of Life
"Quando eu estiver em casa podemos falar sobre partes ruins de estar na estrada"
- Touch And Go, Ed Sheeran

Ter de passar pelos quartos de Haru e de Momoka definitivamente me deixava entristecida. No dia seguinte a ambas as mortes, tudo pareceu cinza. Não havia uma hora em que eu não pensasse neles. 

No café, ver todo mundo chegando e saber que dois dos nossos amigos não passariam por aquela porta era massante. Nos sentamos juntos, como era rotina.

Silêncio ocupava a mesa, e de fato ninguém comia ou bebia. Encaravam o vazio, o nada.

- Ei, gente - Sho começou, hesitante e se levantando da cadeira. - Nós podemos fazer algo para homenageá-los.

- Como? - Ainya falou, triste. - Nós nem sequer sabemos onde estão os corpos.

Ainya falara a verdade que todos se recusavam a aceitar. Foi como um tapa.

- As imagens pixeladas - murmurou Minoru, erguendo o rosto em seguida. - Podemos fazer algo com elas.

- O que por exemplo? - Azuma disse, com amargor. 

- Qual é, gente - Minoru se levantou, subindo na própria cadeira. O seu capuz caiu da cabeça devido ao movimento súbito. - Quanta falta de esperança! Acho que eles gostariam de nos ver bem.

- "Bem" com eles mortos? Bem difícil - Jirou sibilou, com o lábio trêmulo. - Isso não é nem possível!

- É claro que é - Minoru retrucou, com um sorriso pequeno e compreensivo. - Nós deveríamos ser gratos por tê-los conhecido. E acho que todos somos! Não deveríamos chorar por tê-los perdido, mas por termos aproveitado cada momento bom neste cruzeiro com eles. Tivemos a oportunidade de conhecer duas ótimas pessoas e sermos amigos deles. Eles estiveram conosco contra o desespero. Eles eram esperança! E é por isso que devemos ser como eles e lutar contra o desespero também!

Silêncio.

O hacker puxou novamente o capuz sobre a cabeça e desceu da cadeira.

- Eu vou lutar - sussurrou, saindo com as mãos nos bolsos. - Espero que vocês também.

Minoru estava certo.

Naquele momento, acreditei que todos nós reconhecíamos aquilo.

°°°

- A vida é feita de altos e baixos. A morte de Momoka e Haru foram só mais uns desses pontos - Jirou disse, sentado em cima da mesa. O vento bagunçou seu cabelo. - Mas foram muito, muito baixos.

Ouvi a conversa entre Aya e Jirou, enquanto procurava descansar a cabeça.

- Isso não é algo a se discutir - Aya olhou para o céu, onde o sol começava a se por. 

- Seja lá quem estiver por trás de Monokuma, ele vai pagar pelo que fez - sussurrou, em tom ameaçador. - Nossos amigos não vão ficar impunes.

Vi a garota pousar a mão sobre a dele, numa tentativa de tranquilizá-lo. Me retirei em seguida.

°°°

- Natsumi-nyan! 

Virei-me, pouco antes de entrar no quarto.

- Oi, Ainya - sorri, afastando a mão da maçaneta.

- O Monokyunma quer falar conosco, está no salão do café - falou, olhando para o chão. - Mas você não apareceu. Decidi te procurar, ele estava se zangando com o fato de não estarmos todos juntos.

Suspirei, fazendo com que a mais baixa me olhasse atentamente.

- O que foi? - perguntou, de forma curiosa.

- Me pergunto o que ele quer - tirei o cabelo do rosto com um sopro. - Definitivamente não é algo bom. Ele nunca faz coisas boas quando aparece, de qualquer modo. Só quer nos...desesperar.

Ainya me abraçou de súbito e eu não soube reagir no mesmo instante. Devo ter demorado alguns segundos antes de abraçá-la de volta.

- Não se preocupe, Natsumi-nyan. Eu vou estar com você! - sorriu assim que se desvencilhou. - Todo mundo vai sair dessa junto.

- Bom, vamos ver o que o Monokuma quer, antes que alguém acabe sendo punido - respondi, começando a andar para evitar olhá-la nos olhos.

É, eu estava sim com vergonha.

°°°

- Finalmente chegaram! - o urso demoníaco falou, vindo nos recepcionar na porta do salão. - Estavam fazendo o quê? 

Não soube identificar o significado do seu novo tom na segunda fala. Fiz uma careta e me sentei junto com Ainya e Minoru numa mesa próxima.

- Nada de mais, não acha? Ainya foi chamá-la, somente isso - Dominik rebateu, entediado.

Quando vi o sorrisinho malicioso de Minoru, rapidamente entendi o que Monokuma queria dizer. Senti minha face esquentar.

- Por Deus, não - murmurei, enterrando o rosto nas mãos. 

Ainya pareceu não ter entendido, portanto, continuou aguardando o que o urso queria falar.

- Bom, como vocês estavam falando algo sobre homenagear seus amiguinhos mortos - disse, sentando-se numa mesa. - Eu decidi deixar que façam isso, pupu.

- Como? - Sho perguntou. - Homenageá-los não é algo muito esperançoso para você?

- "Esperançoso", você diz. Não acho! Afinal, vocês vão lembrar deles. Não é desesperador saber que seus amigos nunca irão voltar? Que morreram em vão, já que daqui ninguém vai conseguir sair? - perguntou, cruzando as pernas e agitando as patas. - Eu acho que sim. E se vocês se desesperarem, quem ganha sou eu!

Nojo definia bem o que nós sentíamos após aquele breve discurso. Minoru estava quieto, com um brilho diferente no olhar enquanto encarava o urso.

- Monokuma, seu desespero não é forte para alguns aqui - disse Takaeshi, mexendo nos seus cabelos curtos.  - Já usou nossa família contra nós. Falar que nos desesperaremos por simplesmente querermos nos lembrar de nossos amigos é bem fraco.

- Oh, mas esse não é o motivo que vou lhes dar - o urso sorriu, rolando para trás e logo ficando de pé. - Ele saíra em breve, estou muito ocupado. Podem ter a esperança, mas se ela for forte demais, viraria desespero, não acham?

Pulou da mesa e, saltitando, acabou por sair do salão.

- Urso idiota - murmurou Aya, com Jirou concordando em seguida.

- Vamos ver um filme ou jogar alguma coisa. Quem perder faz o jantar! - Azuma disse, passando os braços pelo pescoço de Ainya e em seguida pelo meu.

°°°

- Sobrou para mim - suspirou Sho, assim que Jirou comemorou sua vitória.

- Quer ajuda, Sho-kyun? - perguntou Ainya, com as mãos repousadas sobre o colo. Pareceu animada.

- Oh, aceito sim, Ainya - sorriu, levantando-se e batendo na própria calça. - Natsumi, pode ajudar a gente também? 

- Posso sim - respondi, me levantando do sofá. 

Assim que Sho saiu, meus olhos se encontraram com os de Ainya. Poderia jurar que vi seu rosto ruborizando antes de sair em disparada atrás do nosso amigo. 

Pouco tempo depois, estávamos na cozinha, enquanto o resto de nós aguardava no salão. Me aproximar do local onde Momoka havia morrido ainda era algo um tanto incômodo, mesmo ocupando minha cabeça com os legumes para o assado.

- Sho-kyun, vou perguntar para os outros qual suco preferem - Ainya falou saindo rapidamente em seguida.

- O que está havendo com ela? - perguntei, assim que coloquei os legumes picados na travessa.

- Não percebeu? - perguntou Sho, provando o molho que havia feito. - Prove isso aqui.

- Perceber o quê? - peguei a colher, levando-a a minha boca. - Está faltando um pouco de sal.

Assentindo, apressou-se a temperar o molho de forma correta.

- Bem, acho que ficou bem claro para todo mundo lá na sala dos jogos, quando ela ficou vermelha - sorriu, ajeitando os óculos. - Parece que ela se interessa por você.

Aquilo definitivamente me pegou de surpresa. Não consegui evitar um sorriso.

- Bom saber - respondi, espreguiçando-me. - Quanto tempo para o assado ficar pronto mesmo?

- Não mude de assunto - riu, enquanto saíamos da cozinha.

Ainya entrou em seguida, passando por nós rapidamente.

- Não estou mudando - retruquei, sentando-me entre Minoru e Takaeshi. Sho sentou-se na minha frente, entre Poison e Kim.

- Mudando o quê? - Azuma perguntou, brincando com um garfo.

- O assunto - Sho respondeu, pousando a mão no queixo.

- Falavam sobre o quê? - Aya levantou os olhos do bloquinho, interessada.

- Sobre a quedinha da Ainya? Imaginei - Minoru chutou, balançando a cadeira e recebendo um aceno positivo da cabeça vindo do professor.

- Caramba, gente. Vocês acham mesmo que isso é possível? - perguntei, rolando os olhos para o alto.

- Se olharmos a forma como ela reagiu só por terem trocado um olhar, sim - Dominik sorriu.

Ouvimos o som de algo sendo posto na mesa e, num gesto automático, viramos a cabeça na direção dele. Era Ainya, com o suco. E muito vermelha.

Não falou nada, simplesmente saiu.

- Acho que não deveríamos ter discutido isso - Raiden disse, jogando a faca para o alto e a pegando.

- Bom, eu não discuti. Foram vocês - Poison ressaltou, olhando para o lado.

- Eu vou atrás dela - suspirei. Empurrei a cadeira e me virei para Sho. - Vem comigo. Quando eu a achar, vai pedir desculpas. 

Dando de ombros e assentindo brevemente, me seguiu.

- Minoru! Tire o assado do forno daqui a dez minutos - apontou para o hacker, que brincava com um de seus bottons.

- Ahn? Por que eu?

Sho não respondeu, estava comigo fora do salão.

°°°

Eu sabia que ela estava no convés.

- Ainya? - chamei, hesitante. - Olhe, Sho está comigo, quer pedir desculpas.

- NãoquerofalarcomoSho! - falou, rápido. Respirou fundo, havia perdido o fôlego. - Não agora!

Reprimindo um suspiro, indiquei com a cabeça o salão. Entendeu o recado, saindo em seguida.

- Ei, Ainya, está brava? Quero dizer, você tem o direito de estar brava, mas...está brava comigo?

Ouvi-a suspirar assim que se virou para mim.

- Não. Mas eu queria ter te contado - ruborizou, olhando para o lado em seguida. - Não queria que soubesse pelo Sho ou por ninguém.

- Então era verdade - murmurei, evidentemente surpresa.

- Desculpe, Natsumi-nyan - olhou para baixo.

- Não sei pelo quê - retruquei, logo puxando-a pela mão. Sorri. - Vem, o pessoal está te esperando.

- Não está brava? 

Olhei-a com descrença.

- Sério? Não tem porque estar brava. Eu estou... - mordi o lábio, já sabendo o que sentia exatamente. - Feliz. É, feliz.

O sorriso de Ainya só serviu para me deixar mais contente.

Aquele foi sim um ponto alto da minha vida.


Notas Finais


Estou sem net em casa, postando somente por estar na casa da minha avó, roubando o wifi do meu tio (valeu por ter me dado a senha, a propósito, apesar de nem estar lendo isso :v).


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