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História Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 5: Coragem - Medo (Ato 1)


Escrita por: Phantasmagoric

Notas do Autor


Esse capítulo é bem longo, para compensar o Ato 2 que eu acho que vai ser bem curto porque não consegui pensar em muitas pistas ;-;
Desculpem pela demora
Espero que dê pra ver direito
Deixem seus comentários e espero que gostem <3

Capítulo 10 - Capítulo 5: Coragem - Medo (Ato 1)


Fanfic / Fanfiction Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 5: Coragem - Medo (Ato 1)

Sete sobreviventes. Estávamos todos reunidos naquele refeitório, que estava parecendo mais espaçoso do que nunca. Não conseguíamos comer, pelo menos não eu.

Queria ir para casa e jogar uns videogames. Mas...estou aqui. Pelo menos...eu ainda tenho meus amigos para me impedir de ficar louco.

-Será que...nós vamos morrer também? (Kazuki)

-Nós não vamos morrer, do que está falando? (Kenji)

-Nós vamos sobreviver, Kazuki. Nós vamos sair daqui. (Izumi)

-Eu estava pensando... (Fumio)

-Pare de ficar só no “pensar” e nos diga. (Haruka)

-Nós temos um último andar para explorar, não é? (Fumio)

-Sim, nós íamos fazer isso daqui a pouco. (Ayaka)

-Mas, antes, acho que tem uma coisa que devíamos fazer. (Fumio)

-Nós devíamos amarrar uns aos outros para impedir que alguém mate mais alguém! (Yoshie)

-Mas aí um de nós ia ter que ficar solto e ia poder matar todos os outros. (Haruka)

-Eu posso ficar solta! Eu não vou matar ninguém! (Yoshie)

-Yoshie, o nervosismo está te fazendo ter ideias estúpidas. Tome um chá. (Haruka)

-Tá bom... (Yoshie)

-Enfim...vocês lembram o que Kimiko disse...antes de ser executada? (Fumio)

-“ Nem tudo é o que parece ser, às vezes foi só sorte...” (Izumi)

-Só sorte....o que ela quis dizer com isso? (Kenji)

-E se nós...acertamos que ela era a assassina...apenas por sorte? (Izumi)

-Nós somos mesmo tão sortudos assim? (Kazuki)

-Se fôssemos sortudos, não estaríamos aqui. (Ayaka)

-Talvez nós tenhamos interpretado uma das pistas errado. (Haruka)

-Ela disse que Akio queria nos deixar uma mensagem. Será que aquela mensagem de morte dele...não era para incriminá-la? (Kenji)

-Nós a acusamos por acidente. E acertamos. (Fumio)

-Mas então, o que era aquilo, afinal? (Yoshie)

-Temos que responder a essa pergunta e a várias outras. (Kazuki)

-Como, por exemplo, qual é a daquela outra Monofaca? E o que é aquilo que achamos no palco? Qual o grande mistério desta escola? Quem criou este jogo e por quê? (Ayaka)

-Eu sinto que a resposta para isso não está no quinto andar. (Fumio)

-Devíamos ir ver o que Ayaka e Kazuki descobriram no palco. (Izumi)

-Então vamos. (Haruka)

-Hum...Sim, vamos. (Fumio)

Fomos todos para o palco. Estávamos com as duas Monofacas.

O corpo de Akio não estava mais lá, como esperado. Ele provavelmente estava no necrotério, junto com os outros...

Ainda me pergunto o que aconteceu com o corpo de Kimiko, no final. Aquela execução foi tão surreal...

-Bem, mostrem o que era. (Fumio)

-Estava mais ou menos aqui...atrás das cortinas... (Ayaka)

-Aqui! Eu achei! (Kazuki)

-O que é isso? (Haruka)

-Parecem pequenas aberturas... (Kenji)

-O tamanho delas...parece o suficiente para colocar as Monofacas! (Izumi)

-Vamos tentar encaixá-las! (Ayaka)

-Izumi e Kenji, eu gostaria que fizessem as honras. (Fumio)

-Nós? Por quê? (Kenji)

-Ora, vai ser emocionante! Façam! (Haruka)

-Acho que devia ser eu e a Ayaka. Nós que achamos isso aí. (Kazuki)

-Está com inveja, Kazuki? (Yoshie)

-Meh...Um pouco. Eu queria ter um momento de protagonismo. (Kazuki)

-Bem...Vamos, Izumi. (Kenji)

Depois de pegar as duas Monofacas, eu e Izumi colocamos uma em cada uma das aberturas.

-Está um pouco difícil...mas eu acho que encaixa sim! (Kenji)

-Hehehehehehehehehe.... (Kazuki)

-Por que está rindo? (Ayaka)

-FRASES DE DUPLO SENTIDO! (Kazuki)

-Idiota. (Ayaka)

-As duas facas encaixaram. (Izumi)

-Vai explodir! (Yoshie)

Esperamos.

O suspense estava nos matando.

Mas...não aconteceu nada.

-Não vai rolar nada? (Kenji)

-Hum... (Fumio)

-Deixe-me ver. (Haruka)

Haruka se aproximou da parede e, ao dar um leve toque nela, um painel com um pequeno teclado apareceu e ela caiu para trás, assustada.

-Argh! (Haruka)

-Hahaha! Haruka caiu! Venha cá, deixa eu te ajudar. (Yoshie)

-Obrigada. O que é isso? (Haruka)

-Um painel...parece que temos que colocar uma senha. (Fumio)

-Uma senha...O que poderia ser? (Ayaka)

-Hum...Me deixe tentar uma coisa. (Izumi)

Eu me afastei para que Izumi pudesse se aproximar do painel. Não vi o que ela digitou...mas funcionou! Um pedaço da parede começou a tremer levemente.

-Funcionou! O que você digitou? (Kenji)

-A mensagem de Akio. “Morte”. (Izumi)

-Então ele tinha descoberto a senha... (Kenji)

-Queria saber como ele descobriu. Mas não vamos ficar nos perguntando isso agora, temos que ver qual é a dessa passagem secreta. (Fumio)

-Passagem secreta? (Yoshie)

-Yeah, vocês estavam distraídos aí pensando, e enquanto isso a parte da parede se abriu em uma porta! (Ayaka)

Todos olhamos perplexos para aquilo e, com medo, adentramos a sala escura.

Eu ouvia a risada do Monokuma ecoando na minha cabeça...mas parece que era só minha imaginação. Eu estava tenso.

Depois de andar por um pequeno corredor, chegamos no que parecia ser um depósito.

-Que lugar é esse? (Haruka)

-Não tem câmeras aqui também. (Ayaka)

-Cof cof...mas é bem empoeirado...cof... (Yoshie)

-Parece que não é muito usado. (Fumio)

-Hey, tem uma coisinha bastante suspeita aqui! (Kazuki)

-Isso é....uma entrada de internet! (Fumio)

-Uma entrada de internet?! Então podemos conectar o laptop aqui e tentar pedir ajuda! (Ayaka)

-Você! (Fumio)

Fumio estava praticamente esfregando o dedo na minha cara.

-O-o que tem eu? (Kenji)

-Kenji, eu acredito em você. Vá pegar o laptop e volte aqui! (Fumio)

-Tá bom... (Kenji)

Saí correndo da sala. Eu tinha que ir na sala de banho e voltar logo, mas tinha que parecer discreto ao mesmo tempo.

A esperança de todos estava em minhas mãos...

Eu desci os três andares o mais rápido que pude, e cheguei na sala de banho suado e ofegante. Eu tinha que procurar aquele laptop...

-Onde será que está…Eu não lembro o armário em que Fumio deixou! Que droga, eu sou um inútil! (Kenji)

Senti um tapa por trás da cabeça, seguido por um quente abraço por trás.

-Você não é inútil! (Izumi)

-Ai! I-Izumi?! O que está fazendo aqui? (Kenji)

-Bobão, você esqueceu a chave. Eu vim aqui trazer. Olha, é este armário aqui. (Izumi)

Ela apontou para o armário e me deu a chave. Ela poderia ter aberto ele ela mesma..., mas pelo visto, queria que eu fizesse as honras.

-Obrigado...bem, vamos lá. (Kenji)

Abri o armário, meio tenso e ainda um pouco ofegante da corrida de antes. O laptop estava realmente dentro do armário, e havia também um cabo.

Assim que eu peguei eles e coloquei discretamente de baixo da minha blusa, Izumi se aproximou e me beijou.

Foi um momento...especial...

-IZUMI?! O que foi isso? (Kenji)

-Hum...eu não sei...é só que estamos a sós...eu acho que não teria coragem de fazer isso depois. (Izumi)

-Então...você... (Kenji)

-Sim, eu gosto de você, Kenji. Sério que ainda não tinha percebido? (Izumi)

-Bem, eu... (Kenji)

-Hehe! Não se preocupe! Eu sei que você também gosta de mim! (Izumi)

-Você sabia?! (Kenji)

-Bem, Kazuki confirmou para mim. Ele não é muito bom em guardar esse tipo de segredos, sabia? (Izumi)

-Que droga... (Kenji)

-Eu quero que nós possamos sair daqui, Kenji...Todos nós...juntos... (Izumi)

-Eu também... (Kenji)

-Depois que saírmos daqui...você poderia conhecer meus pais...e aí, você sabe... (Izumi)

Eu estava imaginando toda uma vida feliz ao lado dela.

Mas foi aí que ela me fez pensar...

Eu me lembrei da minha família.

Como será que eles estavam?!

Será que estavam muito preocupados?

Eu nem sei mais há quanto tempo estamos aqui...

-Pais...será que seus pais estão preocupados com você? (Kenji)

-Tenho certeza que estão procurando por nós...é por isso que não podemos demorar muito neste lugar...temos que sair logo e voltar para nossas famílias. (Izumi)

-E também dar as más notícias às famílias dos outros... (Kenji)

-Realmente, não vai ser fácil... (Izumi)

-Nós devíamos subir logo. Fumio deve estar esperando. (Kenji)

-É, não seria bom deixar ele esperando. (Izumi)

-Okay, vamos. (Kenji)

-Espera, Kenji, mais uma coisa. (Izumi)

-Sim? (Kenji)

-Você...ainda gostaria de mim...se eu te contasse uma coisa ruim? (Izumi)

-Que tipo de coisa ruim? (Kenji)

-Apenas responda... (Izumi)

-Sim, eu ainda gostaria de você. (Kenji)

-Obrigada...Aqui. (Izumi)

Ela me deu uma folha de papel dobrada.

-O que é isso? (Kenji)

-Eu estava te devendo um poema, não é? Aí está. Não leia agora, okay? Prometa. (Izumi)

-Tudo bem...Prometo. Não vou ler agora. (Kenji)

Guardei o poema no bolso e, ainda segurando o laptop e o cabo por de baixo da blusa, eu e Izumi saímos da sala de banho.

-Hey! O que estavam fazendo lá? (Monokuma)

-Er...nada. (Kenji)

-Seus safadinhos! Eu sei muito bem que vocês são bastante próximos, Kenji e Izumi! (Monokuma)

-O que acha que estávamos fazendo? (Izumi)

-Olhe para o Kenji, ele está todo suado! E tenho certeza de que você não estava tomando um banho! (Monokuma)

-Nós estamos com pressa, Monokuma. (Kenji)

-Pressa? Para o quê? Vão para o segundo round...? (Monokuma)

-Só deixa a gente ir! (Kenji)

Toda vez que tentávamos passar, o urso nos impedia. Eu queria chutá-lo para longe, mas era contra as regras. Tivemos que insistir muito para ele parar de insinuar coisas e deixar a gente ir.

Subimos de volta para o quarto andar, tomando cuidado para não parecer mais suspeitos do que já estávamos, e voltamos para a sala secreta.

-É estranho que o Monokuma não tenha entrado aqui. (Izumi)

-Talvez ele não consiga ver direito...o palco é escuro. (Kenji)

-Não mais escuro do que esse corredor. (Izumi)

-Ora, já estava na hora. (Fumio)

-Fufufufu...Vocês estavam aproveitando, não estavam? (Kazuki)

-Você trouxe o cabo que estava no armário também, eu imagino. Esqueci de te avisar sobre ele, mas você não é cego, eu acho. (Fumio)

-Sim, eu trouxe. Aqui está. (Kenji)

-Ótimo! Agora me deem apenas alguns minutos...Kazuki, vou precisar de sua ajuda! (Fumio)

-Cá estou eu! (Kazuki)

-Acho que seria bom vocês esperarem lá fora. Pareceria muito suspeito todos nós desaparecermos de uma vez, chamaria a atenção do Monokuma. (Fumio)

-Okay. Grite quando terminar. (Haruka)

-Ou se o Kazuki tentar te matar! (Yoshie)

-Eu não vou fazer isso! (Kazuki)

-Se cuidem, vocês dois. (Ayaka)

Todos ficamos esperando fora da sala enquanto Fumio e Kazuki faziam os preparativos para sei lá o quê.

Agora que notei que eu era o único garoto por lá. Que constrangedor.

-Você acha que vai ter mais alguma morte...? (Haruka)

-Do que está falando? É claro que não vai! (Ayaka)

-Yoshie não vai matar ninguém! (Yoshie)

-Nós temos que tomar cuidado...mas não podemos ficar duvidando uns dos outros. (Ayaka)

-Temos que acreditar nos nossos amigos! (Kenji)

-Você realmente está soando como um protagonista, Kenji! (Izumi)

-Hey! Pessoal! (Kazuki)

Kazuki chegou correndo bastante animado.

-Venham logo ver! (Kazuki)

Seguimos ele correndo de volta pelo corredor, e Fumio estava rindo maleficamente em frente ao laptop.

-Temos conexão!! (Fumio)

-Rápido, tente fazer contato com alguma coisa! (Ayaka)

-Espera...chegou um arquivo aqui! (Fumio)

-Pode ser vírus! Não abra! (Yoshie)

Fumio abriu o arquivo e apareceu, na tela verde, a imagem de uma garota inocente e fofa de cabelos curtos e castanhos.

-Isso não é uma garota. (Kazuki)

-Não...?! (Kenji)

-Sim, é óbvio! (Kazuki)

-O que importa é: Quem é esse garoto? (Haruka)

-Meu nome é Alter Ego! Eu fui criado pelo Programador de Nível Super Colegial, Chihiro Fujisaki, e este é um pedido de socorro! Os alunos da Classe 78 da Academia Topo da Esperança foram isolados na escola, e estão tendo que matar uns aos outros! Vários alunos já morreram! Se você está recebendo essa mensagem, por favor, mande socorro! Suspeitamos que o diretor da Academia é o organizador do jogo! (Alter Ego)

-Hey! Você pode me ouvir? (Fumio)

Pelo visto, não podia. Fumio então tentou digitar.

-Sim, eu consigo te entender. Mas eu não tenho muito tempo...minha conexão em breve irá expirar...Quem está do outro lado? (Alter Ego)

-Peça ajuda também! (Haruka)

-“Nós somos alunos da Classe 1 da Academia Nova Esperança. Nós também fomos presos na escola em um jogo de assassinato, e só temos 7 sobreviventes. Meu nome é Fumio Manabu, o Hacker Nível Super Colegial.”. É o suficiente? (Fumio)

-Mande logo! (Ayaka)

Mas quando Fumio enviou a mensagem, algo estranho aconteceu e o laptop desligou.

-O que aconteceu? Desligou do nada! (Ayaka)

-Ah não, ah não! (Fumio)

-O que foi? (Izumi)

-Acho que pegou um vírus... (Fumio)

-Eu disse que aquele arquivo era perigoso! (Yoshie)

-Droga...temos que achar um jeito de... (Fumio)

-Precisamos de outro computador! (Kenji)

-Demoraria muito para pegar outro computador na biblioteca, e a maioria deles nem funciona. Que droga! (Fumio)

-Então...estão suspeitando que é o diretor da Academia Topo da Esperança que fez aquilo com eles... (Haruka)

-Será que é o diretor da Nova Esperança que colocou a gente nessa, também? (Ayaka)

-Eu acho bem possível... (Kazuki)

-Nós devíamos sair dessa sala antes que o Monokuma comece a suspeitar... (Izumi)

Fizemos isso. Deixamos o laptop de volta no armário, mesmo não funcionando mais, e o cabo também.

 Embora muito frustrados, pelo menos tínhamos uma ideia: o diretor era nosso inimigo? Foi ele que fez isso conosco?

-Pupupu! Vocês descobriram! (Monokuma)

-Monokuma! (Fumio)

-Vocês acharam a sala secreta, meus parabéns! (Monokuma)

-Você sabia que estávamos aqui? (Kenji)

-Ora, eu não sou burro! Sou um urso! Vocês não estavam em nenhum lugar da escola, então se não estavam na sala de banho, só podiam estar aqui! E a porta estava aberta! (Monokuma)

-Você...vai nos matar? (Yoshie)

-Ora, não, não! Vocês não lembram da regra? (Monokuma)

-“Regra número quatro: Não há limites rígidos quanto à investigação, você está livre para examinar a escola como quiser.” (Izumi)

-Exatamente! Vocês estão apenas investigando, então eu não posso brigar com vocês! No entanto... (Monokuma)

-No entanto? (Haruka)

-Eu não posso deixar vocês ultrapassarem o limite da curiosidade! É por isso que eu plantei um vírus no sistema da escola, para caso vocês fossem tentar entrar na rede! (Monokuma)

-Você...Você é o diretor da Academia, não é? (Kenji)

-Ora, sim, eu sou o diretor! Eu disse no primeiro dia! (Monokuma)

-Não, quero dizer quem está te controlando. (Kenji)

-Não tem ninguém me controlando! Eu sou um urso independente! E um urso independente atrasado, ainda! Tenho que ir! (Monokuma)

Monokuma então desapareceu.

-Foi ele que colocou o vírus...Era esperado. (Fumio)

-Se ele tentou nos impedir, é porque estávamos no caminho certo. (Haruka)

-Nós ainda temos que olhar o quinto andar. (Ayaka)

-Ah, é, o quinto andar deve ter aberto depois daquele julgamento! (Kazuki)

-Aquele julgamento... (Kenji)

-Nós devíamos ser gratos ao Akio, afinal. (Izumi)

-Bem, vamos descansar um pouco e depois vamos para o quinto andar. (Haruka)

Foi o que fizemos. Descemos de volta para o primeiro andar...

Eu fiquei no meu quarto. Pensei em ler o poema de Izumi...mas algo me dizia que eu devia esperar mais.

Eu fiquei pensando no que ela me disse...

Então ela realmente gosta de mim...

Por falar em gostar, como será que está o Kazuki com a Ayaka? Será que eles estão namorando?

Hum...

Pensamentos de um adolescente normal...

São esses que eu devia ter o tempo todo...

E não “sobreviva, não deixe te matarem” e coisas desse tipo...

É tudo culpa do Monokuma. Tudo culpa do diretor.

Acho que uma hora e alguns minutos devem ter se passado. Eu devo ter pegado no sono um pouco.

Lavei meu rosto e fui para o refeitório, todos estavam lá.

-Vamos para o quinto e último andar dessa escola. (Haruka)

-Hey, pessoal, vamos fazer uma coisa legal! (Kazuki)

-Que tipo de coisa legal? (Ayaka)

-Vamos todos juntar nossas mãos e depois jogar para cima! Vamos celebrar nosso trabalho em equipe! (Kazuki)

-Isso é meio coisa de criança... (Haruka)

-Não seja chata. Yoshie gostou da ideia! (Yoshie)

-Hehe, você falou que nem a Kimiko! (Ayaka)

-Haha, acho que isso é contagioso! (Yoshie)

Eu até que gostei da ideia de Kazuki.

Todos juntamos nossas mãos umas em cima das outras, e depois jogamos para cima com um grito de guerra determinado.

Nós estamos perto do fim disso.

Nós vamos sobreviver.

Olhei para o rosto de cada um...o sorriso deles é o que eu quero proteger.

Especialmente o de Izumi.

É por esses sorrisos...que eu não posso morrer, e não posso deixar mais ninguém se tornar uma vítima desse jogo doentio.

-Vamos! (Kenji)

Subimos lentamente para o quinto andar.

Conforme passávamos por cada um dos andares, memórias dos casos e julgamentos anteriores vinham à minha mente...

As mortes de nossos amigos, as execuções...

Eu não quero esquecer deles, mas eu adoraria esquecer aquelas visões.

-Esse andar parece bem pequeno e vazio... (Ayaka)

O quinto andar consistia apenas de um longo corredor...sem quase nada. Ele era pouco iluminado, mas tinha câmeras e monitores por toda parte.

A única sala que vimos foi a diretoria.

-A diretoria... (Yoshie)

-É aqui que o diretor deve estar. (Haruka)

-Então é só a gente entrar e eu dou um socão na cara dele! (Ayaka)

-Espere! (Fumio)

Ayaka já estava pegando impulso para dar uma voadora na porta.

-Esperar por quê? Estamos prestes a acabar com isso! Só tenho que dar um jeito nessa porta! (Ayaka)

-Mas a porta nem está trancada. (Fumio)

-Oh...O-okay. (Ayaka)

Ela então se aproximou da porta e a abriu calmamente.

A sala estava vazia e escura...

-Diretor? Onde está você? (Yoshie)

-Apareça, malfeitor, para receber sua punição divina! (Kazuki)

-Não tem ninguém aqui... (Kenji)

-Na verdade, tem sete pessoas aqui. (Fumio)

-Você entendeu o que eu quis dizer! (Kenji)

-Sete pessoas e um urso! (Monokuma)

-Monokuma! (Ayaka)

-Se você está aqui... (Izumi)

-A pessoa que está te controlando realmente não está por perto...? (Haruka)

-Então será que não é o diretor? (Yoshie)

-Só por que não está na diretoria, não quer dizer que não seja o diretor. (Ayaka)

-Mas por que você apareceu aqui, ser das trevas? (Kazuki)

A porta se trancou brusca e dramaticamente por trás de Monokuma.

-Eu adoro desafios. (Monokuma)

-E o que que tem? (Kenji)

-Eu gosto de desafiar, e eu gosto de ser desafiado. Como quando Akio Tsumeo me desafiou a uma partida de xadrez para descobrir o segredo por trás da abertura misteriosa na porta... (Monokuma)

-Foi assim que ele conseguiu a segunda Monofaca... (Fumio)

-E agora, eu que vou desafiar vocês! (Monokuma)

-Que tipo de desafio você está nos propondo!? (Kazuki)

-É bem simples: eu quero ver quanto tempo vocês aguentam ficar isolados aqui nessa sala... (Monokuma)

-Bem, nós estamos presos esse tempo todo nesta escola. (Haruka)

-Mas vocês tinham o que comer. Será que vocês vão aguentar a fome? (Monokuma)

-Espera, nós não vamos ter comida? (Ayaka)

-Eu vou abrir uma exceção à regra de dormir fora dos quartos, okay? Vocês podem dormir por aqui. (Monokuma)

-Você está falando sério? Vai nos deixar aqui trancados até morrermos de fome?! (Kenji)

-Sim! Bem legal, não é? (Monokuma)

-Então...nós vamos ter que comer uns aos outros? (Yoshie)

-“Comer” em que sentido? (Kazuki)

-Bem, se vocês quiserem sair daqui...é a mesma regra para a escola em geral, só que em menor escala! Digamos que...apenas seis pessoas sairão dessa sala. Ou cinco, depende do humor. (Monokuma)

-Então...só poderemos sair daqui depois que alguém morrer? (Haruka)

-Sim! Só depois que um aluno matar alguém, vocês poderão sair desta sala! (Monokuma)

-Você é realmente doente, diretor... (Yoshie)

-Bem, eu vou indo agora! Aproveitem seu tempo para se aproximarem! (Monokuma)

Ele sumiu do nada, se enfiando entre as tralhas da diretoria. Queria saber como ele faz aquilo...assim poderíamos fazer também...

Mas não podíamos. Tínhamos que ficar confinados naquela diretoria.

E íamos morrer de fome...

A menos que um de nós morresse.

Ou era um, ou eram todos.

Por que ele quer nos fazer escolher?

Argh!

-Eu estou com fome! (Yoshie)

-Não fica falando de comida. (Haruka)

-O que vamos fazer para passar o tempo...? (Kazuki)

-E quanto tempo vamos ter que fazer passar? (Fumio)

-Não sabemos quanto tempo vamos ficar aqui... (Izumi)

-Vamos ficar aqui até alguém ter coragem de matar outra pessoa. (Haruka)

-E aí, teremos outro julgamento. (Ayaka)

Estávamos sentados em círculo no chão da diretoria.

Sim, podíamos investigar, mas estávamos muito cansados para isso.

Decidimos tentar dormir. No chão, mesmo.

-Parece que estamos acampando...mais ou menos... (Kazuki)

-Pelo menos temos uns aos outros... (Ayaka)

-Ayaka ficou toda sentimental de repente. (Yoshie)

-Qual o problema? Eu sou uma garota, tenho meus momentos de fraqueza às vezes. (Ayaka)

-Venha cá! (Kazuki)

Kazuki tentou abraçar Ayaka, apenas para levar um soco e ir parar do outro lado da sala.

-Ai! (Kazuki)

-D-desculpa! Foi reflexo! (Ayaka)

-Boa noite, Kenji. (Izumi)

-Boa noite, Izumi. (Kenji)

-Boa noite, todos! (Fumio)

Depois de umas risadas, todos decidimos dormir. Estávamos com muito sono.

-Aham! Com licença! O dia está começando! Vamos dar o nosso melhor para fazer do dia de hoje o melhor dia! (Monokuma)

-Yawn...ainda dá para escutar o anúncio do Monokuma mesmo aqui... (Yoshie)

-Bom dia, todos! (Kazuki)

-Yeah, não é muito bom dia. (Ayaka)

-Estão todos vivos? (Haruka)

-Eu estou! (Izumi)

-Eu também! (Fumio)

-Yeah, eu estou. (Kenji)

-Okay, ninguém morreu ainda. (Haruka)

-Bom dia, raios de sol! (Monokuma)

-Você veio nos libertar? (Yoshie)

-Não! E você está com bafo! É sobre isso que vim falar: tem um banheiro aqui, se precisarem, okay? Ia ser um saco ter que ficar num espaço fechado com gente fedendo. Bem, era só isso! (Monokuma)

Hum...tem um banheiro. Menos mal. Pelo menos não vamos ficar cheirando mal. Ter que aguentar a fome e o mau cheiro seria uma missão muito complicada.

-Então vamos revezar para escovar os dentes e tomar nossos banhos. (Haruka)

-Por que não tomamos banhos em duplas? Eu me ofereço para ir com a Aya- (Kazuki)

Antes que ele terminasse, levou um chute na cara.

-Negado. (Ayaka)

-Bem, então quem vai primeiro? (Haruka)

Depois de uma acirrada disputa, ficou decidido que a ordem seria: Haruka, Fumio, Yoshie, Kazuki, Ayaka, Izumi e, por último, eu.

É, eu sou bem azarado.

-Nhaaa....Eu estou ficando cansada. (Izumi)

Izumi se inclinou sobre meu ombro. Ela estava tentando de tudo para ficar mais próxima de mim, e eu estava a evitando sem querer, e me sentindo culpado por isso.

-Quando vocês vão assumir o namoro? (Kazuki)

-Quando você e a Ayaka assumirem o de vocês. (Kenji)

-Nós não estamos namorando! (Ayaka)

-E aquele beijo? (Kenji)

-V-você viu?! (Ayaka)

-Beijo? Conta mais! (Yoshie)

Começamos a falar das fofocas das nossas vidas como garotas adolescentes, e assim o tempo passou bem rápido.

-Vocês sabiam que tem equipamento de espionagem no depósito da escola? É super legal! (Kazuki)

-Tem de tudo no depósito desta escola. (Haruka)

-Não tem uma espada mágica! (Kazuki)

-Eu sempre quis ser espiã... (Yoshie)

-Deve ser super legal. E você é quieta, Yoshie, acho que combinaria muito bem! (Ayaka)

-Hihi! Mas eu me afeiçoei muito às plantas e aos animais... (Yoshie)

-Como estamos todos contando histórias, acho que eu vou contar uma bem interessante. (Fumio)

-Conta! (Yoshie)

-Izumi, eu acho que já é hora, não é? (Fumio)

-Se você quiser... (Izumi)

-Do que ele está falando? (Kenji)

-Izumi e eu...somos irmãos adotivos. (Fumio)

-Uau! Isso é uma reviravolta inesperada! (Kazuki)

-Então é essa relação que você tinha dito que tinha com ela antes? (Kenji)

-Sim. Minha família adotou Izumi quando...uma outra coisa aconteceu. Isso é história para outra hora. (Fumio)

-Mas e a que você ia contar? (Haruka)

-Ah, sim! Eu ia contar da vez em que teve um incêndio em um shopping, e Izumi salvou minha vida! (Fumio)

-Hehe, eu lembro disso! (Izumi)

-Wow! É sério?! (Ayaka)

-Sim, ela ficou prendendo a respiração para não inalar a fumaça. Ela é muito boa nisso! (Fumio)

-Qual é, para de me bajular! (Izumi)

-Estou tentando te ajudar a impressionar o Kenji! (Fumio)

-Me impressionar? (Kenji)

-Hahaha! Ele ficou vermelho! (Haruka)

Continuamos contando as histórias.

Foi surpreendente finalmente entender a relação entre Izumi e Fumio...

-Com licença, todos os alunos! Agora são 22:00, e o Horário Noturno entra em vigor. O refeitório está fora dos limites agora. Tenham todos uma boa noite, e sonhem com os anjinhos... (Monokuma)

Logo, mais um dia acabou.

-Aham! Com licença! O dia está começando! Vamos dar o nosso melhor para fazer do dia de hoje o melhor dia! (Monokuma)

Acordamos de novo. A fome estava ficando cada vez maior...mas estávamos tentando distrair uns aos outros para não pensar nisso.

-Bom dia, vocês. (Fumio)

-Todos continuam vivos? (Haruka)

-Eu! (Ayaka)

-Meu coração ainda palpita com a chama da esperança! (Kazuki)

-Eu estou de boa. (Fumio)

-Yaawn... (Izumi)

-Estou bem! (Yoshie)

-E eu. (Kenji)

-Ufa... (Haruka)

Depois de mais uma vez repetir a disputa pelo banheiro, tive que esperar todos irem, do mesmo jeito. Ficamos fuçando pela diretoria...mas não tinha nada útil.

Havia um monitor, havia uma câmera, haviam janelas com placas de ferro, papéis jogados com informações que a princípio pareciam úteis, mas não eram...

E era um lugar meio empoeirado que ficava bem escuro à noite.

Nada muito especial.

-Eu não estou aguentando mais... (Ayaka)

-Se não está mais aguentando, basta matar alguém. (Haruka)

-O que está dizendo, Haruka? Você não é assim! (Yoshie)

-Eu não quero que ninguém morra...Mas eu não quero morrer de fome... (Haruka)

-Ninguém quer. (Izumi)

-Mas nós temos que ser fortes. Nós vamos sair daqui uma hora ou outra. (Kazuki)

-Eu tentaria arrombar essa porta, mas não estou com força o suficiente... (Ayaka)

-Não tem nenhuma ferramenta aqui para tentar abrir ela... (Fumio)

-Não tem nenhum tipo de chave mestra ou algo assim por aqui...? (Kenji)

-Nessa bagunça, levaria décadas para achar algo útil. (Fumio)

Silêncio se fez presente na sala...

-Vamos dormir mais cedo hoje. Deve ajudar a distrair a fome. (Kazuki)

Mas não estávamos com sono.

A noite já estava chegando...

Eu...decidi tomar uma medida drástica.

Eu ia morrer.

Morrer por todos que estavam ali.

Eu ia me matar, e eles iam poder sobreviver.

Sim...eu acho que é o melhor que eu poderia fazer.

Por todos eles.

Por Izumi.

Eu morreria feliz se fosse por eles.

Eu ainda estava com uma das Monofacas no meu bolso.

Eu peguei ela, e estava me preparando para enfiar ela em meu pescoço...

Todos estavam tentando dormir...ninguém ia saber...

Mas...e o Julgamento...

Como eles iam se virar?

Bem...eles são todos inteligentes, eles iriam descobrir...

Então, acho que é isso.

É aqui que minha vida acaba.

Espero que isso não doa...

-Kenji, pare! (Izumi)

-O quê? Izumi?! (Kenji)

-O que pensa que está fazendo, idiota?! (Izumi)

Ela me deu um tapa na cara, e parecia que seus olhos estavam com lágrimas. Não sei se o que doía mais era meu rosto ou meu coração, com a culpa.

-D-desculpe...eu só quero que vocês... (Kenji)

-Escute aqui: eu não quero que pense nisso de novo. Nós vamos sair daqui, e ninguém precisa morrer. (Izumi)

Ela estava segurando meu rosto com lágrimas escorrendo por sua face, e eu senti meus olhos lacrimejarem um pouco.

-Desculpa... (Kenji)

-Me dê essa faca. (Izumi)

-Okay... (Kenji)

-Eu vou escondê-la. (Izumi)

Tomei atitude e a dei um beijo rápido.

-Vamos dormir agora, okay? (Izumi)

-Vocês ainda não foram dormir? (Ayaka)

-Ainda nem é horário noturno ainda... (Haruka)

-Yawn...parem de fazer barulho, eu estava pegando no sono. (Kazuki)

-Silêncio, vocês. (Fumio)

-Está ficando escuro aqui... (Yoshie)

-Com licença, todos os alunos! Agora são 22:00, e o Horário Noturno entra em vigor. O refeitório está fora dos limites agora. Tenham todos uma boa noite, e sonhem com os anjinhos... (Monokuma)

Do nada, fiquei com um baita sono.

Me deitei... e fui dormir...

-Aham! Com licença! O dia está começando! Vamos dar o nosso melhor para fazer do dia de hoje o melhor dia! (Monokuma)

-Aaah! Acordei mais um dia! (Kazuki)

-Estão todos aí? (Fumio)

-Hum...Yaaawn... (Haruka)

-Hey, pessoal, tem algo ali no armário. (Yoshie)

-Será que é comida?! A comida está balançando?! (Ayaka)

Eu nem tinha notado que tinha um armário lá. Mas agora que eu prestei atenção, parecia mesmo ter algo dentro dele.

-Eu vou abrir. (Kenji)

Eu abri o armário...

-........AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!! (Kenji)

Eu gritei.

Gritei muito alto.

Gritei até desmaiar...

Quando vi o corpo de Izumi Sayuri, a Poeta Nível Super Colegial, cair de dentro do armário...

 


Notas Finais


Pronto, agora só temos 6 alunos restantes u-u Pupupu
Deixem seus comentários e até a próxima, espero que tenham gostado! :3


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