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História Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 6: Esperança - Desespero (Ato 2)


Escrita por: Phantasmagoric

Notas do Autor


Okay, isso ficou MUITO longo!
Mas acho que foi uma boa conclusão!
Eu realmente espero que gostem...
E não, tecnicamente não é o último capítulo!
Ainda tem o epílogo depois! :D

Capítulo 13 - Capítulo 6: Esperança - Desespero (Ato 2)


Fanfic / Fanfiction Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 6: Esperança - Desespero (Ato 2)

Nós estávamos determinados a vencer aquele desafio do Monokuma e sair daquela escola vivos.

Depois de tudo o que passamos, não podemos desistir agora!

-Então, por onde vamos começar? (Haruka)

-Uma sala de cada andar está com uma ou mais pistas. Mas eu não vou dizer quais! Vocês vão ter que procurar! (Monokuma)

-Apenas uma sala de cada andar? (Yoshie)

-Ele quer que nós percamos tempo procurando de sala em sala... (Fumio)

-Então nós devíamos correr! Já se passaram três minutos! (Kazuki)

-Quem diria que um monólogo heroico demoraria tanto tempo... (Kenji)

-Bem, acho que o mais adequado seria começar pelo primeiro andar. (Ayaka)

E assim faremos.

Nos separamos e fomos explorar o primeiro andar e cada sala que nele havia...

As salas de aula, a enfermaria, a lojinha, a sala de banho, a lavanderia, o depósito de lixo e a sala de áudio e vídeo.

Na sala de banho, achamos

Nesta última, achamos o que poderia ser uma pista.

-Tem alguma coisa aqui... (Yoshie)

-Isso é uma televisãozinha. (Ayaka)

-Ela é fofa! (Yoshie)

-Parece um tipo de televisão fundido com um aparelho de DVD...Que bruxaria é essa?! (Kazuki)

Era uma pequena televisão com uma entrada para DVD’s e alguns botões.

-Um DVD portátil? (Kenji)

-Mas não temos nada para colocar nele...(Haruka)

-Hum...será que está em outro andar, o DVD que devemos colocar aí? (Ayaka)

-Não, não está em outro andar. Estava na lojinha. (Fumio)

-A lojinha? Nós nem nunca fomos lá. (Ayaka)

-Talvez seja exatamente por isso que o Monokuma colocou essa pista lá! (Kazuki)

-Estava como prêmio de um jogo que tinha lá, mas eu não estava com paciência então eu meio que...”quebrei o sistema” e peguei o DVD. (Fumio)

-Mas o Monokuma não disse que só uma sala de cada andar teria pistas? (Yoshie)

-Talvez fosse um blefe...para nos fazer parar de procurar assim que achássemos uma pista, e assim não teríamos nenhuma conclusão completa. (Kenji)

-Então nós devíamos procurar em todas as salas de cada andar, e não parar só porque já achamos uma pista. (Haruka)

-Exatamente. (Fumio)

-Mas agora o mais importante, vamos logo ver o que tem nesse DVD! (Ayaka)

Kazuki pegou o DVD da mão de Fumio e apertou o botão de abrir a bandeja do aparelho, mas nada acontecia.

-Está emperrado? (Kazuki)

-Na verdade, acho que não está funcionando, mesmo. (Haruka)

-Bem, nós podemos usar os outros aparelhos de DVD que temos na sala. Foi o que fizemos quando recebemos aqueles discos antes, não é? (Ayaka)

Aqueles DVD’s...Aquela primeira motivação para matar, que levou à morte de Amata e de Daichi.

-Acho que ele realmente não está funcionando...mas eu posso tentar consertar. (Fumio)

-Mas aí você não poderia ficar com a gente na investigação... (Kenji)

-Não se preocupem, eu vou ficar bem. Eu não vou demorar muito, logo me juntarei a vocês e poderemos ver esse vídeo. (Fumio)

Fumio levou o aparelho com o disco para seu quarto, eu acho, e nós fomos investigar mais pela escola.

Subimos para o segundo andar, onde havia a piscina, o vestiário e a biblioteca...

Primeiro fomos para a biblioteca. Havia muitos livros lá, provavelmente algum deles era uma pista, não é?

-Tem dois livros que estão faltando nessa prateleira. (Ayaka)

-Nessas aqui está tudo certo... (Haruka)

-Então provavelmente os livros que estão faltando são os que temos que procurar! (Kazuki)

-Procurem por toda parte! (Kenji)

-Eu vou olhar em baixo das mesas! (Yoshie)

Yoshie se enfiou em baixo de uma das mesas mas ficou presa, e eu tive que ajudá-la a sair.

-Desculpe...Eu não achei nada. (Yoshie)

-Em cima das prateleiras não tem nada, também... (Ayaka)

-Certo, agora desça dos meus ombros! (Kazuki)

-Hm...Mas o que é isso aqui? (Haruka)

-O que foi, Haruka? (Kenji)

-Kenji, me ajude a puxar essa estante... (Haruka)

Ajudei Haruka a afastar a estante em cuja uma das prateleiras estava faltando dois livros. E atrás da estante estavam os ditos livros.

-Uau! Como sabia que eles estavam aqui? (Kenji)

-Eu vi que essa estante estava um pouquinho mais afastada da parede do que as outras, e achei meio suspeito. (Haruka)

-Enfim, vamos logo ver os livros! (Kazuki)

-Cof cof...estão todos empoeirados. (Yoshie)

Depois de tirar o pó dos dois livros, olhamos os títulos.

-“História do Ultimate Despair” e “História da Tragédia”... (Kazuki)

-Que tipo de livros são esses? (Kenji)

-Bem, vindo do Monokuma...eu não esperaria menos. (Haruka)

-Vamos logo olhar. Deve ser algo importante. (Ayaka)

Haruka começou a ler para nós o primeiro livro.

-“Ultimate Despair é como é chamada o grupo de terroristas liderados por Junko Enoshima.

Seu único propósito é trazer desespero ao mundo, e para isso eles utilizam das formas mais aterrorizantes e violentas, como homicídios, sequestros, entre outros.

Além disso, os membros são extremamente devotos a sua líder, a ponto de cometer suicídio ou mutilar seu próprio corpo para demonstrar seu amor por ela e pelo desespero que ela propaga.” (Haruka)

-Não tem mais? (Kenji)

-Chega disso...Muita coisa aqui são imagens. Imagens que é melhor vocês não verem. (Haruka)

-Aah... (Ayaka)

-Vamos passar para o segundo livro, então! (Kazuki)

-“Depois de usar como estopim a Tragédia da Academia Topo da Esperança, Junko Enoshima e seu novo Ultimate Despair iniciaram o Maior, Mais Terrível, Mais Trágico Evento da História da Humanidade, também conhecido como ‘A Tragédia’.

Esse evento consiste basicamente na extrema inquietação social, levando a atos de terrorismo intensivos por toda a extensão do globo, massacrando milhares de inocentes em nome do puro desespero, causando um caos sem explicação.

O incidente começou há aproximadamente um ano antes da publicação deste livro.” (Haruka)

-Que nome longo pra um acontecimento... (Yoshie)

-Espera, um ano antes da publicação do livro? Em que ano esse livro foi publicado? (Ayaka)

-Aqui não está dizendo. (Haruka)

-Mas podemos presumir que foi esse ano? (Kazuki)

-Mas se a tragédia começou no ano passado... (Ayaka)

-Então como nós não vimos ela? Aí diz que foi em escala global. (Kenji)

-Talvez o Monokuma tenha inventado tudo. (Haruka)

-Bem, vamos ver se tem algo na piscina. (Ayaka)

Fomos para a piscina...

Onde Chinatsu havia sido morta por Hiroito...

Mas não, não havia nenhuma pista lá.

-Que droga...Então devíamos ir para o próximo andar. (Kazuki)

Subimos então para o terceiro andar, onde havia o laboratório, a sala de dança, a sala de artes e a de esportes.

Começamos pelo laboratório.

-Esse lugar é um tanto grande para se olhar com poucas pessoas...Olhem por toda parte! (Haruka)

-Quanto tempo nós ainda temos? (Yoshie)

-Hum...onde está o monitor desta sala...? Ah, ali! (Kazuki)

-Nós ainda temos umas duas horas... (Ayaka)

-Nós levamos uma hora só para olhar aqueles dois andares? (Kazuki)

-O tempo voa...por isso não podemos perder tempo aqui. Ainda temos dois andares depois desse! (Haruka)

Tenho que achar alguma coisa...vejamos...

Numa parede isolada, eu achei uma espécie de pôster...uma folha, algo assim. Me chamou a atenção imediatamente.

-Pessoal, venham ver isso aqui. (Kenji)

-O que é isso? (Ayaka)

-No título diz “Árvore genealógica do Desespero”... (Haruka)

-É uma árvore genealógica, então, mas de quem? (Kazuki)

-Devíamos olhar ela para saber, oras. (Kenji)

Havia algumas pessoas. Tataravós, bisavós, avós, pais...até chegar nas últimas três pessoas da família.

Haviam duas irmãs, e havia uma pessoa sem foto do lado. Ninguém naquela imagem estava com o nome.

Qual era a finalidade daquela árvore genealógica?

Ela nos dava alguma informação importante?

Resolvi ficar com a folha por precaução. Tenho quase certeza que vamos precisar dela.

-Vamos agora para a sala de artes...provavelmente tem algo no meio de todos aqueles desenhos. (Haruka)

E assim fizemos, fomos para a sala de artes, onde anteriormente, achamos o corpo de Mieto...

-O que será que podemos achar por aqui...? (Kazuki)

-Nesse meio de folhas e esculturas... (Yoshie)

-Talvez a pista esteja nas folhas. O Monokuma poderia muito bem esconder algum documento importante no meio desses desenhos. (Kenji)

-Na verdade, tem mesmo algo aqui no meio das folhas...Hã? (Haruka)

Haruka parecia meio chocada quando achou a suposta pista, e fomos até ela. Ela parecia estar surpresa e abalada, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

-O que foi, Haruka? (Yoshie)

-Isso aqui...era de Madoka. (Haruka)

-Sério? Mas como? (Kenji)

Ela me deu o papel. Era um recorte de jornal, de uma matéria escrita por Madoka...aparentemente no ano passado.

-Isso aqui é do ano passado. (Kenji)

-Bem, Madoka já atuava como jornalista aprendiz há um tempo... (Haruka)

-E sobre o que fala a matéria? (Ayaka)

-Fala sobre...A Tragédia. (Kenji)

-O Maior, Mais Terrível, Mais Trágico Evento da História da Humanidade? (Yoshie)

-Sim, esse mesmo. (Kenji)

-Então ele realmente aconteceu...? (Ayaka)

-Aqui também fala sobre um serial killer que estava amedrontando as pessoas... (Kenji)

-Esse serial killer provavelmente era a própria Madoka...ela disse que adorava escrever sobre seus próprios crimes. (Kazuki)

-Não tem mais nada por aqui? (Ayaka)

-Eu acho que não... (Kenji)

-Nem na sala secreta? (Ayaka)

-Não acho nada aqui... (Yoshie)

-Então vamos sair dessa sala. (Ayaka)

Decidimos ir para o salão de dança. Onde o corpo de Raiden foi achado...

-Algo aqui? (Kazuki)

-Nope, nada. (Kenji)

Então a única sala que falta é a sala de esportes.

-Hm...Hiroito podia ter aproveitado bem mais essa sala... (Haruka)

-Ficar lembrando deles vai nos deixar tristes e desanimar nossa investigação... (Kenji)

-Mas não podemos nos esquecer deles, Kenji. Nenhum deles. (Ayaka)

Nessa hora, imagens de todos os nossos colegas mortos me vieram à cabeça. E as lágrimas me vieram aos olhos.

-Grr...É tudo culpa do Monokuma. Nós temos que vencer dessa vez. (Kenji)

-Ele está tentando pagar de durão, mas na verdade o coração dele está mais quebrado que o de todos nós aqui. (Ayaka)

-Kenji tem o dom de sofrer pela dor dos outros... (Kazuki)

Nós olhamos pelas bolas de futebol, de basquete, de baseball...pelos halteres, pelas mesas...

-Nada? (Kenji)

-Nada. (Kazuki)

-Então acho que são só aquelas pistas que temos nesse andar... (Ayaka)

-Espere, tem algo ali! (Yoshie)

Demoramos para ver para onde Yoshie estava apontando.

-“Ali” onde? (Haruka)

-Ali, em cima da câmera! (Yoshie)

De fato, haviam ali duas folhas de papel.

-Como vamos alcançar? (Kenji)

-Fácil! Kazuki, me dá pezinho! (Ayaka)

Ayaka subiu nas mãos de Kazuki e ele deu impulso para que ela desse um pulo super alto, chegando até onde a câmera estava.

-Aqui está. (Ayaka)

-Uau... (Kenji)

-O que são essas folhas? (Haruka)

-A maioria das nossas pistas estão vindo em papéis... (Yoshie)

-Isso aqui são...cartas? (Ayaka)

-Cartas? De quem? Para quem? (Haruka)

-Hum...os nomes das pessoas foram ocultados. (Ayaka)

-Mas vamos ler, talvez o conteúdo nos ajude. (Kenji)

-Blá, blá, blá, “quanto tempo não nos vemos” etc.,
“Espero que possamos nos encontrar para brincar logo, eu quero ver sua nova faixa! ” (Ayaka)

-O que me chamou atenção na outra é “traga seu novo jogo, eu vou ser um mago dessa vez! ”. (Kazuki)

-Talvez nós possamos imaginar que tipo de pessoas eram o remetente e os destinatários. (Haruka)

-Podemos ter certeza de que só uma pessoa escreveu essas cartas para dois destinatários? (Fumio)

-Fumio! (Kenji)

-Você terminou de consertar o DVD? (Kazuki)

-Sim, acho que já podemos assistir e ver o que temos aqui. (Fumio)

O Hacker colocou o disco no aparelho e nos sentamos todos no chão para assistir o que era.

Começou um vídeo de um Julgamento Escolar...mas não era o nosso. O vídeo estava sem som. Não eram alunos da Academia Nova Esperança. Haviam apenas 7 deles...mas parecia que nem todos estavam do mesmo lado.

-Isso é um Julgamento Escolar! Mas onde? (Yoshie)

-Só pode ser da Academia Topo da Esperança. (Ayaka)

-Tem 7 alunos... (Kazuki)

-Não, eu acho que tem apenas 6. Olhe bem...parece que um deles não é um dos mocinhos. (Haruka)

Haruka apontava para a moça consideravelmente atraente, mas também aparentemente perturbada, com um cabelo loiro-rosado preso em duas longas tranças laterais.

-Eles parecem estar numa discussão acirrada...então ela que é a manda-chuva do jogo de assassinato de lá? (Haruka)

-Eles já estão na conclusão, e nós ainda não. (Fumio)

-Seria tão melhor se desse para escutar... (Kazuki)

Repentinamente, o vídeo acabou.

-Acabou. (Yoshie)

-Por que tivemos que ver isso? Em que vai nos ajudar? (Kazuki)

Na verdade, aquela moça parecia bastante familiar...

-Bem, acho que não há nada que possamos fazer. Vamos procurar por mais pistas. (Fumio)

Com Fumio de volta em nossos números, subimos para o quarto andar.

O quarto andar não tinha muita coisa que chamasse atenção, havia apenas o palco e o necrotério.

Começamos pelo palco em que o corpo de Akio foi encontrado não muitos dias atrás.

-Esse lugar aqui...será que tem alguma coisa por aqui? (Yoshie)

-É tão escuro que seria difícil de achar alguma coisa... (Ayaka)

-Para isso eu trouxe uma lanterna. (Fumio)

Fumio tirou uma pequena lanterna no bolso. Não era muito, mas a luz dela nos ajudou a procurar pistas por aquele cenário escuro.

Conseguimos achar algo em uma das cadeiras.

-Isso é mais um papel. (Haruka)

-Só estamos recebendo pistas em papel! (Yoshie)

-O que diz aí? (Ayaka)

-Aqui fala sobre um tal “Projeto de Cultivo de Esperança – Beta” (Haruka)

-Beta? Por que Beta? (Kazuki)

-Talvez só quisessem deixar o nome mais bonito. (Yoshie)

-Mas o que é esse Projeto de Cultivo de Esperança? (Ayaka)

-Aqui só tem umas imagens...parecem cirurgias. Eu não tenho certeza. (Haruka)

-Mas por que será que o Monokuma queria que víssemos isso? (Fumio)

-Vocês conseguem achar mais alguma coisa por aí? (Kenji)

-Não...acho que não tem nada aqui. (Yoshie)

-Então...agora vamos para o necrotério. (Kenji)

-Fiquem de olhos atentos. (Fumio)

Fomos então para o necrotério, onde estavam os corpos de quase todos os nossos colegas.

Mas acho que o de Izumi não estava lá...

Não tem como ter sobrado alguma coisa dela depois daquela explosão.

Ela se foi para sempre.

-Me dói olhar para essas gavetas...saber que nossos amigos estão aí dentro. (Ayaka)

-Vamos logo terminar com isso. (Fumio)

Olhamos rapidamente ao redor da sala procurando por pistas, e acho que Kazuki encontrou alguma coisa.

-Tem um desenho aqui. (Kazuki)

-Um desenho? Isso só pode significar... (Kenji)

-Kimiko? (Ayaka)

-Fumio, me dê a lanterna. (Kazuki)

-Aqui. (Fumio)

-Tem a assinatura dela aqui...mas como saber se é de verdade? (Kazuki)

-Eu tenho um jeito de verificar. (Fumio)

Fumio tirou do seu bolso uma folha de papel dobrada e a desdobrou.

Quanta coisa ele guarda naquele bolso?!

-O que é isso? (Haruka)

-É o desenho que Kimiko fez para mim há um tempo...Está com a assinatura dela, aqui. (Fumio)

Kazuki pegou a folha e comparou as duas assinaturas.

-Sim, de fato é um desenho de Kimiko. (Kazuki)

-E também parece ter data... (Ayaka)

-Esse desenho data do ano passado... (Kazuki)

-Assim como a reportagem de Madoka. (Haruka)

-Isso tudo está muito confuso... (Yoshie)

Yoshie estava com as mãos na cabeça, tentando se forçar a pensar, quando tropeçou e acabou caindo para trás, numa das gavetas que tinha no necrotério, abrindo-a.

Havia um corpo cuja decomposição estava iniciando. O cheiro era horrível e a visão mais ainda.

-Aaaah!! (Yoshie)

-Isso é...um corpo. Mas não parece ser de ninguém que estava conosco. (Haruka)

-De quem será...? (Ayaka)

-Tem um crachá na roupa dele. “Hoshino Yamatsuki – Professor da Academia Nova Esperança”. (Fumio)

-Ele era...um funcionário daqui? Um professor? (Kazuki)

-Por que um professor está aqui...? Não havia nenhum professor na escola quando isso tudo começou. (Haruka)

-Vamos logo sair daqui... (Kenji)

Saímos do necrotério...acho que não há mais nada para ver por aqui.

-Espere, ainda não vimos tudo. (Fumio)

-Verdade...ainda falta a sala secreta no palco. (Ayaka)

Voltamos para o palco e encaramos o lugar em que sabíamos que havia uma passagem secreta.

-Mas não temos mais as Monofacas para abrir... (Kenji)

-Não se preocupe. Monokuma! (Fumio)

-O que foi? Eu não quero me meter na investigação de vocês! (Monokuma)

-É importante. Você pode abrir essa passagem para que possamos investigar, não é? (Fumio)

-Bem, eu acho que eu posso... (Monokuma)

Monokuma esticou os braços e enfiou suas garras nos lugares onde as Monofacas iam, e o painel se abriu. Fumio digitou a senha, que era a mesma ainda, e a passagem para o corredor oculto se abriu.

-Vocês só têm mais uma hora e meia. Se apressem! (Monokuma)

Passamos pelo corredor que ainda era meio assustador e desconfortante, principalmente agora, e olhamos a pequena salinha que havia no final. A única coisa diferente que achamos foi uma foto na mesa, de um homem adulto e um pequeno menino, ambos de cabelos e olhos castanhos...

-É uma foto de um homem e um garotinho...provavelmente seu filho. (Ayaka)

-“Shigeru e Yuki Satoru”... (Kazuki)

-Você os conhece? (Haruka)

-Não, nunca vi. Mas está escrito o nome deles aqui. (Kazuki)

-Vamos guardar essa foto. (Fumio)

-Será que ela vai ser mesmo importante? Não temos ideia de quem são essas pessoas na foto. (Ayaka)

Ficamos com a foto. Olhamos ao redor e não achamos mais nada, então decidimos sair daquela sala apertada.

Fomos agora para o quinto e último andar...lá só havia a diretoria e um longo corredor.

A diretoria em que o último assassinato aconteceu.

Que não foi bem um assassinato...

Foi onde o suicídio de Izumi aconteceu.

-É difícil ficar aqui... (Kenji)

-Esse é o último lugar que temos para investigar, não é? (Kazuki)

-Espero que seja, porque só temos mais uma hora. (Haruka)

Vasculhando pelos documentos empoeirados, pelo armário velho e pelos outros cantos daquela sala escura e cheia de tralhas, acharam alguma coisa na mesa do diretor.

-Isso aqui é...uma peça de xadrez? (Fumio)

-Uma peça de xadrez...então só pode ser do Akio! (Kazuki)

-Mas Akio nunca esteve aqui no quinto andar. Como ela veio parar aqui? (Haruka)

-Ela não estava aqui quando ficamos presos antes. (Yoshie)

-Talvez algum de nós tenha trago aqui... (Ayaka)

-Ou talvez o Monokuma tenha colocado. (Kenji)

-Tecnicamente, eu só coloquei ela na mesa! Mas ela já estava aqui na sala antes. Acreditem em mim! (Monokuma)

Mas como uma peça de xadrez de Akio, que morreu quando só podíamos ir até o quarto andar, estaria no quinto?

-Tem algo muito estranho com essa peça de xadrez... (Fumio)

-O quê? Ela parece perfeitamente normal para mim. (Kazuki)

-Mas ela deve estar escondendo alguma coisa...(Fumio)

Fumio puxou a peça de xadrez, e aconteceu que ela estava presa com uma corda. Logo, uma flecha veio em alta velocidade da parede em direção ao olho de Fumio.

Ayaka foi rapidamente e repeliu a flecha com um chute, mas machucou um pouco seu pé no processo.

-Francamente, você é muito descuidado. (Ayaka)

-Seu pé está bem? (Kazuki)

-Só um pouco dolorido... (Ayaka)

-Não era só essa armadilha que estava ali. Vejam, essa armadilha é sinal de que achamos outra coisa. (Fumio)

Na parede havia se aberto um painel semelhante ao que havia na porta secreta do palco no quarto andar.

-Outro painel de controle...ou seja, outra passagem secreta? (Ayaka)

-Mas qual poderia ser a senha? (Haruka)

-Deixa eu tentar! (Yoshie)

Yoshie tentou digitar algo, e tomou um choque.

-Aaai! Okay, aparentemente não é “Violeta”. (Yoshie)

-Por que seria? (Kazuki)

-Eu não sei...violetas são legais. (Yoshie)

-Agora eu vou. (Fumio)

Fumio tentou várias combinações, apenas para ser eletrocutado várias vezes.

-Fumio, pare! Se tomar muitas descargas elétricas, vai morrer! (Kenji)

-O que acha de você tentar, Kenji? (Fumio)

-E-eu? (Kenji)

-Vai lá, Kenji. Só cuidado para não morrer. (Ayaka)

-Tudo bem... (Kenji)

Eu tinha que pensar em alguma coisa para tentar...

Eu não estava nem um pouco a fim de tomar um choque.

Eu já tomei muitos quando era pequeno, e não é algo agradável.

Mas...o que colocar?

Eu pensei, pensei e pensei, mas não tive nenhuma ideia.

-Tente qualquer coisa, como seu jogo favorito, ou sei lá. (Kazuki)

Meu jogo favorito...Okay.

Coloquei então o título de meu jogo favorito da infância no teclado.

E surpreendentemente...a senha estava correta.

-O quê? Era essa mesma a senha? (Ayaka)

-Pelo visto o manda-chuva tem os mesmos gostos que você, Kenji. (Haruka)

-É isso? (Kenji)

É mesmo algo tão simples?

-Bem, nós devíamos ir logo. Definitivamente tem algo importante por trás dessa passagem. (Fumio)

Fomos até a passagem secreta que havia se revelado, e através dela chegamos a um...elevador?

-Um elevador aqui? (Ayaka)

-Mas será que ele vai nos levar para cima ou para baixo? (Kazuki)

-De acordo com a planta da escola, não tem nada depois do quinto andar. (Fumio)

-Ou seja, esse elevador provavelmente vai nos levar mais para baixo. (Haruka)

-Então quer dizer que tem algo em baixo do primeiro andar? (Yoshie)

-Um andar subterrâneo... (Kenji)

Como esperávamos, o elevador começou a descer, e descer e descer. Descer mais do que costumava descer quando íamos aos Julgamentos.

Será que nesse andar subterrâneo iremos descobrir a verdade sobre por que estamos aqui? Sobre quem está por trás disso?

Não sabíamos quanto tempo havia se passado, mas no monitor que estava na diretoria antes de entrarmos no elevador, vimos que ainda tínhamos 45 minutos.

Espero que seja tempo suficiente...

Demorou, mas finalmente desembarcamos no tal andar subterrâneo.

Era bem como se podia esperar de um lugar com “subterrâneo” no nome, parecia bem rústico...quase como um abrigo antibombas ou algo assim.

Começamos a andar pelo corredor escuro de pedra, que apesar de tudo ainda tinha monitores e câmeras para nos observar.

-Tem câmeras aqui. Ou seja, o Monokuma, não, o manda-chuva sabia da existência desse andar, o que pode nos levar a pensar que ele sabe a fundo da estrutura da escola. (Fumio)

-Tem alguma coisa com um cheiro meio estranho nessas paredes... (Ayaka)

Era um cheiro suave, mas misturado com cheiro de mofo. Ou seja, era algo cheiroso que já estava lá em baixo há muito tempo, eu acho.

-Isso são flores... (Yoshie)

-Que tipo de flores, Yoshie? (Haruka)

-Eu...não sei. (Yoshie)

-Mas eu achei que você era a Bióloga Nível Super Colegial. (Kazuki)

-E eu sou! Eu sei sobre praticamente todas as plantas e animais existentes! (Yoshie)

-Então o que tem de errado com essas? Se é luz, eu posso ajudar. (Fumio)

Fumio iluminou as plantas estranhas com sua lanterna, mas Yoshie ainda parecia confusa.

-Não...essas flores não são normais. Tem algo bem diferente do comum com elas. (Yoshie)

-O que isso quer dizer, afinal? (Ayaka)

-Talvez elas tenham sido moficidadas... (Yoshie)

-Modificadas? (Haruka)

-Isso! Modifiacas! (Yoshie)

Plantas modificadas...

Isso está me cheirando mal.

Isso não foi um trocadilho!

Continuamos andando até chegar nos níveis mais profundos daquele corredor escuro.

-Espero que ninguém se aproveite do escuro para me fazer beijar o Kazuki de novo! (Kenji)

-Já que você deu a ideia... (Haruka)

-Não! (Kazuki)

-Tem uma luz no fim do túnel...literalmente. (Fumio)

Havia mesmo uma luz à distância. Seguimos ela e nos encontramos em um lugar meio estranho...

-Isso parece...um laboratório. (Fumio)

-O que um laboratório estaria fazendo aqui? (Haruka)

-E pra que ele seria usado? Já não temos um laboratório lá em cima? (Kazuki)

-Talvez esse seja diferente... (Ayaka)

-Eles usaram esse laboratório para fazer plantas mofidicadas? (Yoshie)

-Duvido que é só isso que fizeram aqui. (Fumio)

-Olhe, tem uma mesa aqui e vários aparatos médicos. (Kazuki)

-E tem vários remédios... (Ayaka)

-E apesar de estar de baixo da terra, parece que realmente usaram um monte de tempo e dinheiro para fazer um laboratório com tecnologia de ponta. (Haruka)

-Ainda mais avançado que o nosso... (Yoshie)

Ficamos fuçando nas coisas, eu, Kazuki e Ayaka do lado esquerdo, e Haruka, Yoshie e Fumio do lado direito, até que...

Nosso tempo finalmente acabou.

-*Bing bong ding dong* Vamos lá, pessoal, eu estou ficando cansado. O tempo de vocês acabou, então podem parar de investigar agorinha mesmo! Está na hora de finalmente resolvermos isso...Pupupupupupupupupu! Aguardo vocês no lugar de sempre! (Monokuma)

-Temos que ir. (Haruka)

-Será que...já temos pistas o suficiente? (Ayaka)

-Nós temos que ter. (Kazuki)

Quando todos começaram a sair do laboratório aos poucos, ainda nervosos e hesitantes, eu peguei o poema de Izumi mais uma vez no meu bolso e comecei a lê-lo.

Eu ainda não entendia o que ela quis dizer..., mas mesmo assim me fazia querer chorar.

Eu sentia falta dela. Sentia falta de todos os que se foram.

Mas eu não ia mais deixar essa tristeza me segurar.

Dei mais uma olhada ao redor do laboratório...e acabei achando alguma coisa muito suspeita.

-O que...é isso? (Kenji)

Me aproximei de uma frestinha na parede e achei uma pequena chave com o rosto do Monokuma. Mas não parecia haver lugar para encaixá-la.

Saí correndo animado com minha descoberta até me encontrar com os outros, que já estavam entrando no elevador.

-Pessoal! (Kenji)

-Kenji, que demora! (Ayaka)

-Por que...está tão animado? (Yoshie)

-Eu achei isso. (Kenji)

Mostrei a chave para eles.

-Isso é uma Monochave? (Ayaka)

-Lá vem mais um Mononome. (Haruka)

-Mas o que ela abre? (Kazuki)

-Eu não sei... (Kenji)

-Espere, tem mais uma coisa que temos que fazer. Essa chave me deu uma ideia. (Fumio)

-Mas o Monokuma disse para cessarmos as investigações! (Haruka)

-E daí, está com medo dele? (Ayaka)

-Eu estou sim. Vai dizer que você também não tem medo de ele te matar? (Haruka)

-É... (Ayaka)

-Ele disse para pararmos de investigar, mas nas regras que ele mesmo criou está dizendo que não há limites para o que podemos investigar. (Fumio)

-Você é bom em achar essas brechas nas regras... (Kenji)

-Hehe, eu sou, não sou? (Fumio)

-Não deixe te subir à cabeça. (Haruka)

Todos no elevador, subimos de volta à diretoria.

-O que vamos fazer? (Ayaka)

-Eu sempre achei suspeito esse andar ser tão escuro e só ter uma sala. (Fumio)

-Verdade, deve ter algo mais por trás disso... (Kenji)

Saímos da diretoria determinados, e começamos a apalpar e olhar as paredes com auxílio da lanterna de Fumio, cuja carga estava prestes a acabar.

-Eu achei! (Kenji)

-O que você achou? (Yoshie)

-Uma fechadura... (Kenji)

Nessa hora, a luz da lanterna acabou. Mas eu estava com a mão na fechadura, e mesmo sendo um pouco difícil e encaixar a chave, eu consegui colocar e girá-la.

-Consegui! (Kenji)

-Vamos logo ver o que tem por trás disso... (Ayaka)

Entramos na sala e nos deparamos com um monte de televisões e uma mesa com uma grande cadeira, como havia na diretoria. Naquela sala havia também uma câmera um monitor.

O que víamos nos monitores éramos...nós mesmos.

-Por que estamos nos vendo? (Yoshie)

-Deve ser por causa da câmera. (Ayaka)

-Então as câmeras que nos gravavam... (Haruka)

-Sim, as imagens delas eram transmitidas aqui. (Ayaka)

-Ou seja, essa deve ser a sala em que o controlador do Monokuma ficava para nos monitorar! (Kenji)

-Mas então...onde está ele? (Kazuki)

-Já deve ter fugido... (Haruka)

-Ele previu que viríamos aqui? (Yoshie)

-Pelo visto ele é bem esperto... (Fumio)

-Nós temos que sair daqui logo. Ou quem sabe o que o Monokuma pode fazer conosco. (Kenji)

-De fato. Vamos, companheiros! À batalha final! (Kazuki)

Saímos daquela sala estranha e tive certeza de trancá-la e guardar a chave.

Descemos todos os andares, enquanto as memórias de cada um dos assassinatos, julgamentos e execuções passavam pela minha cabeça...

Amata...

Daichi...

Chinatsu...

Hiroito...

Mieto...

Raiden...

Madoka...

Akio...

Kimiko...

Izumi...

Eu pensava em todos eles enquanto caminhava até a secretaria, e entrava naquele elevador pela última vez.

Ou nós ganhamos, ou nós ganhamos. Não há outra opção!

Comparando ao elevador da diretoria, a descida deste demorou bem menos.

Chegamos outra vez à corte, estava com grandes imagens do Monokuma por toda parte, nos deixando extremamente desconfortáveis.

-Gostaram da decoração? Digna de um grand finale, não é? (Monokuma)

-Como vai funcionar esse julgamento? (Fumio)

-Bem, não temos assassino dessa vez... (Ayaka)

-Eu vou participar desse julgamento! Vocês vão apresentar todas as pistas que encontraram e tentar tirar algum sentido delas, para tentar descobrir toda a verdade por trás disso aqui! (Monokuma)

-Você vai participar? Você nem alcança seu lugar. (Haruka)

-Não é problema! (Monokuma)

Conforme Monokuma pulou de seu trono de juiz, um pequeno pilar apareceu no púlpito dedicado a ele, e ele ficou em pé em cima dele, chegando a ficar da nossa altura.

-Bem, esse problema foi resolvido, então. (Kazuki)

-Então...podemos começar logo? Aquele atraso de vocês para chegar aqui me deixou um pouco impaciente... (Monokuma

Aquilo nos deu um frio na espinha...

Então ele percebeu que nos atrasamos.

Mas...vamos tentar disfarçar.

Assim, o sexto e último Julgamento Escolar começou.

-Por onde podemos começar...? (Kenji)

-Vamos começar com uma coisa simples. Vocês vão ter que descobrir qual é o motivo das câmeras de segurança! (Monokuma)

-Isso não é tão simples assim... (Yoshie)

-As câmeras de segurança obviamente estão aqui para nos monitorar. (Ayaka)

-Para que você possa ver os nossos movimentos! (Kazuki)

-E saber quando alguém quebrar uma regra. (Haruka)

-Mas será que é só isso mesmo? Pupupupu... (Monokuma)

O que ele quer dizer? Tem alguma outra finalidade nas câmeras além de possibilitar que o mestre do jogo nos monitore?

-Pensem bem. Como vocês acham que eu gravei aquele DVD? (Monokuma)

-Porque o mestre do jogo da Topo da Esperança é o mesmo que está aqui! (Kazuki)

-Não, isso está errado! O mestre dos dois jogos não é a mesma pessoa. Não teria como controlar as duas escolas ao mesmo tempo. (Kenji)

-Então como o Monokuma está nas duas? (Ayaka)

-A conclusão mais lógica é que existem vários Monokumas. (Fumio)

-Então Monokumas são produzidos em massa? Mas por quem? (Haruka)

-Talvez seja...O Ultimate Despair. (Ayaka)

-O Ultimate Despair? Não é aquele grupo que causou o Maior, Mais Terrível, Mais Trágico Evento da História da Humanidade? (Yoshie)

-Sim, faria sentido eles criarem vários bichinhos doentios como o Monokuma. (Ayaka)

-Mas por que eles fariam isso? Usar como armas? Como mascotes? (Fumio)

-E como podemos saber se o Ultimate Despair está mesmo envolvido com isso? (Kazuki)

-Nós não sabemos nem se essa Tragédia e o Ultimate Despair existem mesmo... (Haruka)

-Isso está errado! Se podemos confiar em Madoka, podemos então ter certeza de que a Tragédia realmente aconteceu. Duvidem do Monokuma, mas não duvidem de nossa colega. A matéria que ela escreveu no ano passado fala sobre esse desastre! (Kenji)

-Mas se essa tragédia realmente aconteceu...como nós não vimos? (Ayaka)

-Acho que ela não começou de forma imediata. Quando viemos para a escola e ficamos presos, ela podia estar em algum ponto isolado. (Fumio)

-Então enquanto estamos aqui...o mundo pode estar acabando lá fora?! (Yoshie)

-Exatamente! Pupupu... (Monokuma)

-Mas alguém já deve ter começado a lutar contra esses terroristas! (Ayaka)

-Mas então, o Ultimate Despair está realmente por trás de tudo isso? (Kazuki)

-Isso ainda não explica o problema das câmeras. Vocês perderam o fio da meada. (Monokuma)

Na verdade, isso pode ter muita relação.

Se o Ultimate Despair realmente existe...

A única intenção deles é propagar o desespero pelo mundo.

Então eles podem ter feito algo usando as câmeras, tanto conosco quanto com os outros alunos.

-Então vocês estão transmitindo isso tudo?! (Kenji)

-Transmitindo? (Haruka)

-Pela televisão? (Yoshie)

-Sim, você está certo! Isso está sendo transmitido ao vivo para todo o mundo! (Monokuma)

-Mas...como?! (Fumio)

-Ora, Fumio, você não é o único com habilidades de hacker. (Monokuma)

-Mas vocês estão transmitindo o outro jogo de assassinato, também, não é...? (Kenji)

-Essa é toda a finalidade daquilo! (Monokuma)

-Mas como vocês poderiam transmitir os dois ao mesmo tempo? (Haruka)

-Eu só comecei esse evento com vocês pouco depois de começar lá. (Monokuma)

-É por isso que podíamos ver um vídeo da grande conclusão de lá enquanto aqui ainda estávamos investigando! (Kazuki)

-Além disso, não existe apenas um canal de televisão! E ficar vendo a mesma coisa em todos os canais é chato! (Monokuma)

-Ou seja, é para isso que serviam as câmeras... (Haruka)

-Mas o nosso problema principal aqui é quem está por trás disso! (Ayaka)

-Mas nós não temos nenhuma pista... (Yoshie)

-Na verdade, nós temos! Não desanimem, meus companheiros! (Kazuki)

Kazuki parece bem animado. Ele deve ter confiança de que temos alguma pista para nos levar ao mestre...

-O que vocês acharam? Eu já disse que sou um urso independente! (Monokuma)

-Monokuma, nós não somos as únicas pessoas aqui. (Kenji)

-Hum...Hum...Pupupupupupupu! Vocês são as únicas pessoas vivas aqui, mas vocês estão certos! (Monokuma)

-Então aqueles corpos realmente eram dos funcionários da escola... (Haruka)

-Quem matou os funcionários provavelmente é a mesma pessoa que está por trás de tudo. (Ayaka)

-E é quem está controlando o Monokuma. (Fumio)

-Mas se somos as únicas pessoas vivas aqui...então como poderia haver um manda-chuva? (Yoshie)

-A não ser que...um de nós esteja por trás disso! (Ayaka)

-Fumio! Você sempre teve uma relação bem próxima com o Monokuma, e não parecia ter medo dele! (Haruka)

-N-não! Qual é, está me acusando só porque eu sei conversar com as pessoas? (Fumio)

-Ele não é uma pessoa. (Ayaka)

-Além disso, você teria conhecimento tecnológico o suficiente para criar alguma espécie de controle remoto para ele. (Haruka)

-Ele poderia ter colocado a chave lá de propósito! (Yoshie)

Todos estão acusando Fumio...

E até que faz sentido.

Mas tem algo que não se encaixa...

-Fumio não pode ter colocado a chave lá! Ele estava do lado direito do laboratório, e eu achei a chave do lado esquerdo! (Kenji)

-E por que eu teria saído da sala onde eu poderia monitorar vocês? Eu seria um péssimo mestre se ficasse acompanhando vocês de perto ao invés de numa sala segura com monitores. (Fumio)

-Então...o mestre é outra pessoa? (Haruka)

-Mas ainda é alguém que está entre nós, não é? (Kazuki)

-Na verdade, eu acho que não! Se o mestre é realmente alguém que sabia da estrutura da escola para deixar a chave escondida no andar subterrâneo, isso descarta todos nós. (Kenji)

-Mas então quem pode ser?! (Yoshie)

-Quem será, quem será? (Monokuma)

-Monokuma! Você mentiu! Nós não somos as únicas pessoas vivas aqui. Além de nós 6, ainda há o mestre, que está te controlando...O diretor da escola! (Kenji)

-Oh não! (Monokuma)

-Parece que ele acertou em cheio. (Fumio)

Monokuma começou a tremer e a se contorcer.

-O que está acontecendo com ele? (Ayaka)

-Oooh! (Monokuma)

Ele explodiu em um show de fogos de artifício e fumaça, e por trás da fumaça...

Surgiu um homem jovem de óculos, com uma roupa informal e uma longa capa, e cabelos longos e brancos.

-Hehehehe.... (???)

-Quem é você? (Ayaka)

-Você é....o diretor? (Yoshie)

-Muito prazer, crianças. Eu sou o diretor da escola...Shigeru Satoru. (Shigeru)

-Então era você que estava por trás de tudo... (Fumio)

Shigeru Satoru...esse nome me parecia muito familiar.

-Shigeru...era você que estava naquela foto? (Kenji)

-Hehe...Vocês viram, então. (Shigeru)

-Era mesmo você? (Fumio)

-Sim, era eu. (Shigeru)

-Mas você estava diferente...e quem era aquele garoto? (Haruka)

-Aquele garoto é meu filho. Faz tanto tempo que não o vejo...Desde que minha mulher se separou de mim. (Shigeru)

-Eu sinto muito. Espera, não sinto não! (Yoshie)

-E você fez isso conosco só porque sua mulher se separou de você? (Ayaka)

-Não, claro que não. Tem um motivo muito maior por trás disso. (Shigeru)

-E qual é? (Fumio)

-Tem a ver com meu filho... (Shigeru)

-O que tem ele? O que houve com ele? (Kazuki)

-Minha mulher, Miki Tatsuo...Ela deve ter mudado o nome dele. Ela não gostava do nome Yuki...ela disse que sempre quis ter um filho chamado Kenji. (Shigeru)

Aquilo me acertou como uma flecha.

Ele falou o nome da minha mãe...

Mas...aquele cara não era meu pai!

Ele...

Então...meu pai é meu padrasto?

Então...então...

Eu não sabia mais o que pensar...

Ele estava mesmo falando de mim?

-Ei...espera...você está mesmo falando de mim...?! (Kenji)

-Você realmente parece com ele...Yuki. (Shigeru)

Eu, assustado, peguei meu ID eletrônico.

Eu ia mostrar para ele que meu nome não era Yuki!

Mas então, assim que eu olhei, ao invés de “Kenji Tatsuo” estava escrito “Yuki Satoru”...

-Ele é o pai do Kenji?! (Haruka)

-Não pode ser! Meu pai não é você! (Kenji)

-Você não lembra daquele jogo que jogávamos juntos, Kenji? (Shigeru)

Quando ele pronunciou o título do jogo...

Era o jogo que eu amava, e era o que funcionou como senha para liberar o elevador na diretoria.

Então...realmente...?

-Você...você é um membro do Ultimate Despair, não é? (Ayaka)

-Será que sou, ou será que não sou? (Shigeru)

-Então a pessoa que estava comandando o outro jogo também era um membro, não era? (Haruka)

-Eu não acho que era apenas um membro... (Kenji)

-Por quê? (Kazuki)

-O vídeo, a árvore genealógica...Tudo gira ao redor de uma mesma pessoa. E essa pessoa deve ser...Junko Enoshima, a líder do Ultimate Despair! (Kenji)

-Então o jogo de assassinato na Academia Topo da Esperança foi orquestrado pela própria Junko? (Fumio)

-O desespero encarnado... (Kazuki)

-Sim, pessoal! A grande líder do Ultimate Despair é que estava lá. Até pouco tempo atrás. (Shigeru)

-Ela fugiu? (Haruka)

-Não. Ela...está morta. (Shigeru)

-Ela morreu?! (Fumio)

-E agora...eu me autoproclamo líder do Ultimate Despair! Vocês acharam que eu estava mentindo quando disse que vocês eram as únicas pessoas vivas aqui, mas o que quis dizer é que eu estou além dos confins da humanidade! (Shigeru)

-O que te leva a pensar que é tão superior?! (Ayaka)

-Eu sou a esperança suprema!! (Shigeru)

-Você não é esperança, você é desespero! (Fumio)

-Espere, está errado! Eu acho que ele está falando...daquilo, o plano do Cultivo da Esperança – Beta. (Kenji)

-Ora, ora, meu filho é inteligente. (Shigeru)

-Aquilo com imagens de cirurgias e etc.? (Haruka)

-E as cirurgias foram realizadas naquele laboratório subterrâneo! (Kenji)

-Esse plano...o que é ele? (Kazuki)

-O plano para criar alguém com todos os talentos, alguém para salvar o mundo...ou destruí-lo. (Shigeru)

-Fazer experimentos humanos...não foi isso que levou a Academia Topo da Esperança à falência? (Ayaka)

-Mas é por isso que fizemos aqui. Para acertar onde eles falharam...eles têm Izuru Kamukura, nós temos Shigeru Satoru! Eu sou muito superior! (Shigeru)

-Fazer experimentos em humanos é algo horrível... (Haruka)

-E eles não fizeram apenas em humanos! (Kenji)

-Eles também modificaram aquelas pobres plantas para seus próprios interesses egoístas! (Yoshie)

-Esses experimentos...Foi por isso, então, que a escola foi construída tanto tempo antes de ser inaugurada. Estavam se aperfeiçoando, testando, antes de trazer de fato as cobaias... (Fumio)

-Você não queria esse poder, Kenji? Ou deveria dizer...Yuki. Você poderia ter tido ele...vocês todos poderiam. (Shigeru)

-O que está dizendo? Olha o que esse poder fez com você! Ele te deixou tão diferente...te deixou louco. Foi por isso que a mamãe te deixou, não foi?! (Kenji)

-Vocês todos...a Classe 1 da Academia Nova Esperança...vocês eram todos candidatos a esse projeto. (Shigeru)

-Então nós quase acabamos assim...? (Haruka)

-Mas todos vocês se mostraram incapazes de aguentar...então eu, o diretor, tive que me sacrificar por vocês. (Shigeru)

-E qual é a finalidade disso tudo, afinal!? Por que tivemos que nos matar? Só porque não éramos o suficiente para nos tornarmos a esperança suprema?! (Fumio)

-Na verdade...Esse jogo foi um imprevisto. Uma mudança de planos. (Shigeru)

-Uma mudança...de planos? (Yoshie)

-Uma outra pessoa que chegou aqui e começou tudo isso... (Shigeru)

Ele só pode estar falando...

Não...

Não...

Ele está mesmo falando...

-Izumi...? (Kenji)

-Izumi Sayuri. Foi ela que começou tudo isso. (Shigeru)

-Por que Izumi faria isso?! (Ayaka)

-Ela era nossa amiga! (Kazuki)

-O ano passado foi quando a tragédia começou...quando nós precisávamos de esperança, tentamos usar vocês. Mas vocês fracassaram...ficaram loucos...falaram coisas horríveis sobre si mesmos. Eu tenho certeza que se lembram disso. (Shigeru)

-Então foi daí que surgiram aqueles vídeos...? Eles não eram falsos? (Ayaka)

-Nós tivemos que extrair essas memórias de vocês. Vocês esqueceram do tempo que passaram aqui, livres. (Shigeru)

-Por isso a peça de xadrez de Akio estava num lugar em que ele nunca esteve...Nós só não nos lembrávamos de que ele já esteve lá! (Yoshie)

-Espera, vocês vão acreditar tão facilmente nessa história de amnésia? (Haruka)

-Eles têm poderes mágicos! Não duvide! (Kazuki)

-Eu não vou acreditar nisso! (Haruka)

-Nem depois de ver aquilo? A reportagem, o desenho... (Shigeru)

-Grr...Eu...não quero duvidar de Madoka... (Haruka)

-Isso ainda não explica por que Izumi está envolvida nisso tudo! (Kenji)

-Você não se perguntou quem era aquela pessoa faltando na árvore genealógica? (Shigeru)

-Não pode ser.... (Haruka)

-Por que você mesmo não explica, Fumio? (Shigeru)

-Tch... (Fumio)

-Fumio? (Kenji)

-Eu não contei para vocês como Izumi se tornou minha irmã...minha família...ela adotou Izumi quando a família dela foi morta pelo Ultimate Despair. (Fumio)

-Era uma vez uma garotinha chamada Izumi Sayuri, que nasceu no berço do desespero. A mais nova das três Irmãs do Desespero, nascida depois das duas gêmeas, foi desprezada e esquecida por elas...porque ela não havia sucumbido ao desespero. Ela não queria se entregar...então ela fugiu.

Ela fugiu quando suas irmãs mataram seus pais. Foi quando Fumio a achou, sua família a adotou e a escondeu, até que ela quis ir para a mesma escola que Fumio foi... (Shigeru)

-E foi aí que eu tive que cometer o meu maior cibercrime...aquele que te falei, Kenji. (Fumio)

-Ele hackeou os sistemas da escola para colocar Izumi na sua sala. E foi aí que Junko descobriu...e eu, depois que já era um membro do Ultimate Despair, isto é, depois do seu primeiro ano, fui encarregado de organizar esse jogo de matança mútua com o objetivo único de converter Izumi Sayuri ao desespero...a fazendo sentir toda a agonia de perder seus amigos na sua frente! (Shigeru)

-Então quando Izumi morreu, não tinha mais por que continuar o jogo...! (Yoshie)

-Mas espere, Izumi não teria perdido suas memórias também? (Haruka)

-Izumi não participou do teste...então ela não teve as memórias apagadas. O vídeo de Izumi foi o único fabricado. (Shigeru)

-Então ela se lembrava de tudo...da tragédia...? (Kenji)

-Todos vocês possuem alguns resquícios de memória da tragédia...como Fumio, que se lembra de quando Izumi o salvou de um incêndio. Aquilo foi causado pelo Ultimate Despair. (Shigeru)

-É....sério?! (Fumio)

-Então agora o poema de Izumi faz sentido... (Kenji)

Agora eu entendo...

Ela dizia que não podíamos ficar juntos porque não queria me pôr em risco de ser atacado por suas irmãs...

Era isso?

Ela carregava um fardo desses...?

-Espera, isso ainda não explica uma coisa. (Kazuki)

-É verdade...aquelas cartas que achamos. Qual a importância delas, afinal? (Ayaka)

-Ora, pelo visto vocês não se lembram. Também não tem nenhuma pista, Kenji? (Shigeru)

Considerando o conteúdo das cartas...

E a perda de memória, e agora ele me desafiando...

Só pode significar que as pessoas que receberam as cartas foram...

-As pessoas que receberam aquelas cartas foram vocês, Ayaka e Kazuki! E quem escreveu...fui eu! (Kenji)

-Mas...eu não me lembro de ter recebido nenhuma carta! (Kazuki)

-Deve ser por causa da perda de memória! (Ayaka)

-Isso, isso, impressionante. Vocês são muito bons! (Shigeru)

-Agora nós já resolvemos todos os mistérios...quer dizer que poderemos sair daqui, não é? (Fumio)

-Ainda não! Ainda falta mais uma coisa! (Shigeru)

-O que mais você quer? (Haruka)

-Kenji!! (Shigeru)

-O que tem eu?! (Kenji)

-Eu te desafio! (Shigeru)

Foi então que Monokumas atacaram cada um de nós e nos nocautearam.

Quando eu acordei...eu estava preso a uma cadeira, sozinho com meu “pai” numa sala escura. Foi quando as luzes se acenderam, e eu pude ver através de um vidro meus amigos na mesma situação que eu, mas amordaçados, se debatendo vigorosamente tentando escapar.

-O que...onde estamos...o que é isso?! (Kenji)

-Essa é a sala secreta no quarto andar. Você realmente achou que ela era só aquilo? Onde você acha que eu fiz aquela simulação que levou à morte de Akio? Essa escola tem mais coisa escondida do que vocês pensam! (Shigeru)

-Mas como você conseguiria fazer algo tão realista? (Kenji)

-Você esqueceu, Kenji?! Eu tenho todos os talentos! Eu sou invencível!! (Shigeru)

Sua risada maníaca me dava nos nervos.

-Por que você nos prendeu aqui?! Você disse que ia me desafiar...desafiar a quê?! (Kenji)

Então um grande monitor desceu do teto e ficou pendurado na frente do vidro por onde eu podia ver meus amigos, assim me impedindo de olhar para eles. O diretor estava com um videogame nas mãos.

-Eu quero te desafiar...a uma partida. (Shigeru)

-Você quer que joguemos videogame? (Kenji)

-Aquele seu jogo favorito, Kenji...nós jogávamos tanto quando você era pequeno...me pergunto se você ainda é bom nele. Bom o suficiente para vencer um ser supremo como eu. (Shigeru)

-E por que eu deveria fazer isso? (Kenji)

Um Monokuma se aproximou por trás e cortou as cordas que me prendiam.

-Se você ganhar...eu vou me executar e vocês vão poder sair daqui.
Mas se eu ganhar...todos os seus amigos morrem, e você vai ficar preso aqui na escola comigo para sempre... (Shigeru)

-O quê?! (Kenji)

-Aquela sala está cheia de compartimentos com gases venenosos. Ao meu sinal, os Monokumas que eu pré-programei vão ativá-los. (Shigeru)

-Você não pode fazer isso! (Kenji)

Tentei ataca-lo, mas ele me chutou para longe.

-Então...aceita o meu desafio, filho? (Shigeru)

Ele disse, estendendo sua mão sarcasticamente para me ajudar.

Eu me levantei sem o auxílio dele.

-Eu aceito seu desafio. Eu não vou perder. Jogos são tudo o que eu conheci de verdade nesses meus poucos anos de vida...eu não posso perder. (Kenji)

-Então vamos! (Shigeru)

Outro Monokuma trouxe uma cadeira para ele enquanto os outros arrumavam o console e colocavam aquele jogo nostálgico que agora apenas me deixava nervoso.

A tela ligou.

-Como você consegue fazer os Monokumas agirem sozinhos? (Kenji)

-Como eu disse, eu pré-programei eles. (Shigeru)

-Você consegue fazer isso? (Kenji)

-E você poderia conseguir também, Kenji...aquela cirurgia que o Monokuma fez no seu braço não foi apenas no seu braço. Foi difícil mexer no seu cérebro através daqueles controles, mas...eu ainda não havia desistido de te tornar igual a mim. (Shigeru)

-Você mexeu no meu cérebro?! Você quer me fazer ser igual a você?! (Kenji)

-Para que possamos ser iguais, e ficar juntos, filho...vamos ver se os talentos que você vai desenvolver serão tão poderosos quanto os meus! (Shigeru)

A partida começou...

Foi acirrada...

Mesmo ele dizendo que havia me dado “talento”.

Eu ainda estava me perguntando se era mesmo possível fazer isso através de meios cirúrgicos.

Ele parecia estar trapaceando, mas eu verifiquei de todas as formas que eu sabia.

Aquilo era puro talento...

-Está pronto para desistir, Kenji? Eu vou deixar você se despedir deles se você parar agora! (Shigeru)

Naquela hora eu pensei em largar o controle.

Se não havia jeito de salvá-los...

Eu queria ao menos poder me despedir deles...

Sim, não há mais esperança.

É isso...

É isso que é o desespero que eles queriam causar?

Quando eu ia soltar o controle no chão, eu pude me lembrar daquele sonho.

Não aqueles pesadelos que tive enquanto estava preso naquela enfermaria...

Mas aquele sonho bom em que todos saímos da escola...

Eu finalmente me lembrei do que Izumi me disse.

-Não perca a esperança, Kenji... (Izumi)

É isso...eu não posso perder a esperança!

Eu segurei o controle firme e continuei jogando.

Eu podia sentir a adrenalina tomando conta do meu corpo.

-É isso! Você finalmente está despertando seus talentos graças à pressão! (Shigeru)

Eu estava despertando meus talentos?

Então o plano dele deu certo?

Aquilo não me importava naquela hora. Só o que me importava era ganhar e salvar meus amigos...

-Hehehe! Vamos lá filho! Vamos ver quem é o mais forte!! (Shigeru)

Nunca havia ficado tão nervoso...

Eu cheguei a ficar num estado semiconsciente.

Eu apenas jogava no “piloto automático”, relembrando os golpes que usava quando jogava na infância.

Eu não estava concentrado, eu apenas lutava.

-Espere, espere, espere, espere, espere!! O que é isso?! (Shigeru)

Os gritos dele me trouxeram de volta à realidade, e eu percebi que de alguma forma, estava ganhando!

Eu apenas continuei...

Até que eu ganhei!!

-YOU WIN! (Jogo)

-O quêeeeeeeee??!!!!! (Shigeru)

-Você ouviu, Shigeru. Eu ganhei! (Kenji)

-Mas...então...você é superior a mim... (Shigeru)

Achei que ele ia enlouquecer de vez e chorar.

Mas ele enlouqueceu de vez e riu.

-Hahahahahahahahaha! Magnífico! Você finalmente me superou, Kenji!! (Shigeru)

-Eu...te superei? (Kenji)

-Parabéns. Meu filho... (Shigeru)

Então, uma coleira de ferro apareceu, como havia acontecido com Daichi, e o puxou para o escuro. Eu não vi o que aconteceu, e também não me importava. Eu entrei na sala onde meus amigos estavam, que agora estava aberta, e desamarrei cada um deles. Todos me abraçaram.

-Eu sabia que você ia nos salvar! (Yoshie)

-Você é nosso herói, Kenji! (Kazuki)

-Estou orgulhosa de você! (Ayaka)

-Obrigada, Kenji! (Haruka)

-Parabéns...você salvou nossas vidas. (Fumio)

Eu chorei de emoção...

Eu havia sido útil...

-O que aconteceu com o diretor? (Yoshie)

Todos nós saímos correndo daquela sala assim que achamos a saída, e voltamos a corte. Ele estava lá nos esperando...

Numa guilhotina.

Execução de Shigeru Satoru: Esperança Suprema (?)

Shigeru estava preso numa guilhotina num altar que havia surgido lá eu nem sei como.

Monokumas seguraram-nos por trás para que não fôssemos até lá (não que quiséssemos ir, claro). Eles eram surpreendentemente fortes.

Shigeru estava com uma coroa, como um rei, e ele sorria sinistramente para mim e para todos lá...

Um Monokuma com um saco preto na cabeça chegou pela escada que havia atrás, e puxou a alavanca da lâmina, que caiu rapidamente...

E cortou a cabeça do diretor, espalhando sangue por toda parte.

A cabeça dele rolou até meus pés...

Eu senti muito enjoo, e quase gritei e vomitei.

Mas eu me segurei, e tenho certeza que foi isso que todos fizeram.

Ou talvez o choque tenha sido muito para que pudéssemos fazer algo assim.

Ficamos sem reação...

Não nos sentíamos tristes por ele, afinal foi por causa dele que nossos amigos morreram e quase todos nós também.

Mas ele era meu pai biológico...morto diante de meus olhos.

Não dava para não sentir uma ponta de tristeza.

Mesmo que o desespero tenha o corrompido...

-Agora...nós finalmente poderemos sair daqui... (Kenji)

Acabou...

Isso finalmente acabou...


Notas Finais


Espero que tenham gostado...
Isso deu muito trabalho para fazer.
Se tiver algum erro ou algo faltando, me avisem e eu conserto rapidinho!
Até o próximo e último capítulo! Com imagem do Mastermind! o/


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