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  3. Capítulo 1: Confiança - Desconfiança (Ato 2)

História Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 1: Confiança - Desconfiança (Ato 2)


Escrita por: Phantasmagoric

Notas do Autor


Agora é a conclusão do capítulo 1, pessoal ^^ Investigação, Class Trial e EXECUÇÃO >:D
Quem será que matou Amata Ryotaro? Pupupu...

Capítulo 3 - Capítulo 1: Confiança - Desconfiança (Ato 2)


Fanfic / Fanfiction Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 1: Confiança - Desconfiança (Ato 2)

Amata Ryotaro...O Comediante Nível Super Colegial...Que adorava contar suas piadas para nos fazer rir, e aliviava a pressão que era estar preso aqui.

Estava morto. Não era uma piada, não era uma pegadinha nem uma brincadeira, como eu implorava em silêncio para que fosse...ele estava mesmo morto.

-O que...é isso...?! (Chinatsu)

-Ele...está mesmo morto?! (Mieto)

-Como...Isso não pode estar acontecendo! (Haruka)

-Quem poderia ter feito isso?! (Madoka)

-Eu chuto que foi a bebê chorona dos desenhos ali! Ela foi a primeira a achar o corpo e não tem um álibi! (Hiroito)

-Não, ela tem um álibi! (Akio)

-Pessoal, não devemos nos entregar à contenda agora, temos que dar um jeito de vingar nosso compatriota caído em batalha! (Kazuki)

-Ele está certo, não podemos...não podemos fraquejar! Temos que descobrir quem fez isso com nosso amigo!! Desculpe...falei alto demais... (Yoshie)

-É o seguinte, se o assassino não se assumir agora mesmo eu vou dar cabo de todo mundo aqui! (Raiden)

-Isso mesmo, é melhor ir se revelando, maldito! (Daichi)

Eles estão brigando em um momento como esse...

Eu não posso aguentar isso, eu tenho que parar essa gritaria!

-QUIETOS, VOCÊS! (Ayaka)

Ela tirou as palavras da minha boca, e parou a confusão.

-Que tipo de amigos vocês são?! Um colega nosso acabou de morrer! E vocês ficam aí duvidando uns dos outros, brigando como crianças?! (Ayaka)

-Escuta aqui...sua... (Raiden)

Raiden tentou dar um soco em Ayaka, mas esta segurou seu punho facilmente e com agilidade. A diferença de altura entre elas se fazia visível, mas a diferença de força mais ainda. Apesar de que...eu não sabia muito bem definir qual delas era a mais forte, mas Ayaka era definitivamente a mais baixa.

-Apenas vamos fazer um momento de silêncio. (Ayaka)

Fizemos o que ela disse. Ficamos em silêncio por um momento em honra ao nosso amigo, Kimiko até tentava parar de chorar e soluçar, quando fomos interrompidos por aquela voz infernal...

-Ah, é realmente comovente... (Monokuma)

-Você! O que quer aqui? Isso é tudo culpa sua, sabia?! (Kenji)

-Culpa minha? Não, não, isso é culpa do assassino ou assassina de Amata Ryotaro! Eu não fiz nada! Você não devia culpar ursinhos inocentes de coisas tão terríveis assim, eu posso ficar ressentido... (Monokuma)

-Só diga de uma vez o que quer aqui. Você não veio aqui sem motivo. (Izumi)

-Eu vim aqui explicar para vocês o que vocês devem fazer a seguir! (Monokuma)

-O que, vai dizer que temos que seguir um procedimento especial agora? (Fumio)

-É meio que...isso mesmo! Vocês ouviram o anúncio, não é? Aquele Anúncio de Descobrimento de Corpo só toca quando três ou mais alunos descobrem um corpo! (Monokuma)

-O anúncio...eu ouvi ele! E aliás...nele falava algo sobre um Julgamento Escolar. O que é isso? (Kenji)

-Um Julgamento?! Que saco! Eu sou péssimo com essas paradas de leis! (Daichi)

-Ah, não, não, é bem simples! É o seguinte...vocês agora terão um tempo para investigar a cena do crime, o corpo e todos os lugares que acharem necessários, e coletar pistas e evidências que levem ao assassino. Daqui a pouco teremos um julgamento, onde vocês deverão expor seus achados para tentar achar o culpado! (Monokuma)

-Então...teremos que ser detetives? (Mieto)

-Ah...eu não sou muito bom em investigar. Sou meio desatento, sabe... (Akio)

-Bem, vou deixar vocês investigarem em paz agora. Boa sorte! (Monokuma)

Com essa explicação, Monokuma saiu de cena.

Então, um julgamento, não é...poderemos vingar Ryotaro e expor aquele ou aquela que o matou?
Mas...se só nós 16, ou melhor, só nos 15 estamos nessa escola...quer dizer que...
Alguém aqui matou ele!
Teremos que...desconfiar de nossos amigos...? E no fim...teremos que denunciar um deles?!

Por favor, por favor, eu só quero acordar! Alguém me tire daqui!

Monokuma reapareceu, para horror de todos.

-Eu já ia esquecendo! Fiquem com o Arquivo Monokuma! (Monokuma)

-Que droga é essa? (Daichi)

-É um documento com os principais fatos sobre o caso! Vocês vão perceber que ele vai ser muito útil! Agora, bye bye! (Monokuma)

Ele distribuiu vários panfletos, ou “Arquivos Monokuma”, como ele chamou, para cada um de nós, e sumiu. Dessa vez, acho que definitivamente.

-Kenji... (Izumi)

-Hã? (Kenji)

-Kenji, vamos investigar. Não vamos ganhar nada ficando parados aqui. Vamos fazer isso pelo Ryotaro. (Izumi)

Eu demorei um pouco para perceber que Izumi estava segurando minha mão com as duas mãos dela, como se numa tentativa de me trazer de volta a realidade. Assim que notei, levei minha mão rapidamente a meu rosto, envergonhado, para coçar minhas bochechas e meu pescoço. É um hábito estranho meu.

-Certo...vamos. Devemos isso a ele. (Kenji)

Investigação

Investigamos primeiro na cena do crime, o depósito de lixo, começando, é claro, pelo corpo. O corpo do Comediante Nível Super Colegial.

-É difícil olhar para isso... (Kazuki)

-Vamos tentar tirar o máximo de informação daqui e sair logo. (Izumi)

-Vamos dar uma olhada nesse Arquivo Monokuma...Pode ter alguma coisa aqui. (Kenji)

No “Arquivo Monokuma” estavam informações sobre o crime.

- Vítima: Amata Ryotaro
             - O horário da morte foi aproximadamente 22:30
             - O corpo foi encontrado no depósito de lixo no primeiro andar
             -  A causa da morte foram múltiplos golpes fortes à região da cabeça com um objeto sem ponta.

-A morte dele parece ter sido tão cruel... (Izumi)

-Eu não sei se vou conseguir perdoar quem fez isso... (Kenji)

Olhando o corpo que estava sentado, apoiado contra a grade, podemos perceber que há muito sangue na área da cabeça e do pescoço (que provavelmente escorreu). O rosto dele também parece um pouco inchado. Em uma de suas mãos, que relaxam sobre o chão, há um papel.

Um papel? Vamos olhar.
Ele está sujo de sangue...mas dá para ler um pouco. Posso ver que estão escritas as palavras “encontre…depósito…noturno” ....

-Acha que é um bilhete? (Izumi)

-Um bilhete? (Kenji)

-Talvez alguém tenha mandado um bilhete chamando ele para este lugar. (Haruka)

Haruka entrou no meio da nossa investigação, nos ajudando e nos atrapalhando ao mesmo tempo.

-Hm...Parece bem plausível. (Kenji)

-Só temos três palavras para usar e tentar tirar algum sentido deste suposto bilhete...e eu duvido que sejam palavras mágicas, ou eu já teria tentado as conjurar! (Kazuki)

-Na verdade, é bastante fácil. Se eu estiver certa...O bilhete está pedindo para que Amata se encontre com alguém no depósito de lixo durante o horário noturno. A morte ocorreu durante o horário noturno, de acordo com o Arquivo Monokuma, certo? Então provavelmente a pessoa que o chamou era o assassino. (Haruka)

-Isso ajudou bastante, Haruka...Obrigado! Mas...como conseguiu chegar a essa conclusão? (Kenji)

-Ah, eu gosto de brincar de detetive de vez em quando. Já tive todo tipo de paciente, sabe? (Haruka)

-Com licença, com licença! Eu também gostaria de investigar a cena do crime. É algo que uma repórter tem que fazer, não é? (Madoka)

-Você é uma repórter investigativa? (Izumi)

-É, eu faço todo tipo de reportagem, na verdade. Sou a Jornalista Nível Super Colegial, afinal. (Madoka)

-Venha cá, deixe eu te ajudar. (Haruka)

A expressão de Haruka parecia meio...excitada...eu duvido que é assim que alguém deveria ficar ao ajudar alguém a investigar um cadáver.
Não há mais nada que chame atenção no corpo, então vamos olhar ao redor.

Perto do corpo, haviam pedaços de madeira vermelhos...mas nenhuma pista de onde poderiam ter vindo.

-Não tem nada vermelho feito de madeira que esteja quebrado... (Kenji)

-Talvez...esses pedaços de madeira não tenham vindo daqui! (Izumi)

-Eh...me corrijam se eu estiver falando besteiras...mas vocês não acham que isso pode ser da arma do crime? Digo, se a causa da morte foi múltiplos golpes na cabeça, e a arma foi algo frágil, é de se esperar que tenha quebrado uns pedaços, não é? (Kazuki)

Eu e Izumi nos entreolhamos, então olhamos para Kazuki.

-O que foi? (Kazuki)

Apesar de situação, rimos um pouco.

-Nada, nada. É só que é estranho ver você falar de um jeito “normal” assim, Kazuki! (Izumi)

-Você está realmente soando como um detetive! (Kenji)

A voz de Kazuki, quando não falava como um “Super mago dimensional” era calma e séria. Nem parecia a mesma pessoa.

-Mas acho que sua hipótese tem muita chance de estar correta. Devíamos levar ela em consideração por enquanto. (Kenji)

-Haha! Não subestimem minhas capacidades observativas! Eu sou o Olho que Tudo Vê! (Kazuki)

É, acho que não dá para ele ficar sério por muito tempo.

-Aparentemente, também há pedacinhos de madeira vermelha pelo corpo dele, principalmente no cabelo. (Izumi)

-Então podemos ter certeza de que seja lá qual for o objeto que deixou esses pedaços, é a arma do crime, não é? (Kenji)

-Ótimo, temos uma pista! (Kazuki)

Ao continuar olhando, achamos outro papel no chão. Estava ensanguentado também, mas era possível ver o que era...

-Não pode ser! (Kenji)

-É o desenho que Kimiko fez de todos nós, não é? (Izumi)

-Por que...ele estava aqui...na cena do crime...? (Kenji)

Vamos interrogar o pessoal e ver o que eles descobriram.

Pensamos em interrogar Kimiko e pedir explicações sobre o desenho, mas ela já não estava mais no mesmo lugar.

-Isso é meio suspeito... (Kazuki)

-Não...não vou suspeitar dela! Ela provavelmente só saiu para tentar parar de chorar ou algo assim... (Kenji)

-Vamos interrogar outras pessoas então. (Izumi)

Nisso, Haruka e Madoka se aproximaram de nós. Aparentemente haviam terminado sua investigação também.

-Hm...Que papel é esse? (Haruka)

-É uma evidência importante! (Kenji)

-Hey, não precisa gritar. Eu só perguntei. (Haruka)

-Desculpe...estou meio tenso. (Kenji)

-Tem algo a ver com o fato da Kimiko ter ido embora e estar parecendo suspeita por isso? (Haruka)

-Como sabe? (Kenji)

-Nós estávamos planejando perguntar umas coisinhas para ela, mas ela sumiu. Sabe, ela parece meio suspeita...até porque estava com sangue nas mãos. (Madoka)

-Sangue nas mãos?! (Kenji)

-Sim, vocês não notaram? Ah, é, ela estava escondendo as mãos enquanto chorava...Mas quando ela levantou, eu tive uma rápida vista das mãos dela...aquele um segundo foi suficiente para ter certeza: havia sangue nas mãos dela. (Madoka)

-Mas... (Kenji)

-Você pode acreditar, ou pode não acreditar, Kenji. Cabe a você. Agora vamos procurar a Shizuka. Boa sorte. (Haruka)

Haruka e Madoka saíram juntas para procurar a desenhista, que agora estava começando a parecer mais suspeita...

...Mas eu não quero suspeitar dela...

Fomos interrogar Raiden.

-Hey, Raiden. (Izumi)

-O que você quer? (Raiden)

-Viemos te perguntar o que você sabe sobre o caso...se você tem alguma pista... (Izumi)

-Pista... (Raiden)

Acho que a Raiden é uma ótima candidata! Afinal, como a Caçadora Nível Super Colegial, ela deve ter desenvolvido uma boa audição e visão (mesmo que ela tenha um tapa-olho em um dos olhos), para caçar todo tipo de animal!

-Hm...sim...tem uma coisa que eu ouvi. (Raiden)

-Compartilhe conosco vosso conhecimento, nobre guerreira! (Kazuki)

-Há alguns dias...Eu ouvi um som durante a noite. Uma música. (Raiden)

-Uma música? (Kenji)

-Sim, mas eu não lembro como era... (Raiden)

-Hm....Eu já sei. (Izumi)

-Consegue pensar em algo com essa informação? (Raiden)

-Sim, sim, obrigada! (Izumi)

-Hump. Vocês podem investigar, mas quem vai acabar com esse assassino sou eu. Ele é MINHA presa, OUVIRAM?!! (Raiden)

Balançamos a cabeça e nos afastamos devagar dela. Ela é assustadora, mas acho que também está triste com a morte do Amata...

E a informação que ela nos deu é bem útil. Acho que eu já sei o que Izumi pensou.

Interrogamos também Yoshie que estava lá.

-Eu...devia ter impedido.... (Yoshie)

-Yoshie? Você está bem? Impedido o quê? (Kenji)

-Hoje de manhã, eu levantei mais cedo. E eu vi Kimiko saindo de seu quarto e indo para o depósito de lixo...será que ela não foi lá para matar o Amata? (Yoshie)

-Mas...ele não foi morto ontem à noite? (Kenji)

-Ah, sim, é verdade. Desculpe! (Yoshie)

Ela tentou se esconder, mas a seguramos.

-Hey, nos conte mais sobre o que viu. Tem algo que você achou suspeito em a Kimiko ter saído mais cedo e ido para o depósito? (Izumi)

-Sim...isso. (Yoshie)

Ela então nos entregou um papel.

-O que é isso? (Izumi)

Era uma carta escrito “Me encontre no depósito de lixo assim que acordar.
Ass: Amata Ryotaro.”

-Uma...carta do Ryotaro? (Kazuki)

-Mas...se ele já estava morto... (Kenji)

-Não tem como saber se essa é a letra dele mesmo, pode ser falsificado. (Izumi)

Resolvemos perguntar uma coisa para Ayaka novamente.

-Ayaka? (Kenji)

-Ah, vocês. Como vai a investigação? (Ayaka)

-Precisamos da sua ajuda. Você disse que tinha evidências de que os vídeos eram falsos, não é? (Izumi)

-Sim, sim. (Ayaka)

-Pode nos dizer qual a evidência? (Kazuki)

-Er... (Ayaka)

-O que foi? (Kenji)

-Bem, é que...nos vídeos, as pessoas falavam mentiras, coisas que não teriam como elas saberem, segredos que eu nunca contei para ninguém aqui. (Ayaka)

-Hm...Mas se você não contou, como eles colocariam no vídeo? (Kenji)

-Eu imagino que tem algo a ver com o criminoso que está controlando o Monokuma. Ele pode ter vasculhado nossas vidas, sabe? Ele poderia descobrir coisas que pessoas normais não poderiam. (Ayaka)

-Pode fazer sentido. Obrigado. (Kenji)

-Temos que vingar nosso amigo! (Ayaka)

Continuamos andando, havia um último lugar que precisávamos ir.

-Então...se os vídeos são falsos tão descaradamente assim... (Izumi)

-Então a pessoa que matou o Amata devia ter um ódio bem grande dele antes de vê-los, não é? (Kenji)

-Sim, eu estava pensando nisso. Seria melhor perguntar para a Haruka, ela entende dessas coisas... (Izumi)

-Mas o tempo urge! Temos que investigar o máximo possível enquanto ainda podemos! (Kazuki)

Fomos para a sala da copiadora, apenas dar uma última conferida, e lá estavam Daichi e Chinatsu.

-Vocês dois estão investigando? (Kenji)

-Sim...aparentemente a copiadora já está funcionando, mas...tem um pedaço...de papel...preso aqui... (Chinatsu)

Depois de puxar com força, ela arrancou a ponta de uma folha de papel que estava presa na copiadora e por algum motivo impedindo seu funcionamento. Foi fácil tirar o resto da folha depois...em pedaços.

-Droga...parece ter algo escrito, mas não dá para ler. (Daichi)

-Que droga...não, espera, dá para ler uma coisa! (Chinatsu)

-O quê? (Izumi)

-“Amata Ryotaro”... (Chinatsu)

-O quê?! Por que o nome dele está aí? (Kenji)

-Eu não sei... (Chinatsu)

-Hey, me deixe verificar uma coisa. (Izumi)

Dei o pedaço de papel para Izumi. Ela pegou o papel que Yoshie havia nos dado e olhou os dois lado a lado.

-Sim, a assinatura está igual... (Izumi)

-Então realmente foi o Coringa que escreveu o pergaminho amaldiçoado? (Kazuki)

-Se essa assinatura do papel rasgado for a dele mesmo, então sim... (Izumi)

-Hey, Kenji! Já que estão aqui, o que acham de me ajudarem com uma coisa? (Daichi)

Ele envolveu seu braço em mim pelas minhas costas, e puxou Izumi e Kazuki com o outro braço.

-O-o quê? (Izumi)

-Essa investigação toda está me deixando tenso...nosso amigo morrendo e tal, eu preciso conversar com alguém! E...eu não quero atrapalhar a Chinatsu ali, ou ela pode ficar brava. (Daichi)

-Mas...sobre o que quer conversar numa hora dessas? (Kenji)

-Ah, eu não sei... (Daichi)

-Que tal...o que vamos fazer quando sairmos daqui? (Izumi)

-Bem, eu vou participar da Grande Feira dos RPG’s e expor o livro de RPG que estou fazendo! (Kazuki)

-Eu pretendo criar outro jogo totalmente inovador... (Kenji)

-Eu vou continuar escrevendo poemas e tentar ganhar mais algum prêmio. (Izumi)

-E você, Daichi? (Kenji)

-Ah...eu? Er...Bem, eu queria voltar para minha banda. (Daichi)

-Você tinha uma banda? (Kenji)

-Sim, éramos famosíssimos! Sério que nunca ouviu falar do meu nome? Eu era o guitarrista e o vocalista da banda! (Daichi)

-Eu acho que já vi seu nome em um CD de uma banda que eu comprei uma vez...a música era realmente boa! Mas o vocal...nem tanto. (Izumi)

-Assim você me ofende! (Daichi)

-Daichi, onde está seu instrumento mágico? (Kazuki)

-O meu o quê? (Daichi)

-Ele quer dizer sua guitarra. Você é um Guitarrista Nível Super Colegial, imaginaríamos que você leva sua guitarra a todo lugar. (Izumi)

-Ah, sim! Eu trouxe ela quando cheguei aqui, mas agora eu deixei ela no quarto. É uma guitarra maciça, meu orgulho! (Daichi)

A conversa estava progredindo, mas então um sinal tocou, e uma transmissão começou nos monitores.

-*Bing bong ding dong* Ahem! O Julgamento Escolar está para começar, cessem as investigações! Obrigadinho.
Venham para a secretaria e entrem no elevador lá. Eu estarei esperando, pupupu... (Monokuma)

-Tem um elevador na secretaria? (Kenji)

-Teremos que ir lá para descobrir... (Izumi)

-Qual é a desse “Julgamento Escolar”, afinal? Que tipo de coisa é essa?! (Daichi)

-Eu não sei também...mas vamos descobrir. (Kenji)

-Andem, não enrolem. Não querem ser os últimos a chegar, querem? (Chinatsu)

-Hey, Daichi, o que é isso no seu bolso? (Izumi)

-Ah, isso aqui é um lenço. Eu uso para assoar o nariz, sabe... (Daichi)

Ele então colocou o lenço mais fundo no bolso de sua calça.

Chinatsu foi na frente, e atrás, eu, Izumi, Kazuki e Daichi. Seguimos para a secretaria, a maioria do pessoal já estava lá e...havia mesmo um elevador!

-Uau! Tem mesmo um elevador aqui?! (Kenji)

-Fiquei tão surpresa quanto você. Terminaram suas investigações? (Haruka)

-Sim, e eu já tenho uma boa ideia de quem é o culpado... (Izumi)

-Que bom, eu também. (Haruka)

As duas conversam como se fossem detetives profissionais...e eu aqui ainda estou hesitante em desconfiar dos meus amigos, mas...mesmo assim, eu estou tentando ligar as peças do quebra-cabeça, e acho que consigo pensar em alguns possíveis culpados.

Os últimos a chegarem foram Akio e Kimiko.

-Olha quem chegou, a bebê chorona! Nos fez esperar esse tempo todo! (Hiroito)

-Só cala a boca, okay? Ela já ouviu demais das suas provocações! (Akio)

-Se você tem força para provocar uma garotinha indefesa, será que tem força para engolir uma bola de futebol inteira?! (Raiden)

-Ah! Tá, parei, parei. (Hiroito)

-Eu não...matei o Ryotaro... (Kimiko)

-Tudo bem, Kimiko, eu acredito em você. (Akio)

-Eu também acredito! (Kenji)

Todos olharam para mim, inclusive Kimiko. Parecia que uma nova chama de esperança se acendia em seus olhos.

-Eu sei que você não matou ele, Kimiko. E eu vou fazer o que eu puder para provar isso! (Kenji)

-...Sim! Obrigada, maninho Kenji! (Kimiko)

-“Maninho”? (Kenji)

A porta do elevador se abriu.

-Por favor, entrem todos no elevador. (Monokuma)

Assim o fizemos. Todos nós 15 entramos naquele grande elevador, que começou a descer...
Descer...
Descer...
Descer...
Até que parecia que tínhamos chegado em algum lugar. As portas se abriram novamente, e nos vimos diante de um...tribunal?

Um tribunal bem excêntrico. Havia 16 pequenos púlpitos, todos em volta de um círculo, e havia a bancada do juiz, que era o Monokuma! Em um dos lugares, havia uma placa...com a foto do rosto de Ryotaro e um X vermelho...

As paredes eram coloridas, assim como o chão. Davam ao lugar uma aparência bem estranha e sinistramente hipnotizante.

-Q-que lugar é esse? (Yoshie)

-É um tribunal...beeem estranho... (Mieto)

-Rápido, se ponham em seus lugares! (Monokuma)

Nós nos pomos cada um em um dos púlpitos.

-É o seguinte, vou explicar as regras do Julgamento Escolar para vocês...

Vocês devem usar as evidências e pistas que descobriram para achar o assassino, e depois devem votar em quem acham que cometeu o crime!
Se votarem certo, apenas o criminoso vai ser punido. Mas se votarem na pessoa errada...Todos exceto o assassino vão ser punidos, e o criminoso vai poder sair daqui! (Monokuma)

-O que quer dizer com essa “punição”? (Mieto)

-Quero dizer EXECUÇÃO, claro! (Monokuma)

-Então...se nós votarmos errado...todos nós vamos morrer? (Yoshie)

-Exatamente! Por isso tomem cuidado! (Monokuma)

-E se votarmos certo...um dos nossos amigos vai morrer? (Hiroito)

-Sim, sim! É um bom jeito de vingar seu outro amigo morto, não é? Pupupu... (Monokuma)

-Que tipo de regras doentias são essas?! (Akio)

-Isso é apenas justiça! Olho por olho, dente por dente! 

Enfim, vamos parar com essa enrolação...e começar esse Julgamento! (Monokuma)

E assim, o primeiro Julgamento Escolar começou...

-Okay, então temos que começar pelo mais importante: a causa e a arma da morte. (Haruka)

-A causa da morte já está escrita no Arquivo Monokuma, não é? Foram múltiplos golpes à cabeça que causaram traumatismo. (Akio)

-M-mas a arma ainda é um mistério... (Yoshie)

-Mas temos uma excelente pista quanto a isso...Kenji, diga. (Izumi)

-Ah, eu? S-sim...Nós achamos pedaços de madeira vermelha levemente ensanguentados perto do corpo. (Kenji)

-Acreditamos que podem ser da arma, que se quebrou quando o assassino deu os golpes em Amata. (Kenji)

-Mas não tem nada vermelho de madeira que esteja quebrado no depósito de lixo. (Mieto)

-Então o objeto vermelho de madeira veio de outro lugar? (Daichi)

-Sim. E como também achamos pedaços de madeira vermelho no cabelo e no corpo de Amata, podemos ter quase certeza de que a arma do crime é o objeto que deixou esses cacos. (Izumi)

-Certo, agora temos que descobrir o que é esse objeto! (Hiroito)

-Não, primeiro temos que definir outra coisa: o motivo do crime. (Haruka)

-O motivo é bem óbvio: foram os vídeos, não é? (Akio)

-Mas...não podem ter sido SÓ os vídeos. (Kenji)

-O que quer dizer com isso?! (Daichi)

-Ayaka, por favor, nos dê seu testemunho. (Izumi)

-Sim, não podem ter sido só os vídeos...porque eles eram descaradamente falsos. (Ayaka)

-Falsos?! (Daichi)

-Sim, pelo menos os nossos. (Izumi)

-Havia coisas nele que seria impossível nós sabermos um sobre os outros. Só quem poderia saber isso é... (Ayaka)

-A pessoa que está controlando o Monokuma, que deve ter vasculhado nossos passados! (Kenji)

-Não pode ser! (Hiroito)

-Hm...Então o criminoso que nos prendeu aqui também é um stalker. (Fumio)

-O-olhando em retrospectiva...aqueles vídeos pareciam meio “fabricados” para mim também... (Yoshie)

-E por que não disse nada, Yoshie? (Kenji)

-Porque ninguém ia me ouvir mesmo! (Yoshie)

-Mas então, qual foi o motivo do crime se não foram os vídeos?! (Raiden)

-Não é que não foram os vídeos...Mas o verdadeiro motivo do crime foi o ódio que o assassino tinha contra o Ryotaro antes, e que foi intensificado pelo vídeo! (Kenji)

-Certo, já temos o motivo e uma pista sobre a arma. Mas não estamos nem perto de qualquer conclusão! (Akio)

-Relaxem, tenho certeza que ainda há coisas há analisar. Não é? (Fumio)

-S-sim...por exemplo... (Kenji)

-Tem o papel que estava na mão dele. (Madoka)

-O papel em que só estava escrito “encontre...depósito...noturno” (Kenji)

-O quê? Ele estava segurando um papel? (Mieto)

-Sim, aparentemente era uma carta de alguém, que mandou para ele para que se encontrassem no depósito de lixo durante o horário noturno. (Kenji)

-Foi quando o mataram... (Raiden)

-Então a carta foi provavelmente enviada pelo assassino. (Fumio)

-Sim, é o que pensamos. (Izumi)

-Esperem, esperem, esperem! (Hiroito)

-O quê? (Kenji)

-Não vão nem citar o quão suspeita é a desenhista chorona ali? Tipo, ela foi a primeira a achar o corpo, e além disso, o desenho que ela fez estava na cena do crime, ensanguentado! (Hiroito)

-M-meu desenho?! (Kimiko)

-Sim, seu desenho! Você deve ter deixado ele lá quando matou o Ryotaro! (Hiroito)

-E as mãos dela estavam ensanguentadas... (Madoka)

-Mas eu não matei ele! Minhas mãos estavam assim porque quando achei o corpo, eu tentei mexer nele, tentei acordar ele...e além disso, o desenho nem estava comigo, ele estava com o Akio! (Kimiko)

-Mas...então...! (Kenji)

-Então foi ele que matou?! (Hiroito)

-... (Akio)

-Akio...foi você? (Kimiko)

-Hahaha... (Akio)

-Akio? (Kimiko)

-Akio...você? (Kenji)

-HAHAHAHAHAH! (Akio)

O jeito que ele ria parecia um psicopata comemorando sua vitória. Mas...ele era realmente esse tipo de pessoa? Foi ele que matou o Amata?!

-Desculpe, desculpe. (Akio)

-Por que está rindo, idiota?! (Raiden)

-Eu só estou rindo de como vocês são idiotas. (Akio)

-O que está dizendo?!! (Daichi)

-Idiotas de suspeitar de mim, é claro. Eu me sinto culpado quando dou um “xeque-mate” em um oponente, imagina se eu tivesse matado alguém. Eu não conseguiria disfarçar tão bem, seus idiotas! (Akio)

Não me assuste assim de novo...

-Você...me assustou... (Kimiko)

-Desculpe, Kimiko. (Akio)

-Mas...então...por que o desenho que estava com você estava na cena do crime? Você foi no depósito antes do Ryotaro morrer ou não? (Mieto)

-Não, eu não fui. Eu meio que...perdi o desenho. (Akio)

-Você perdeu o desenho que eu te dei?! (Kimiko)

-Hehe...foi mal...ele simplesmente sumiu. Eu fiquei procurando desesperadamente, mas não o achei. Eu acho que alguém o pegou... (Akio)

-E essa pessoa provavelmente é o assassino... (Fumio)

-Por que a pessoa se importaria de pegar o desenho e o deixar na cena do crime? (Chinatsu)

-Só se ela quisesse incriminar o Akio e a Kimiko! (Haruka)

-N-nos incriminar?! (Kimiko)

O assassino queria incriminar eles? Mas por quê?

-Mas...então...por que a Kimiko sabia exatamente onde o corpo estava?! (Daichi)

-Isso é fácil. Porque ela foi chamada no depósito pela manhã. (Kenji)

-Chamada? Por quem? (Raiden)

-Nós encontramos este pergaminho mágico de invocação real! É o que os reis usam para invocar grandes feras para seu castelo! (Kazuki)

-Está me chamando de grande fera? (Kimiko)

-Esse papel diz “Me encontre no depósito de lixo assim que acordar”, e possui a assinatura do Amata. (Kenji)

-Mas como isso é possível? O Amata já não estava morto? Será que ele escreveu antes? Ele já estava planejando tudo isso? (Hiroito)

-Será que foi um suicídio colaborativo? (Mieto)

-Vocês acham que foi ele que escreveu a carta. E se for falsificada? (Haruka)

-Nós também achamos outro papel com a mesma assinatura na sala da copiadora... (Izumi)

-Estava preso na copiadora, e quando arrancamos, só conseguimos esse pedaço. (Chinatsu)

-Hm...essa pode ser a assinatura real do Amata, mas...espera, você disse que estava na copiadora? (Haruka)

-Sim. Espera, é verdade! (Izumi)

Elas notaram alguma coisa...eu acho que já sei o que é!

-Como eu não pensei nisso antes! A carta pode sim ser falsificada! (Kenji)

-Sim, se o papel estava na copiadora, muito provavelmente o assassino a usou para copiar a assinatura de Ryotaro e tentou imitar sua letra ao máximo na carta! (Izumi)

-Então não foi o Ryotaro que escreveu... (Mieto)

-Que motivo teria o assassino para incriminar especificamente Akio e Kimiko? (Chinatsu)

-Podemos supor que ele especificamente tinha alguma coisa contra os dois. (Haruka)

-Mais uma vez os vídeos malignos entram em jogo? (Kazuki)

-Talvez sim, talvez não... (Kenji)

Kimiko dá um alto bocejo.

-Hey, pirralha, não vê que estamos tensos aqui? (Raiden)

-Desculpe, não tenho dormido muito bem... (Kimiko)

-Por quê? (Kenji)

-Isso é importante para o Julgamento? (Chinatsu)

-Talvez seja...conte, Kimiko. (Kenji)

-Esses dias...uma pessoa me acordou durante a noite, e se declarou para mim. Eu recusei, mas aí...ela fica insistindo toda hora...isso está me dando insônia! (Kimiko)

-Quem é essa pessoa? (Izumi)

-Ela me fez prometer que não ia contar...ela me ameaçou... (Kimiko)

-Kimiko, por que não me contou isso?! (Akio)

-Desculpe... (Kimiko)

-Kimiko, quando foi que a pessoa se declarou? (Kenji)

-Mais uma vez, isso é importante para o Julgamento? (Chinatsu)

-Foi antes de ontem... (Kimiko)

-Hm...antes de ontem...Raiden, não foi antes de ontem à noite que você ouviu a música? (Izumi)

-Sim. Aquela música alta... (Raiden)

-Não acha que pode ter sido uma espécie de serenata? (Izumi)

-Uma serenata? (Daichi)

-Sim, sim! Ele fez uma serenata! Foi bem estranho... (Kimiko)

-Uma serenata...música...quem poderia ter feito isso...? (Izumi)

-A pessoa que se declarou e foi recusada teria motivos para tentar incriminar Kimiko e seu namorado, Akio, por um crime! (Kazuki)

-N-NAMORADO?! (Akio & Kimiko)

-EU SOU PRIMO DELA, SEU IMBECIL! (Akio)

-Ah, sim...desculpe... (Kazuki)

-Apesar de que... (Kimiko)

-O que foi? (Akio)

-Nada... (Kimiko)

-Kenji, Kazuki está certo. A pessoa que foi rejeitada pela Kimiko deduziria que ela tem sentimentos por Akio, o que seria um motivo para tentar matar ou incriminar os dois, como vingança. Você já sabe a resposta... (Izumi)

A pessoa mais suspeita...que fez uma serenata para se declarar para Kimiko, foi rejeitada e consumida pelo ódio, querendo incriminá-los por um crime...a pessoa com o maior talento para música...

-É você, Daichi Yoshinori! (Kenji)

-E-EU?! (Daichi)

-Você está sob suspeita agora. Eu...eu quero acreditar em você, então me dê um motivo para acreditar que você é inocente... (Kenji)

-Eu...eu não mataria o Amata... (Daichi)

-Mas você parecia realmente odiar ele. Quando disse “Eu odeio piadas”, e o olhar que você dava para ele... (Izumi)

-E-eu... (Daichi)

-Além disso, você disse que sua guitarra era maciça, não era? Guitarras maciças são feitas de madeira, e havia pedaços de madeira na cena do crime. E depois do crime, você não foi mais visto usando sua guitarra. (Izumi)

-Mas se eu tivesse matado ele, a guitarra estaria suja de sangue, e minhas mãos também! (Daichi)

-Você poderia ter simplesmente lavado as mãos, e limpado sua guitarra...com esse lenço. (Kenji)

-E-esse lenço?! Mas eu só uso ele para limpar o nariz! (Daichi)

-Então você não teria problemas em mostrar ele para nós, não é? Você parecia preocupado em escondê-lo quando eu notei ele antes. (Izumi)

-E-eu... (Daichi)

Daichi suava frio, ele parecia assustado e preocupado. Até que depois de muitos olhares, ele finalmente desistiu. E mostrou-nos o lenço sujo de sangue.

-E-ele! (Mieto)

-Eu só queria... (Daichi)

-Desculpe, Daichi... (Kimiko)

-Kimiko? (Akio)

-Desculpe por ter te rejeitado...por minha culpa, você acabou ficando com raiva e matou o Ryotaro......me desculpem, pessoal...me desculpe, Ryotaro... (Kimiko)

Kimiko começava a chorar como uma criança. Daichi não conseguiu se conter também, e logo todos nós estávamos quase chorando diante da cena emocionante.

-Então...foi realmente ele que matou? (Hiroito)

-Mas...Daichi, eu não entendo. Normalmente, uma pessoa rejeitada com raiva tentaria matar a pessoa que o rejeitou ou a pessoa que foi o motivo da rejeição. Por que seu alvo não foi Kimiko ou Akio? (Haruka)

-Eu...tentei... (Daichi)

-Tentou? (Kenji)

-Eu tentei matar a Kimiko... (Daichi)

-O quê?!! (Akio)

-Eu escrevi uma carta para ela...para ela ir me encontrar no depósito de lixo...
Eu ia fazer uma cópia para o Akio também, para o incriminar, mas ouvi que a copiadora estava com defeito...então apenas deixei a carta perto da porta da Kimiko, e na mesma hora, eu achei o desenho que o Akio tinha perdido. Eu decidi ficar...como uma lembrança da Kimiko. Eu acho que o Ryotaro deve ter pegado a carta depois por curiosidade. (Daichi)

-Sim...ele tinha pegado um papel da minha porta, e quando eu vi, disse que podia ficar. (Kimiko)

-Eu fui para o depósito no horário combinado. Quando eu vi o Amata lá...eu já não suportava ele, e depois daqueles vídeos falsos...eu não aguentei, ver ele me fez perder a cabeça, e eu decidi matar ele mesmo. Com a minha guitarra, que estava a mão, bati múltiplas vezes nele...eu coloquei o desenho na cena do crime para tentar incriminar os dois...e quando eu achei um papel de redação com o Ryotaro com o nome dele escrito, decidi fazer minha última vingança...fui na sala da copiadora que agora estava consertada, fiz uma cópia da assinatura dele, e tentei copiar o melhor que pude sua letra numa carta, que eu deixei perto da porta da Kimiko para que ela visse no dia seguinte. (Daichi)

-Então...ela viu a carta e foi para o depósito de manhã, onde achou o corpo... (Kenji)

-Não precisava ter sido assim... (Daichi)

-Você precisa aprender a lidar melhor com seus sentimentos, cara... (Akio)

-Bem, depois dessa confissão, eu acho que podemos começar a hora da votação!! (Monokuma)

-Espera! (Daichi)

Botões surgiram em cada um dos púlpitos em que estávamos. Devíamos apertar o botão correspondente ao aluno em que votaríamos como culpado. Eu apertei...o do Daichi. E aparentemente a maioria fez o mesmo, porque foi o nome dele que apareceu na telinha que havia na bancada do Monokuma.

-Vocês acertaram, pessoal, foi Daichi Yoshinori que matou Amata Ryotaro! (Monokuma)

-Isso...está acontecendo mesmo? (Mieto)

-Seu... (Raiden)

-Por favor...eu só quero voltar para minha banda...só quero ser amado...eu só quero sair daqui...quero que nós todos saiamos daqui! (Daichi)

-Bem, pessoal, é hora da punição! (Monokuma)

-Espera! (Kimiko)

Kimiko tentou correr até Daichi. Akio a segurou.

-Kimiko, não! (Akio)

Daichi deu um último olhar para Kimiko, depois para cada um de nós.

-Me desculpem. Você também, Ryotaro –Disse, olhando para a placa com o rosto do Comediante.

A primeira execução começou...

Uma coleira de ferro veio em direção a Daichi eu nem sei de onde e se prendeu em seu pescoço, em seguida ele foi arrastado por um corredor. O seguimos até nos vermos diante de um grande palco de show de rock...

Execução de Daichi Yoshinori: Guitarrista Nível Super Colegial

Daichi foi colocado num palco, uma coleira o prendendo, com uma banda de rock. Ele é o guitarrista e o vocalista da banda formada por ele e por Monokumas. Ele é obrigado a tocar e cantar para uma plateia de Monokumas até ficar cansado, mas a plateia não parece satisfeita. Começam a jogar tomates nele, e com o tempo ficam cada vez mais agressivos, jogando coisas duras como tijolos e pedras, enquanto os seus "colegas de banda" chegam por trás dele com "guitarras-martelos" e dão o golpe fatal.

Fomos obrigados a assistir aquela cena...ver nosso amigo ser morto daquela forma...

E nós que mandamos ele para a morte...

A culpa estava me consumindo, como aposto que estava fazendo com todos ali...principalmente Kimiko Shizuka.

-N-n-n-nãaaaaaaaao!!! (Kimiko)

-Kimiko!! (Akio)

Kimiko saiu correndo desesperada, Akio a seguiu, e os outros de nós continuávamos parados, em choque.

-Ele...morreu... (Kenji)

-Outro de nós...morreu... (Mieto)

-Que tipo de punição doentia é essa...? (Haruka)

-Nós vamos todos morrer aqui! (Yoshie)

-S-sim...nós vamos morrer... (Raiden)

Foi a primeira vez que vi Raiden concordar com Yoshie desde que chegamos naquela escola.

-Droga...seu urso maldito! Por que temos que jogar o seu jogo?! (Ayaka)

Ayaka tentou agarrar Monokuma.

-Eu não faria isso se fosse você. (Fumio)

-Oh, ele é esperto! Você devia me soltar, garotinha. Ou se não... (Monokuma)

Monokuma mostrou suas garras afiadas.

-Tch... (Ayaka)

Ayaka o soltou, e Monokuma se virou para ela, num tom de zombaria.

-Não é a primeira vez que você tenta me agredir. Eu não hesitarei na próxima, pupupu...

Agora, acho que é melhor se vocês forem logo de volta para cima. (Monokuma)

Mesmo contra nossa vontade, obedecemos. Tivemos que deixar Daichi e Amata para trás...e não pudemos fazer nada para impedir suas mortes.

Quando chegamos lá em cima, fui para o depósito de lixo com Izumi e Kazuki. Akio e Kimiko estavam lá.

O corpo de Amata não estava mais lá! Era como se nunca tivesse estado.

-O corpo! (Kenji)

-Que feitiçaria é essa?! (Kazuki)

-É, estranho...muito estranho...quando chegamos, já estava assim. (Akio)

-O que você acha que fizeram? (Izumi)

-Acho que nem o Monokuma ia querer deixar corpos espalhados por aí num ambiente escolar... (Akio)

-Yeah...E o que vieram fazer aqui? (Kenji)

-Kimiko quis vir aqui... (Akio)

Olhamos todos para Kimiko. Ela estava recolhendo do chão o desenho ainda ensanguentado que havia feito, entregado para Akio e que havia sido uma valiosa evidência durante o Julgamento.

-Você vai ficar com isso? (Akio)

-Eu quero me lembrar...
quero me lembrar de todos... (Kimiko)

Lágrimas escorriam pela face da loira.

Eu me senti tocado por aquilo. Naquela hora, eu prometi para mim mesmo:

Nós vamos sair daqui. Todos nós. Ninguém mais vai morrer, os sacrifícios de Amata e Daichi não foram em vão.

Vamos sair daqui vivos, eu juro!


Notas Finais


Oi de novo, pessoal ^^ Desculpe pelo capítulo longo, mas provavelmente vai ser assim quase sempre nos segundos atos e-e
Então, vocês haviam suspeitado do culpado desde antes? Ou foi um choque para vocês? Vocês gostavam do personagem? Gostaram da execução? Deixem suas opiniões nos comentários ^^ Espero que tenham gostado do capítulo, e até a próxima!


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