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História Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 4: Descobertas - Segredos (Ato 1)


Escrita por: Phantasmagoric

Notas do Autor


Acho que não demorei muito desta vez, né? ;u;
Sinto que muitos estão esquecendo a fic :c
Mas bem, agradeço aos leitores fiéis que ainda acompanham a história, e espero que gostem deste novo capítulo! :3

Capítulo 8 - Capítulo 4: Descobertas - Segredos (Ato 1)


Fanfic / Fanfiction Danganronpa 0.5: Shinkibou - Capítulo 4: Descobertas - Segredos (Ato 1)

  -Ah...mais um dia... (Akio)

-Nós sobrevivemos até agora. (Haruka)

-Será que está muito longe de sairmos daqui? (Yoshie)

-Monokuma disse que apenas quando resolvermos os mistérios desta escola, ou quando sobrarem apenas dois alunos. (Ayaka)

-Será que vamos chegar a esse ponto? (Fumio)

-O que eu sei é que temos que resolver os mistérios deste lugar e sair daqui! Todos nós! (Izumi)

-Sim! Vamos nos animar, pelo menos ainda estamos vivos! (Kazuki)

-Madoka... (Haruka)

-Eu acho que isso não ajudou muito, Kazuki. (Kenji)

-Kimiko na verdade está ainda mais triste! (Kimiko)

-Ora, desculpe. Eu tentei. (Kazuki)

-Mas...se tiverem que sobrar só duas pessoas, pode ter certeza que seremos eu e Akio! Desculpe, pessoal! (Kimiko)

-Er... (Ayaka)

Para alguém com uma aparência tão inocente como Kimiko, dizer aquilo nos deixou meio desconfortáveis.

Estávamos todos reunidos no refeitório mais uma vez, como fazíamos todos os dias.

Apenas 9 alunos restantes.

Não fazia muito tempo desde o último julgamento, os assassinatos de dois de nossos amigos na mesma noite, e ainda a execução de Madoka...

Acho que isso afetava principalmente Haruka.

-Nós devíamos explorar o novo andar, não é? (Ayaka)

-Ah, sim, eu tinha até esquecido que abriu outro andar. (Haruka)

-Quantos andares será que tem essa escola? (Akio)

-Segundo informações que eu obtive, tem uns cinco. (Fumio)

-Logo, logo, não teremos mais o que explorar... (Kazuki)

-Nós não vamos chegar ao quinto andar, porque não vamos ter mais mortes! (Kenji)

-De qualquer forma, nós devíamos fazer o de sempre, e ir procurar no quarto andar por pistas. (Izumi)

Subimos até o quarto andar. No caminho, eu me lembrei daquela “missão secreta” de Fumio, da qual nunca mais tivemos notícias.

-Hey, Fumio, que fim levou aquele seu grande plano com Kazuki e Akio? (Kenji)

-Ah, sim, depois eu tenho que contar para vocês meu progresso...Mas...não agora. (Fumio)

O quarto andar não era tão grande, praticamente a única sala que existia lá, além das salas de aula, era o palco, uma sala de apresentações. Por algum motivo, eu acho que Daichi ou Amata iriam curtir isso...

-Acharam alguma coisa? (Ayaka)

-Nada. (Haruka)

-N-Nada aqui também! (Yoshie)

-Kimiko só vê formiguinhas... (Kimiko)

-Hey, cuidado para não ser picada. (Akio)

-Ai! (Kimiko)

-Este lugar é abafado. Mesmo sendo espaçoso, não tem quase nenhuma entrada de ar. (Haruka)

-E mesmo assim, ainda tem câmeras e monitores. (Fumio)

-Será que o Monokuma consegue enxergar direito com essa escuridão? (Kenji)

-Por falar em escuridão, Kenji... (Izumi)

-I-Izumi?! Onde você está?! (Kenji)

Do nada, tudo estava mais escuro ainda. Eu não via nada, e sentia mãos tapando meus olhos. Eram as de Izumi?

-Feche seus olhos. Eu vou te dar uma surpresa. (Izumi)

-Que tipo de s-surpresa? (Kenji)

Logo imaginando centenas de coisas, obedeci e fechei meus olhos. Então...eu senti lábios tocando rapidamente nos meus. Fiquei extremamente envergonhado e animado ao pensar que poderia estar ganhando um beijo, ou ao menos um selinho, de Izumi.

Mas quando abri os olhos, era Kazuki.

-K-K-Kenji?! (Kazuki)

-Kazuki?!! (Kenji)

-Hahaha!!

Ambos, nervosos e assustados, olhamos para onde estavam Izumi e Ayaka rindo da cena, e Haruka gravando.

-Você disse que ia fazer, mas eu não estava acreditando! Haha! (Ayaka)

-Eles caíram direitinho! (Izumi)

-Boa, garotos. (Haruka)

-Hey, hey! Depois da influência de Madoka vocês vão todos sair se beijando pela escola, agora? Na-na-ni-na-não! A escola é um lugar de decência e ordem! (Monokuma)

-Para de ser chato, urso, só estamos nos divertindo. (Ayaka)

-Arrumem um jeito mais puro de se divertir! (Monokuma)

-Pare de atrapalhar. (Ayaka)

Ayaka se abaixou à altura de Monokuma e lhe deu um peteleco na testa.

-H-hey! Violência contra o diretor é proibida!! Mas...como eu estou de bom humor hoje, vou deixar passar. (Monokuma)

Então, ele foi embora.

-Espera, vocês armaram para nós?! (Kazuki)

-Hehehe, desculpa, desculpa! (Izumi)

-Foi só uma brincadeira! (Ayaka)

-Hum. Uma de vocês está me devendo um beijo de verdade! (Kazuki)

-O quê?! (Haruka)

-Hey, o que aconteceu aqui? (Akio)

-Eu vi, eu vi! Kenji e Kazuki se beijaram! (Kimiko)

-Mas o quê?! (Akio)

-Kenji, seu safado! Não sabia que você jogava nos dois times! (Fumio)

-V-você também, Kazuki?! (Yoshie)

-E-espera, é tudo um mal-entendido! (Kenji)

Apesar da vergonha e do nervosismo, todos estávamos rindo do acontecido depois. Acho que foi a primeira vez em que dei uma risada sincera em bastante tempo, desde que chegamos aqui. Por um momento, eu até esqueci da situação em que estávamos...

E também me esqueci momentaneamente do fato de que tinha acabado de dar meu primeiro “beijo”. Com um garoto.

-Bem, eu não achei nada no palco, nas cadeiras nem em nada. (Ayaka)

-Então vamos ver se tem algo a mais neste andar! (Izumi)

Naquele lugar havia, ainda, uma sala estranha, com um crucifixo na porta, escrito “necrotério”.

-Necrotério? (Fumio)

-Isso não me parece bom... (Yoshie)

-Devíamos entrar para ver, não? (Ayaka)

Entramos no tal “necrotério”. Também era uma sala meio escura, Izumi ligou o interruptor e pudemos ver melhor. Também havia uma câmera e um monitor, e...várias gavetas?

-Parecem gavetas para corpos... (Izumi)

-Isso me lembra uma dungeon de um RPG que uma vez eu comandei. (Kazuki)

-Eu acho que... (Akio)

-Sim, aparentemente os corpos que estão aqui são de nossos falecidos colegas de classe. (Fumio)

-Aparentemente, exatamente sete gavetas estão cheias. Então... (Izumi)

-Mas que coisa...desagradável... (Ayaka)

-Madoka...ela está aqui também...? (Haruka)

O corpo de Madoka havia sido esmagado. Será que ela estaria mesmo dentro de uma dessas gavetas...?

-Hey, sem bisbilhotar os dorminhocos, okay?! (Monokuma)

-De onde você surge, criatura?! (Akio)

-A Velocidade Monokuma ultrapassa a Velocidade da Luz! (Monokuma)

-Isso é mesmo possível?! (Kimiko)

-Claro que não, ele só está zoando. (Ayaka)

-Hum, hum! Incrédulos! Eu vou mostrar a vocês o quão rápido eu sou! (Monokuma)

Ele realmente era rápido, porque desapareceu da nossa vista num instante. Felizmente.

Decidimos sair daquele lugar macabro...

-Madoka...Madoka... (Haruka)

Haruka não estava nada bem.

-Haruka...você não parece bem. Venha, vou te levar para tomar uma água. (Ayaka)

-Então é para lá que iam os corpos que sumiam... (Izumi)

-Será que ainda precisamos ficar por aqui? (Kenji)

-Bem, acho que seria uma boa olhar as salas de aula, não é? (Fumio)

-Sim, bem que você disse antes que nós damos pouca atenção às salas de aula... (Akio)

Indo de sala em sala, acabamos nos dividindo, e enquanto eu, Akio, Izumi e Fumio ficamos em uma sala, Kimiko, Kazuki e Yoshie ficaram em outra.

-Acharam alguma coisa aí? (Ayaka)

-Ayaka! Haruka está melhor? (Kenji)

-Ah, sim, sim. O último julgamento foi bem pesado para ela...com aquele trauma voltando à tona e ela perdendo sua grande amiga...mas depois de passearmos um pouco e conversarmos, acho que consegui acalmá-la. (Ayaka)

-Ela está na outra sala? (Fumio)

-Sim, eu deixei ela com o resto do pessoal. (Ayaka)

-Certo. Vai se juntar a nós na investigação aqui? (Fumio)

-Por que não? (Ayaka)

-Vejam o que podem achar! (Izumi)

Reviramos aquela sala, mas não achamos nada de útil. Até que parecia que uma esperança havia surgido.

-Hey, pessoal, venham ver isso! (Izumi)

-Achou alguma coisa? (Ayaka)

-Isso parece ser....um pequeno livro. (Fumio)

-Sim, pessoal! Eu preparei uma pequena pista para vocês, para entender melhor o que acontece ao seu redor! (Monokuma)

-Já que não podemos nos comunicar com o exterior, você quer que pelo menos entendamos o que houve? (Kenji)

-Exato! Aproveitem o entretenimento! (Monokuma)

-Anda, o que está escrito aí? (Akio)

-“A Tragédia do Colégio Topo da Esperança” (Fumio)

-Espera...esse não foi aquele evento que aconteceu na Topo da Esperança em que os membros do conselho estudantil tiveram que matar uns aos outros? (Ayaka)

-Igual estamos fazendo agora... (Kenji)

-Sim, é isso mesmo. (Fumio)

-Talvez tenha informações aí que nós precisemos saber! (Akio)

-Afinal, temos que descobrir todos os mistérios sobre esta escola. (Izumi)

-“A Tragédia do Colégio Topo da Esperança foi o nome dado ao evento do jogo de assassinato mútuo realizado entre os membros do conselho estudantil.
O único sobrevivente registrado foi Izuru Kamukura, considerado o culpado pela organização e execução da carnificina, e que logo depois foi identificado como um aluno do Curso Reserva da escola.

 O Curso Reserva era uma seção da escola onde estudantes normais, sem talentos excepcionais como os do Curso Principal, poderiam estudar, à preços altíssimos, em troca do simples prestígio que estudar na Topo da Esperança poderia proporcionar.

  Aparentemente, os fundos arrecadados pelo Curso Reserva foram usados para o desenvolvimento de um experimento humano, do qual surgiu Izuru Kamukura, batizado com o nome do fundador da Academia. ” (Izumi)

-Eu acho...que já é o suficiente. (Kenji)

-Izuru...Kamukura... (Ayaka)

-Foi ele que organizou o jogo? (Akio)

-Será que...foi ele que nos prendeu aqui também? (Ayaka)

-Existe sempre uma possibilidade...Até porque... (Fumio)

-Até porque...? (Kenji)

-Nada, depois eu digo. (Fumio)

-Vamos ver o que o pessoal achou na outra sala. (Izumi)

-C-certo... (Kenji)

O que será que Fumio quis dizer? Ele disse que explicaria depois...então vou ficar à espera.

-Algum resultado? (Haruka)

-Sim, achamos algo que parece bem relevante. (Ayaka)

-É sobre a Tragédia do Colégio Topo da Esperança. (Fumio)

-Foi por causa deste evento que esta escola foi construída... (Kazuki)

-Será que isso está intimamente ligado com nossa situação? (Haruka)

-O que vocês acharam aí? (Izumi)

-B-bem...eu achei isso. (Yoshie)

-Uma faca! Ah, não me machuque! (Kimiko)

-Não, não! Não se preocupe! (Yoshie)

Apesar de não ter nenhum instinto assassino, o jeito que Yoshie segurava a faca era ligeiramente ameaçador.

-Deixe-me ver. (Izumi)

-É uma faca um tanto estranha... (Kenji)

-Vamos chama-la de “Monofaca”! (Izumi)

-Por quê? (Kenji)

-Ora, não está vendo as cores no cabo? São claramente uma referência ao Monokuma! (Izumi)

-Ah, eu pensei que ninguém ia notar! Eu tenho muito bom gosto, não é? (Monokuma)

-Para que deixar uma faca jogada no meio de uma sala de aula? (Ayaka)

-É para defesa pessoal! Só isso! (Monokuma)

-Eu acho melhor eu ficar com essa faca, por precaução. (Haruka)

-Hum...Tem certeza que precisa de uma faca para se defender? Eu sou bem forte, posso proteger todos vocês! (Ayaka)

-Temos que dar um jeito de nos livrar dessa arma nefasta! (Kazuki)

-Eu acho que é melhor deixar ela com o Kenji. Sabe como é, Haruka...você está meio instável. (Fumio)

-Vocês acham que minha mente já está tão desgastada a ponto de eu cometer um homicídio? (Haruka)

-Não é isso... (Fumio)

-Hm. Eu não me importo. Fiquem logo com essa droga, eu não tenho nenhuma utilidade para ela, afinal. (Haruka)

-Espera, por que eu? (Kenji)

Ela está de mal.

-Bem...vamos voltar? (Ayaka)

-Eu acho que é bom. Estou cansado. (Akio)

-Kimiko quer tirar uma soneca depois de tanta exploração! (Kimiko)

Saímos do quarto andar e voltamos para o refeitório, nosso local de encontro. Lá, depois de organizar as informações obtidas, lembrei-me de algo.

-Fumio...você disse que ia nos mostrar alguma coisa, não é? (Kenji)

-O quê? Ah, sim...aquilo. (Fumio)

-Você está falando...daquilo? (Kazuki)

-Aquilo...aquilo...Ah, aquilo! (Akio)

-Parem de ser tão confusos! (Ayaka)

-O que é “Aquilo”? (Yoshie)

-Sigam-me. (Fumio)

Tentamos ir discretamente para a sala de banho, onde não haviam câmeras, como o próprio Fumio Manabu havia demonstrado anteriormente, e dentro de um dos armários havia um laptop.

-Eu peguei isso escondido na biblioteca. (Fumio)

-Eu e Kazuki fomos os responsáveis por distrair o Monokuma! (Akio)

-Distrair o Monokuma? (Yoshie)

-Sim, eu acho que a pessoa que o controla não pode olhar as câmeras e controla-lo ao mesmo tempo. (Fumio)

-Isso é algo um tanto bom de se ouvir. (Ayaka)

-Bem...olhem isso. (Fumio)

Fumio, navegando como o hacker que era por entre os arquivos do computador, nos mostrou uma coisa estranha.

-O que é isso? (Haruka)

-O título diz “Dados do Jogo de Assassinato do Topo da Esperança”... (Ayaka)

-Eu acho isso muito suspeito mesmo. Mas ainda não consegui decodificar. Eu estava pensando também em tentar ligar esse computador na rede... (Fumio)

-Algo me diz que isso não vai ser uma boa ideia. (Kenji)

Eu tinha um pressentimento estranho sobre aquele plano, então decidi não ficar calado.

-Bem...pode ser arriscado, mas teremos que tentar. (Fumio)

-Mas não agora. Por hora, vamos só descansar, okay? (Izumi)

-Yeah, eu não estou a fim de passar por aquilo de novo. (Kazuki)

Depois daquela descoberta, nos separamos e fomos para nossos quartos. Eu estava exausto, mas não queria ficar parado, então decidi sair e procurar alguém para conversar.

Eu estava ainda com a “Monofaca” nos bolsos.

 Logo que saí de meu quarto e estava indo para o refeitório, me deparei com Kazuki e Ayaka conversando num canto. Me escondi para não atrapalhar.

-Você está falando sério? (Ayaka)

-Sim, vocês estão me devendo! Não queira despertar a minha ira! (Kazuki)

-Aff...está bem! (Ayaka)

Do lugar em que eu estava, não consegui ver direito, mas parecia que ela tinha dado um beijo nele.

-Oooh! (Kenji)

-Você...realmente fez isso? (Kazuki)

-Hum. Agora não me enche mais com isso, certo? E às outras também não! (Ayaka)

-Sim, senhora! (Kazuki)

Depois que Ayaka se foi, eu me revelei para Kazuki.

-O que foi isso, cara? (Kenji)

-V-você viu?! (Kazuki)

-Vi tudo. (Kenji)

-Bem, hehe...Acho que aquela pegadinha que fizeram com a gente não foi tão ruim...pelo menos podemos cobrar de volta! Vai lá falar com a Izumi! (Kazuki)

-Um beijo da Izumi?! (Kenji)

-Bem, estava pensando em pedir para ela te fazer um sanduíche...mas um beijo também é uma boa! (Kazuki)

Um beijo...

-Hey, vocês! (Yoshie)

Yoshie veio correndo atrás de nós e acabou tropeçando, eu e Kazuki a seguramos à tempo.

-Você está bem? (Kenji)

-Ah, sim, estou. O-obrigada! Desculpe! (Yoshie)

-Relaxa. Por que veio com tanta pressa? (Kenji)

-Kimiko está maluca! (Yoshie)

Saímos correndo em direção ao refeitório, onde Yoshie nos levou. Kimiko estava realmente descontrolada...mas por quê?

-Kimiko quer bolinhoo!! (Kimiko)

-Kimiko! O bolinho já vai chegar! (Akio)

Ayaka e Akio estavam segurando ela, mas a fúria da loirinha era demais até para eles dois. Izumi teve que chegar até ela e dar um leve beliscão em seu pescoço...acho que foi naquele ponto lá que pode fazer a pessoa desmaiar, sabe? Eu não sei direito como chamar isso.

-Você sabe dessas técnicas arcanas? (Kazuki)

-Por que a Kimiko está assim? (Kenji)

-Tem um bolinho que ela come todo dia de manhã, desde que era criança. Ela consegue aguentar algumas horas sem ele mas...não tanto tempo assim. (Akio)

-E tem desse bolinho aqui? (Ayaka)

-Sim, sim. Pelo menos, tinha. Não tem no estoque hoje. (Akio)

-Será que o Monokuma vai repor? (Fumio)

-Eu realmente espero. Ela está me deixando com medo. (Akio)

-Akio...você nunca nos contou muito sobre sua história com a Kimiko. (Kenji)

-Eu deveria? (Akio)

-Bem, com o tanto de tempo que já passamos aqui...Acho que seria interessante dividirmos uns segredos e histórias de infância. (Haruka)

Haruka, que estava quieta, finalmente quebrou o silêncio. Acho que ela gostou da ideia de termos algo sobre o que conversar.

-Bem, eu e ela sempre fomos muito próximos, desde crianças. O meu pai e a mãe dela são irmãos, então nos visitávamos o tempo todo. Estudávamos juntos, éramos vizinhos... (Akio)

-E quando foi que vocês se apaixonaram? (Ayaka)

-Apaixonar?! (Akio)

-Ah, qual é, tá na cara! (Izumi)

-A Kimiko realmente gosta de você, e você é bem protetor com ela. (Yoshie)

-Não tente esconder, eu consigo ver escrito na sua testa o que você sente por ela. (Haruka)

-Bem...teve uma vez em que eu salvei ela quando ela se perdeu no mercado. E na floresta. (Akio)

Parece que ele está improvisando essa história se lembrando de algum jogo qualquer que jogou...mas ao mesmo tempo parece bem convincente.

-Fui eu que abri os olhos dela para o talento dela com desenho, e foi ela que me fez gostar de xadrez. Apesar de ela não ser muito boa para essas coisas, nós jogávamos o tempo todo. (Akio)

-É uma história bem bonitinha... (Yoshie)

-Bem, acho que é minha vez de contar histórias! Vou contar para vocês da vez em que derrotei um Dragão Místico de Nível 84 apenas com meu arsenal básico! (Kazuki)

-Hey, hey, pessoal! Se reúnam agora no palco do quarto andar! URGENTE! Rawr! (Monokuma)

-Outro incentivo? (Izumi)

-Será que ele não entende que estamos cansados de mortes? (Ayaka)

-É melhor não desobedecermos a ele. (Fumio)

-Kimiko ainda está desmaiada. (Yoshie)

-Kimiko não está mais desmaiada! (Kimiko)

-Aguenta mais um pouco. Depois vamos conseguir o bolinho. (Akio)

-Bolinho!! (Kimiko)

Todos seguimos e nos sentamos nas cadeiras do palco de apresentações do quarto andar. As cortinas se abriram e Monokuma apareceu, como se apresentando um espetáculo.

-Senhoras e senhores! Com vocês, o grande Monokuma! (Monokuma)

-Você vai nos dar outro motivo para matar, não é? (Haruka)

-Não tenham pressa! Eu tenho uma pergunta para fazer a vocês, antes! (Monokuma)

-Pergunta? (Akio)

-Todo ser humano tem medo...vocês sabiam? (Monokuma)

-Acho que isso é verdade. (Ayaka)

Me surpreendi ao ver a corajosa Ayaka Miyoki falando aquilo. Mas acho que era verdade.

-O que as pessoas fariam ao ser colocadas face a face com seus piores medos? (Monokuma)

-Vá direto ao ponto, Monokuma. (Fumio)

-Se é o que quer...Pupupu... (Monokuma)

Depois de ouvir aquelas palavras, comecei a perder meus sentidos.

-Kenji! O que está acontecendo? (Izumi)

-Eu não me sinto bem... (Kenji)

-Isso é...algum tipo de...truque... (Kazuki)

-Vocês não podem....dormir... (Ayaka)

-Kimiko...não solte minha mão... (Akio)

-Não foi isso o que eu quis dizer, Mono...kuma... (Fumio)

Eu desmaiei, e aparentemente todos os outros também. Acordei numa sala pequena e escura, sentado numa cadeira.

-Tem alguém aí? (Kenji)

-Ken...ji...

-Quem é? (Kenji)

-Ken......ji....

-Izumi?! (Kenji)

Diante de meus olhos, eu podia ver Izumi tentando me alcançar...se arrastando...ela estava sem suas pernas e toda ensanguentada.

-IZUMI!? O QUE ACONTECEU? (Kenji)

-Ken... (Izumi)

Então, ela apagou. Eu a segurei, mas ela...não estava respirando.

-Izumi? IZUMI!! (Kenji)

-Kenji! Cuidado! (Kazuki)

Kazuki estava também todo machucado, parecia bem fraco.

-Kazuki! O que está acontecendo? (Kenji)

-Corra, Kenji! (Kazuki)

A cabeça de Kazuki caiu e rolou diante dos meus pés...eu não faço ideia de o que cortou ela, mas havia um monte de sangue por toda parte.

-Kimiko! Kimiko!! (Akio)

Akio estava sem um braço e tentando correr desesperadamente, procurando por Kimiko.

-Akio! Você também?! (Kenji)

-Por que só você...está bem...? (Haruka)

-Por que só você merece...? (Yoshie)

-Por que fez isso...Kenji? (Ayaka)

As três garotas pareciam zumbis...e estavam me cercando. Eu estava encurralado. Eu não sabia o que fazer, eu só conseguia gritar, gritar e gritar.

Foi quando acordei, de volta no palco, onde estava.

-Kenji! Kenji, acorde! (Izumi)

Ao ver Izumi bem, tudo o que consegui fazer foi puxá-la para perto de mim e abraça-la com todas as minhas forças.

-O que...está fazendo...? (Izumi)

-Ah...desculpe...é só que... (Kenji)

-Não, não é problema. (Izumi)

Ela me abraçou de volta, e eu podia sentir o calor dela em meu corpo.

-O que acabou de acontecer aqui? (Ayaka)

-Foi um sonho? (Haruka)

-Foi um pesadelo, isso sim! (Ayaka)

-Ah!! Kimiko está com muito, muito medo! (Kimiko)

-Aqui, tome um bolinho. (Monokuma)

-Bolinho! (Kimiko)

Monokuma estava sendo sarcasticamente gentil com ela, mas o bolinho que ela ganhou a acalmou rapidamente.

-Era isso que ele quis dizer com...medos...? (Fumio)

Medos...cara a cara com nossos medos...

-Esse é o incentivo, pessoal. Se ninguém morrer nas próximas 48 horas...Todos os medos de vocês serão revelados para os outros, e quem sabe até reproduzidos na vida real, em Alta Qualidade! (Monokuma)

Ele estava falando sério?

Se ninguém morresse...

Aquilo ia acontecer na vida real?!

-Urso maldito... (Ayaka)

-Ora, assim você me ofende! Bem, eu já vou indo! Boa sorte! (Monokuma)

Apenas o silêncio preenchia a sala naquele momento. O que poderíamos falar?

-Eu já me decidi. (Akio)

-O que você está pensando? (Ayaka)

-Vocês sabem...quando as peças da frente começam a ser capturadas...você deve começar a jogar com as mais fortes. (Akio)

Mais metáforas de xadrez. Mas acho que eu entendi o que ele quis dizer.

-Eu vou acabar com isso. (Akio)

-Não! Kimiko não vai deixar! É muito perigoso! (Kimiko)

Kimiko se prendia em seu braço para o impedir.

-Akio, se acalme! Você sabe o que pode acontecer se desafiar o Monokuma! (Haruka)

-Gr... (Akio)

-Kenji. Você me permite ficar com a “Monofaca”? (Fumio)

-Por quê? (Kenji)

-Eu apenas quero analisa-la. (Fumio)

-Você me deu, e agora quer de volta? Heh. Bem, eu não sei o que eu poderia fazer com uma faca, mesmo... (Kenji)

Entreguei as armas nas mãos de Fumio, e me senti levemente tranquilizado.

-Você está com medo, Kenji? (Izumi)

-Não precisa ter medo. Nós estamos todos aqui. Juntos. (Kazuki)

A palavra “juntos” ainda me dava calafrios desde que chegamos aqui...

Quanto tempo fazia que estávamos lá? Uma semana? Duas?

-Vamos sair logo daqui. (Haruka)

Acho que é o melhor, mesmo.

Saímos daquele lugar, ainda sem saber ao certo o que tinha acontecido, e voltamos todos para nossos quartos, sem muitas palavras.

-Com licença, todos os alunos! Agora são 22:00, e o Horário Noturno entra em vigor. O refeitório está fora dos limites agora. Tenham todos uma boa noite, e sonhem com os anjinhos... (Monokuma)

O anúncio noturno do Monokuma. Mas eu não estava com sono.

Toda vez que eu tentava dormir, aquelas imagens vinham na minha cabeça.

Quando me dei conta, já estava de manhã, novamente.

-Aham! Com licença! O dia está começando! Vamos dar o nosso melhor para fazer do dia de hoje o melhor dia! (Monokuma)

-Urso...maldito... (Kenji)

Fui para o refeitório. Apenas Ayaka e Yoshie estavam lá.

-Olá, só vocês duas estão aqui? (Kenji)

-Sim. Não encontrou os outros? (Ayaka)

-Não. (Kenji)

-Talvez ainda não tenham acordado... (Yoshie)

-Pessoas! (Haruka)

-Haruka! O que houve? (Kenji)

-Vocês deviam ver isso... (Haruka)

-Não me diga que... (Ayaka)

Seguimos Haruka até o quarto andar, e ela nos levou até o palco. Aquele lugar que nos traumatizara na tarde passada.

Kimiko estava desmaiada nos braços de Izumi.

-Kimiko! São os bolinhos de novo? (Kenji)

-Quem dera, Kenji...olhe lá. (Izumi)

Olhei para o centro do palco, onde Izumi apontou...E lá, estava o corpo do Jogador de Xadrez Nível Super Colegial, Akio Tsumeo. 


Notas Finais


Agora só temos 8 alunos...
O que acharam? Pupupu...
Comentem, divulguem, deem sugestões, isso ajuda a me manter animado e determinado a terminar a fic! :') Obrigado, e até a próxima!


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