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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 8: Always with one less


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


E aí pessoas? Postei de novo <3
Esse cap tava pronto sábado, menos a execução, aí segunda eu fiz a execução e revisei tudo, hoje eu to postando <3

Mais um class trial! o/

Capítulo 10 - Capítulo 8: Always with one less


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 8: Always with one less

P.O.V.: Miyake Haruka

≈Dia 16 – 20:05≈

Me pus em frente à porta da sala de áudio e vídeo assim que recobrei minha consciência. Não podia deixar ver aquilo. E por falar nele, está vindo correndo até aqui.

– Parado aí! Não dê um passo para dentro dessa sala! – falei com firmeza.

– Por quê? Deixe-me entrar! – ele falou, tentando me ignorar no seu caminho.

– Eu não posso deixar você entrar porque... O corpo que foi encontrado... – gaguejei.

Os olhos dele se esbugalharam.

– Não... – ele soluçava e chorava enquanto falava – Não pode ser...

– Se eu ao menos não tivesse impedido todos de virem aqui nós podíamos ter impedido isso. Me desculpe, Kinoshita – disse com pesar.

– Não, Miyake-san... A culpa não é sua. – ele tentava limpar as lágrimas enquanto falava, mas acabavam caindo mais – Eu aprendi no c-caso do Daichi-sensei que não existem culpados, o único culpado é que-quem manipula o Monokuma. Que droga lágrimas, parem de cair!

Eu – de certa forma – me surpreendi com ele. Achei que fosse enlouquecer de ódio e tristeza, e ficaria falando de vingança. Mas ele... Adquiriu experiência.

Ele limpa o rosto novamente e então suspira.

– Se você acha que seria melhor eu não olhar o corpo, não vou olhar. Mas eu vou investigar no resto da aeronave. – ele falou.

– Assim será melhor. Eu acredito que... Assim será melhor.

Oono-san, qual é o significado do que você me disse ontem? Eu... Não posso sequer perguntar a você...

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Todos nos juntamos em frente à sala de áudio e vídeo e dividimos 3 equipes. Uma para investigar o segundo andar, uma para o primeiro, e uma para a sala de áudio e vídeo. Kinoshita, Kubo, Hayakawa e Hirai vão investigar o primeiro andar; Uchida, Chiba, Yoshimura e Otonashi vão investigar o segundo; Eu, Tsuji e Takata vamos investigar a sala de áudio e vídeo.

Antes de tudo, lemos o Arquivo Monokuma.

“Arquivo Monokuma: Vítima – Atsuko Oono

Horário da morte: Das 7:00 às 10:00.

A vítima sofreu inúmeros golpes, tanto de armas sem ponta como com ponta. Todos os ferimentos foram causados antes da morte, mas ele foi levantado depois. A morte ocorreu na sala de áudio e vídeo.”

 

≈Investigação – Primeiro Andar≈

P.O.V.: Hideko Kinoshita

– O estado do corpo me preocupou bastante... – disse Hirai-kun.

– Está assim tão ruim? – falei, desanimado.

– Pode estar, mas não interessa a gente. Nosso trabalho é o primeiro andar, vamos focar nele. – falou Kubo-san.

– Ei, o que é isso? – falou Hayakawa-kun, apontando para a coleção de facas da cozinha.

– Parece que tem uma faca faltando... – falei.

 [Pista: Faca Desaparecida]

Kubo-san entrou na cozinha, apenas para chamar-nos. Parece que ela achou algo. Hayakawa-kun saiu da cozinha para procurar mais coisas.

– Nem Yue-chan nem Kazuhiko-kun estão aqui, então eu não posso ter certeza, mas não tinham caixas de fósforo aqui em cima? – falou ela, mirando para o fogão.

– Eu vim aqui outro dia... Realmente tem caixas de fósforo aí, ou pelo menos tinha que ter. – falou Hirai-kun.

[Pista: Caixas de Fósforo Desaparecidas]

– Eh? Porque você veio aqui? – perguntei.

– Eu vim cozinhar... – falou ele.

– Ué, mas quem faz o almoço é sempre a Yue-chan e o Kazuhiko-kun.

– Eu vim cozinhar... Para o Takata. – ele corou bastante, e virou o rosto para o lado.

Entendo... – pensou Kubo-san – Haha.

– Eeei! Venham aqui! – gritou Hayakawa-kun.

Nós fomos até onde ele estava, no dormitório, e vimos o quarto do Oono-san aberto.

– Seria bom olhar aqui, né? – falou ele.

Logo algo me chamou a atenção. Em cima do criado mudo, havia destroços de algo eletrônico. Um celular eu diria.

[Pista: Celular Destruído]

– Porque ele compraria um celular daqueles do Monoshop? Só vendem aqueles antigos! – falou Kubo-san, tão confusa quanto nós.

– Hm... – Hirai-kun pensou alto.

– O resto do quarto parece normal, certo? – falou Hayakawa-kun.

– Vamos tentar olhar em outros lugares! – falei – Temos que juntar todas as pistas com os outros!

 

≈Investigação – Segundo Andar≈

P.O.V.: Mai Chiba

– Como o assassinato aconteceu aqui, devem ter várias pistas espalhadas – falou Yoshimura-kun.

– Ok, vamos começar pela sala de música! – falou Yue-chan.

Assim que entramos lá, vimos o piano completamente destruído.

[Pista: Piano Destruído]

– O quê?! – falou Uchida-chan.

– Nossa, isso tá bem destruído. – falou Yue-chan – Será que houve alguma briga?

– Hm... – pensei alto.

Passamos por várias outras salas, mas só encontramos mais pistas na sala de documentos.

– Se não me engano, haviam tesouras em cima desses arquivos – falou Yoshimura-kun.

Uchida-chan tentava olhar em cima dos arquivos, mas ela era muito baixa. Yoshimura-kun levanta ela.

– É, sem tesouras. – falou Uchida-san – Só tem grampeadores, cola, um carimbo e essas coisas.

[Pista: Tesouras desaparecidas]

Continuamos olhando as salas do segundo andar.

 

≈Investigação – Sala de Áudio e Vídeo≈

P.O.V.: Kohaku Tsuji

– Bem, parece haver muita coisa para olhar por aqui.

– Eu... Posso olhar o corpo... – falou Miya-chan sem muita confiança.

– Não se force – falou Takata-kun, batendo nas costas dela com uma mão, e segurando o seu ombro – Deixe o corpo comigo. Olhem a sala em si.

– Certo... – falou ela.

– Vamos, Miya-chan. Veja, eu já achei algo. – falei, apontando para o chão próximo a onde estava o corpo, que foi descido com a ajuda de todos menos Kinoshita-san antes.

– Caixas... De fósforo? – falou ela, confusa.

[Pista: Caixas de fósforo]

– O que isso está fazendo aqui? – ela perguntou para ninguém.

Bem do lado, havia várias coisas que eu não tinha percebido antes.

[Pista: Estacas de madeira]

Estavam encharcadas de sangue.

[Pista: Faca]

Estava suja de sangue. Porém uma parte da lâmina havia sido... Lambida?!

Estamos lidando com um pervertido em potencial?! – pensou Miya-chan.

– Aqui do lado também – falei, apontando para duas tesouras.

Sujas de sangue também.

– Ei... No Arquivo Monokuma diz que ‘todos os ferimentos foram causados antes da morte’, não é? – fala ela, cabisbaixa.

– Sim... – engoli seco – Ele foi torturado...

Continuamos circundando a sala, até que notei algo estranho.

– Essas escadas sempre estiveram aqui? – perguntei a Miya-chan.

– Bem, nós não investigamos as salas assim que o andar abriu, então não posso dizer com certeza, mas... Acredito que não pertençam a esse lugar.

[Pista: Escadas]

Duas escadas enormes.

– Ah é, agora me lembrei, o corpo estava pendurado por dois cabos enormes né? – perguntei.

– Sim. – falou ela.

[Pista: Cabos grandes]

– Eeeei! Vocês duas! Venham cá, já acabei a “autópsia”. – falou Takata-kun. Não estávamos assim tão longe, não precisava gritar.

Fomos depressa até lá, e ele disse o que descobriu.

– Primeiramente, vou dizer algo que as duas sabem. Ele foi torturado até a morte.

– ...

– Isso é denunciado pelos inúmeros ferimentos de diferentes formatos em seu corpo, o que inclui de queimaduras nas solas dos pés a perfurações com objetos grossos – ele pensou algo que é melhor não citar – Além disso, também tem as lágrimas no rosto dele.

[Pista: Estado do corpo]

– Como vocês puderam ver antes, as roupas estão rasgadas também.

[Pista: Roupas acabadas]

– Bem na frente de onde o corpo deveria estar antes de ser levantado, havia sangue, então eu acho que ele vomitou sangue. Isso também é evidenciado pelo sangue na sua boca. Por falar em sua boca, há um papel completamente rasgado em sua língua.

[Pista: Sangue vomitado]

[Pista: Papel rasgado e encharcado de sangue]

– Por mais que pareça tenebroso, um pedaço da orelha esquerda foi arrancado.

[Pista: Orelha esquerda]

Guh... – senti pavor. Existia alguém mesmo capaz de fazer aquilo entre nós? Se sim, essa pessoa deve ser...

– Continuando, ele tem várias mordidas no corpo, então eu acho que ele foi abusado sexualmente também.

[Pista: Abuso]

– Contudo... Aliás, deixa pra lá.

– Hã? Fale de vez – falou Miya-chan.

– É só uma teoria, mas as teorias nós discutimos no Class Trial. Vamos dar o nosso melhor, certo?!

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Todos nos reunimos em frente às escadas do Class Trial e discutimos nossas pistas. Algumas pessoas deram testemunhos.

Testemunha da Yue – Otonashi diz que na sala de artes haviam duas escadas, que não estão mais lá. Ela disse que eram leves e que até ela conseguia movê-las.

Testemunha do Ren, Hotaru e Kohaku – Os três foram chamar o Oono-san para o almoço às 12:00, mas ele respondeu exatamente isso: “Me desculpe... Eu estou com dor de barriga... Não vou almoçar”.

– É, novamente, a hora em que devemos vencer nossas adversidades e trabalhar juntos para descobrir o assassino entre nós. Vamos, pessoal! É hora do Class Trial! – exclamou Miyake-san.

Todos nós começamos a descer aquela escada que parecia cada vez maior. Eu estava ficando tonta mesmo descendo em linha reta, mas finalmente chegamos. E como o esperado, haviam estandartes no lugar de Hayashi-san e Oono-san.

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Class Trial

P.O.V.: Hideko Kinoshita

Nós nos sentamos assim: Chiba-san na frente do Monokuma, um estandarte do Daichi-sensei, eu, Miyake-san, Takata-kun, Yoshimura-kun, Otonashi-san, Uchida-san, Kubo-san, um estandarte do Oono-san, um estandarte do Yamaguchi-kun, Hirai-kun, Tsuji-san, Hayakawa-kun, um estandarte da Honda-san e um estandarte da Hayashi-san.

– Yoshimura: Bem, por onde começamos dessa vez?

– Otonashi: São tantas coisas...

– Miyake: Vamos começar pelo corpo.

– Tsuji: Todos concordam que ele foi torturado, certo?

Foi um sim uníssono.

– Takata: Ele tinha queimaduras, cortes, perfurações e sinais de abuso.

– Uchida: O que causou os cortes foi a faca encontrada na sala de áudio e vídeo, que provavelmente é a mesma tirada da cafeteria, e as tesouras da sala de documentos, certo?

– Kubo: Deve ser isso mesmo... Não consigo pensar em mais nada que possa ter causado cortes.

– Hirai: Yoshimura-kun, mais cedo, você disse que o piano estava destruído, certo?

– Yoshimura: Sim, completamente quebrado.

– Otonashi: Eu acho inclusive que houve uma briga lá na sala de música.

– Hirai: Hm... Tsuji-san, você disse que haviam estacas de madeira na sala de áudio e vídeo, né? – ele a ignorou, provavelmente porque estava muito concentrado, já que ele é muito educado normalmente.

– Tsuji: Precisamente.

– Otonashi: Ei! – ela ficou chateada.

– Hirai: Então eu acho que o assassino fez estacas de madeira com as partes do piano. Faz sentido pensar nisso, certo?

– Otonashi: É, eu acho que pode ter sido isso também...

– Hayakawa: Para os ferimentos de queimadura, não há duvidas que foram causados pelos fósforos roubados da cafeteria, certo?

– Tsuji: Eu acho que é a única coisa que poderia ter sido usada.

– Uchida: E... O papel que estava na boca dele, estava encharcado de sangue, né? Ele pode ser importante, mas não dá pra ler o que tinha escrito nele.

– Miyake: Pensar demais nisso não vai adiantar, esse papel acaba sendo inútil sem sabermos o conteúdo dele.

– Kubo: Agora, aqueles cabos enormes... De onde saíram?

– Kinoshita: Ah, cabos enormes? – perguntei.

– Tsuji: Sim, que estavam segurando o corpo do Oono-san no topo da sala de áudio e vídeo.

– Kinoshita: Quando eu fui há alguns dias na sala de áudio e vídeo para ver um filme, havia um cabo enorme ligando o computador ao projetor.

– Chiba: Você está dizendo que o assassino cortou o cabo em dois e usou o cabo já dividido para manter o corpo suspenso? Mas como ele chegaria tão alto?

– Miyake: Haviam duas escadas bem altas na sala de áudio e vídeo.

– Otonashi: Foram as escadas tiradas da sala de artes! Eu fui lá antes, eu tinha visto elas.

– Miyake: Realmente erramos em não investigar as salas depois do segundo caso. Resultado: poucos visitaram as salas novas e não sabemos direito as coisas sobre elas.

– Takata: Ok, até agora sabemos exatamente o que sabíamos antes e que os cabos eram só um.

– Hirai: Acalme-se. É bom rever tudo, assim não deixamos nada passar.

– Takata: C-certo.

– Yoshimura: Ah é, Monokuma, porque no arquivo monokuma tem de 7h às 10h como horário da morte?

– Monokuma: Eu não posso responder isso, né. Não sou um dos participantes, e sim o juiz – ele voltou a se colocar despojadamente em seu trono.

– Miyake: Não é o horário do início ao fim da tortura?

– Yoshimura: É, eu pensei nisso, mas se for assim, teria que ser alguém que sumiu das 7h às 10h, e isso não passaria desapercebido.

– Uchida: Hm... Verdade.

– Chiba: Pessoal, desculpa mudar de assunto do nada, mas tem algo me incomodando. As motivações foram o gás do desespero e o traidor, certo?

– Kubo: É, o que mais seria?

– Chiba: Bem... Eu sou muito confusa, então posso estar errada, mas será que o gás do desespero era mesmo uma motivação? Quer dizer, ele em si?

– Hayakawa: Hã? O que isso quer dizer?

– Chiba: Ninguém foi ao segundo andar até o gás se dissipar, exceto, obviamente, Oono-san e o assassino, já que o assassinato aconteceu das 7h às 10h e o gás foi dissipado às 14h. O que quer dizer que ninguém fora o assassino e o Oono-san viram o gás.

– Kinoshita: E...

– Chiba: Será que existia mesmo um gás do desespero? Será que ele era a motivação desse caso? Eu tenho outra teoria sobre isso...

– Yoshimura: Entendo... A motivação desse caso não era o gás do desespero, era o medo.

– Hirai: Hã?!

– Yoshimura: Monokuma nos fez acreditar que tinha um gás do desespero no segundo andar, mas na verdade era uma mentira. Como vimos várias coisas inacreditáveis aqui, nós não achamos que um ‘gás do desespero’ fosse algo impossível de existir, mas realmente é.

– Chiba: É isso, não é, Monokuma?

– Monokuma: Bingo! A motivação do terceiro caso foi o “Medo”. Quanto tempo vocês conseguiriam viver com medo de ficarem loucos no dia seguinte, e qual de vocês cederia a tal medo. Não existia nenhum gás do desespero! – ele riu freneticamente.

– Miyake: Que ardiloso! Eu nunca imaginaria isso!

– Kinoshita: Isso quer dizer que o Oono-san morreu por nada...

– Hayakawa: Bem, seja o que for o motivo da morte, temos que achar o culpado.

– Uchida: A próxima coisa é... A escolha da vítima, talvez?

– Otonashi: Eu me pergunto se tem algum motivo específico para ter sido o Oono-san.

Todos paramos para pensar. Foi aí que Takata-kun falou algo.

– Takata: Gente, não ignorem o que está bem na frente de vocês...

– Miyake: Mas isso não pode ser verdade... Não tem como!

– Kinoshita: Ele... Oono-san não pode ser o traidor!

– Kubo: Exatamente! Ele sempre nos guiou...

[Scrum Debate]

Equipe 1 > Oono é o traidor: Yoshimura, Takata, Hayakawa, Otonashi.

Equipe 2 > Oono não é o traidor: Kinoshita, Miyake, Tsuji, Kubo, Uchida, Chiba.

– Yoshimura: Desculpe, mas eu concordo com o Takata-kun. O único motivo que teriam para matar o Oono-san seria se descobrissem que ele é o traidor!

– Tsuji: Não é bem assim.

– Hayakawa: Não existe o que prove a inocência dele... – falou triste.

– Uchida: A convivência de todos aqui é prova mais que suficiente! Esqueceu-se dele nos liderando e protegendo?

– Otonashi: Pode ter sido tudo uma atuação!

– Chiba: Olhe para si mesma, você nem acredita nisso!

– Hirai: Isso tudo é mesmo necessário?! Nós sabemos que ele morreu e que alguém matou ele e o nosso dever é descobrir quem, e não tentar adivinhar se ele era ou não o traidor! Deixem isso para depois! – era raro ele levantar a voz.

– Hayakawa: Desculpe...

– Uchida: Desculpe também... Eu que trouxe esse assunto à tona.

– Otonashi: O que mais temos de pista?

– Kubo: Há o celular destruído...

– Kinoshita: Como esse celular tem relação com o caso?

– Uchida: Alguém já teve um celular daqueles?

– Chiba: Eu já.

– Tsuji: Consegue pensar em algum motivo dele estar no quarto da vítima?

– Chiba: Vou pensar...

Enquanto ela pensava, nós continuamos a discussão.

– Miyake: Bem, vamos falar sobre o assassino. O assassinato foi entre as 7h e as 10h, logo, alguém que desapareceu nesse período seria o mais suspeito. Mas, acho que ninguém aqui seria burro de desaparecer por 3 horas e depois fingir que não aconteceu nada. Logo, o mais provável é que ele tenha torturado Oono e depois voltado para o primeiro andar, repetindo esse processo algumas vezes.

– Hirai: A questão é: Como?

– Otonashi: Teria que ser muita coincidência pra toda vez que ele subisse ou descesse não ter ninguém no dormitório.

– Yoshimura: Não seria possível descer por outro lugar, certo?

– Uchida: Isso está errado! – ela disse com convicção – Eu acho!

– Hayakawa: Como assim? Hahaha.

– Uchida: Dado o fato de que não investigamos, pode haver outra escada em alguma das 4 salas novas. Sala de música, sala de artes, sala de áudio e vídeo e sauna.

– Hirai: Antes da motivação, eu tinha ido à sala de música tocar piano. A sala é acústica, e a porta estava fechada, então ninguém ouviu.

– Kinoshita: Eu fui à sala de áudio e vídeo e vi um filme lá. Se tivesse outra escada, acho que teria percebido. Bem, eu não entrei, mas vi a sauna também. Só de olhar percebi que era pequena demais para uma escada escondida.

– Otonashi: Eu visitei a sala de artes e não, não havia nenhuma escada, fora as que foram levadas para a sala de áudio e vídeo, com certeza.

– Uchida: Hm...

– Tsuji: Então definitivamente ele veio pelas escadas.

– Kubo: Isso está errado! – falou Kubo-san, pensando no quão legal era falar isso – Vocês esqueceram do depósito de artes! Ninguém entrou lá, certo?

Todos concordaram.

– Yoshimura: Então havia uma escada no depósito de artes para o primeiro andar? Se é assim, para onde levaria?

– Miyake: Não exatamente, pode ser só uma passagem e não uma escada. Pode até mesmo ser uma passagem feita pelo próprio assassino.

– Tsuji: De qualquer forma, o único local que é plausível é a biblioteca. O depósito está exatamente sobre ela no mapa.

– Miyake: Então o assassino usou uma passagem secreta no depósito de artes que se ligava à biblioteca para ir e vir do segundo andar ao primeiro...

– Kubo: Hm... Parece convincente.

– Takata: E aí, Chiba-san? Conseguiu pensar em algo?

– Chiba: Hm... Aqueles celulares tem uma função de gravar áudio e uma de chamada falsa, então eu pensei em algo.

– Otonashi: O quê?

– Chiba: E se o assassino forçou o Oono-san a falar o que ele disse sobre estar doente no almoço, gravou isso no celular e colocou como toque da chamada falsa que ele programou para meio dia?

Todos ficaram muito surpresos. Mas aquilo até fazia sentido.

– Kinoshita: Entendo... Ele obviamente percebeu que nós iriamos chamar o Oono-san para almoçar, então programou uma chamada falsa para aproximadamente meio-dia, e o timing foi perfeito.

– Hirai: E mais, todos caímos nisso, quando nessa hora o Oono-san já...

Todos nós estamos de luto.

– Hayakawa: É isso... Todas as pistas já se foram...

– Takata: Na verdade, não.

– Kubo: Como assim, Takata-kun?

– Takata: Tem dois ferimentos diferentes de todos os outros.

– Otonashi: Dado o fato de que ele foi torturado com os mais diferentes objetos... Acho que é normal existirem um ou dois ferimentos diferentes.

– Takata: Não, não é isso. São ferimentos extremamente pequenos, algo que possa ter sido causado por, por exemplo, uma agulha. E mais, não haviam agulhas na cena do crime.

– Hirai: Uma agulha... – ele pensou por um momento e então se surpreendeu – Nenhum lugar aqui tem agulhas. Supondo que não foram compradas no Monoshop, só existe um de nós que anda com agulhas por aí...

– Hayakawa: Hã? Você está me acusando? – falou ele surpreso, porém assustado.

– Takata: Exatamente! Fora isso, você conhece pontos vitais. Um dos golpes foi em um lugar para matar e outro para desmaiar.

– Hayakawa: Não fui eu! Certamente só eu ando com agulhas por aí, mentir sobre isso ia me deixar suspeito, mas alguém pode ter comprado no Monoshop!

– Uchida: Vocês não podem suspeitar dele assim! Qualquer um poderia ter agulhas!

[Machinegun Talk Battle/Panic Talk Action]

Uchida-san tentou defender Hayakawa-kun de todas as formas.

“Hayakawa-kun não é o culpado!”

“Tentar incriminar alguém por causa de agulhas é ridículo!”

“Ninguém sabe se foi mesmo uma agulha que feriu Oono-san!”

“Parem de forçar isso!”

“Qualquer um pode conhecer pontos vitais!”

“Acreditem nele!”

“Me provem que ele é o culpado!”

“Com que base vocês fazem essa acusação?!”

– Kinoshita: A minha base é... As últimas palavras que o Oono-san falou para mim!

– Uchida: O quê?! – falou, assustada e ofegante.

– Kinoshita: Eu finalmente entendi o que ele quis dizer... Oono-san...

– Tsuji: Fale o que ele te falou.

– Kinoshita: Uh... Certo. Ontem à noite, Oono-san veio até meu quarto e nós conversamos, como sempre. Pouco antes dele sair do meu quarto, ele falou o seguinte: “Eu o achei. Ele tem uma marca. Vocês devem procurar”. Eu não entendi nem um pouco naquele momento até agora.

– Miyake: O que você entendeu dessa frase?

– Kinoshita: Eu acho que o ‘Ele’ que a frase “Eu o achei” cita é o traidor. “Ele tem uma marca” pode significar que Oono-san marcou o traidor com alguma coisa, talvez física. “Vocês devem procurar” tem um significado bem óbvio.

– Tsuji: Então...

– Kinoshita: Hayakawa-kun, seria possível nós examinarmos seu corpo?

Hayakawa-kun então riu. Um simples ‘Ha...’, que depois foi seguido de uma inacreditável risada demoníaca.

– Hayakawa: HAHAHAHAHAHAHAHA! – ele riu sinistramente, fazendo as pessoas próximas a ele, Yoshimura-kun e Uchida-san se afastarem.

– Yoshimura: Ha-Hayakawa-kun! O que há de errado?

– Uchida: Hayakawa-san... O que... O que há com você?!

– Hayakawa: Ah – suspirou – Eu estava me divertindo tanto durante a tortura que eu acabei ficando de guarda baixa, e então ele me mordeu tão forte que está marcado até agora. Aquele cão! Se não fosse por isso, não haveriam provas sobre mim! – ele colocou as mãos no rosto.

Todos estavam perplexos. Hayakawa-kun... Era o traidor?

– Kubo: Hayakawa-kun... Por quê?

– Hayakawa: Por que o quê? Porque eu matei aquele imprestável? Ele não era meu alvo, mas me descobriu como o traidor um dia antes.

– Yoshimura: Hã? Como assim?

– Hayakawa: Eu ia colocar um papel sob a porta do quarto daquela garotinha – falou, apontando para Uchida-san – e a atrair para o segundo andar, sem ninguém saber. O resto do plano seria igual.

– Miyake: Uchida era seu alvo?! Como pôde pensar em fazer isso?!

– Hayakawa: Isso é porque eu gosto muito dela. Queria saber o quanto eu conseguiria me desesperar ao torturar ela. – seus olhos pareciam espirais.

– Takata: Esse cara... É doente..!

– Hayakawa: Continuando, ele me viu prestes a colocar o papel com aquelas inacreditáveis capacidades de observação que ele tinha como vigia de nível super escolar, e aí me pediu para parar. Eu sugeri matar ele ao invés disso, e ele aceitou sem pestanejar. Inclusive eu falei com ele para não falar com ninguém, se não eu mataria todos.

– Kinoshita: Espere um pouco! Um estudante só-

– Hayakawa: Eu já sei, só pode matar dois. Mas você acha que eu ligo? Eu matava todo mundo e ainda morria no final, imagine o quão desesperador isso seria... – ele falou babando.

– Tsuji: Você... É nojento! Como pôde trair a todos? Como pôde trair Oono-san?

– Hayakawa: TUDO EM NOME DO DESESPERO! HAHAHAHAHA!

– Miyake: Eu irei revisar o caso do início...

[Closing Argument]

Ato 1:

Primeiramente, o culpado roubou uma faca da cozinha num horário quando não havia ninguém. Depois, entrou no segundo andar e foi até a sala de música. Lá, destruiu o piano e fez estacas de madeira. Também pegou tesouras que haviam na sala de documentos.

Ato 2:

Depois de convidar a vítima ao segundo andar, atingiu-a com uma agulha e a fez desmaiar. Em seguida, a levou até a sala de áudio e vídeo.

Ato 3:

Ele esperou a vítima acordar, amordaçou-a com o cabo enorme e a torturou; Isso durou até 10 horas, com direito a pausas para não parecer suspeito.

No meio da tortura, a vítima conseguiu morder o assassino, deixando uma marca vital para o descobrimento do assassino.

Ato 4:

Cansado de ‘brincar’, o assassino perfurou um ponto vital com uma agulha.

Ato 5:

O culpado, então, foi ao banheiro tomar banho. Depois, usando a passagem secreta que ele havia descoberto no depósito de artes, desceu até a biblioteca onde para sua sorte, ninguém estava lá. Ele usou a chave do quarto previamente roubada da vítima e abriu o seu quarto, colocando o celular programado para tocar uma chamada falsa no horário do almoço, e ficou com a chave.

Ato 6:

Quando Kinoshita chamou todos para ver um filme, a tela clareou a sala e todos (exceto o próprio Kinoshita, que estava fazendo pipoca na cozinha no primeiro andar) viram o corpo em frente a ela, inclusive o assassino. Ele desceu dizendo que ia vomitar, mas entrou no quarto de Oono e destruiu o celular de lá, depois foi para o próprio quarto.

É isso, não é, Hayakawa Ren?!

≈Hora da Votação≈

P.O.V.: Ren Hayakawa

– Votem em quem vocês acham que é o culpado! – falou Monokuma.

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Eu fui votado. Que sensação maravilhosa... Esse desespero de saber que logo serei executado... É irresistível!

– Antes que eu morra, eu devo dizer: Desespero é algo maravilhoso! – falei em êxtase – Vocês deveriam provar também!

–De qualquer forma, é a hora da punição! Eu preparei uma punição incrível, digna do Acupunturista de Nível Super Colegial!

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Execução: Three layeres of DESPAIR ✩

Hayakawa Ren é jogado para uma câmara com dois pisos de vidro e o chão. Antes que ele caísse no piso superior, muitas agulhas caem sobre ele, perfurando o seu corpo, que depois colide com o piso, que quebra. Antes de cair sobre o segundo, granadas cheias de um gás que simula a sensação da dor são jogadas contra ele e explodem, espalhando o gás e o torturando mais. Depois de cair e quebrar o segundo piso de vidro, ele cai no chão, que estava coberto por agulhas enormes, e tem seu corpo perfurado.

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P.O.V.: Uchida Hotaru

– E então, Hayakawa Ren se torna o queijo suíço de nível super colegial! – falou Monokuma, rindo após falar isso.

Eu até tentaria ficar com raiva dele, mas perdi as minhas forças. Tudo que vivemos aqui juntos era mentira. Eu... Eu comecei a chorar. Eu chorei, chorei, chorei até não aguentar mais.

OONO-SAN! HAYAKAWA-SAN! – gritei os nomes dos que se foram enquanto chorava.

– Nós vencemos novamente... Esse julgamento. – falou Takata-san – Mas... Por mais que eu sempre gostasse de vencer... Me sinto vazio quando venço isso...

Hirai-san se virou e abraçou Takata-san.

– Kinoshita-kun, t-tudo bem? – perguntou Yue-chan à Kinoshita-san, com preocupação evidente.

– Só ele... Eu só não pude perdoar ele... – falou entre lágrimas – Isso não tinha que ser assim, porque ele tinha que ser um traidor?!

Ele lamentava e chorava, enquanto ela se ajoelhou e também chorava.

– Por mais que eu saiba que sempre quando sairmos dessa sala teremos um a menos, eu não consigo me acostumar com isso... – falou Yoshimura-san.

– E nem deve. Se acostumar a perder pessoas te faria insensível. – falou Tsuji-san – Não se acostume, aprenda. Aprendendo a conviver com perdas, sem se acostumar com elas, o fará mais forte.

Eu preciso sobreviver!  - pensou Miyake-san – Em nome do Oono também!

Me sinto impotente... – pensou Chiba-san. Kubo-san a segurou pelo ombro, tentando se confortar.

– Ah é! – falou Monokuma – Eu me esqueci de entregar isso.

Ele tirou uma carta sei lá de onde e entregou na mão da pessoa mais próxima, que era eu.

– O que... É essa carta? – perguntei.

– É o testamento do Hayakawa-kun. – falou Monokuma, completamente entediado.

Eu prontamente comecei a ler.

“Bom dia.

Aliás, eu não sei em que momento estarão lendo isso, então, boa vida.

Hoje, dia 14 desde entramos nessa aeronave, eu decidi falar com o Monokuma. A terceira motivação me deixou muito assustado.

Não dá mais.

No primeiro caso, eu imaginei que fosse um vídeo falsificado, então nem cheguei a pensar em matar alguém, seria impossível eu fazer isso na verdade. Ainda mais todos parecendo tão legais. Mas depois daquelas execuções surreais e dessa motivação também surreal, eu não sei mais no que posso acreditar.

Deixem-me falar sobre o que foi a primeira motivação para mim. A minha mãe.

Ela estava na nossa casa, me desejando felicidade na minha nova vida escolar. Mas aí do nada, minha casa estava destruída e não tinha mais ninguém lá. Eu não achei que fosse real, mas agora eu fiquei com medo.

Muito medo.

Mas eu não tenho coragem de matar nenhum de vocês, e nem esperança de não ver minha mãe por um dia que seja.

Eu vou falar com Monokuma que quero encontrar minha mãe, e ele deve me oferecer algo que me dê coragem de matar vocês. Eu não sei o que pode ser, mas não tenho bons pressentimentos sobre isso.

Acho que não há mais nada para escrever nessa carta.

Obrigado por terem sido meus amigos.

Obrigado por ter sido minha amiga, Uchida-san. Parece que... Eu não vou conseguir fazer aquela massagem que prometi.

Adeus.”

– Hayakawa-kun... – falou Chiba-san.

– Então você não era um traidor desde o início? – falou Kinoshita-san.

– Monokuma, você nos enganou! – falou Takata-san – Você deixou bem implícito que ele era um traidor desde o início!

– Ora, eu? – falou ele, tirando sua pata de um pote de mel que apareceu do nada – Isso foi a interpretação de vocês mesmos.

– E, aliás, o que você fez com ele? – falou Yoshimura-san – Ele estava tão diferente!

– Eu fiz ele se tornar uma pessoa como eu, que vive pelo desespero. – falou, enquanto seu olho vermelho, o direito, brilhava em destaque.

– Você não respondeu a minha pergunta! Como?! – ele insistiu.

– Bem, uma hora vocês vão descobrir. Agora subam logo! O diretor também precisa descansar. – falou enquanto coçava o olho com uma das suas patas.

E então, deixamos aquela sala e aquele urso das trevas para trás.

Com muita dificuldade, nós encontraremos nossas próprias formas de superar. Seja dependendo de alguém, seja segurando a esperança dos nossos amigos mortos ou seja acreditando no futuro.

 


Notas Finais


Me digam quem vocês acharam que era enquanto liam o trial, é pro meu TCC :v

Foi surpreendente? Esperavam isso?

No próximo capítulo começa o episódio 4 (que envolve os FT, investigação e trial), façam suas apostas em quem morre e quem vive!


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