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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 12: Unavoidable Fate


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


Oi gente? Tudo bom?
Postei até rápido né? -q

Mil desculpas pela demora desse capítulo gente, eu não tinha decidido algumas coisas da história e deixei pra decidir agora, isso mais o próprio bloqueio criativo que eu tive, colaboraram pra a demora.

Mas, aqui estão as 8500 palavras <3

(e o Monokuma File do Yoshimura)
(a roupa nova da Uchida tá nas notas finais)

Capítulo 15 - Capítulo 12: Unavoidable Fate


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 12: Unavoidable Fate

Capítulo 12:

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P.O.V.: Hotaru Uchida

Sonho ON

Hã... Onde estou? – perguntei a mim mesma – Um... Sonho?

– Eii! – falou uma voz que eu não conseguia identificar de onde vinha, mas percebi ser feminina. – Você não conhece esse lugar? A Tragédia... Também conhecida como O maior, mais desesperador e mais terrível incidente da história da humanidade. – eu não faço a menor ideia do que a voz fala. Tragédia? De que tragédia ela está falando? – Aliás, você deve conhecer. Na verdade, é impossível você não conhecer.

Eu devo conhecer? Essa tal Tragédia? Me desculpa, voz do sonho, mas eu acho que você entrou no sonho da pessoa errada.

*um flash me levou para outro lugar, diferente do puro fogo no qual eu me encontrava. Dessa vez, eu estava dentro de um prédio, com várias pessoas passando pelos corredores, enquanto eu... Bem, eu flutuava*

– Eu sei quem é você, embora você não saiba quem sou eu. Isso é o que me faz uma Super Nível Colegial. Eu estava na quinta divisão da fundação do futuro, aliás. – Espera, é uma aluna da academia topo da esperança? E o que é Fundação do Futuro? Quinta divisão?

Isso é meu sonho, mesmo assim eu não tenho as respostas que eu quero. Que chato.

*outro flash*

– Havia uma ilha... Linda, não? – imagens distorcidas apareciam na minha mente.

Seria linda se desse pra ver, né.

*flash. Dessa vez eu vim parar num local parecido com um laboratório*

– Eu estava com toda a turma. Daichi-sensei e Chiba-san também estavam lá. – falou a voz – Não, espere. Claro que estavam, eu acabei de dizer que a turma estava toda lá. Ignore o que eu disse, hahahaha. – a voz deu uma risada forçada.

Ok, mais enigmas. Não sou a Detetive de Nível Super Colegial não!

*flash de novo*

– Aqui houve um terremoto, e um grande clarão. Se lembra disso? – ela falou, enquanto algumas imagens sem sentido apareciam na minha mente.

Como eu vou me lembrar de algo que tá acontecendo agora, e ainda por cima num sonho?!

*Com mais um flash, eu voltei ao espaço branco e vazio que havia no início do sonho*

– Você sente como se tivesse vivido duas vezes, certo? – a voz perguntou.

Na verdade não amiga, tudo bom contigo? – pensei.

Nesse momento, eu pensei ter visto algo preto, mesmo nesse plano de fundo completamente branco. Decidi ir olhar, mas...

– Sua cabeça dói, não é? Acho que você já deveria se levantar. – e logo após a voz misteriosa falar isso, eu senti uma pontada de dor de cabeça muito forte.

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Sonho OFF

≈Dia 21 – 17:10≈

Hotaru-chan! – ouvi uma voz me chamando, então acordei.

Yue-san tentava me chamar. Nós duas, e todos os outros, estávamos na enfermaria. Eu estava deitada, e com muita dor de cabeça.

– Quê que eu tô fazendo aqui? – falei, logo depois bocejando, embora estivesse com dor de cabeça e suando um pouco de levantar rapidamente.

– Você não lembra? – falou Miyake-san – Você murmurou algumas coisas do nada e desmaiou logo que saímos do Class Trial.

– Eu fiz isso? – perguntei – O que eu falei?!

– Como dissemos você murmurou, e foi muito rápido, então não deu pra ouvir direito – falou Takata-san – Mas foram algumas coisas assim.

Ele pegou o bloco de notas de Miyake-san e me entregou.

“PROGRAMA DO NOVO MUNDO”, “JABBERWOCK ISLAND”, “DESESPERO”, “ESPERANÇA”, “FUTURO”, “REMANESCENTE”, foram algumas das palavras que eu li.

– Você falou umas mil coisas, mas só conseguimos entender e anotar isso – falou Kinoshita-san.

Então, eu li a última palavra.

– The Tragedy... – eu falei, inconscientemente.

– O quê? – perguntou Tsuji-san.

– “Enquanto o Desespero de Nível Super Colegial existir, a Tragédia nunca acabará”. – eu continuava falando sem perceber.

– Hotaru-chan, do que você está falando? – falou Fuyuki-san, assustada.

Eu fiquei tonta e então desmaiei.

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≈Dia 21 – 20:00≈

– Ah... – eu abria os olhos – Aqui é...

– Você ainda está aqui, na enfermaria. E dessa vez dormiu algumas horas. – falou Kubo-san.

– Você ficou cuidando de mim? – disse enquanto eu tirava a toalha molhada que estava na minha testa – Obrigado.

– De nada...

– Onde estão os outros? – pergunto.

– Foram investigar. Afinal, depois do quarto caso, abriram alguns lugares na aeronave. Eles devem estar chegando à qualquer-

Fomos interrompidas pelo barulho da porta se abrindo. A porta da enfermaria era deslizante.

– Voltamos... – falou Kinoshita-san.

– O que foi? – falei – Você parece pra baixo.

– Bem – enquanto ele falava, se aproximava e se sentava, enquanto Yue-san e Takata-san vinham atrás, e faziam o mesmo – Abriram só duas salas...

– A sala do laboratório de Biologia, que é na verdade onde os corpos... Os corpos estão sendo conservados. – ela dizia meio tonta – E a sala com o rostinho do Monokuma, que só tem uma antena enorme e com várias ramificações. – ela deu bastante ênfase à palavra enorme.

– Mas, isso...! – falou Kubo-san.

– Exatamente, não abriu a sala do piloto, onde com certeza teriam muitas pistas. Ahhh, que chato! – ele gritou em frustração e deu um soco na mesa.

– Hm, onde estão Tsuji-san, Miyake-san e Hirai-san?

– Eles estão na sala de documentos – falou Chiba-san, que acabara de entrar pela porta – Ela foi atualizada e estão tentando encontrar pistas.

– O que você foi fazer quando disse que ‘ia ali’ enquanto investigávamos? – falou Takata.

– Eu fui na cafeteria – falou ela – confirmar uma coisa.

– O quê? – perguntei.

– A aeronave mudou de destino. Eu vi terra ao longe... – Chiba-san falou.

Todos ficamos surpresíssimos com isso, isso quer dizer que vamos chegar em terra firme.

– Mas, isso não significa que estamos próximos do nosso destino.

...

– Você tinha que acabar com o momento de felicidade, né? – falou Yue-san, fazendo bico.

– Desculpe, estou sendo realista. – Chiba-san disse.

– Enfim – falou Kinoshita-san, se levantando – eu acho que deveríamos todos ir dormir. Amanhã vai ser um dia cheio pelo que parece, afinal.

– É verdade, amanhã tem o resultado da pesquisa daqueles três e Chiba-san ainda vai falar dos encontros dela com Yoshimura-san. – falei.

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Hotaru-chan... Bem, ela falou vários nada com nada mais cedo e desmaiou toda hora. Não é como se eu não estivesse tendo sonhos estranhos em que eu não entendo as coisas direito ou ouvindo eu mesma falar coisas que nunca falei, mas parece que ela tem algum grande problema.

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≈Dia 22 – 06:50≈

Estou tomando banho logo após acordar. Enquanto isso, estou pensando em quanto tempo nós passamos aqui.

Já faz 22 dias – pensei – 22 dias que chegamos na Hope’s Peak Academy e do nada aparecemos nessa aeronave. Espero que falte pouco para descobrirmos porque e como fomos trazidos aqui e o que aconteceu conosco entre o momento que chegamos na Hope’s Peak Academy e chegamos nessa aeronave.

Enfim, terminei meu banho, olhei para o meu diário e passei as folhas.

– Os piores foram os dias 4, 8, 16 e 21. Os dias das mortes de nossos amigos. Espero que não aconteça mais nenhum assassinato. Miyake-san mesma falou que os mantimentos estavam acabando. – falei comigo mesma.

Bem, vou ir para a cafeteria.

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≈Dia 22 – 07:00≈

Chegando na cafeteria, vi que só Tsuji-san havia chegado.

– Bom dia – disse à ela.

– Bom dia – ela respondeu. É bem chato quando ninguém puxa nenhum assunto, mas logo as pessoas foram chegando então isso não foi necessário.

– Estão todos aqui, certo? – falou Miyake-san.

– Sim... – falou Yue-chan, triste.

Só tem nove de nós... – pensou Kinoshita-kun em pesar.

– ...Desculpe. Eu só... Deixa pra lá, vamos tomar café. – Miyake-san disse, não percebendo que sua frase anterior ia nos deixar em luto.

Depois que tomamos café, Tsuji-san falou.

– Vamos discutir tudo às 14:30, na sala de aula B no terceiro andar. Afinal, lá não tem câmeras. – disse Tsuji-san.

– Vocês precisam estar num lugar sem câmeras pra debater? – falou Monokuma, que caiu do teto – Eu acho que vocês vão na verdade [REMOVIDO CONFORME LEIS LOCAIS E INTERNACIONAIS DE CENSURA], né?

– O quê você veio fazer aqui?! – reclamou Yue-chan.

– Bem, eu vim dizer que eu fechei a sala com a antena de novo – falou o Monokuma.

– Hã?! Mas isso é injusto! – falei.

– Bem, tudo que tem lá é uma antena gigante. Não tem mais nada, e como vocês já viram o conteúdo, não faz sentido ela ficar aberta. – disse o urso monocromático.

– ... – Tsuji-san parece desconfiada de algo.

– Enfim, espero que descubram muita coisa. Só vou dar mais uma motivação, já que temos pouco tempo. Então, só vai ter mais dois Class Trial. – falou Monokuma.

Ainda tem uma motivação... – pensei.

– Hey, como assim?! – gritou Hotaru-chan – Se é só mais uma motivação, porque dois Class Trial?!

– Oh, eu ainda não falei? – Monokuma disse corado – Na verdade, depois desse caso, que é o quinto, vocês vão investigar toda a aeronave com pistas que eu vou soltar por aí...

– E depois? – falou Takata-kun.

– E depois, vamos para a sala do julgamento discutir tudo numa discussão que eu mesmo, o diretor deste colégio, vou participar com vocês! Quer dizer, vocês, menos as pessoas que morrerem no quinto caso. Ainda estou de luto por não ter executado ninguém no último julgamento, mas eu vou executar as vítimas nos meus sonhos.

– Isso é um pesadelo, não sonho! – falou Yue-chan, angustiada.

– Tá, mas o que vai valer nesse Trial? Se não podemos descobrir um assassino, já que ele não vai existir, o que faremos? – falou Hirai-kun.

– Bem, vocês tem que descobrir tudo, só. Se faltar uma explicação de porque um monge cantante não conhece seus parentes, todos morrem! – disse Monokuma, fingindo irritação.

– Nunca vamos descobrir isso! – exclamou Kinoshita-kun.

– Enfim, é isso. Até mais, quando eu for dar a motivação! – ele disse, desaparecendo.

– Aah, estou com dor de cabeça – falou Miyake-san – Enfim, vamos nos encontrar na sala de aula B às 14:30. Estão liberados.

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Hoje o dia passou mais rápido que o normal. Antes que eu percebesse, já eram 14:30, então eu saí correndo do meu quarto e fui para o terceiro andar.

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Eu cheguei à sala de aula atrasada, e ofegante, porque subi correndo. Quase tropecei nas escadas, ia dar um acidente feio. Mas eu não gosto de chegar atrasada, não posso fazer nada!

– Demorou hein, Kubo-san! – falou Takata-kun.

– Desculpe, hahaha – sorri envergonhada.

Todos já estavam sentados nas cadeiras, como se fosse uma sala de aula. Todos, exceto Miyake-san, Tsuji-san e Hirai-san.

– Então, vamos falar os resultados da nossa investigação na sala de documentos que foi atualizada junto da abertura de novas salas, o laboratório de biologia e a recém fechada sala com a grande antena. – falou Miyake-san.

– Antigamente, haviam apenas perfis de 15 dos estudantes que estavam originalmente aqui. – falou Tsuji-san.

– Quinze? Mas somos em dezesseis. – disse eu.

– É, o perfil estudantil da Uchida-san só apareceu agora. – completou Tsuji-san.

– O que tem nesses perfis? – falou Chiba-san.

– Aqui está um exemplo – falou Hirai-kun, indo até Chiba-san e a entregando um papel.

“Atsuko Oono

Inspetor de Nível Super Colegial

Altura: 183 cm  Peso: 80kg          Idade: 18 anos  Sexo: Masculino

Trabalhava como inspetor alimentar e vigia na padaria de sua família numa pequena cidade sem muito policiamento. Por causa disso, desde sempre se preparou fisicamente e mentalmente para combater assaltantes, e sempre que os mesmos tentavam algo, eram detidos por uma incomum capacidade de enxergar as coisas em câmera lenta às vezes, habilidade que lhe concedeu o título de Inspetor de Nível Super Colegial, junto do seu conhecimento em habilidades de armazenagem, embalagem e outras coisas necessárias para um inspetor alimentar.

Começou o fundamental um ano mais tarde, devido à falta de dinheiro para sua família matricula-lo no momento certo. Não tinha clube no fundamental.”

– Incrível, aqui tem praticamente a história da vida dele. – falou ela.

Assim, todos ficaram curiosos e ficamos lendo as nossas fichas.

– Gente, podemos voltar para o que viemos fazer aqui..? – falou Hirai-kun, ainda de pé com Miyake-san, que parecia decepcionada, e Tsuji-san, que parecia refletir: ‘Estou vivendo ou apenas existindo?’.

– Ah, desculpe, hehe. – falou Yue-chan, dando um pequeno sorriso – Podem continuar.

– Enfim, essa é a informação que já tínhamos. Este – ela apontou para a própria mão direita, que estava com mais um dos perfis, com a mão esquerda – é o perfil da Uchida. Diferentemente dos outros, só tem altura, peso, sexo, idade, e o talento, sem descrição de vida nem nada.

Finalmente, meu talento! – os olhos de Hotaru-chan brilhavam, ela deve estar bem animada para descobrir seu talento de uma vez por todas.

– Uchida-san, você é a Invasora de Nível Super Colegial. – disse Tsuji-san, e com isso, Hotaru-chan desmaiou.

– Há... Eu esperava que isso fosse acontecer – falou Miyake-san – Isso deve ter sido o choque de lembrar algo importante, então talvez ela acorde até com mais informações sobre tudo o que nos cerca. Não deve estar passando mal, só a ajeitem na cadeira para que fique confortável.

Depois de alguns questionamentos, eu a ajeitei na cadeira enquanto os outros três falavam.

– De qualquer forma, vamos continuar o debate. – falou Hirai-kun – Neste papel, já tem outras informações além das nossas.

Era um livro de dados com algo interessante.

– Heh?! – falou uma espantada Yue-chan – Classe 77 e Classe 78?!

– Indiscutivelmente, aqui tem dados dessas duas classes. – falou Tsuji-san. – O problema é...

– Nós somos a classe 76, e nós somos primeiranistas! – falou Takata-kun.

Isso era definitivamente estranhíssimo; como havia perfis de classes posteriores à nossa se somos primeiranistas?

– Hm, talvez Hope’s Peak Academy colete os dados mesmo dois anos adiantados – falou Kinoshita-kun.

– Não... Mesmo que eles fizessem isso, tem algo nesse arquivo que desmente essa opção. Isso é... – falou Miyake-san.

– A idade, certo?! – eu a interrompi, com entusiasmo. Esqueci que não estávamos num Class Trial – Er... Aí tem a idade deles, certo?

– É – falou Hirai-kun – A menos que todos comecem o primeiro ano dois anos atrasados, é impossível que esses sejam dados colhidos com antecedência dessa tal classe 78.

– Mas isso não faz sentido! – falou Yue-chan – Quero dizer... Não sei como dizer o que eu quero dizer, aaaaaaaaah!

– Simplesmente não faz sentido – falou Chiba-san – A menos que tenhamos perdido a memória.

Todos ficamos quietos por um momento e então nos voltamos a Chiba-san.

– De onde veio isso? – falou Takata-kun.

– Das conversas que eu tive com Yoshimura-kun. Nós sempre discutíamos teorias, lembram que eu disse isso? Chegamos a pensar nessa teoria das memórias perdidas devido a uma certa pesquisa que fizemos. – explicou ela.

– Que ‘certa pesquisa’? – perguntou Miyake-san.

– Hm... – ela tirou um bloco de notas da sua saia e o folheou. Aliás, porque todo mundo tem um bloco de notas? – Dia 17. Todos tiveram sonhos estranhos, em que estavam em meio a fogo, com pessoas desamparadas e prédios caindo, e então aparecia alguém que gritava ‘Cuidado!’.

– Hã? Digo, é, eu sonhei com isso, mas- – Miyake-san foi interrompida com todos se entreolhando – Espere, todos sonharam com a mesma coisa?!

– Isso é irreal demais! – falei.

– Não exatamente a mesma coisa. Veja, existem diferença entre as pessoas que aparecem nos sonhos:

Yoshimura: Uma jovem garota que estava acompanhada por um rapaz que não deu pra identificar. A moça usava uma roupa bem chique e felpuda.

Chiba: Uma grande pessoa com um chapéu de fazendeiro. Parecia bem delicado para alguém daquele tamanho.

Miyake: Um senhor com óculos e uma jaqueta.

Otonashi: Alguém com uma máscara de touro, assustador.

Kinoshita: Tinha um cara com um capuz vermelho bem legal. Ele era loiro. Tinha uma garota que não deu pra identificar também.

Hirai: Um jovem pálido de cabelos pêssego. Não parecia muito forte. Usava terno.

Tsuji: Uma jovem com um cabelo azul que parecia chiclete. Tinha um cachecol vermelho também.

Kubo: Uma pessoa com terno branco e olhos prateados. Cabelo branco também.

– E então, no dia 18 nós perguntamos à Takata-kun e Uchida-chan. – ela continuou falando.

Takata: Uma moça relativamente jovem com cabelo cacheado, uma máscara e roupas negras.

Uchida: Uma jovem adulta com um jaleco branco e longo cabelo alaranjado.

– E isso é tudo – Chiba-san terminou de falar.

– Vocês perguntaram isso à gente sem percebermos?! – falou Miyake-san.

– De um jeito ou de outro, conseguimos sim. – falou Chiba-san.

– Tá, mas o que isso tem haver com termos perdido memórias?! – falou um irritado Takata-kun.

– Eu não sabia, até agora. – falou Chiba-san, se dirigindo à onde Miyake-san estava e pegando o livro de dados das classe 77 e 78. Ela procurou uma página e andou em direção a Hirai-kun. – Hirai-kun, você reconhece esta pessoa, certo?

– Ah? Não! – ele disse, mas depois se concentrou na imagem – Espera, ele é... Do meu sonho... Mas lá ele estava de terno...

– Ao que parece, é. A pessoa que você viu no seu sonho parece com ele, não é? Pálido e cabelos pêssego claro. Mitarai Ryota, classe 77-B. – falou Chiba-san, para o espanto geral.

– Pera, como isso é possível? – falou Takata-kun, se aproximando e procurando alguém que parecesse com quem ele viu no seu sonho – Tá vendo, não tem ninguém com uma máscara roxa ou cabelos cacheados aqui!

– Você se esqueceu de uma coisa... Existe mais uma, não é?

– O quê? – falou Kinoshita-kun.

– Mais uma classe 76.

– Hã?! – parei e raciocinei – Agora que você falou, são duas classes de cada turma, certo? A e B. Inclusive, tem dados da classe 77-A e 77-B aí, né?

– É. – falou Chiba-san.

– Considerando que a outra classe 76 não está em nenhum dos dados, todas as outras pessoas dos sonhos podem ser de lá. – falou Tsuji. – Parece plausível para mim.

– Mai-chan, você é muito inteligente! – falou Yue-chan, animada.

– O-obrigado... – ela disse corada.

– De qualquer forma, se sentem! Ainda não terminamos de falar sobre os documentos. – falou Miyake-san.

Após todos nos sentarmos, Tsuji-san começou a falar.

– Esse documento é sobre essa aeronave. Aqui diz o seguinte:

‘A Aeronave é uma criação da Hope’s Peak Academy. Era só um projeto até recentemente, quando finalmente terminou de ser construída. O objetivo era facilitar a locomoção dos materiais para o experimento “Projeto Kamukura”.

Para testar essa tecnologia, a escola mandaria suas duas turmas do terceiro ano para uma viagem até uma ilha ao sudoeste do Japão, em algum local remoto do Oceano Pacífico, como um projeto para os estudantes darem aula para as crianças sem acesso a educação fundamental.

Incluíram, por isso, diversas salas que chamassem atenção dos alunos e duas salas de aula, caso fosse necessário, fora um dormitório com 16 quartos, já que era uma viagem longa e havia problemas de fuso horário.

Primeiramente, a turma A foi enviada, com o seu professor, Yamato Jishin. A Aeronave e os pilotos os deixaram lá em dois dias e então voltaram com mais dois dias de viagem e pegaram a classe B. A professora deles, Chikara Kizu, não pôde ir devido a sua asma ter atacado muito forte, deixando-a hospitalizada. A ideia era que a turma B fosse apenas com a staff da Aeronave para a ilha e o professor responsável pela classe A ficaria responsável por eles depois do período da viagem, mas...

O que deveria ser a viagem escolar dos sonhos virou um desesperador campo aéreo onde estudantes se matam! Como eles se sairão? Quem será o sobrevivente? Será que vão descobrir a identidade do mandante e acima de tudo: Será que serão capazes de sair da Aeronave?!’

– ...Isso é tudo. – falou Tsuji-san.

– Monokuma escreveu tudo isso, certo? – falou Kinoshita-kun, balançando os pés enquanto sentado – Não temos como saber se metade disso é verdade, afinal.

– Não, isso deve ser. – falei, chamando a atenção de todos – Se Monokuma quisesse, ele nem nos daria informações a cada caso abrindo os andares e salas. Já que ele nos dá informações, não faria sentido não serem verídicas. Seria mais fácil deixar-nos no primeiro andar pra sempre.

– Hm... Mas você acha que é 100% confiável, Yuki-chan? – perguntou Yue-chan.

– Não 100%, mas é melhor que confiar que não ter pistas sobre nossa situação. – respondi

– Mas por que a Hope’s Peak testaria a tecnologia da Aeronave em alunos? – perguntou Hirai-kun.

– Porque parece que essa escola não é tão ‘santa’ como todos pensávamos. – falou Miyake-san. – Aquele fim do primeiro parágrafo e o terceiro parágrafo são completamente suspeitos. A escola não parecia pretender utilizar essa Aeronave para fins acadêmicos como viagens escolares, e sim algo diferente.

– Mas... É a Hope’s Peak! – falou Hirai-kun.

– É, eu também não posso acreditar que uma escola prestigiosa como essa tinha envolvimento com experimentos. ‘Kamukura’ me lembra de alguma coisa... Mas não sei o quê. – falou Miyake-san.

– Eu também acho que já ouvi falar – falou Hirai-kun.

– Eu também. – falei.

Enquanto todos discutiam suas ideias, eu fui falar com Mai-chan, que parecia triste com algo.

– Mai-chan, o que foi? Você parece pra baixo...

– Não é nada... – ela tentou evitar conversar.

– Sério, se quiser falar algo, pode falar, eu quero ouvir. – falei.

– ‘um projeto para os estudantes darem aula para as crianças sem acesso a educação fundamental’... Prestando atenção... Aquilo me lembrou de Daichi-sensei... Ele iria adorar isso... – ela falava enquanto se encolhia numa das cadeiras da sala de aula.

– ... – eu segurei na mão dela – Mai-chan... Pelos que se foram, você não pode ficar desanimada assim, ok? Vamos fazer o nosso melhor para sair daqui, todos nós!

Ela, em primeiro momento, continuou com a cabeça recostada na mesa e seus braços na frente de seu rosto, mas logo ela se virou para mim com um olhar... Melhor que antes, e me agradeceu. Eu me virei para o lado e vi que Hotaru-chan estava acordando.

– Hey, olhem! Hotaru-chan está acordando. – falei.

– Mas já? Mal se passaram dez minutos.

15:10. Agora eram 15:10.

– QUÊEE?! – falou Kinoshita-kun, espantado com o quão rápido passou o tempo – Já passamos 40 minutos aqui?!

 – Ai... – falou Hotaru-chan, enquanto se levantava – Minha cabeça está uma confusão...

– Você está bem, de qualquer forma? – perguntou Tsuji-san.

– S-sim... E me lembro de algumas coisas também. – ela dizia. Finalmente, né? Depois de tantos desmaios – Mas, antes, tem uma coisa que eu quero falar... O notebook, eu consertei...

– Hã? – falou Yue-chan.

– Que notebook? – falou Takata-kun.

Depois de todos pensarmos um tempo, Miyake-san lembrou.

– Aaaah, aquele notebook! Eu já tinha esquecido dele! – ela falou.

– Vamos nos juntar no meu quarto, ele parece ter informações importantes.

Nós todos fomos andando até o quarto de Hotaru-chan, e eu estava com um mal pressentimento. Não, eu não achava que uma bomba ia explodir e matar todo mundo quando chegássemos no primeiro andar, eu sentia que algo iria acontecer. Num futuro bem próximo.

– Hey, Hotaru-chan, tudo bem com você? – perguntei.

– Sim... como eu disse antes, só estou um pouco tonta. Eu me lembrei de algumas coisinhas e, bem, não foi nada demais. Já chegamos de qualquer forma, vamos olhar o notebook. – ela disse.

Realmente já chegamos. Assim que ela se aproximou da porta, pegou a chave do quarto e nós entramos. Era um quarto bem vazio, com apenas a decoração inicial e dois vasos de flores sobre a estante.

– Eu não coloquei nada nesse quarto pois queria lembrar do meu talento antes... E então enche-lo de coisas relacionadas a ele. Esperem um minuto, eu vou ligar. – ela disse, enquanto tomava o notebook da estante e se sentava na cama, apertando o botão de ligar.

Graças a deus, fez barulho.

– AEE! Tá ligando! – falou Takata-kun.

– Será que dá pra conectar ele na internet? – perguntou Miyake-san.

– Não deve ser tão fácil – falou Mai-chan.

– E realmente não é, olhem ali. – falou Tsuji-san, chamando nossa atenção para o monitor – Precisa de senha.

– Não se preocupe com isso – falou Hotaru-chan – Eu já tenho uma ideia.

Ela então digitou rapidamente. Ao que parece, era uma senha só de letras e símbolos, pois eu não a vi teclar nenhum número. Funcionou.

– Hey, qual era a senha? – perguntou Miyake-san.

– Ipqf’t Qfbl Bdbefnz. – ela soletrou.

– HÃ?! – perguntou Yue-chan, assustada, coisa que eu também estava – Como você sabia?

– É bem fácil, está escrito ‘Hope’s Peak Academy’, só que com as próximas letras do alfabeto. Já vi coisas mais difíceis de decifrar...

– Eu acho que esse é o momento que falamos “Como esperado da Invasora de Nível Super Colegial”... Hahaha. – falou Hirai-kun.

– ... – ela olhava para o computador. – Pronto, estamos na área de trabalho!

Todos olharam para o canto da tela, visando ver o sinal de internet. Como esperado, ele era inexistente.

– Aah, que chato. – falou Kinoshita-kun, ao ver que não tínhamos conexão – Isso foi inútil afinal.

– Cala a boca e presta atenção. – falou Miyake-san, como eu disse antes, “Direta como uma flecha”.

– Certo! – ele voltou a olhar para o computador sem pestanejar.

A maioria dos arquivos eram aulas e estavam nomeadas como: Aula 1 – Yamato, Aula 1 – Chikara, e assim por diante.

– Uchida, ali. O terceiro ícone de cima pra baixo na primeira coluna.

O arquivo powerpoint – chamado “Classe 76” – abriu com os slides.

Havia um total de 36 slides. O primeiro era uma introdução, dizia que os alunos haviam sido todos, escolhidos pelo olheiro Kizakura Koichi da staff da Hope’s Peak Academy. Também falava o nome do diretor, Jin Kirigiri, e que essa apresentação de slides era uma forma básica de mostrar as informações dos alunos e dos professores que iriam à excursão.

O primeiro slide havia uma foto de um homem, relativamente jovem, com uma camiseta de botões sem mangas e verde, olhos castanhos escuros e um cabelo vinho cacheado jogado para a esquerda. Também havia uma descrição bem básica.

“Yamato Jishin, Ex-Perfumista de Nível Super Colegial. Atendeu a classe 73 da Hope’s Peak Academy antes de se tornar um professor.”

– ...Que vago. – falou Tsuji-san.

Em seguida passamos vários slides sobre a turma A, mas os que importaram foram os seguintes.

“Chikara Kizu, Ex-Estrategista de Nível Super Colegial. Atendeu a classe 71 da Hope’s Peak Academy antes de se tornar uma professora. Tem asma.”

“Ruruka Andou, Confeiteira de Nível Super Colegial.”

 “Seiko Kimura, Farmacêutica de Nível Super Colegial.”

 “Sonosuke Izayoi, Ferreiro de Nível Super Colegial.”

 “Miaya Gekkogahara, Terapeuta de Nível Super Colegial.”

– Esses 4 últimos foram vistos nos sonhos... – falou Chiba-san.

– Esses Izayoi e Andou foram vistos nos sonhos de Kinoshita e Yoshimura, respectivamente, certo? – falou Miyake-san.

– É – falou Kinshita-kun.

– Aquela farmacêutica lá é a mesma do meu sonho também – falou Takata-kun.

– Sem dúvidas, Gekkogahara-san é a pessoa que eu vi no meu sonho. – falou Tsuji-san.

– Pessoal... – falou Yue-chan – Uma vez eu tive um sonho estranho, e aí fui pesquisar na internet como interpretar sonhos e entender eles...

– E? – falou Hotaru-chan. Ela parece ter se lembrado de algumas coisas que era melhor não, o comportamento dela está... Diferente.

– Eu não lembro direito, mas falava algo relacionado a não se restringir a senso comum e outras coisas que limitassem a criatividade e que os sonhos dificilmente falarão algo que você já não saiba mesmo que você só saiba disso inconscientemente. – ela continuou.

– Você está insinuando que já conhecíamos essas pessoas? – falou Miyake-san.

– É, mas alguma coisa nos fez, inconscientemente, bloquear nossas memórias deles. – falou Yue-chan.

– Hm... isso é difícil de acreditar. – disse Tsuji-san.

– É, mas... Bem, eu acho difícil sonharmos com exatamente a imagem de pessoas que nunca vimos antes. – disse Hirai-kun – Eu concordo com Otonashi-san.

Realmente, eu concordo com isso. Foi simplesmente um sonho que representou as pessoas muito iguais.

– Então... É isso mesmo? – falou Kinoshita-kun – Se for assim, o que nos fez inconscientemente apagar as memórias deles?

– Provavelmente – falou Hotaru-chan – Nós sofremos algum tipo de lavagem cerebral.

– Isso... – falou Takata-kun.

– Bate com minha teoria da amnésia – interrompeu, Mai-chan.

Really? Parece algo que saiu de uma história de ficção. – falou Takata-kun.

– Bem, não seria a única coisa né. Monokuma parece que saiu de uma história de ficção também. – falou Kinoshita-kun.

– Certamente – falou Tsuji-san.

– Hey, olhem aqui. Além dos nossos perfis e da ‘nossa professora', no final tem mais um slide, sobre o piloto da aeronave. Só tem uma imagem e o nome, porém. – falou Hotaru-chan.

“Arata Ken” era o nome do piloto da aeronave. Um homem que parecia estar perto dos 30, com cabelo loiro e uma expressão otimista.

– Será que ele que está pilotando a aeronave neste exato momento? – Miyake-san perguntou.

– Nah, acho improvável. Sei lá, ele teria que ter saído da sala do piloto pelo menos uma vez nesses 20 dias, não? – falou Takata-kun – Deve ser piloto automático.

– Mas, Takata-kun, se estivesse em piloto automático, com certeza ele teria um destino, e com certeza passaríamos por terra durante o trajeto; coisa que não aconteceu até recentemente. – falou Mai-chan.

– De qualquer forma, não temos como saber. Estamos falando da Hope’s Peak, eles podem ter desenvolvido uma tecnologia que os permite controlar a aeronave de longe como um carro de controle remoto. – falou Tsuji-san.

Espere... É isso!

– Eu concordo com isso! – falei – Segundo as investigações de vocês, havia uma sala com uma antena enorme, certo?

– Sim..! Entendo. O sinal é transmitido através daquela antena... – falou Miyake-san.

– Assim sendo, o controlador do Monokuma não está aqui, e o sinal que usam pra controlar a Aeronave é o mesmo que usam para controlar o Monokuma à distância? – perguntou Kinoshita-kun.

– Mas... Se for isso mesmo... – falou Yue-chan.

– ...Hope’s Peak é quem controla Monokuma... – falou Mai-chan.

– Isso está errado! – brandou Hotaru-chan.

– Hã? – falou Mai-chan.

– Hm... É sobre as memórias que eu recuperei. – falou Hotaru-chan.

– O quê? Você sabe quem controla Monokuma? – falou Hirai-kun.

– É, eu sei. É uma organização chamada Desespero de Nível Super Colegial. – ela falou – Agora... A pessoa dessa organização que está diretamente envolvida com esse Voo Escolar de Assassinatos Mútuos, eu não sei quem é.

– Você pode falar mais dessa organização? – falou Miyake-san.

– Sim. – respondeu Hotaru-chan, pondo sua mão direita na cabeça – É uma organização composta por criminosos hediondos que buscam apenas por desespero... Eu só sei disso, desculpe.

– Isso já é mais que o que tínhamos antes, vai ajudar, eu acho. – falou Yue-chan.

– Ah, sim... O que você lembra dessas coisas? – Miyake-san falou, mostrando aquela folha do bloco de notas.

– Sobre o que ela falou antes de desmaiar? – perguntou Takata-kun.

– É – Miyake-san respondeu.

– É realmente curioso. – falei.

“PROGRAMA DO NOVO MUNDO”, “JABBERWOCK ISLAND”, “DESESPERO”, “ESPERANÇA”, “FUTURO”, “REMANESCENTE”, “TRAGÉDIA”.

– Eu acho que... Remanescente... Acho que as pessoas dessa organização que eu citei agora são chamados Remanescentes do Desespero... – ela falava cada vez mais incerta, como se não tivesse certeza de nada. – Desespero, esperança e futuro parecem ser conceitos... De algo que eu não lembro. Eu lembro que programa do novo mundo e Jabberwock Island são coisas relacionadas, mas não lembro o que é nenhum dos dois... – ela parecia estar sentindo dor de cabeça – Desculpa, mas só lembro disso...

– Só por desencargo de consciência, vocês já ouviram falar de Jabberwock Island? – perguntou Tsuji-san.

Todos falaram que não.

– Ah... – ela suspirou. – Jabberwock Island é um arquipélago no Oceano Pacífico composto de cinco ilhas grandes e uma pequena ilha central que as interliga. É conhecida por ser um paraíso de verão eterno com beleza natural.

– Como esperado da nossa wikipedia! – brincou Yue-chan.

– ...Enfim, eu conheço a Jabberwock Island pelos livros mas nunca ouvi falar de algum Programa do Novo Mundo. – falou Tsuji-san.

– Então eu devo ter me confundido... – Hotaru-chan falou – Me desculpem, mas vocês podem sair daqui? Estou com dor de cabeça...

Logo nós saímos do quarto dela.

– Isso não foi suspeito? – perguntou Takata-kun.

– Talvez... – falei.

– Na verdade..! – Monokuma apareceu atrás de todos nós – Querem que eu conte porque Uchida-senpai tinha perdido a memória? Querem? – ele parecia ansioso para nos contar.

– Claro, porque não... – falou Miyake-san enquanto revirava os olhos.

– Na verdade, não tinha muito motivo, eu só apaguei a memória dela para ela parecer suspeita! – ele corou, como se estivesse sendo descoberto por fazer algo ruim – E inclusive, eu coloquei algumas falsas!

– Desconfiança é uma das sementes do desespero... – falei.

– E como assim, adicionou memórias falsas? – perguntou Miyake-san.

– Ah, como o talento dela era relacionado com a própria vida dela, eu tive que fazer alguns arranjos, por exemplo... Sobre a família dela. Mas eu não vou entrar a fundo nisso, porque eu respeito a privacidade dos meus alunos.

– O quê?! Você pode simplesmente apagar e adicionar memórias em alguém?! – perguntou, exaltado, Hirai-kun.

– E muitas outras coisas, upupupupupu!

– Isso... Foi uma dica? – perguntou Mai-chan, desconfiada – Minha teoria de perda de memória em massa foi na verdade um experimento que você fez?

– Hm... Será? Upupu... – disse Monokuma – Como eu disse antes, antes de discutirmos tudo isso, vocês ainda vão ter que sobreviver a outro assassinato. E então, teremos o excitante sexto Julgamento de Classe! Até lá, eu pensarei na motivação do quinto caso, upupupu... Ah é, quase me esqueci. Esse tal Desespero de Nível Super Colegial citado pela Uchida-senpai não existe. Pelo menos não aqui, nem agora.

E então, ele desapareceu.

– Hm... É difícil de acreditar que tudo isso foi só pra gerar desconfiança. – falou Miyake-san.

– Concordo. – falei.

– Bem, vamos deixar pra lá. Agora, pelo menos, já sabemos o motivo. – falou Takata-kun. É, ele estava certo. Se fossemos duvidar de tudo, não íamos chegar a lugar algum.

– É... Mas ainda é difícil acreditar que ele apagou memórias da gente de dois anos de escola. – falou Tsuji-san. Ela... Também estava certa.

– Será que... Se tivéssemos essas memórias... – disse Yue-chan, mas antes que ela pudesse falar algo como ‘Será que teríamos nos matado?’, ela foi interrompida por Miyake-san.

– Nem continue essa frase. – falou Miyake-san.

– De qualquer forma, acho que não, por isso se dar ao trabalho de apagar nossas memórias. – falou Chiba-san. – Mas deveríamos dormir por hoje. Ficamos discutindo até tarde.

E já haviam passado mais meia hora, realmente. A última vez que o tempo passou tão rápido pra mim foi quando eu fui entregar um roteiro no início do dia 15 de março e só lembrei de começar no fim do dia 12. Nossa, eu bebi muito café naqueles dois dias pra conseguir a tempo.

– Hm. Realmente deveríamos dormir. – falou Miyake-san – Vão para os seus quartos.

Nós a obedecemos prontamente.

Bem, eu não fui logo dormir, na verdade.

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≈Dia 22 – Horário desconhecido≈

P.O.V.: ???

– Então, estou contando com você, upupupu. – disse, aquela pessoa, naquele tom infantil, enquanto segurava aquele urso com um péssimo design.

– Certo... – respondi, hesitante.

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≈Dia 23 – 06:50≈

P.O.V.: Haruka Miyake

– Hããa... – bocejei, sacudindo meu cabelo com as mãos.

Me levantei e fiz meus alongamentos diários, então após lavar meu rosto e vestir minhas roupas eu saí.

O que eu acho mais incrível em mim mesma é como eu acordo sempre disposta. Enfim, vamos para mais um dia.

Logo ao sair do meu quarto, me deparo com Uchida.

– Bom dia – digo a ela – Porque está tão feliz?

– Bom dia! É que... Vê esses brincos? – ela me mostrou dois brincos com pequenos cristais azuis em suas orelhas – Eu comprei ontem no Monoshop e chegou hoje, por isso estou muito feliz.

– Oh, parabéns pela aquisição. São lindos. – falei.

– Obrigado! – ela agradeceu com um sorriso sincero.

Nós continuamos andando até a cafeteria, onde encontramos todos. Esses dias, todos tem acordado mais cedo.

– Bom dia! – falou Otonashi, feliz. Aliás, todos estavam felizes, e estava uma atmosfera muito agradável.

– Bom dia. – eu disse, educadamente – Porque estão todos tão felizes?

– É que ontem, coincidentemente, todos compramos coisinhas no Monoshop. – falou Kubo. Todos? Não me diga que eu fui excluída.

– Ah, vocês também? – falou Uchida, logo mostrando seus brincos.

– Que lindos! – falaram em sincronia Otonashi e Kubo.                                                            

– Eu comprei essas canetas coloridas! – falou Kubo.

– Por que canetas coloridas? – perguntei, interessada.

– Eu adoro canetas coloridas, sempre uso quando faço anotações sobre diversos assuntos diferentes ou quero diferenciar os momentos em que escrevo. – falou ela – me deixa bem mais organizada.

– Eu comprei um porta facas para a cozinha. – falou Tsuji – Mal tinha gasto meus monocoins, então comprei algo útil.

Eu olhei para a cozinha, onde vi um porta facas de metal lindo.

– Eu o poli, também, ahaha. – falou Kinoshita – Eu não comprei nada, mas se estamos falando de acessórios, eu ainda tenho aquela medalha.

– Er...

– Hm...

Hirai e Takata, respectivamente, tinham comprado anéis: Takata estava com um de ouro e Hirai com um de prata.

– Nesse caso foram presentes, né... hahahaha. – falou Otonashi.

– ...!!! – Hirai estava com vergonha. Fazer o quê, né? Todo mundo aqui fica com vergonha pelo menos uma vez por capítulo.

– Eu comprei um vaso de flores. Tá ali em cima da mesa. – falou Chiba, apontando para o centro da grande mesa, onde estava um vaso com aquelas flores amarelas... Qual é o nome mesmo? Enfim, é bonito.

– Por último, eu fiz um desenho de todos nós! – falou Otonashi, o que me surpreendeu – Eu não sou Desenhista de Nível Super Colegial e nem sou muito boa com desenhos realistas, exceto roupas, mas tenho certeza de que ficou ótimo!

Ela foi até uma cadeira e pegou uma cartolina – ela não tinha o papel adequado – e então a abriu. Estávamos literalmente todos lá. A qualidade do desenho ainda era melhor que qualquer coisa que eu pudesse fazer, então eu só apreciei a arte. Os garotos estavam em pé, da esquerda para a direita: Yoshimura, Takata, Hirai, Yamaguchi, Kinoshita, Oono, Daichi e Hayakawa. As garotas estavam sentadas a frente deles, da esquerda pra direita: Chiba, Tsuji, eu, a própria Otonashi, Honda, Hayashi, Uchida e Kubo. Estávamos num local com grama e algumas árvores, no outono, já que haviam algumas folhas caindo. E, o que mais me chamou a atenção, estavam todos sorrindo. Todos com seus respectivos sorrisos. O sorriso suave de Tsuji, o grande sorriso de Uchida, o sorriso distraído de Hayakawa, o sorriso sincero de Oono, o raro sorriso sem segundas intenções de Takata, o sorriso espalhafatoso de Honda, o sorriso amável de Hayashi e todos os outros.

– Miyake...san?

– O que foi, Uchida?

– Seu... Rosto. – ela apontava para o meu rosto, e eu senti um gosto salgado em meus lábios. Eu estava lacrimejando.

– Miyake-san?! – exclamou Otonashi – Me desculpe, parece que esse desenho teve o efeito oposto ao que eu queria... – ela enrolou novamente a cartolina – Eu... Já vou me livrar dele.

– Não... Não se preocupe. Eu não estou triste, só me emocionei. E aliás, eu nem percebi isso. É um desenho maravilhoso. – limpei o meu rosto com um lenço que me foi oferecido por Hirai.

– Todos se emocionaram. – falou o mesmo.

– Você desenha até bem – falou Takata.

– Heh, obrigado. – ela falou.

Chiba esboçou um sorriso.

– Eu queria que esse momento durasse para sempre... – falou Kinoshita.

– ... – Uchida olhou para ele e então olhou para cima, apenas para ver o teto do primeiro andar. Seu olhar continha angústia.

Por que nós? Eu sempre me faço essa pergunta. Será por sermos estudantes da escola mais privilegiada do mundo? Os símbolos da esperança sucumbindo à um jogo do desespero? Se pelo menos eu pudesse fazer algo para salvar todos, eu adoraria.

Infelizmente, antes que pudéssemos continuar a nossa feliz vida diária, Monokuma chegou, estranhamente, pela porta.

– Bom dia. – ele falou... Como se tivesse acabado de acordar.

– Er... Bom dia? – falou Uchida, estranhando o comportamento do urso.

Depois de alguns instantes, ele novamente falou.

– Saudades educação... – Monokuma resmugou. Nesse momento, eu percebi algo diferente da mudança eminente de personalidade. A voz... Mudou, um pouco?

– O quê que houve? Eu tô com um mal pressentimento – falou Kinoshita. Eu também, eu também.

– Tá, tá, vamos pro ponto. A motivação dessa vez só vai ser dita a quem encontrar um certo item que está em algum lugar da aeronave. Só, tchau.

Ele desapareceu.

– QUÊ QUE TÁ HAVENDO AQUI?! – gritou Takata.

Eu também quero saber.

– Não grita, tá todo mundo na mesma situação! – exclamou Kubo.

– Nossa, porque será que a personalidade do Monokuma mudou tanto? – perguntou Otonashi, surpresa.

– Sei lá. E não adianta pensar nisso agora, eu acho. – falou Hirai.

É verdade. Não adianta pensar nisso agora. Uma motivação acabou de ser dada, e eu tenho o dever de ajudar todos a superá-la.

Não importa o quê.

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Nós passamos o resto do dia fazendo nossas atividades comuns.

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≈Dia 24 – 07:20≈

P.O.V.: Akiko Hirai

(Autor: Uchida muda de roupa antes de tomar café)

– Hey! – Otonashi-san chamou a todos depois de tomarmos café – Porque não vamos pra sauna?

– Hm? – perguntou Miyake-san – Por que isso agora do nada?

– Só pra descontrair! – falou Otonashi-san, se levantando.

– Porque não? – falou Kubo-san – Podemos, né, Miyake-san?

– Claro. Eu vou inclusive junto. Mas não vamos entrar garotos e garotas juntos, obviamente. – falou Miyake-san.

Tsc. – resmungaram Takata-kun e Kinoshita-kun.

– Tenham decência... – falei, colocando a mão no rosto.

Depois de algumas gargalhadas, Tsuji-san lembrou que não podemos ir à sauna logo após alguma refeição, então esperamos uma hora. Nós, depois da espera, seguimos para os banheiros do segundo andar, para tomarmos banho. Hayakawa-kun me disse uma vez que temos sempre tomar banho antes de ir à sauna.

Os primeiros a irem para a sauna fomos nós, os garotos.

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– Aah, que cheiro bom! – falou Kinoshita-kun, se deitando e fechando os olhos.

A sauna daqui é como qualquer sauna comum: três níveis de assentos de madeira, quanto mais alto, maior a temperatura. Tinha um interruptor para aumentar a temperatura perto da porta. Eu estava sentado no primeiro nível, Takata no segundo e Kinoshita-kun no terceiro. Chiba-san tinha jogado algumas folhas aromatizantes aqui há uns 30 minutos, e agora a sauna está com um cheiro maravilhoso.

Não é um cheiro bom, Akiko-chan? – Takata se aproximou levemente do meu ouvido e me sussurrou, me dando um beijo na orelha.

..! Q-que você tá fazendo?! Tem gente aqui! – eu sussurrei corado.

E daí? Isso só deixa tudo mais divertido... – eu não posso acreditar nisso! Ele se jogou em cima de mim e... A toalha dele vai escorregar!

Eu instintivamente peguei a toalha, obviamente, mas eu acabei encostando na cintura dele.

Não quer deslizar essa mão? – ele falava enquanto ofegava sobre mim com um olhar sedento, o que me deixou pensando no que fazer.

COMO ASSIM PENSANDO NO QUE FAZER?! CONTROLE-SE, AKIKO!

Kinoshita-kun nos notou. Takata sobre mim e eu encostando na cintura dele com a toalha que ele vestia apenas sendo segurada pela minha mão.

– Er... Eu ainda tô aqui, sabe? – ele falou, virando o rosto o máximo possível e coçando o rosto.

– Era isso que eu tava falando pra essa besta! – exclamei, empurrando o indivíduo próximo de mim.

– Aah! Não faz isso! – ele fazia bico – Logo quando tava ficando bom.

– Tenha pudor! – eu disse.

– Tá, tá, chato. – ele se afastou um pouco.

Antes que eu conseguisse me ajeitar no meu lugar, ele se aproximou e me roubou um beijo.

– E eu percebi que você cogitou continuar o que estávamos fazendo. – ele me provocou – Essa sua cara de santo não me engana – continuou falando com um olhar provocativo.

– Falando de novo, eu ainda estou aqui, e eu posso ouvir. – Kinoshita-kun repetiu, de olhos fechados e com os braços cruzados.

– Ah, desculpa, isso é coisa da mente dele, ahaha – eu ri um pouco forçado, e terminei de recuperar a minha postura.

– Como vocês tem tanta disposição, hein? – falou Kinoshita-kun.

– Como assim disposição? – falou Takata, se aproximando dele – Em que sentido?

– Certamente não no que você está pensando. – Kinoshita-kun rebateu ele antes que falasse algo desagradável. Boa, Kinoshita-kun! – Vocês passam todos os dias o tempo todo juntos, conversando e andando pela aeronave, e literalmente quase nunca se separam. Eu começo a pensar que eu tô ficando sedentário.

– Se você tá sedentário e só se exercitar ué – falou Takata. Ah... Ele deveria saber que não são todos que nascem milagrosamente com um tanquinho como ele.

– Então, você quer impedir o sedentarismo, né? – perguntei retoricamente – Você deve começar fazendo dietas e etc. Depois de no máximo uma semana ou duas, você começa a treinar abdominais e outros tipos de exercício no seu quarto mesmo. Aí deve incomodar, por falta de costume, mas depois de um mês mais ou menos você vai pra academia sem se incomodar mais. Ou pelo menos, é o que eu fiz.

– Hm... Mas eu tenho preguiça... – ele falou.

– Mas nessas coisas a gente tem que superar a preguiça, haha. – eu falei.

– Não me deixem de fora da conversa! – falou Takata.

– Hahahahaha! – Kinoshita-kun riu – Eu nunca tinha percebido antes, mas vocês são ótimas pessoas para se conversar.

– Enfim, eu tenho um desafio a propor para vocês! – falou Takata – Vamos aumentar a temperatura da sauna e ver quem aguenta mais tempo o calor!

Isso não vai acabar bem pra mim... – eu previ.

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≈Dia 24 – 08:50≈

P.O.V.: Yue Otonashi

30 minutos depois eles finalmente saíram. Hirai-kun parecia cansado e Kinoshita-kun e Takata-kun pareciam exaustos.

– ... – Hotaru-chan os encarou, como se fosse perguntar algo – Ah, tanto faz! Agora e a nossa vez!

Por que eu também? Odeio calor. – Tsuji-san estava no canto encostada na parede murmurando há algum tempo.

– É bom pra saúde – disse Mai-chan para ela.

Tsuji-san apenas suspirou.

– Vamos. – falou Miyake-san, nos liderando.

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

Eu me sentei num assento do segundo nível, junto de Miyake-san e Mai-chan. As outras se sentaram no primeiro nível. Por algum motivo a temperatura estava muito quente, mas parecia se regularizar.

(Autor: O Hirai diminuiu o calor da sauna logo antes de saírem, mas ainda estava estabilizando)

– Eu sinto como se fosse morrer... – falou Tsuji-san, com a cabeça pra cima e expirando com dificuldade.

– Ah, Tsuji-san, você é muito branca! – falou Hotaru-chan – Você tem que ir pra praia um pouco! Ou fontes termais!

– Eu nunca fui em nada desse tipo... – ela falou.

– Eu já esperava que não fosse adepta, mas nunca ter ido é demais. – falou Yuki-chan. Eu concordo com ela!

– Que tipo de pais você tem pra nunca ter ido numa praia! – refleti.

– Uns não muito agradáveis... – ela falou, esticando os braços.

Eu... Sinto que falei algo ruim. – pensei.

– Não se sinta mal, se pensou que falou algo ruim. – ela disse.

Nossa, que médium! – pensei embaraçada.

– Enfim, vamos parar de falar de coisas que parecem se tornar desagradáveis. – falou Mai-chan – Inventando um assunto agora... – ela parou para pensar – Vocês gostam de mitos?

– Oh, eu adoro histórias mitológicas! Principalmente as gregas! – falou, animada, Hotaru-chan – Eu gosto muito de história antiga também, principalmente algumas coisas envolvendo a Roma Antiga!

– Eu também gosto de mitos. – falou Yuki-chan – Sempre que me sinto sem inspiração, eu leio mitos. É muito bom.

– Tem uma coisa que me vem chamado a atenção já faz algum tempo, mas como é o seu processo criativo, Kubo-san? – perguntou Tsuji-san.

– Oh, você tocou num ponto interessante. Eu costumo ler. Livros, fanfics, histórias em geral. E então, eu imagino o ‘e se’ de cada momento que se passa na história. ‘E se ela tivesse virado aquela esquina?’, ‘E se ele tivesse chamado os policiais?’, ‘E se o poder daquele fosse super força?’, ‘E se o protagonista fosse o vilão?’, essas coisas. Em todos os momentos da minha leitura, eu analiso e procuro todos os futuros alternativos para aquela circunstância.

– Isso é... Incrível, definitivamente. – falou Tsuji-san, que estava surpresa.

– Sim! Você é incrível, Yuki-chan! – eu falei.

– É? Obrigado... Haha. – ela agradeceu envergonhada.

– Não precisa se envergonhar! – falou Hotaru-chan.

– Miyake-san, e você? – perguntou Chiba-san – Do quê você gosta?

– Eu gosto de nadar e fazer anotações. – Bem, isso explica porque ela sempre tem um bloco de notas, né.

– Realmente parece contigo. – falou Tsuji-san.

– Você acha? – disse Miyake-san, coçando a cabeça e rindo.

– Miyake-san é bem séria. – falei.

– Verdade, haha – disse Yuki-chan.

Depois de um suspiro, Hotaru-chan falou.

– Eu vou embora, até mais.

– Por quê? – falou Mai-chan – Você parecia estar se divertindo.

– Não me entenda mal, eu estou, mas estou com dor de cabeça e bastante calor, também. – ela disse – Então, se me derem licença.

– Será que ela ainda está sofrendo com a volta das memórias? – falou Yuki-chan.

Eu não sei, mas... Ela parece meio... Desapontada?

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

Depois da sauna, nós ficamos livres para fazer o que quiséssemos. Eu decidi terminar de vez o desenho do vestido da minha mãe. Não sei por que, mas me sinto capaz disso agora.

Amanhã eu vou começar a costurar.

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≈Dia 24 – 22:05≈

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Eu só vou escrever meu diário e ir dormir – pensei, bocejando.

Mas, antes que eu fizesse isso, vi um papel sob a porta do meu quarto. Eu andei até lá e o peguei para ler.

– “Quero que nos encontremos na sala de mantimentos amanhã às nove horas da manhã. Ass: Haruka Miyake”...? Mas por quê? E porque ‘encontremos’? Tem mais gente convidada?

Depois de pensar bastante nisso, ignorei porque pensar demais não resultaria em nada. Em vez disso, fui escrever o meu diário.

“Dia 24

Hoje foi um dia ótimo! Logo após o café, Yue-chan recomendou irmos à sauna, ideia que todos concordaram. Os garotos foram primeiro, e Hirai-kun estava exausto depois da batalha de resistência de Kinoshita-kun e Takata-kun, hahaha. Nós, as garotas, ficamos conversando lá. Hotaru-chan ainda está sentindo dores de cabeça fortes, e isso me preocupa. Enfim, depois disso, Hirai-kun e Yue-chan fizeram o almoço. Foi delicioso! Continuando o dia, Yue-chan me mostrou o desenho do vestido da mãe dela: Um lindo vestido amarelo com joias e, num desenho separado, um véu dourado lindo que o complementava. Assim, até eu quero casar! Tsuji me pediu recomendações de livros de fantasia também, e eu fiquei alegre por isso. Bem, Miyake-san colocou um papel sob a porta do meu quarto. Ela pediu que eu me encontrasse com ela, e provavelmente outras pessoas, às 9h de amanhã na sala de mantimentos do terceiro andar. Mas, logo nós devemos sair daqui! Segundo o que Miyake-san falou há alguns tempos, só tinham mantimentos pra 30 dias, e já estamos quase lá! Nos matar de fome não ia ser bom pro controlador do Monokuma, se ele quisesse, já teria feito isso. Então ele provavelmente vai parar em algum lugar e a gente vai poder sair!”

E, depois de escrever, eu desenhei Chie-chan no papel, apenas para continuar escrevendo.

“Sabe, eu acho isso estranho. Eu só passei uma semana com você, mesmo assim sinto como se fossemos amigas há muito tempo. Quero dizer, com todos. Eu também acho que o mesmo acontece com Takata-kun, Hirai-kun, Kinoshita-kun, Yue-chan, Hotaru-chan, Miyake-san e Tsuji-san. É visível o quanto Hirai-kun sente falta de Yamaguchi-kun e Hayashi-san, mesmo ele não demonstrando isso. Mai-chan sente muita falta de Yoshimura-kun... Eu também. O mesmo com Miyake-san e Kinoshita-kun com Oono-san, e assim por diante. Eu quero dizer... Vocês todos nos afetaram demais em pouco tempo. Como eu posso me sentir tão triste por alguém que conheci por tão pouco tempo?

...

Vou dormir.

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

≈Dia 25 – 08:40≈

Eu decidi vir antes para o local da reunião, para não me atrasar como da última vez. Só que seria chato ficar lá até passarem 20 minutos, então eu estou na estufa olhando as plantas. Afinal, mesmo venenosas, ainda são bonitas.

≈Dia 25 – 08:58≈

– Bem, acho que já devo ir à sala de mantimentos. – falei pra mim mesma, enquanto me alonguei na estufa e andei de volta à sala de mantimentos.

Dois minutos depois, Kinoshita-kun, Tsuji-san e Hotaru-chan chegaram na sala de mantimentos.

– ...Miya-chan ainda não está aqui? – perguntou Tsuji-san.

– É... Ainda não. É estranho, ela nunca se atrasa. – eu falei.

– Não deveríamos procurar por ela? – sugeriu Kinoshita-kun.

– É, acredito que isso seria bom. – falei.

– Então vamos! – falou Hotaru-chan.

Nós nos dividimos em duas duplas: Eu e Hotaru-chan e Kinoshita-kun e Tsuji-san.

– Vamos olhar na sala do incinerador, olhem na outra direção! – eu falei.

Eu e Hotaru-chan fomos andando até lá... Na sala do incinerador. Nós abrimos a porta e...

– Po-por quê? AAAAAAAAAH! – eu gritei o mais alto que pude, enquanto Hotaru-chan apenas caiu no chão e mergulhou em lágrimas.

– O que foi?! – Kinoshita-kun veio correndo como um relâmpago, e Tsuji-san veio um pouco atrás dele.

– Ali... – falou Hotaru-chan.

Assim que chegaram à porta, eles viram o corpo.

– Miya-chan...

♪ ♫ Um corpo foi encontrado, e logo mais se iniciará um Class Trial ♪ ♫

 Ali, numa sala cheia de facas e com um ferimento em sua cabeça, estava o corpo da Chefe de Nível Super Colegial, em cima de sangue e um pó alaranjado... O corpo da nossa líder que sempre nos guiou... Haruka Miyake.

 

*Alunos restantes: 8


Notas Finais


Edit em 07/04/2024: Nomenclatura do talento da Uchida mudada de "Stalker" pra "Invasora".

Roupa da Uchida: https://imgur.com/a/0HYrS

Já vou me desculpando por usar facas de novo, mas isso já virou meme entre um amigo meu e eu :v

Tá, a morte foi bem óbvia.
Tá, não teve muito impacto.
DESCULPA ;---;
Eu deixei o capítulo enorme por causa da discussão de teorias e acabou que eu acho que o final ficou um pouco corrido; eu acho.

No mais, eu amo escrever o diário da Fuyuki <3333


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