História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 2, parte 1: Sincere tears, sincere apologies

Capítulo 2: Sincere tears, sincere apologies

≈Dia 4 – 8:40 AM≈

P.O.V.: Haruka Miyake

– Está tudo bem? – ouvi uma voz familiar – Está tudo bem, Miyake-kun?

Eu então abri meus olhos. Era Tsuji.

– Ah... Todos dormiram... – pensei - Todos dormiram! – me levantei rapidamente, apenas para ver aquela imagem. Daichi Fukushima, o Professor de Nível Super Colegial, estava morto. – Que droga! Mesmo sendo a líder, eu apenas dormi enquanto um de nós morreu! Que patética! – pensei em amargura. Como fui inútil. Eu não mais merecia o meu título. Deixei alguém morrer – eu lamentava minha falta de capacidade enquanto quase chorava.

– Miyake-kun... Nós devemos... – falou Tsuji. Mas eu já sabia o que ela iria falar. “Nós devemos garantir a nossa sobrevivência, mesmo que seja difícil superar isso”. As regras dizem que se o assassino não for encontrado, todos serão executados. Enxuguei minhas lágrimas.

– Eu sei. Me dê um relatório.

– Certo... Eu, Yamaguchi-kun, Kazuhiko-kun, Kinoshita-kun, Honda-kun, Hayashi-kun e Hirai-kun acordamos há 30 minutos com esses cortes abaixo do ombro – ela se virou e mostrou as bandagens – e então vimos o corpo. Também vimos que Takata-kun, Fuyuki-kun, Chiba-kun e Otonashi-kun não estavam aqui. Kinoshita-kun, Hirai-kun, Hayashi-kun e Kazuhiko-kun foram procura-los. Todos os outros estão acordados já. Yamaguchi-kun checou o pulso de Fukushima-sensei, mas...

– Eu entendo... Sobre os desaparecidos – fui interrompida por Kazuhiko-kun abrindo a porta com os outros.

– Estão todos bem! – exclamou ele.

Me aproximei então. Perguntei o por que deles estarem fora da cafeteria.

– Para falar a verdade – disse Otonashi, desviando o olhar – não sei...

– No caminho para cá encontramos algumas coisas que talvez ajudem na investigação – disse Hayashi, ainda um pouco triste, pela voz.

– Já soubemos do ocorrido, também – falou Takata, olhando para o corpo.

Todos nos juntamos então. Eu comecei a falar. Por mais incapaz que eu tivesse sido antes, isso não vai se repetir.

– Todos vocês! – gritei – Eu sei que estão tristes, com mágoas, desconfiados, e em luto. Eu também estou. Mas não é hora para isso! Se não descobrirmos quem fez isso, morreremos todos!

Oono, que estava quieto já há algum tempo, completou:

– Independente de quem for o assassino, eu te desculpo. Todos nós sabemos que a culpa não foi sua, e sim daquele urso louco e de quem o controla. Mas, não me leve a mal, ou é uma vida, ou são 14. Vou dar o meu melhor para descobrir quem é você! Então é isso! Vamos para a investigação! – falou.

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Pistas:

Veneno – Foi encontrado veneno alaranjado no ginásio (no chão), na cafeteria (especificamente na geladeira) e na porta do quarto da vítima.

Cartelas de pílulas para dormir faltando - Havia 8 cartelas de pílulas para dormir na farmácia da manhã do caso. Depois, só havia 5. Cada cartela tem 8 pílulas.

Sangue em frente à enfermaria - Foi encontrado sangue em frente à enfermaria.

Pessoas que acordaram antes - Tsuji, Yamaguchi, Honda, Hayashi, Hirai, Kinoshita e Yoshimura todos tinham um corte no braço.

Corte na vítima – A vítima tinha um corte na coxa. Estava escondido sobre sua calça jeans. Parece que é profundo o suficiente para sair sangue... Oono-san o encontrou.

Testemunha do Ren – Ren disse ter pegado uma cartela de pílulas de dormir ontem à noite, embora só tenha usado uma, pois não estava conseguindo dormir por causa de pesadelos.

Recipiente movido - Um recipiente foi movido enquanto todos dormiam. Ele estava na esquerda da pia da cafeteria originalmente, mas quando acordamos estava na direita. Ele parece ter sido lavado.

Ingredientes faltando – Alguns ingredientes estavam faltando na cozinha. Corantes e algumas coisas doces.

Sangue na vítima – A vítima tinha sangue em seu abdômen. Havia também um pouco numa faca encontrada ao lado do mesmo.

Cabelo – Havia cabelo debaixo da mesa.

Pessoas espalhadas – Mai, Shigeo, Fuyuki e Yue acordaram fora da cafeteria. Respectivamente, acordaram na Biblioteca, na frente do elevador do Class Trial, na sala do incinerador e em frente ao banheiro masculino.

Arquivo Monokuma 1 – Vítima > Daichi Fukushima; Horário da morte: Entre 07:25 AM à 8:00 AM. A vítima parece ter morrido com apenas um pequeno ferimento e calma. Parece possuir uma perfuração em seu abdômen.

Comportamento estranho da Mai – Mai estava fazendo perguntas estranhas mais cedo.

Cabeças machucadas – Yamaguchi e Miyake tem machucados um pouco em cima do ouvido, sendo cobertos por bandagens tiradas da enfermaria.

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Depois de coletarmos as pistas, nos reunimos e descemos aquela escada, antigamente trancada, que nos levou ao porão. Descemos tantos degraus que eu nem sei se estávamos caindo ou apenas descendo. Chegamos. De porão não tinha nada. Era uma ampla sala com 16 assentos e grandes cortinas.

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Class Trial

P.O.V.: Mai Chiba

– Monokuma: Coloquem-se nos seus lugares e vamos começar! Upupupu, estou tão ansioso! – falou, sentado num trono.

Nos sentamos então na seguinte ordem, em sentido horário: Eu na frente do Monokuma, um estandarte do Daichi-sensei, Kinoshita-kun, Miyake-san, Takata-kun, Yoshimura-kun, Yue-chan, Hotaru-chan, Fuyuki-chan (no lugar oposto à mim), Oonoi-san, Yamaguchi-kun, Hirai-kun, Tsuji-chan, Hayakawa-kun, Chie-chan e Hayashi-san.

– Kinoshita: Então, por onde devemos começar?

– Takata: Talvez por que tem um fucking estandarte do Daichi do meu lado?!

– Monokuma: Ora, ora. Mesmo morto é um de seus amigos, não é? Seria rude esquecê-lo. Mas, se querem começar, tentem pela arma do crime.

– Hayashi: Ah, isso é fácil, é a faca ensanguentada que estava do lado do cadáver.

– Uchida: Isso está errado!

– Hayashi: Mas ela estava suja de sangue!

– Uchida: Isso também está errado!

– Hayashi: Por quê? – perguntou emburrada de uma forma fofa.

– Honda: Aquilo não é sangue!

– Hirai: Como assim? – Hirai-kun estava confuso.

– Honda: Mais cedo, na verdade, quando fui investigar o corpo, tropecei e caí muito perto dele. Ninguém viu, pois me levantei rápido, mas ele estava com um cheiro doce.

– Kubo: Eu concordo com isso! Lembrem bem da cozinha antes e depois do caso!

– Chiba: A cozinha... Quais mudanças houveram nela?

[Hangman's Gambit]

Pensei profundamente. Era como se tentasse me fundir a uma árvore e ganhar acesso às suas raízes, frutos, folhas, flores. Entrando cada vez mais e mais, aprendendo os seus segredos. Definitivamente, o que tinha mudado era...

– Chiba: O recipiente movido e os ingredientes faltando! – falei.

– Yoshimura: Então, o culpado fez sangue falso para fazer-nos pensar que a arma do crime era a faca. Mas por quê? O que ele ganha com isso?

– Tsuji: Nos levar a arma do crime errada e fazer nós cometermos deslizes.

– Hayakawa: Mas, se não foi a faca, o que foi?

– Otonashi: Pode ter sido outro instrumento cortante!

– Oono: Não, isso é inviável. O Arquivo Monokuma diz que ele morreu com apenas um ferimento. O único ferimento que ele pode ter tido antes de morrer é o corte na coxa.

– Takata: Ehh – Takata-kun estava claramente o provocando – E como exatamente você sabe que ele tinha um corte na coxa? Ele usava calças, não dava para ver as coxas dele.

– Oono: Uh... Pelo bem da investigação eu tive que checar o corpo dele.

– Takata: Sei... – continuou o provocando.

– Miyake: Deixe de provocações! Oono, por que esse é o único ferimento que ele pode ter tido antes de morrer? O Arquivo Monokuma também fala que ele tinha um ferimento no abdômen. Pode ser que o ferimento na coxa tenha sido causado depois da morte.

– Hayakawa: Não, isso é impossível. Oono-san me pediu para ver o ferimento. O ferimento causado depois da morte foi o do abdômen, porque o ferimento no abdômen mal sangrou.

– Yoshimura: Então o ferimento que causou a morte dele foi o na coxa? Que estranho... Como um ferimento tão pequeno pode ter matado ele?

– Kubo: Precisamente! Tem algo errado nisso. Nem que isso fosse uma fanfic isso faria sentido!

– Hirai: Não exatamente. Outros fatores podem ter causado a morte. Tal qual como o veneno que estava praticamente em todo lugar da aeronave.

– Hayashi: A questão é: por que havia tanto veneno espalhado?

– Honda: Com certeza o Daichi-san resistiu e fugiu então o veneno acabou caindo!

– Takata:O Arquivo Monokuma também disse que ele morreu calmo, e ele estava dormindo, não tem como ter fugido.

– Uchida: Então com toda a certeza foram pistas plantadas para nos confundir.

– Chiba: Ninguém discorda que as pessoas movidas também foram pistas falsas, né?

– Kubo: Com toda certeza!

– Hayakawa: Hm... O que tem mais pra discutir?

– Tsuji: O sangue em frente à enfermaria; de quem era? Acredito que é algo importante.

– Otonashi: Deve ser de alguém que acordou antes. Vejamos...

– Hayashi: Eu, Tsuji-san, Hirai-san, Yoshimura-san, Kinoshita-san, Akihiro-kun e Honda-san.

– Miyake: Então são sete suspeitos...

– Chiba: Hã? Não seriam oito?

– Honda: Mai-chan, você não está acompanhando? – falou Chie-chan, rindo.

– Chiba: Estou. O corte na coxa do Daichi-sensei não foi causado antes dele morrer?

–Yoshimura: Verdade... Então provavelmente o sangue é dele e os outros têm feridas para desviar a atenção. Mas, espera, de que isso vai ajudar no caso? Estamos andando em círculos aqui.

– Monokuma: Pois é, né, avancem essa discussão – falou Monokuma chateado, mostrando suas garras.

– Tsuji: Desculpem-me, eu achei que era algo importante...

– Honda: Tudo bem, tudo bem. Agora, alguém tem alguma coisa pra falar que esqueceu antes?

– Takata: Ah, sim. Eu havia ido ao banheiro masculino antes de ir à cafeteria às 07:11 AM, e vi no chão do ginásio veneno. Mas eu confundi com o chão. Só percebi que era veneno na investigação.

– Chiba: Eu entrei na cozinha para pegar água e regar minhas flores no meu quarto às 07:02 AM. Voltei às 07:07 AM. Naquela hora não havia veneno na geladeira.

Enfim nos silenciamos. Ninguém tinha mais provas.

– Monokuma: Ora, ora, o que temos aqui?

– Hirai: Carecemos de pistas, obviamente.

– Monokuma: Então porque vocês não só falam quem pensam que é o culpado?

– Otonashi: Hã?! Se todos votarmos no errado seremos todos executados, né? Não, obrigado!

– Kubo: Mas... Se nós não temos pistas... Basta cria-las!

– Miyake: É isso! – Parece que ela descobriu algo.

– Uchida: O que foi?

– Miyake: Chiba...

– Chiba: ? – expressei surpresa – O que foi?

– Miyake: Você disse que entrou na cozinha às 07:02, certo? – perguntou Miyake-san.

– Chiba: Sim – respondi.

– Miyake: Para quê? – perguntou Miyake-san.

– Chiba: Pegar água para regar minhas plantas cujas sementes eu comprei no Monoshop – respondi.

– Miyake: Quando você voltou às 07:07, você estava com uma garrafa térmica de água, certo? Você usou toda a água?

– Chiba: Sim, estava, mas não usei toda. Eu devolvi à geladeira após usar.

– Yamaguchi: Água? Espere, eu não servi suco na hora que todos chegaram?! Havia água gelada na garrafa, que eu misturei com as frutas para fazer suco... E depois disso, todos caíram no sono!

Até mesmo eu entendi o que aquilo significava. Miyake-san,Yamaguchi-kun e outros que me entreolhavam estavam suspeitando de mim.

– Chiba: Mas eu não fiz isso! Eu teria que ter ido à farmácia e pego as pílulas, e se eu o fizesse, Kinoshita-kun e Hirai-kun teriam me visto.

Nesse momento Hayashi-kun fez um movimento incomum, como se estivesse desconfortável.

– Hirai: Não exatamente... Você podia ter pegado no horário noturno, quando não estávamos lá. Ou até mesmo usado alguma flor sonífera, afinal, você é a Florista de Nível Super Colegial.

– Chiba: Hm... Isso é verdade... É verdade, mas... Mesmo assim... Se votarem em mim... Todos morrerão!