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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 9: Just... Dreams...?


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


E aí? <3

(eu sei que passei mt tempo sem postar nada, dscp, não me vaiem -q)

Isso é só metade do tempo livre, que acaba no próximo capítulo, que também vai ter mais ou menos essa quantidade de palavras. Eu decidi mudar os pontos de vista entre dois personagens todos os dias durante esse episódio 4.

O incrível é que eu acho que a Fuyuki é mais presente quando não é o P.O.V. dela ashuahsuahusa

Boa leitura e boas teorias <3 Embora eu ache que vai ser bem difícil desvendar esses sonhos kkkk

Capítulo 11 - Capítulo 9: Just... Dreams...?


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 9: Just... Dreams...?

Capítulo 9: Just Dreams...

P.O.V.: Kazuhiko Yoshimura

Depois de sairmos daquela sala nada aconchegante, e vermos que estava bem tarde, resolvemos ir dormir. Não é pra menos, afinal, estávamos todos cansados.

Ao chegar no meu quarto, eu fui ao chuveiro tomar um banho.

Por mais que eu pense, algumas coisas eu não consigo responder. Eu me pergunto... Quantos mais morrerão? Será que isso vai continuar até só sobrarem dois? Independente de tudo, eu espero que Fuyuki-san viva. Na verdade, eu queria que todos vivessem, mas...

A imagem dos que já se foram penetrou na minha mente enquanto eu estou me ensaboando. Depois de um momento de tristeza, eu pensei:

Não, não! Eu não devo pensar nisso. Os que se foram, se foram, e nós que sobrevivemos temos que trabalhar para nos manter vivos.

Depois de tomar banho imerso nos meus pensamentos, me enxuguei e me vesti, depois deitei.

Agora que me lembrei, Chiba-san iria me falar algo assim que achássemos uma sala sem câmeras. Espero que no terceiro andar – que foi liberado depois desse julgamento – haja alguma sala assim.

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Sonho ON

Hm... Onde estou?

Olhei ao meu redor e não vi nada além de chamas. Exceto, é claro, o que elas destruíam. Pessoas correndo desamparadas, prédios desvanecendo, a esperança sendo perdida.

Entendo, um sonho.

Enquanto visualizava o ambiente, algo me chamou a atenção.

– Por aqui! – ouvi uma voz estranhamente familiar, mas não a identificava. Que misterioso. Enfim, a voz vinha de trás de um prédio e estava chamando as pessoas que não sabiam para onde ir. Eu, mesmo andando pelas chamas – que, diga-se de passagem, não ardiam – fui até lá.

Então eu vi. Quem estava ali era... Uma completa desconhecida. Mas espere... Eu sinto a conhecer. Como isso é sequer possível?

Ela e alguém que estava ao seu lado se viraram para mim.

CUIDADO! – gritou o seu acompanhante, enquanto olhava na minha direção. Ainda assim não consegui vê-lo.

Infelizmente, no momento do grito, eu acordei.

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Sonho OFF

≈Dia 17 – 07:02 AM≈

Quem usaria uma roupa tão felpuda em meio as chamas? Mas é um sonho, afinal. Deixa pra lá.

Eu me levantei, me arrumei e escovei os meus dentes, depois saí do meu quarto. Takata e Hirai estavam andando juntos até a cafeteria. Me juntei à eles.

– Bom dia! Sobre o que estão conversando?

– Sobre sexo à três, quer fazer parte? – falou Takata-kun.

– Eh?! – estava em choque – Que pessoa direta...

– Claro que não estávamos conversando sobre isso! – falou um envergonhado Hirai, que depois de suspirar, continuou – Estávamos falando sobre o novo andar. Vamos investigar hoje, certo?

– Acredito que sim. Quer dizer, nossa líder agora é só a Miyake-san, então ela decide. E não haveria porque não investigar. – falei.

– Verdade. Nós olhamos o mapa e tem o seguinte: Duas salas de aula...

– São as primeiras que vemos nessa aeronave. Ela foi mesmo feita para estudantes? – pensei alto.

– Parece que sim. – falou Takata.

– Continuando, tem um jardim e uma sala de mantimentos...

– Essa sala de mantimentos chamou minha atenção. Se tem mantimentos, alguém troca-os diariamente, certo? – falou Takata.

– Se você não tivesse me interrompido de novo, saberia que há uma sala do piloto! – bufou Hirai.

– Err... Desculpa.

– Tendo uma sala do piloto, obviamente tem um piloto. Será que é quem está por trás de tudo isso? – falei.

– Acho que não será tão fácil. – falou Hirai, enquanto Takata pegava o Avatar Eletrônico dele da mão do mesmo.

– Temos também um incinerador, um bar com uma adega, um freezer, e dois banheiros. – falou ele.

– Será que o lixo que simplesmente desaparece das cestas de lixo é jogado aqui toda noite? – pergunto.

Nesse momento nós chegamos à cafeteria e paramos nossa conversa. Uchida-san, Tsuji-san e Miyake-san estavam lá.

Tem cada vez menos garotos por aqui...

– Bom dia! – falou Uchida-san que abria a geladeira procurando algo – Aí está, meu pudim!

Ela tirou o pudim da geladeira, pegou uma colher e se sentou ao lado de Tsuji, que lia um livro.

– Sobre o que está lendo? – perguntou Hirai-kun.

– É um guia de sobrevivência para presos em aeronaves.

– Não tem como isso existir! – disse Hirai-kun. Realmente é algo muito específico.

– Era uma piada – da Tsuji-san? daquela Tsuji-san? – É um livro sobre design de interiores.

– Otonashi-san certamente gostaria de lê-lo – falei.

– Chamaram? – ela acaba de chegar na cafeteria com Fuyuki-san.

– Bom dia – falou Takata-san.

10 minutos depois...

– Atchim! – Chiba-san, que estava chegando na cafeteria, espirrou.

Ela veio andando até a mesa em que eu estava sentado com Takata-kun e Hirai-kun. Repentinamente virou o rosto e tossiu novamente.

– Atchim!

– Chiba-san, como você pegou um resfriado? – falou Takata-kun, bagunçando o cabelo dela – Aqui é climatizado por esse ar condicionado, afinal.

– Eu estava *cof* mexendo em algumas plantas, e acabei esfregando uma não muito saudável no rosto.

– Como se faz isso sem querer?! Hahahahaha! – ele riu.

– Mas você tá bem? – perguntei.

– Sim, só cansada.

Kinoshita-kun demorou de chegar, como sempre. Ficamos esperando por uns 30 minutos. Eu percebi que nesses 30 minutos, Miyake-san se manteve olhando para o mar, que era possível ver através do vidro.

– Você não deveria se atrasar tanto! Sinta vergonha! – Otonashi-san reclamou do atraso de Kinoshita-kun.

– Desculpe..! – ele se desculpou juntando as mãos – É só um hábito que eu não consigo me livrar.

– Sem desculpas! – ela continuou.

– Ora, ora... – falou Fuyuki-san – Vamos tomar café primeiro.

Depois de tomarmos café, decidi perguntar o porquê de Miyake-san estar agindo tão... Diferente dela.

– Miyake-san? O que houve?

– Yoshimura? – falou ela, não notando a minha presença – Me desculpe. Eu só estava pensando – na verdade eu já tinha percebido isso.

– Sem querer ser invasivo, em quê? – estava preocupado – Não é comum você ficar tão imersa em pensamentos assim.

– Num... Sonho.

– Sonho? – isso logo me chamou a atenção, depois de me lembrar do meu sonho – Que tipo?

– Ah... Não é nada. Por mais que eu pense, não faz sentido. Eu estava em um cenário flamejante, com várias pessoas sem saber o que fazer e aí um completo estranho, que eu parecia conhecer apareceu. Logo eu acordei.

Eu esbugalhei meus olhos, como isso pode estar acontecendo? É tudo tão perfeitamente igual...

– Esse estranho, como ele era? – perguntei, curioso.

– Bem, er... Um senhor de idade com óculos, uma jaqueta, uma calça preta... que eu me lembre era isso.

A pessoa era diferente? Mesmo assim, isso é muita coincidência.

– Yoshimura, o que foi? – perguntou ela. Parece que me deixei transparecer um pouco.

Resolvi mudar de assunto.

– Nada. Aliás, Miyake-san, não deveríamos investigar o terceiro andar?

– É verdade. Me concentrei tanto no sonho que esqueci da realidade. Por sorte – ela olhou ao redor da cafeteria – Todos ainda estão aqui. Vamos subir então.

Depois de falar alto para todos ouvirmos, subimos ao terceiro andar.

≈Dia 17 – 08:01 AM≈

P.O.V.: Mai Chiba

– Atchim! – limpei meu nariz com um pano que havia pegado na cafeteria. Estamos à caminho do 3º andar.

– Tem certeza que está bem, Mai-chan? – perguntou Yue-chan, se aproximando de mim, que era a última já que estava mais lenta que o normal.

– Estou. Não se preocupe.

– Que bom.

Ficou um silêncio desagradável, então resolvi puxar qualquer assunto. Aí lembrei do sonho que tive.

– Yue-chan, com o que sonhou?

– Err... Agora que você perguntou, não foi um sonho nada agradável – ela parecia lembrar de um sentimento de susto.

– Desculpe a pergunta, então.

– Não, não faz mal. Foi um lugar com fogo e pessoas correndo, aí apareceu uma pessoa com uma máscara de touro SUPER ASSUSTADORA! Eu achei que ia morrer, mas acordei. Hm... Eu parecia conhecer a pessoa também, mas não tenho certeza.

O quê? – pensei com muito mais vontade que antes – Isso é quase igual ao me- Atchim!

Peguei o meu lenço e limpei o nariz. Malditos espirros que impedem meu raciocínio.

– Bem, parece que chegamos. – falou ela. Não tinha percebido, mas é, chegamos.

Logo que entramos, vimos uma parede que separava o caminho em dois. Miyake-san nos dividiu em grupos e no fim compartilharemos os resultados da investigação.

Meu grupo ia pelo lado esquerdo. Tsuji-san, Yue-chan, Fuyuki-chan e Hotaru-chan vieram comigo. A primeira sala que vimos e entramos foi algo como um... Incinerador.

– Ao que parece, essa sala só tem esse incinerador enorme e os interruptores. Se ligarmos isso, deve ficar bem quente aqui – falou Fuyuki-chan.

Eu não queria nem ter pensado nisso, mas esse incinerador é tão grande que dá pra jogar uma pessoa aí. – pensou Tsuji-san – Isso é Monokuma tentando nos incentivar? ...

Logo que saímos da sala praticamente vazia, entramos em uma sala bem gelada.

– Aqui o clima muda bem rápido né? – falou Yue-chan.

– Aqui tem... Várias caixas. – observei.

Abrimos várias, mas resumindo: Tem algumas caixas vazias, mas só tem mantimentos. MUITOS mantimentos. Mantimentos o suficiente para alimentar 20 pessoas por uns 30 dias.

– Ata. Tudo o que consumimos vem daqui – falou Hotaru-chan.

– Isso significa que na verdade tem alguém em algum lugar trocando as coisas diariamente. Só pode estar nesse terceiro andar..! – falou Fuyuki-chan.

– Vamos procurar! – falou Hotaru-chan.

– A sala que esse tal alguém está escondido deve ainda estar fechada. Não adianta ir agora. – falou Tsuji.

– Bem, é só mais uma sala sem graça. – falou Yue-chan – Vamos para a próxima.

Andamos mais um pouco e vimos que, do caminho que os outros viram, também tinha como chegar aonde chegamos: Estufa. Mas parece que eles estão dentro de uma sala ainda.

– Que jardim bonito! – falou Yue-chan.

– Isso não é um jardim, é uma estufa. – falei.

– Qual é a diferença? – ela perguntou, embora não parecesse querer saber a resposta.

– Estufas são lugares com o objetivo de acumular e conter o calor no seu interior, mantendo assim uma temperatura maior no seu interior que ao seu redor. Principalmente utilizada para cultivo de plantas. – falou Tsuji-san.

– Um jardim é um espaço ao ar livre, para a exibição, cultivação e apreciação de plantas, flores e outras formas de natureza – falei, dando ênfase à “ao ar livre”.

– Tá, tá, garota das plantas e dicionário ambulante. Eu só tava elogiando a beleza do lugar! Posso? – Yue-chan colocou a língua para fora.

Tsuji-san saiu de perto de nós e adentrou mais a estufa.

– Que planta bonita... – falou Hotaru-chan, que se aproximava de uma planta com a intenção de tocá-la.

– NÃO TOQUE AÍ! – gritei, espantando-a. Fui correndo até lá e confirmei minhas suspeitas: era uma planta venenosa.

– Uma planta venenosa? – falou Fuyuki-chan.

Dei uma olhada panorâmica, em média a cada 10 plantas 7 eram venenosas.

– Tantas assim? – falou Hotaru-chan horrorizada.

– Sim... – falei triste também, afinal, finalmente há um lugar com muitas plantas e mais da metade é venenosa. Eu não queria isso...

– Vamos para a próxima sala. Aqui só tem plantas mesmo. – falou Tsuji-san.

Logo quando saímos, encontramos os outros.

– Ahh! Não tem nada de importante por aqui?! – falou Kinoshita-san, parecendo chateado.

– Claro que tem, idiota, só não estamos com sorte. – falou Takata-kun.

– Hm? – Hirai-kun nos percebeu.

– Oi! – falou Yue-chan, para que olhassem para cá.

– Não acharam nada? – perguntou Fuyuki-san.

– Não é que foi nada, é que... Duas salas de aula e dois banheiros, só. Passamos por duas salas trancadas também. – falou uma desapontada Miyake-san.

– Todas as que passamos estavam abertas! – falou Hotaru-chan.

– Depois passamos os resultados à vocês – falou Tsuji-san – Segundo o mapa só faltam duas salas, vamos.

Andamos bem pouco até a próxima sala, era colada com a estufa. Ela estava trancada.

– Ah, de novo. – falou Yoshimura-kun.

– Espere. Há um leitor de Avatar Eletrônico aqui, certo? – apontou Hotaru-chan.

– Verdade – falou Miyake-san.

– Então só precisamos passar o Avatar aí, né? – falou Otonashi-san, pegando o seu Avatar e passando sobre o leitor, apenas para ficar vermelho e mostrar “Idade insuficiente”.

– Quêeee?! – falou ela.

– Oh, essa sala parece ser bem interessante – falou Takata-kun com um olhar bem sugestivo para Hirai-kun.

– Aff, seu pervertido! – falou o último, envergonhando-se.

– Sou mesmo. – brincou Takata-kun.

– De qualquer forma, temos que investigar. – Miyake-san passou o seu cartão.

Não era nada como Takata-kun pensava, aliás, eu nem sei o que ele pensava e nem quero saber. Era um bar. Atrás do balcão, existiam vinhos e bebidas alcóolicas. Monokuma provavelmente iria vir com aquele papo de que ‘somos alunos queridos e ele não pode deixar nós nos corrompamos com a bebida’, ou algo assim.

– Ainda dá pra encher a cara! – falou Takata-kun.

– Aliás, desde quando você tem 18? – falou Fuyuki-chan – Quando chegamos aqui, que eu me lembre, só Daichi-sensei, Miyake-san e Oono-san tinham 18.

– Eu fiz aniversário no 6º dia desde que entramos aqui. – falou ele.

– Por que não avisou? Teríamos feito uma festa. – falou Hirai-kun.

Fizemos uma festa. Foi no dia que você estava cuidando da Hayashi-san devido à doença da mesma. Mas se quer tanto, porque não fazemos outro tipo de festa de noite?

– Ei, não se esqueça que a Hotaru-chan ainda está aqui! – falei, tampando os ouvidos da mesma.

– Certo, certo.

Nesse momento Miyake-san já tinha olhado tudo o que tinha para olhar atrás do balcão. Só havia isso mesmo. Na parte da frente haviam algumas mesas e cadeiras de madeira, bem bonitas por sinal.

Faltava só uma sala, a sala à esquerda. Como esperávamos, não abriu, afinal, era a sala do piloto. As outras que não abriram era uma sala de biologia e uma sala com o desenho de um Monokuma como ícone no mapa do Avatar, então não dava pra saber o que tinha nela.

Depois disso, todos nos sentamos no bar (que era o único lugar do 3º andar com cadeiras, e embora o jardim tivesse bancos, ninguém queria ficar num lugar cheio de plantas venenosas) e conversamos sobre os resultados da investigação. Eu estava conversando com Fuyuki-chan até que ela se levanta e vai falar com Yue-chan, aí Yoshimura-kun se aproximou de mim.

– Chiba-san – ele falou praticamente sussurrando – Eu achei um lugar sem câmeras. A sala de aula B não tem câmeras. E eu quero falar outra coisa com você também, mas é melhor que seja lá também. Vamos nos encontrar hoje mesmo?

– Que bom. Pode ser hoje mesmo, às-

Fui interrompida por um barulho de estática da televisão, que logo mostrou Monokuma.

– SETE DIAS. – falou Monokuma com uma peruca preta cobrindo seu rosto e um pano branco. Isso é um filme de terror? Credo – Bem, venham para o ginásio que eu explicarei melhor o motivo desse caso.

– Eu odeio ‘O Chamado’. – falou Yoshimura-kun.

Todos descemos e então chegamos no ginásio.

– Sem mais delongas, vou falar o motivo desse caso. Tenho que admitir que me superei dessa vez. Upupupu.

– Fala logo... – falou Tsuji-san.

– O motivo dessa vez é a Salvação! – ele disse.

– Explique isso direito! – falou Takata-kun.

– Calma! Eu nem deveria estar desperdiçando motivações tão legais quanto essas quando vocês 16 nem são tão importantes... Mas né, o que eu não faço pra ser um bom diretor!

– Tsc. – Takata-kun rangeu os dentes.

– Bem, todos os dias eu vou criar regras novas. Elas não precisam fazer sentido, tá? Então se preparem porque todos os dias à exatamente qualquer hora do dia uma regra será adicionada. No sétimo dia eu irei executar todos que desobedeceram as regras novas. O que quer dizer que podem quebrar as regras, só que serão executados no sétimo dia... Ou...

– Se alguém morrer. – falou Miyake-san. – Entendo. Dessa vez, você vai fazer nós matarmos para protegermos uns aos outros. Mas isso não vai contra seus princípios? Como quer trazer desespero para nós assim? Se realmente alguém matar para salvar os outros, esses outros se sentiriam no dever de sobreviver, e não desesperados.

– Ugh!

– O tempo está acabando, não é?! – falou Miyake-san com convicção – Mantimento para 20 pessoas por 30 dias. Estamos no décimo sétimo dia, e você precisa que mais gente morra para podermos continuar com isso por mais tempo. Afinal, são 17 pessoas e 17 dias. Os 16 alunos e a pessoa que troca os mantimentos em momentos que não percebemos. Não tem como isso durar mais tanto. Chuto uma semana ou um pouco mais, por aí?

– Exatamente, Miyake-senpai. – falou Monokuma. E senpai? – Esse vôo escolar de assassinatos mútuos só tem no máximo uns 12 dias. Ah é, e considere como eu te chamei e chamarei todos daqui em diante como uma dica. Em troca, a pessoa que troca os mantimentos – seja essa pessoa eu ou não – não vai mais fazer isso. Estará trancado na sala do piloto o tempo todo.

– Senpai? – falou Fuyuki-chan – Como podemos ser senpais se somos primeiranistas?!

– A dica já foi dada, Kubo-senpai. Não adianta revelar tudo agora, acabaria com o mistério. Meu objetivo é desespero, mas o mistério que os cerca os deixa desesperados. Upupupu. – E, assim como um passe de mágica, ele desapareceu, nos deixando com mais mistérios que respostas e uma nova motivação.

– Urgh... Isso está cada vez mais confuso – falou Kinoshita-kun.

Me aproximei de Yoshimura-kun e avisei.

– Me encontre ‘lá’ às 17:00.

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≈Dia 17 – 10:34 AM≈

P.O.V.: Kazuhiko Yoshimura

Ainda falta muito para o horário combinado, então vou fazer algumas perguntas à algumas pessoas.

Estava saindo do meu quarto depois de escovar os dentes. Sou muito exigente quanto à escovar os dentes, logo ao comer qualquer coisa, um doce que seja, eu escovo. Bem, acho que é meu subconsciente mandando eu me manter apresentável.

– Eeei, Yoshimura!

Me virei então para onde me chamaram. Kinoshita-kun, Takata-kun, Hirai-kun, Otonashi-san e Miyake-san estavam na frente do ginásio. Kinoshita quem me chamou.

– Oi? – falei.

– Precisamos de mais uma pessoa para jogar basquete. Não usamos muito esse ginásio como ginásio, então eu tive essa ideia. – falou Kinoshita-kun.

– Ah, que ótimo. Eu ia subir para a academia agora mesmo, mas parece mais divertido jogar com vocês.

– Ok! Então eu divido os times! – falou Otonashi-san.

Time Vermelho: Otonashi-san, Kinoshita-kun e Hirai-kun.

Time Azul: Miyake-san, eu e Takata-kun.

– Takata-kun e Hirai-kun não podem ficar juntos por causa da sincronia do amor! – brincou Otonashi-san.

– Não é como se tivéssemos falado nada! – falou Hirai-kun.

– Está estampado na sua cara, hahaha – riu Kinoshita-kun.

Logo, começamos.

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≈Dia 17 – 11:12 AM≈

Kinoshita-kun, eu, Takata-kun, Hirai-kun estávamos exaustos.

– O que foi, vocês só tem isso? – falou Miyake-san depois de beber água.

– Miyake-san, sabia que você não é uma pessoa normal? – falou Takata-kun, que estava com a cabeça no colo de Hirai-kun, ofegante.

– Vocês que são patéticos! – debochou Otonashi-san, embora eu concorde com o Takata-kun.

Explicarei: Logo ao começar a partida, fomos jogados pra trás num jogo extremamente rápido entre Miyake-san e Otonashi-san. Takata-kun e eu conseguimos acompanhar um pouco, mas estávamos fora de forma.

Hirai-kun e Kinoshita-kun ficaram a ver navios o tempo todo, hahahahaha. Vou aproveitar e perguntar a eles sem tentar chamar a atenção.

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Bem, acho que cansei.

– Vou até meu quarto agora, estou cansado. – falei.

– Não com a mão direita, né? – falou Takata-kun, obviamente me provocando.

Ele começou a fazer muito isso desde que começou a ‘namorar’ Hirai-kun, embora eles ainda não tenham ‘assumido’ que estão juntos. Acho que é porque Hirai-kun fica envergonhado, ele deve achar fofo.

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≈Dia 17 – 17:00 AM≈

Sala de Aula B...

– Chiba-san, estou aqui. – falei.

Dois minutos depois, eu já estava sentado, ela chegou.

– Desculpe a demora! – falou ela.

– Tudo bem... – não importa mesmo, o que importa é o que conversaremos aqui.

– Er... – tentamos simultaneamente começar uma conversa.

– Fale primeiro – disse.

– Ok. Com o que você sonhou?

– Você também? – perguntei, não mais surpreso, afinal, quando perguntei a Kinoshita-kun e Hirai-kun sobre isso, eles também responderam algo parecido.

– Como eu esperava... – falou ela – Também perguntou aos outros sem chamar atenção?

– Sim. Sei os sonhos de Miyake-san, o de Kinoshita-kun, Hirai-kun e o meu.

– Eu perguntei à Yue-chan, Tsuji-san e Kubo-san. Só não perguntamos à Takata-kun e Hotaru-chan. Amanhã perguntamos. – disse ela.

Conversamos e então fizemos uma lista com um papel e caneta que eu sempre tenho no bolso sobre as diferenças entre as pessoas encontradas.

Yoshimura: Uma jovem garota que estava acompanhada por um rapaz que não deu pra identificar. A moça usava uma roupa bem chique e felpuda.

Chiba: Uma grande pessoa com um chapéu de fazendeiro. Parecia bem delicado para alguém daquele tamanho.

Miyake: Um senhor com óculos e uma jaqueta.

Otonashi: Alguém com uma máscara de touro, assustador.

Kinoshita: Tinha um cara com um capuz vermelho bem legal. Ele era loiro. Tinha uma garota que não deu pra identificar também.

Hirai: Um jovem pálido de cabelos pêssego. Não parecia muito forte. Usava terno.

Tsuji: Uma jovem com um cabelo azul que parecia chiclete. Tinha um cachecol vermelho também.

Kubo: Uma pessoa com terno branco e olhos prateados. Cabelo branco também.

– Parece que Kinoshita-kun sonhou com a garota que você não viu direito – falou ela – Não concorda?

– É, parece isso mesmo.  – falei – Hm... É muito estranho. Porque teríamos sonhos tão parecidos?

– Hm... – ela pensou – Antes disso, vou falar das minhas teorias, ok?

– Ok. – respondi.

– Eu acho que nós possamos não ser alunos da Academia Topo da Esperança.

– Hã? Por que acha isso? E aliás, como não seríamos?

– Além de não lembrarmos de nada exceto o básico sobre essa escola, nós reconhecemos o uniforme, certo? Talvez nós tenhamos o reconhecido por desejarmos ir até aquela escola. Nossas memórias podem ter sido apagadas também.

– Hm...  – parecia muito incrível, mas depois de tudo que passamos aqui, nada é impossível.

– Eu acho que a pessoa que nos sequestrou é um terrorista louco que quer trazer desespero. Mas se não somos pessoas da Academia Topo da Esperança, será que todas as memórias de nossos talentos são falsas?

– Isso é muito inacreditável..!

– Outra coisa, essa aeronave. No terceiro andar descobrimos de onde vinham os alimentos, o que quer dizer que realmente essa aeronave nunca parou no chão depois de que nossos pés encostaram aqui. Por quê? Ninguém imaginaria que haviam estudantes sequestrados aqui e o mandante por trás de tudo ainda pode nos prender até comprar tudo que precisasse.

– Então... Será que ele já está sendo perseguido? No caso, o mastermind?

– Sim, eu acho isso. E também acho que essas câmeras estão transmitindo tudo para o mundo, o que é outro motivo para nós nunca pararmos, ele pode ser rastreado.

– Assim sendo, sabemos que a aeronave já está sendo perseguida. Talvez nem saibam onde estamos, mas só de saber que estão nos procurando é um alívio. – falei.

– Com certeza. Mas temos que nos manter fortes até chegarem. Mas essa motivação...

– É... – lamentei – Duvido que não ocorra algo.

Conversamos mais um pouco e então fomos dormir.

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≈Dia 18 – 07:22 AM≈

P.O.V.: Yue Otonashi

Eu estou aqui, em frente ao quarto de Kinoshita-kun, para acordá-lo. Por que? Simplesmente porque ele não consegue se tocar que o horário do café voltou a ser 7 horas!

– Kinoshita-kun! Acorde! Estão todos esperando! – levantei a voz enquanto batia na porta.

Ele abriu um pouco a porta, o suficiente para eu ver um de seus olhos.

– Que chato... Ainda tá cedo... – então ele bocejou. Argh, ele não sabe como me irrita.

– Não está cedo! São 7:22! Todo mundo se reuniu as 7 em ponto e estamos te esperando! – na verdade Mai-chan chegou às 7:09, mas ninguém liga.

– Vou dormir. – falou ele, fechando a porta, não antes que eu o pegasse pelo braço.

– Você nem ouse! – puxei ele.

– Espera, eu saio, eu saio, agora não me puxa! – ele levou um choque de realidade e se soltou de mim – Só vou me arrumar.

– pensei confusa – Como ele mudou de ideia tão fácil?

Em uns 3 minutos ele saiu do quarto, só com uma camiseta num degrade de preto à branco e uma calça jeans preta. É a primeira vez que eu o vejo sem aquelas ombreiras de ferro, ou era aço? Sei lá. Ele também só prendeu o cabelo atrás, não estava penteado naquele cacho para o lado.

– Vamos logo. – ele virou o rosto e andou em passos rápidos até a cafeteria.

Logo, chegamos e tomamos café.

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Miyake-san começou a falar.

– Todos os dias, tenham cuidado com as novas regras. Tentem sempre olhar o Avatar Eletrônico antes de fazer qualquer coisa. Agora mesmo eu vou olhar e ver se a regra já foi aplicada.

Ela então tirou o Avatar Eletrônico do bolso e foi até a aba ‘regras’. Ela ficou sem palavras.

– Miyake-san? – falou Yuki-chan – O que foi?

– A... Regra... – ela falou, ainda não acreditando.

Todos então pegaram seus Avatares Eletrônicos e leram.

Regra Temporária nº 1: Não é permitido se atrasar mais que 15 minutos para o horário do café da manhã decidido pela turma.

Hã? Isso quer dizer... Então...

Um dos televisores que haviam espalhados pela aeronave, assim como as câmeras, ligou.

♪ ♫ Uma regra foi desobedecida. Kinoshita Hideko-senpai será executado daqui a seis dias ♪ ♫

Todos estavam perplexos.

MONOKUMA! Que tipo de regra é essa?! – gritou Takata-kun, que estava fora de si.

Mas realmente, que regra é essa? Não tem nada em comum com as outras regras, só foi algo extremamente conveniente para executar alguém. Isso parece mais uma desculpa que uma regra.

Deveríamos esperar esse tipo de regra todo dia? Se as regras forem todas assim, todo dia alguém vai cair nelas, com certeza. Eu não quero estar desenhando alguma coisa e do nada Monokuma anunciar que eu vou ser executada.

– Eu... Vou até meu quarto. – Kinoshita-kun voltou correndo ao seu quarto.

– Ki-Kinoshita-san... – Hotaru-chan parecia preocupada, mas também sabia que ele queria ficar sozinho.

Ninguém falou nada por algum tempo, até que Chiba-san se pronunciou.

– Pessoal, eu sei que isso pode ser uma ideia boba, mas vamos chamar Kinoshita-kun e fazer alguma coisa especial? Como assistir um filme, ou irmos para a piscina, jogarmos algo na quadra ou na sala de jogos, ou outra coisa assim?

– Chiba-san... Você entende a situação, certo? – falou um entristecido Hirai-kun. Eu concordo com ele. Fazer uma programação especial deveria ser feita para festejar algo, e não... Não há nada para festejar.

– Todos entenderam a situação, Hirai-kun. Exatamente por Kinoshita-kun só ter mais sete dias, ele tem que viver esses sete dias da melhor forma possível, não? – falou Yoshimura-kun. Eu não tinha entendido o que Chiba-san quis dizer antes, mas agora eu entendo.

– É... Eu acho que deveríamos olhar como ele está também... – falou Tsuji-san, demonstrando tristeza.

– Vamos. – falou Miyake-san, num tom neutro.

Todos seguimos até o quarto dele, que estava com a porta mais ou menos aberta. Dava pra ver ele – embora não desse pra ver o rosto – esfregando um pano com uma substância branca em... Espera, aquela não é a medalha que ele comprou no Monoshop pro Show de Talentos que foi estragado pelo Monokuma? Ele guarda até hoje?

Enfim, ele esfregava o pano com muito cuidado na medalha de ouro. Quando terminou, a medalha parecia brilhar mais. Ele foi ao banheiro, e não deu pra ver, mas ouvimos o barulho de água, então ele deve ter ligado a pia. Depois ele voltou e secou a medalha, mas nos viu. Nós vimos o seu rosto também, ele estava lacrimejando ainda. Ele logo limpou as lágrimas e nos repreendeu por ficar espiando.

– Só viemos ver se você estava bem... – falei.

– Eu estou, não se preocupe. Aliás, eu fui a pessoa que menos ajudou vocês, desde o início. Eu não me importo de morrer agora, mas cuidado com as próximas regras. Não quero que haja mais nenhuma vítima. – ele disse. Eu... Não posso acreditar no que ouvi!

– Como assim, você ‘foi a pessoa que menos ajudou’?! – gritei – Mesmo que você tenha sido, você acha que isso importa?! Nós somos amigos! Não se mede o valor de uma amizade através de feitos!

Ele ficou surpreso.

– Se não fosse você, eu provavelmente estaria morta. Lembra quando o Monokuma adicionou a décima quarta regra logo quando eu disse que não veríamos as motivações dele? – falou Tsuji-san – Você ainda consegue dizer que foi a pessoa que menos ajudou?

(Autor: Só pra lembrar, a décima quarta regra é “É proibido resistir aos incentivos oferecidos pelo diretor”)

– Lembre-se que você tinha a pista final do terceiro class trial, também! – falou Hotaru-chan – Fora ter planejado toda aquela festa no ginásio com o Oono-san.

– Vê? – falou Yoshimura-kun – Você nos ajudou muito. Ao invés de dizer que não nos ajudou e ficar aí polindo suas coisas, por que não vem se divertir conosco?

Kinoshita-kun estava chorando, mas de emoção. Ele veio na nossa direção e deu um abraço apertado em mim, enquanto chamava todos para um abraço em conjunto. Eu pude ver Takata-kun sendo puxado por Yuki-chan, já que ele não queria fazer parte.

Depois disso, ele se separou e limpou as lágrimas. O piano já estava consertado depois do terceiro caso, então todos subimos e ouvimos Hirai-kun tocar uma música.

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≈Dia 18 – 08:46 AM≈

P.O.V.: Hideko Kinoshita

Era uma melodia linda, mas eu lembro de já ter ouvido antes.

– No fim, eu ainda cometo erros nessa... – ele falou baixo depois que acabou.

– Erros? Pra mim pareceu perfeito! – falou Kubo-san.

– Não, eu errei algumas notas... – disse Hirai-kun.

– Foi Für Elise de Beethoven, certo? – falou Tsuji-san.

– Beethoven? Então eu lembrar de ter ouvido essa música faz sentido. – falou Otonashi-san.

– Bem, é uma das composições de piano mais famosas do mundo – falou ele – Acho que todo mundo já ouviu alguma vez.

– Que orgulho! – falou Takata-kun abraçando Hirai-kun por trás.

– Aff – ele corou enquanto tentava empurrar Takata-kun.

Depois disso, ficamos jogando na sala de jogos. Acho que vou aproveitar essa oportunidade e conversar mais com Otonashi-san.

– Kinoshita-kun. – ela falou.

– Hã? O que foi? – eu não esperava que ela me chamasse.

– Hoje mais cedo, você estava com sono, mas quando eu ia te puxar, você se soltou e disse que ia para a cafeteria. Você mudou de ideia bem rápido, por quê? – ela perguntou.

Bem, isso na verdade é vergonhoso... – pensei – É que... Na verdade... Eu sempre durmo com pijamas...

– Ué, e daí? – ela falou.

– Esses pijamas têm... Er... Estampas... Como posso dizer... Fofas. – eu me envergonho muito disso! Não acredito que consegui falar.

– Fofas? – ela falou – Qual é o problema disso?

– São estampas de u-ursinhos e essas coisas infantis... – eu disse com dificuldade, porque é realmente vergonhoso.

– Há... Hahahahaha! – ela riu.

– E-ei! Pare de rir! – eu pedi.

– É que você está se envergonhando por algo que não precisa. Ninguém aqui vai te julgar porque você gosta de desenhos fofinhos.

Mesmo você estando rindo?! – pensei.

– Isso me lembra do meu irmão. As coisas que ele mais gosta são animais de pelúcia e os irmãos dele, no caso, eu e meu irmão mais novo.

– Otonashi-san, você tem irmãos? – perguntei.

– Ah é, daquela vez que eu estava desenhando o vestido não falei sobre isso, né?

– Não – concordei.

– Bem, meu irmão mais velho tem 21 anos, o nome dele é Masumi-nii. Ele atualmente faz faculdade de psicologia. O mais novo tem 10, Ryo-chan. Como você deve ter percebido minha mãe adora ter filhos com idades distantes, haha.

– Eu sou filho único... Mas sempre quis ter um irmão mais novo.

– Isso porque você não sabe o quanto é trabalhoso! – exclamou ela.

– Como são seus irmãos? – pergunto.

– Masumi-nii é bem coruja. Mesmo há alguns anos, quando ainda estava no ensino médio, ele vivia dizendo para os colegas dele ‘Olha como minha irmã é fofa’, ‘Não dá vontade de apertar o Ryo-chan?’, ‘Minha irmã não desenha bem?’, e outras frases do tipo.

– Hahaha, parece alguém interessante.

– Quando eu fui chamada para a Academia Topo da Esperança, então, ele ficou mandando mensagem pra seus colegas até um deles falar ‘Você é sufocante!’. Ele é bem sensível também, mesmo sabendo que era brincadeira. Ele um bom conselheiro, e sempre quis fazer psicologia. Ele adora coisas fofas.

– E o mais novo?

– Ryo-chan é bem dependente da gente. Na verdade, ele costuma quebrar qualquer coisa que ele pega, mesmo que seja sem querer. Ele fica bem triste quando quebra qualquer coisa ou faz qualquer coisa errada, aí ele sempre me chama ou chama o Masumi-nii, e isso o faz ser bem fofo.

– O que tem de trabalhoso então? – perguntei.

– É trabalhoso por que você vai ter que fazer algumas coisas como cozinhar, lavar roupas e ajudar ele com as atividades escolares. Bem, é trabalhoso, mas também é divertido.

– Parece uma família bem unida! – falei.

– É – ela parece se lembrar de algo e ficar triste – Somos... Unidos.

Será que eu a fiz se lembrar da motivação do primeiro caso?

– Desculpe se te lembrei de algo ruim. Não foi a intenção...

– Eu sei, desculpe te preocupar.

– Ei! Quanto tempo vocês ainda vão ficar aí conversando? – gritou Takata-kun – Já vamos ir!

Eu peguei meu Avatar Eletrônico e vi a hora. 11:19 agora.

Nossa, já passou muito tempo mesmo.

– AH! Eu e o Yoshimura-kun ainda não fizemos o almoço! – falou Otonashi-san, correndo para a cozinha.

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≈Dia 18 – 12:03 AM≈

P.O.V.: Yue Otonashi

Ufa, deu pra fazer o almoço antes que todos ficassem com fome só porque Hirai-kun ajudou dessa vez também. É ensopado com arroz temperado. Estávamos comendo juntos como sempre, até que eu notei algo. Kinoshita-kun estava encarando seriamente as cenouras, enquanto as mexia com o garfo.

– Poderia ser que você não gosta de cenoura, Kinoshita-kun? – ele se assustou com a minha pergunta.

– Não, quê? Eu adoro cenoura – ele pegou uma com o garfo e comeu, logo para depois fazer uma cara de desgosto – Gh... É tão b-bom – disse com dificuldade.

– Hahahahaha! – riu Hotaru-chan – Claro que você não gosta!

– Hehe – ri contida – Se quiser, eu posso tentar fazer algum doce de cenoura pra ver se você gosta. Você só não gosta dela cozida, né?

– É... Na verdade eu só provei crua e cozida, e só gosto da crua. – ele disse.

– Terminem de comer, depois falem – falou Miyake-san.

E assim fizemos. Bem, agora eu vou descansar um pouco aqui mesmo e depois ir desenhar o vestido.

Em uns 4 dias eu devo chegar no resultado final. Mal posso esperar! – pensei ansiosa.

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≈Dia 18 – 15:51 AM≈

Ah, acho que por hoje está ótimo. Se eu desenhar sem inspiração, vai ficar feio.

Agora que me lembrei, disse que ia fazer doces de cenoura para Kinoshita-kun. Bem, vou fazer para todos, na verdade. Melhor eu começar logo.

Eu saí da sala de artes e levei meus desenhos até meu quarto, guardando-os em uma gaveta. Depois fui até a cafeteria. Hotaru-chan estava lá.

– O que faz aqui, Hotaru-chan?

– Estava tentando alcançar aquele armário – ela aponta para um armário aéreo – Mais cedo, eu vi Tsuji-san pegando doces ali, e eu queria algo doce, mas... Sou baixa...

Eu fui até lá e peguei algumas balinhas que ali estavam e as dei a ela.

– Eu só vou te dar isso porque já vou fazer um doce de cenoura muito gostoso, então espera, tá?

– Oh! Eu quero ajudar, posso? – ela perguntou, animada.

– Tem várias coisas que você pode fazer mesmo sendo pequena, vê? – eu sorri para ela.

– É... – ela parecia ter seu astral melhorado um pouco.

Kinoshita-kun entrou na cafeteria.

– Eu vim ajudar! – falou ele – Vi você saindo do seu quarto há alguns minutos, pensei que viria para cá.

– Ok, vamos lá! – falei.

Nós começamos a fazer o doce.Foi engraçado quando uma bolinha de açúcar ficou grudada no nariz de Hotaru-chan e quando as ombreiras de ferro de Kinoshita-kun ficaram quentes e ele teve que tirar. Eu também dei umas tropeçadas, hahaha. Nos divertimos muito no processo.

– Agora que está pronto, eu tive uma ideia! – falou Hotaru-chan – Vamos entregar doces para todos numa versão invertida de ‘Doces ou travessuras’ de Halloween!

– Oh, essa me parece uma ótima ideia! – falei, ansiosa.

– Vamos fazer isso! – falou Kinoshita-kun.

Nós fomos de porta em porta entregando doces, e no fim nós voltamos à cafeteria e comemos também.

Depois, ficamos com muito sono, então fomos dormir.


Notas Finais


E aí, gostaram? Sei que podia ter sido maior pelo tempo que eu demorei, mas a escola exigiu muito do meu tempo, espero que entendam <3

Quero teorias hein 'w'


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