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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 10: Let's Just Live


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


Oi pessoas!
Como vão vocês?
Desculpa a demora, mas eu realmente não tava conseguindo escrever e, pra ser sincero e não dar prazos, pretendo demorar no mínimo o mesmo tempo pra fazer o próximo capítulo, desculpa ;-;
A capa do capítulo é um shipping meme porque simplesmente eu não sei mais o que colocar shuahsuahsuahsuahu
Tomem o capítulo com muito carinho e amor <3

Boa leitura!

Capítulo 12 - Capítulo 10: Let's Just Live


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 10: Let's Just Live

 

≈Dia 19 – 06:30≈

P.O.V.: Kohaku Tsuji

Acordei, logo, abro meus olhos. Mais uma vez, mais um misterioso sonho. Eu tenho uma boa memória de sonhos, então eu percebi algo de algum tempo para cá. Eu sonho com fogo e coisas destruídas desde o dia 9..? É, mais ou menos dia 9.

Não são bem sonhos, porque mesmo me lembrando, só lembro-me de, por exemplo, já ter sonhado com alguns destroços, como também com fogo. Eu acho que me lembro, também, de ter sonhado com...

Ugh! – me senti tonta, como se estivesse tentando lembrar de algo que eu não deveria. Ou talvez, de algo que eu não poderia... Logo me recuperei da minha tontura – Estou muito poética hoje – pensei, logo em seguida me levantando.

Depois de realizar as minhas tarefas diárias, fui até a cafeteria.

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≈Dia 19 – 07:00≈

– Bom dia à todos – disse, ao chegar à cafeteria.

Dei uma vista panorâmica.

Hoje eu fui à última a chegar...

– Bom dia... – falou Kinoshita-san, que ainda estava sonolento.

Não houve muito diálogo naquele momento. Eu estava sem nada para fazer, então, como eu faço a maioria das vezes, terminei o meu café e fui até a biblioteca.

Desde que chegamos, eu já havia lido muitos dos livros daqui, simplesmente porque eu gosto de ler e porque não há mais nada que eu ache interessante nessa aeronave. Eu então fui até o fim da parede esquerda. Enquanto eu passava pela primeira estante, senti um frio na espinha e me virei.

Honda-san... – pensei em pesar.

– ...

Me livrando dos meus pensamentos, cheguei à última estante. Nunca foi o meu gênero favorito de livro, mas acho que é hora de ler seriamente algum: Fantasia. Eu nunca fui atraída por esse tipo de história, então nunca li, mas acho que vou dar uma chance. Puxei o primeiro livro da esquerda superior e comecei a ler.

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≈Dia 19 – 10:10≈

Como sempre, ninguém passa por aqui. Eu estava quase terminando o livro – sim, eu leio rápido, mas isso é em parte porque o livro só tinha 176 páginas – mas aí Kubo-san caiu do céu no sofá.

– Kya! – um agudo grito pôde ser ouvido.

– ... – olhei descrente.

– Ai... – ela sacudiu o rosto, e logo olhou para mim – Ah, desculpe!

– Eu não me importo, mas, como você caiu do segundo andar pra cá? – perguntei.

– Ah, lembra que o Hayakawa-kun disse que tinha uma passagem secreta no depósito do segundo andar? – ela se levanta e sacode as suas pernas.

– Ah... – lembrei-me.

– Então, eu tinha subido pra procurar esse lugar e fechar ele de vez, mas acabei tropeçando e caí. – ela tira um papel colante vermelho de seu vestido.

Eu olhei para cima e é, tinha um espaço quadrado ligeiramente grande em cima de mim. Mas não estava ali antes.

– Como exatamente funciona essa passagem? – estava curiosa.

– Bem, sabe esse papel aqui? – ela apontou para o papel colante – Eu acho que ele estava colado aqui no teto da biblioteca.

Bem, o teto da biblioteca é vermelho, o que combina com a cor do papel.

– E ele bloqueava a vista da ‘passagem’, embora isso pareça mais um buraco. – ela continuou a explicação – Na parte de cima, era bloqueado por uma caixa bem pesada com várias esculturas dentro.

– Então como você tirou a caixa de cima da passagem? – falei e logo completei – Desculpa, mas você não parece muito forte.

– Tudo bem, hehe. Estava meio para o lado já, já que foi ruim para Hayakawa-kun colocar isso de volta por baixo. – ela completou.

– Hm... – falei, logo voltando a ler o livro. Faltavam menos de 40 páginas, e eu fiquei curiosa. Já havia perguntado o que eu queria, também.

– Que livro está lendo, Tsuji-san? – ela disse.

– É um livro qualquer de fantasia – disse, mas sem tirar os olhos do livro.

– Eu vejo... – ela pareceu desapontada com a resposta.

– ...É “Alice no País das Maravilhas”.

– Hm... Esse livro me trás lembranças. – ela disse – Foi um dos primeiros livros que eu li.

– ...

– Er... Qual é o seu personagem favorito até agora?

– Eu gosto muito do gato de Cheshire. – respondi.

– Oh, eu também! Ele tem uma ótima personalidade! É divertido ler as cenas que ele aparece.

– Sem querer parecer mal educada, Kubo-san, você poderia me deixar terminar o livro?

– ...Certo... – falou ela, desapontada e já cambaleando para fora da biblioteca – Eu já vou sair.

– Ah, volte daqui a vinte minutos. Não é como se eu não tivesse ficado interessada na sua conversa, mas eu quero ler primeiro, certo?

– ..! Ok! – ela falou, parecendo mais ansiosa.

Alguns segundos depois, Otonashi-san também caiu da passagem secreta. Ela alegou ter seguido Kubo-san depois que ouviu o seu grito.

Após alguns minutos, Hirai-kun apareceu para pegar um livro, então eu tive que parar e indicar onde o livro estava, já que já decorei onde fica cada seção, mas ele não ficou muito tempo.

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Enfim, depois de todas essas distrações, eu terminei o livro. Foi simplesmente maravilhoso. Eu nunca havia lido um livro de fantasia, mas acredito que esse seja especial para me prender tanto.

– Você sabia que tem uma continuação? – falou Kubo-san, que estava encostada numa estante.

– Quando você- – de onde ela saiu?!

– Eu cheguei faz uns 2 minutos. Você não me ouviu, né? – ela disse.

Certamente eu não a ouvi, mas, por quê?

– Isso acontece algumas vezes quando você está imerso em algo. Você não consegue prestar atenção em mais nada. – continuou ela.

– Mas isso... Nunca havia acontecido comigo... – pensei.

– Bem, é como dizem, tem uma primeira vez pra tudo. – brincou ela, como se tivesse lido meus pensamentos.

– Isso... É verdade. – compreendi.

– Não quis atrapalhar a sua leitura – disse ela – A continuação que eu citei é Alice do Outro Lado do Espelho.

–Mal posso esperar para ler – falei ansiosa – Mas por enquanto, vamos voltar à conversa sobre como você se inspirou a virar roteirista?

– É, sim. – concordou ela, logo se sentando ao meu lado – Alice no País das Maravilhas foi o primeiro livro que eu li, e um dos que mais me inspiraram para escrever histórias... Segundo o que me disse logo quando chegamos aqui, você só virou bibliotecária por ninguém ousar conversar na sua presença, trazendo silêncio. Eu queria saber se você gosta de ler mesmo.

 – Eu não gostava – admiti – mas ao ver que eu era uma ótima bibliotecária, comecei a passar mais e mais tempo em bibliotecas, e acabei me apegando a ler. Eu gosto bastante de filmes também... Se eu tivesse que dizer um preferido seria Lucy.

– Lucy é incrível! – ela disse – Eu amei o filme. Tudo aquilo sobre o uso de cérebro é tão legal!

– Definitivamente. Eu achei genial. – falei.

E nós continuamos a conversar até o horário do almoço...

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≈Dia 19 – 11:50≈

P.O.V.: Haruka Miyake

Desde a mais ou menos uma hora atrás, estou com Chiba aqui na estufa. Pedi que ela viesse para que pudéssemos anotar cada tipo de planta que tem aqui e também anotar como fazer os antídotos para cada uma.

– Quanto falta? – perguntei.

– Eu diria que estamos quase acabando.

Eu olhei então para o bloco de notas que estava na minha mão. Havia no mínimo uns 40 tipos de plantas e só 15 não eram venenosas. Haviam algumas plantas repetidas também.

Eu desenhava a folha da planta, o nome e se era venenosa ou não. Se não, escrevia para que ela servia também, e se fazia algum antídoto, tudo perguntando a Chiba antes. Vamos expor tudo num painel – que eu comprei.

– Miyake-san.

– Oi?

– Kibougamine Gakuen sempre tem as turmas A e B, certo?

– É... – de onde veio essa pergunta?

– Você sabe qual somos?

– Na verdade, não... Por falar nisso, 32 alunos deveriam se juntar no primeiro dia, e a escola, assim, os organizaria em turma A e turma B. Mas no primeiro dia, só existiam nós 16, certo?

– Sim. Deixe pra lá, é coisa da minha mente.

Que estranho. – pensei.

– Miyake-san.

– Oi?..

– Pronto, acabei.

Ela me falou o nome da ultima planta e então eu anotei. Infelizmente, era venenosa.

– Acho que já está na hora do almoço, certo? – ela disse.

– É, sim. Vamos descer? – perguntei.

– Certo.

Nós descemos, fomos às últimas a chegar.

– Hm? – falou Takata, que estava sentado numa mesa com Hirai e Otonashi, notando nossa presença – Chegaram?

– Que coincidência, acabamos de fazer o almoço agora – falou Yoshimura.

Nós então comemos. Estava delicioso. Logo, pedi ajuda à Kinoshita e Takata e penduramos o quadro. Eu e Chiba prendemos os papéis com pinos.

– Pessoal! Aqui tem listadas todas as plantas da estufa! Se quiserem pegar alguma planta para algum chá ou qualquer coisa, peguem aqui o papel, identifiquem a planta e depois coloquem aqui de novo. Também não se aproximem das plantas venenosas! – falei.

Todos concordaram.

– Ok, então estão dispensados. – disse.

Eu vi que Tsuji havia me convidado para conversar, então fui até ela.

– Miya-chan, você é uma pessoa tão determinada e segura de si, então porque quando duvidamos de você no primeiro Class Trial, você ficou completamente sem palavras?

Nossa, que rude! – pensei irritada com a pergunta – Eu só não conhecia vocês todos direito, então imaginei que realmente iam votar em mim, o que mataria todos nós.

– O que acha que deveríamos fazer nesse caso? – falou ela.

– Que caso?! – perguntei – Não há nenhum caso, ninguém morreu.

– Por enquanto. Por mais que o Kinoshita-san não vá matar ninguém pelas regras e ninguém vai matar por ele, porque ele pediu isso, algumas pessoas podem acabar fazendo isso. – ela disse – Sem falar no que mais me preocupa...

– A regra de hoje ainda não foi revelada. – completei.

– Sim. – ela concordou – Não sabemos o que vai ser, mas provavelmente vai afetar alguém.

– Definitivamente. Eu quero impedir, mas se mais e mais pessoas forem afetadas por isso, com certeza alguma morte vai acontecer. – disse.

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≈Dia 19 – 16:50≈

P.O.V.: Kohaku Tsuji

Vim com Kubo-san e Kinoshita-san aqui no depósito de artes para tapar aquele buraco de uma vez por todas.

– Está caixa estava em cima da passagem. – disse Kubo-san.

O depósito de artes é menor que a própria sala de artes e tem várias caixas com esculturas e pinturas, fora algumas telas de pintura soltas pela sala.

– É bem pesada... – disse Kinoshita-san, ao movê-la mais para o lado direito – Hayakawa-kun era forte mesmo...

– Como vamos fechar o buraco – perguntei.

– Eu vou encomendar hoje mesmo pro Monokuma duas placas de metal com as medidas um pouco maiores que o buraco e então parafusar por cima e por baixo – falou Kinoshita-kun.

– Tsuji-san, você poderia, por favor, pegar uma régua na sala de artes? – disse Kubo-san .

– Certo – respondi – esperem um minuto.

E, em um minuto preciso, eu os trouxe uma régua.

– Se tivesse lembrado ontem, teria comprado uma trena... – falou Kubo-san.

– Não há o que fazer – constatou Kinoshita-san – a gente se vira com a régua mesmo.

Depois de medir aquele buraco, que, só para lembrar, era tão largo que dava pra uma pessoa tropeçar e cair, Kubo-san comprou uma trena no Monoshop – para caso precisássemos no futuro – e eu encomendei a Monokuma as duas placas de ferro, já que Kinoshita-san mal tinha Monocoins – devido a ele ter pagado aquela medalha de ouro puro até pouco tempo.

– Bem, acho que está pronto. Amanhã mesmo eu vou fechar isso – falou Kinoshita-san.

– Ótimo. Agora, eu acho que vou descer e ir lanchar – falou Kubo-san – Querem me acompanhar?

– Por que não? – disse Kinoshita-san. Eu concordo.

Nós então descemos e fomos até a cafeteria, onde encontramos Uchida-san. Ela tentava pegar algo num armário alto demais para ela.

– Quer algo, Uchida-san? – perguntei.

– Eu estava tentando pegar os doces que estão no armário, mas... – ela parece triste – Não sou alta o suficiente. Pode, por favor, pegar para mim, Tsuji-san?

– Claro! – respondi, então me aproximei e tirei alguns doces da prateleira mais alta do armário, entregando-os à Uchida-san.

Um estranho som foi ouvido de cada um dos Avatares Eletrônicos.

Isso não pode ser..! – falou Kubo-san, assustadíssima, pegando seu Avatar Eletrônico e indo até a aba regras. Eu, Kinoshita-san e Uchida-san fizemos a mesma coisa.

Regra Temporária nº 2: Não é permitido realizar demonstrar educação (como fazer cumprimentos diários como bom dia, pedir licença, realizar favores, pedir por favor).

Um dos televisores que haviam espalhados pela aeronave, assim como as câmeras, ligou.

♪ ♫ Uma regra foi desobedecida. Tsuji Kohaku-senpai será executada daqui a cinco dias ♪ ♫

– ..! – me assustei. Não esperava isso.

Logo Miyake-san, Hirai-san, Takata-san e Otonashi-san chegaram.

– Tsuji! – gritou Miyake-san, preocupada comigo.

Mas... Eu não sei o que estou sentindo. Não sei se estou triste, por saber que vou morrer; se estou chateada, por não conseguir sobreviver em nome dos que morreram; se estou irritada, por essa regra ter alvejado logo à mim; se estou aliviada, por essa regra ter alvejado à mim, e não outro alguém; ou qualquer outro sentimento.

Talvez eu esteja sentindo tudo isso, acho que é essa opção. Tudo isso e muito mais. Mas se meu psicológico quebrar como ele ameaça fazer agora, todos ficarão preocupados e não conseguirão viver em plenitude.

– Eu... – caiu uma lágrima do meu olho esquerdo enquanto me virava a todos –... Estou bem.

– Tsuji-san... Tudo porque eu pedi um favor... – falou Uchida-san, colocando as mãos na boca enquanto se sentia culpada.

– Não se sinta culpada, Uchida-san. Ninguém, por favor, se sinta culpado. Não é culpa de ninguém. Nós só precisamos continuar sem matar ninguém por mais alguns dias... Só mais alguns dias, e vocês não precisam se preocupar mais.

Nesse momento Yoshimura-san e Chiba-san chegaram.

– O que houve?! Eu ouvi o anúncio... – falou Yoshimura-san.

Eu apenas sorri para os dois.

– Não é mesmo, Kinoshita-san? – virei meu olhar, e ele olhou para mim como se entendesse o que eu iria dizer – Nesse momento, todos só precisamos fazer uma coisa: Vamos apenas viver.

Basta uma mínima fagulha de esperança para que não sucumbamos completamente ao desespero. Eu diria que hoje, a Tsuji-san é um raio de esperança. Ela pode estar cercada por desespero, mas ela não deixa um pingo transparecer. Ela é como uma barreira, que mantém todos nós seguros do desespero. Uma linda, mas temporária, barreira. – pensou Kubo-san.

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≈Dia 20 – 06:40≈

P.O.V.: Akiko Hirai

Ah... – acordei um pouco tonto – Esse quarto...

Depois de refletir por um momento, lembrei.

Ah, certo. Ontem eu dormi no quarto do Takata-kun porque estava me sentindo desconfortável... Ainda não me acostumei a chama-lo de Shigeo quando estamos sozinhos – corei um pouco, mas logo me levantei.

Após escovar meus dentes, tirei minha bermuda preta e tomei banho ali mesmo no quarto de Takata... Shigeo-kun. Ao terminar, vesti meu terno (que eu havia trago noite passada) e passei na lavanderia para colocar minha bermuda, depois fui à cafeteria enquanto olhava meu Avatar Eletrônico. Duas coisas me chamaram a atenção: As regras de ontem e ante-ontem estavam com um X sobre elas, não sei o que isso significa; e a regra de hoje já estava lá:

Regra Temporária nº 3: Não são permitidos beijos.

Com a regra clara assim, ninguém vai cair nela. O que Monokuma está pensando?

Cheguei à cafeteria. Estavam todos lá. Takata-kun estava sentado junto com Kinoshita-kun e Tsuji-san, e eu me juntei à eles. Otonashi-san, Chiba-san e Kubo-san estavam sentadas juntas, Yoshimura-kun estava em pé na parte da cozinha, Miyake-san estava sentada com Uchida-san.

– B-bom dia, Hirai-kun! – falou Kinoshita-kun. Na verdade, ele quase gritou, mas deixa pra lá.

Tsuji-san olhou para ele com um olhar de reprovação e Yoshimura-kun revirou os olhos dando uma pequena risada.

– Bom dia, Hirai-kun. – falou Takata-kun.

– Bom dia... Eu perdi algo? – perguntei.

– Nada, não se importe. – falou Miyake-san, logo bebendo sua xícara de café.

Eu logo me levantei e peguei meu próprio café também.

– Ah – lembrei, enquanto assoprava o café – Alguém sabe me dizer porque as regras de ontem e ante-ontem estão com esse X por cima?

– Eu me fiz a mesma pergunta, então Monokuma me disse que as regras só podem atingir uma pessoa, e depois de um dia se invalidam. Contudo, se ninguém for afetado pelas regras no mesmo dia, elas continuarão fazendo efeito e se acumulando com as subsequentes – falou Uchida-san – Obrigado pela comida. – ela disse baixo, colocando tanto sua xícara na pia quanto limpando os farelos de pão que ela havia deixado sobre a mesa.

Ela então saiu da cafeteria. Eu apenas a acompanhei com o olhar.

– O que há com ela? – pergunto.

– Ela... Não dormiu bem, só isso. – disse Kubo-san, mexendo no seu cabelo.

Eu não sou tolo... De certa forma, me irrita quando me subestimam assim. Já deu pra perceber que tem algo errado. Pois bem...

Depois de mais alguns segundos, levei minha xícara até a pia, onde Yoshimura-kun lavava os pratos.

– Por favor – pedi a ele.

– Certo – ele respondeu.

Eu logo saí da cafeteria também.

Se não querem me falar, eu vou investigar!

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≈Dia 20 – 07:20≈

P.O.V.: Shigeo Takata

– Você tem certeza que tá tudo bem? – falou Kinoshita-kun, enquanto jogava seu +2 para mim no Uno.

– Para de insistir! Tá tudo bem! – relcamei, jogando uma carta de +2 que somou +4 para Tsuji-san.

– Miya-chan, desculpa. – falou Tsuji-san, jogando um +4 – A cor que eu escolho é azul.

Miyake-san estava horrorizada. Como uma amizade já mantida desde que chegamos aqui conseguiria jogar um +4 para ela?! Eu me sentiria igual. Ainda mais somada com outros 2 +2.

– Urgh... – grunhiu ela, lamentando enquanto puxava as cartas.

Ela joga um bloqueio, então é minha vez.

– Ah! Isso é injusto! – falou Kinoshita-kun.

– Parece que os ventos estão pro meu lado! – falei, e joguei um 7 azul.

– Eh... – disse Miyake-san, enquanto Tsuji-san jogava um 2 azul.

Miyake-san jogou um 2 amarelo.

– Não brinca, eu não tenho carta amarela nem 2! – disse Kinoshita-kun.

– Bem feito, hahaha! – ri, enquanto ele puxava a carta que jogou. 2 verde. – Então, que tal isso?

Joguei a carta de reviravolta. Era Kinoshita-kun de novo, então ele teve que cavar de novo.

– Grr... – ele puxou uma carta – OH!

Ele joga um +4, mas Miyake-san joga um +2.

– Uno! – exclamou Tsuji-san ao jogar outro +2.

– Uno! – falei também ao jogar minha penúltima carta, um +2.

– Pelo amor de deus não faz isso comigo... – falou Kinoshita-kun.

Em uma rodada Tsuji venceu, logo eu fiquei em segundo lugar, e deixamos Kinoshita-kun e Miyake-san jogando na sala de jogos porque pela quantidade de cartas na mão de cada um, parecia que ia demorar. Ficamos andando pelo segundo andar.

– Takata-san, você tem certeza disso? – ela disse.

– Tenho... Acho que vai ser melhor assim.

– Só usar ‘acho’ já diz que você não tem certeza. – ela fala. É, ela pode estar um pouco certa.

– Eu só não quero preocupa-lo.

– Mas ele deve descobrir amanhã. – ela disse – Não seria melhor se visse da sua boca?

– ..! – eu parei de andar, e ela também.

– Quero dizer, eu não entendo de amor e essas coisas, então não sei se estou falando algo certo, mas não acho saudável manter segredos num relacionamento. Seja o que seja. – ela continuou – E também, bem, acho que ele deveria ser o primeiro a quem você deveria contar as coisas. Confiança não é o arché de todos os relacionamentos?

...

– Tsuji. – eu me virei – Me desculpe. Eu realmente devia ter confiado nas palavras dele. Ele prometeu, afinal de contas.

Eu então a deixei e fui até o primeiro andar, onde Hirai estava.

...Desculpar pelo quê? – ela pensou.

≈Dia 20 – 07:28≈

Logo ao chegar no primeiro andar, vi Kubo-san.

– Kubo-san, você viu Hirai? – perguntei.

– Sobre isso... – ela disse. Que mal pressentimento – Ele se trancou no quarto depois de Hotaru-chan falar que você desobedeceu a regra de hoje ao dar um beijo nele ao se levantar.

Aquela nanica! Eu já ia falar! – pensei chateado – De qualquer forma, obrigado.

– De nada... – ela falou, enquanto foi até o segundo andar.

Ok, agora as coisas ficaram difíceis. Depois eu resolvo as coisas com aquela loli intrometida.

Fui bati na porta do quarto de Hirai. Surpreendentemente, ele abriu a porta... Só pra jogar um travesseiro na minha cara e fechar de novo. Mas ele deixou a porta apenas um pouco aberta, para conseguir me ouvir eu acredito, já que os quartos são completamente acústicos e é impossível ouvir qualquer som de dentro com a porta completamente fechada.

– Hirai, olha...

– Eu já sei, você não queria me falar porque tinha medo da minha reação! – ele diz. De certa forma, ele está certo.

– ...Eu devia ter te contado primeiro, eu sei... Mas...

– Eu não ligo pro porque, só quero que você confie em mim!.. Minhas promessas não valem nada pra você?! – ele disse, mas magoado que chateado. Ele só queria que eu tivesse confiança em dizer a ele, mas eu fui um covarde.

Ah, como eu sou imbecil. – dou um tapa forte no meu rosto, deixando uma marca vermelha.

– O quê... – ele abre a porta – Por que fez isso?

– Esse fui eu acordando pra vida. Não ligue. – eu então o puxei e o beijei novamente na bochecha, já havia quebrado as regras mesmo, ignorando as pessoas que por ali passavam: Yoshimura-kun, Otonashi-san e Chiba-san.

– Eu prometo que sempre vou confiar em você. É uma promessa! – eu falo, não alto, mas determinado, ainda segurando em seus ombros – Me desculpa, só dessa vez – eu o abraço.

Depois de alguns segundos sem falar nada, ele retribuiu o abraço.

– Você lembra? Do que me fez prometer? – ele disse.

– Sim... Você sugeriu que cada um pedisse ao outro uma coisa, e ele não poderia negar – falei – então, você sugeriu que eu cortasse o seu cabelo.

– É. E você me pediu algo num nível de seriedade bem diferente... ‘Nunca, sob circunstância alguma, mate ninguém, nem que minha vida esteja em jogo. O que importa pra mim é você... Não desperdice sua vida aqui, prometa sobreviver!’. E eu prometi. – ele disse – Então, confie em mim.

– Eu confio – falei.

Logo quando eu ia começar a fazer coisas inapropriadas com ele ali na frente do quarto... Miyake-san apareceu.

– Eu venci! – falou Miyake-san descendo as escadas, animada por ter vencido Kinoshita-kun no Uno, até que ela olhou para nós e eu lembrei que ainda não estávamos no quarto e Yoshimura-kun, Otonashi-san e Chiba-san ainda estavam nos olhando ou passando por ali, envergonhados – Eu acho que vocês precisam aprender como agir em público – ela fala com um sorriso e uma aura tenebrosa ao seu redor.

Eu acho que... Nos ferramos.

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Depois de horas de sermão de Miyake-san – inclusive durante o almoço –, e ela nos forçar a pedir desculpas para os três que estavam por ali, devido à constrangimento (embora eles achassem que não precisasse, tivemos que pedir desculpa mesmo assim), ficamos livres.

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≈Dia 21 – 07:12≈

P.O.V.: Uchida Hotaru

– Me desculpem, eu demorei! – disse ofegante ao chegar na cafeteria.

– Tudo bem – disse Yoshimura-kun, aparecendo atrás de mim – Eu também dormi demais.

Com nós dois, todos estávamos na cafeteria. Começamos a tomar o café, que são torradas com vitamina. Feito por Yue-san.

– Eu adoro vitamina! – falou Yoshimura-kun animado, logo ao ver do que se tratava o café.

Tomamos café e então nos separamos e fomos conversar, menos Kubo-san, que alegou estar com muita dor  de cabeça e foi dormir de novo.

≈Dia 21 – 07:37≈

Eu decidi ir conversar com Yue-san.

– Yue-san, como você faz pra cozinhar? – perguntei.

– Er... Como eu faço..? Como assim? – ela não soube responder, confusa.

– Como você aprendeu! – esclareci.

– Acho que foi na prática: comecei falhando muito, aí fui melhorando, embora ainda cometesse deslizes e fiz isso até chegar no que sou agora – ela falou – diga-se de passagem, não cozinho tão bem quanto o Yoshimura-kun ou Yamaguchi-kun.

– Mesmo assim, você cozinha muito bem! – falei – Não se subestime!

– Hehe... Obrigado, Hotaru-chan! – ela agradeceu, mais feliz.

– É só a verdade! – disse eu.

– Haha, Hotaru-chan é muito animada! – disse ela.

– Acredito que seja uma das minhas boas características – falei – Mas, você poderia me ensinar a cozinhar? Eu quero aprender, mas acho que com alguém me ajudando deve ser mais fácil.

– Com certeza! – ela disse – Eu vou te ensinar tudo o que sei!

Continuamos conversando por um tempo.

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≈Dia 21 – 10:31≈

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Eu estava indo até a piscina, pois queria nadar um pouco depois de acordar, mas eu vi que Kazuhiko-kun estava descendo as escadas um pouco triste, então fui falar com ele. Não havia notado, mas ele estava com um Mp4 e fones de ouvido, então não me ouviu o chamar. Eu segurei o ombro dele.

– A-ah?! – ele se virou e seus fones caíram, então me notou – Oi...

– O que houve? Porque você parece tão pra baixo? – perguntei.

– Ah é, Fuyuki-san estava dormindo... Olhe seu Avatar Eletrônico e verá... – ele disse. Só podia ser uma coisa.

Regra Temporária nº 4: É proibido falar secretamente com outro aluno.

– Então... Você tentou manter um segredo com alguém? – perguntei, com minha voz quase falhando.

– Não... Chiba-san que ia falar alguma coisa comigo. Ela foi marcada para ser executada. – ele falou triste, surpreendendo-me.

– Mai-chan? – perguntei, ainda surpresa – O que ela ia falar?

– Hn... Não é nada. Depois pergunte à ela. – ele falou, colocando os fones e indo à seu quarto.

Conhecendo o Kazuhiko-kun, sei que ele está se sentindo culpado. No momento, acho melhor deixa-lo sozinho.

Segui para a piscina, onde encontrei Miyake-san boiando.

– Er... Miyake-san? – perguntei.

– Ah! – ela recuperou a compostura – O-oi...

– Hahaha, pode ficar como estava, eu não me importo.

– Desculpe... É que uma das únicas coisas que me deixa confortável é ficar boiando assim. – ela falou.

– Não se desculpe! Não precisa ser rígida o tempo todo. Aliás, é até melhor quando você relaxa às vezes. – falei, me direcionando à pequena sala de banho para me trocar.

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≈Dia 21 – 13:29≈

P.O.V.: Uchida Hotaru

Estou indo à cafeteria – pulando, porque estou hiperativa – para pegar um lanche. Sei que acabamos de almoçar, mas não faz mal me alimentar. Eu preciso crescer!

Logo ao entrar na cafeteria esbarrei com alguém. Yoshimura-san.

– How! – ele se desequilibrou, mas conseguiu se manter em pé – Uchida-san? O que veio fazer aqui?

– Eu vim buscar algo para lanchar... – falei, com medo que me repreendesse.

– Quer ajuda pra pegar? Você sempre precisa de ajuda pra chegar no último armário. – que bom que ele não reclamou.

– Sim! – agradeci a gentileza dele.

Logo ele pegou um pacote de biscoitos e saiu da cafeteria.

– Se cuida, hein! – ele disse, pouco antes de sair, provavelmente se referindo à meu peso.

– Certo... – falei envergonhada.

– Acho que vou à sala de jogos! – pensei alto, com um pacote de biscoitos na mão – Hm... Eu podia ir ver a Yue-san na sala de artes antes!

Eu, então, fui andando até a sala de artes.

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≈Dia 21 – 13:33≈

– Yue-san! Como vai seu desenho? – perguntei invadindo a sala de artes.

– Hotaru-chan! – ela ficou feliz com minha presença. – Eu estou na reta final, mas... Hm... Sinto que não posso terminar ainda.

– É realmente necessária tanta inspiração pra desenhar assim?

– Com certeza! É impossível desenhar sem a imaginação!

– Como assim? – perguntei, me sentando em um banco.

– Primeiro, você desenha com a imaginação. Depois que você já tem uma ideia, passa para o papel. Assim, pelo menos pra mim, é como as coisas funcionam.

– Entendo...

– O-o que há, Hotaru-chan? – ela pergunta – Você está fazendo uma careta...

– Estou tentando imaginar – disse concentrada.

– Ah... hahahahaha – ela riu – Pois bem, porque você não tenta se inspirar também? Faça algo que goste.

– Eu estava planejando ir para a sala de jogos, será que posso ter inspiração lá? – perguntei.

– Provavelmente. Os personagens dos jogos também passam por um processo de design. Eu até iria, mas vou continuar desenhando. – ela falou. Que pena que ela não pode ir.

– Até mais! – falei.

Então, eu fui até a sala de jogos e fiquei lá por um tempo. Até que... Eu ouvi algo que nunca mais poderia querer ouvir.

⌇----------------------------------------------------------------⌇

≈Dia 21 – 14:21≈

♪ ♫ Um corpo foi encontrado, e logo mais se iniciará um Class Trial ♪ ♫

Os fones de ouvido que eu tinha sobre minha cabeça enquanto jogava caíram.

– Não... De novo não... – falei, já com a mão no rosto, este, com lágrimas.

 

 

Alunos restantes: 9 (?)


Notas Finais


Fiz diferente dessa vez, agora vocês tão morrendo de curiosidade né? shaushuahsuahsuahu
(desculpa, eu sou cruel)

Teorizem a vítima e o assassino, levando em consideração o motivo.
Lembrando que eu coloquei 9 (?) porque pode ter morrido mais de uma pessoa.

Bem, mesmo eu não tendo prazo, até a próxima!


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