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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 11: Doubt, Duty and Despair


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


9000 PALAVRAS
AEEEEEEEEE
Mas, que cansaço viu, socorro, não sei como consegui kk

Um capítulo maravilhosamente bem feito (eu acho) pra vocês lerem agora <3
Boa leitura!

(Na capa, a ordem do Class Trial)
(Monokuma File na capa do próximo cap)

Capítulo 14 - Capítulo 11: Doubt, Duty and Despair


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 11: Doubt, Duty and Despair

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

P.O.V.: Akiko Hirai

≈Dia 21 – 14:20≈

Eu e Shigeo-kun estamos indo ao bar, pois ele disse que quer beber bastante e precisa de alguém pra cuidar dele.

Mereço... – pensei.

– Hm? Você tá ouvindo algo estranho? – ele falou – Acho que vem da sala de aula.

– Um barulho? Eu não-

Interrompi minha fala ao ouvir algo. Uma música... Era uma música lenta, mas tenebrosa.

– Vamos olhar! – falou Shigeo-kun, soando frio.

Nós dois corremos de onde estávamos (perto das escadas ainda), e fomos à sala de aula B, de onde a música parecia estar vindo.

Eu olhei nos olhos dele e, então, abri a porta...

Apenas para ver o corpo de um dos nossos colegas... Mas não somente isso. A sala estava em péssimas condições, com aquele péssimo cheiro de... Sangue. Yoshimura-kun estava... morto.

Instintivamente, eu gritei, para chamar nossos colegas para cá. Em alguns segundos, Kinoshita-kun apareceu.

– O quê... – ele falou ao olhar o corpo, aterrorizado.

♫ Um corpo foi encontrado, e logo mais se iniciará um Class Trial

...

Em alguns minutos, todos chegaram.

– Novamente... Isso aconteceu. – falou Tsuji-san, olhando para o chão em pesar.

– Kubo-san... – tentei falar com ela. Mas não adianta, ela estava completamente alheia a tudo. Deve estar imersa em pensamentos. Mesmo assim, ainda dava pra ver lágrimas em seus olhos.

– Eu vou investigar os quartos – falou Chiba-san, andando depressa sem que pudêssemos questionar ela.

– Ei, Chiba! – gritou Miyake-san, o que não adiantou.

Todos estávamos de luto...

– Podemos ao menos sair dessa sala? – indagou Uchida-san – Esse cheiro me enoja...

– É... A mim também... – falou Otonashi-san.

Todos saímos daquela sala e fomos á outra sala nos sentar. Miyake-san, de pé, começou a falar.

– Desculpe por ser uma líder tão péssima... Eu deixei mais uma pessoa morrer... – ela falou.

– A culpa não é sua... – falou Takata-kun, também abalado – É da nossa situação.

– Mesmo assim..! – insistiu ela.

– Miyake-san... Chega. – falou Kinoshita-kun – Chega de sempre se sentir culpada por algo que você não fez. E mesmo que tivesse feito isso, não precisava se sentir culpada.

– Nessas condições, haver um assassinato maximiza o número de sobreviventes. – falou Tsuji-san – Talvez exatamente por isso esse tenha acontecido.

– Nesse caso, o assassino deveria apenas se entregar... – falou Uchida-san – Ele só queria sair dessa aeronave, mesmo... Eu estou apenas sendo realista.

Isso acabou ainda mais com o clima...

– Enfim... Temos que investigar – falou Miyake-san – Vamos nos separar em uma dupla e dois trios.

– Certo... – falei.

Nós decidimos que ficaria assim: Kubo-san, Miyake-san e Takata-kun; eu, Uchida-san e Tsuji-san; e Otonashi-san e Kinoshita-kun.

– Meu grupo vai investigar o terceiro andar, Otonashi e Kinoshita o segundo, e o grupo de Tsuji o primeiro.

– Ok – falou Kubo-san, com um olhar extremamente determinado, o qual até eu me supreendi – Nós vamos achar o assassino de Kazuhiko-kun.

No momento em que ela falava, seus olhos pareciam brilhar, e eu conseguia sentir uma aura de determinação.

 

≈Investigação – Primeiro Andar≈

≈Dia 21 – 14:30≈

P.O.V.: Hotaru Uchida

Estávamos no primeiro andar, eu, Hirai-kun e Tsuji-san. Resolvemos investigar primeiro na biblioteca.

– Nada aqui, ao que parece – falei, depois de olharmos por toda a sala.

Fizemos isso sucessivas vezes, parecia até que o primeiro andar não tinha nada haver com o caso. Olhamos até no dormitório, já que os quartos ficam abertos para investigação. Bem, achamos dois montes de ferro no quarto de Kinoshita-san (um brilhante e um fosco), alguns DVD's com episódios de séries no quarto de Yoshimura-san, uma arrumação extremamente perfeita no quarto de Yamaguchi-san, alguns livros didáticos no quarto de Daichi-sensei (cujos quais Tsuji-san disse que haviam desaparecido da biblioteca), algumas pelúcias no quarto da Honda-san, um diário pessoal de Kubo-san (que Hirai-san impediu-me de ler porque seria falta de educação, mesmo eu querendo muito), e várias outras coisas, nada parecia relacionado ao caso.

– Ah, espere... Ainda não olhamos na cafeteria, certo? Talvez a arma do crime seja uma faca de cozinha. – falou Tsuji-san.

– É, pode ser – falei.

Então, nós fomos à cafeteria e olhamos: Uma faca estava faltando.

[Pista: Faca de cozinha desaparecida]

– Parando pra pensar, todos os casos usaram uma faca, já tá ficando clichê – falei.

– É-é... – falou Hirai-kun.

– Mas sério que só tem isso aqui nesse andar? – falei, chateada – Não adianta ter uma equipe toda pra isso, então.

Nesse momento, Chiba-san saiu de seu quarto. Ela parecia... diferente do usual. Ela veio até nós e fez perguntas.

– Pessoal, quando vocês viram a vítima pela última vez? – ela perguntou.

Ambos Tsuji-san e Hirai-san responderam que foi no almoço, mas eu me lembrei de algo mais.

– Ah, sim! Da última vez que eu o vi, ele estava saindo da cafeteria, mas me ajudou a pegar um lanche na parte de cima do armário antes de sair – falei.

– Ok, você lembra que horas foi isso? Ou tem algo a adicionar?

– Hmm...? Que horas eram naquela hora...? – pensei bastante – Acho que... Umas 13:30..? – disse incerta – Oh, e não, não tenho nada pra falar a mais.

[Pista: Testemunho da Hotaru]

– Ok, obrigado. Obrigado Tsuji-san e Hirai-san também – ela logo se virou e foi andando ao segundo andar, tropeçando umas duas vezes no caminho e quase caindo de cara com a escada.

– Por que ela parece bêbeda..? – sussurou Hirai-san, pensando alto.

 

≈Investigação – Segundo Andar≈

≈Dia 21 – 14:30≈

P.O.V.: Yue Otonashi

– Hm... Ao que parece, o segundo andar é todo nosso... – falei.

– É. – falou Kinoshita-kun – E são muitas salas... Vamos começar?

– Sim.

Nós fomos na sala de malhação, embora eu tivesse certeza que não encontraríamos lá. E não encontramos. Depois, foi a vez da sala de documentos, que olhamos mas estava exatamente igual à da última vez, então nem pesquisamos direito. A sala de jogos era grande, então olhamos bastante pra não deixar passar nada, masss, pra não perder o costume, não tinha nada, de novo.

– Mas será possível que só tem pistas no terceiro andar?! – falei, chateada.

– Calma, calma... – ele tentou me acalmar – Se procuramos direito, podemos achar algo que nem o assassino sabe que existe.

– Hã? Como assim? – perguntei confusa.

– Bem, digamos que Yoshimura-kun tenha lutado, devido ao estado da sala... – ugh, eu não queria lembrar daquela... cena terrível – ele pode ter deixado alguma coisa para nós descobrimos o assassino mais facilmente sem o assassino perceber.

– Entendo – entendi – Assim sendo, isso deve estar no terceiro andar, e não aqui! – falei, percebendo que de qualquer forma, não teriam pistas relevantes aqui.

– Err... – ele disse.

– Ei, vocês dois – falou uma voz vindo de trás de mim, que estava de costas para a escada do primeiro andar para o segundo – Posso perguntar algo?

Era Mai-chan.

– Claro – Kinoshita-kun disse.

– Vocês teriam algum testemunho para dar? Por exemplo, a última vez que viram a vítima, ou qualquer outra coisa que possa estar relacionada ao caso. – ela perguntou.

– Testemunho? Hm... Acho que, mais ou menos às 13:40, eu vi Yoshimura-kun vindo para o segundo andar – falei – inclusive o cumprimentei. E pensar que seria a última vez que ouviria a voz dele...

– Havia algo diferente nele? – ela falava quase sem vontade que não parecia a mesma Mai-chan de sempre...

– Não... Aliás, ele estava com uma roupa diferente por baixo do suéter, eu acho... Era uma camisa de manga larga vermelha. A manga ficou um pouco pra fora, e ele logo consertou quando me viu. –  falei.

[Pista: Testemunho Yue]

– Certo... E você, Kinoshita-kun?

– Eu... Recebi uma carta, sem remetente. – ele disse.

– O quê, uma carta? – falei –  Qual era o conteúdo dela?

– Bem... – ele falou como um robô:

"Esteja na sala do incinerador às 14:15. Não se atrase. E jogue esse papel no incinerador assim que chegar. Eu achei algo que pode nos tirar dessa Aeronave."

– E você foi..? – falou Mai-chan.

– Sim, tanto que eu estava na sala do incinerador quando Hirai-kun e Takata-kun descobriram o corpo – ele disse.

[Pista: Testemunho do Hideko]

– Entendo. – ela falou, parecendo ter descoberto algo – Obrigado.

Ela logo foi embora, antes que eu pudesse perguntar o quê ela descobriu. Ela parecia abalada.

– Vamos acabar com isso rápido... – falei – Não aguento mais salas sem pistas.

Embora tendo dito isso, só encontramos uma pista na sala de artes. A fita adesiva tinha bastante ainda da última vez que eu olhei na gaveta, mas agora eu olhei de novo e tem mais ou menos metade, o que quer dizer que muito foi usado.

 

≈Investigação – Terceiro Andar≈

≈Dia 21 – 14:30≈

P.O.V.: Haruka Miyake

– Takata, você vai fazer a investigação do corpo. – falei.

– De novo? Tá que eu vou fazer medicina e-

– Takata, você vai fazer a investigação do corpo. – pressionei-o, sorrindo.

– T-tá... – ele aceitou. Bom pra ele.

– Kubo, você investigará as outras salas – falei.

– Ok – ela falou – Já vou então – ela saiu da sala logo após falar, sem fechar a porta pois sabia que o cheiro era insuportável.

Eu olhava para os cantos das paredes, mas então Takata me fez uma pergunta.

– Miyake-san, tudo bem deixar Kubo-san assim livre?

– ...Hm. Eu não deixaria, mas depois de ver que ela superou isso e quer mais que todos descobrir o assassino, eu sei que é bom deixá-la ajudar.

– Se está dizendo... – ele falou.

– Quem diria, hein. Shigeo Takata se preocupando com alguém além de si mesmo – falei brincando.

– C-cale-se! – ele falou, enrolando seu cabelo com a mão que não estava mexendo no corpo, e um pouco vermelho – Eu não estou me preocupando com ela!

– Que honesto – ironizei.

Nós então voltamos ao trabalho, não antes que eu tropeçasse em algo.

– Aih! – falei depois de cair.

Takata segurou o riso, o que me tirou do sério, mas eu preferi ver o que fez eu cair.

– Isso é... Um MP4? – falei.

– Deixe-me ver isso! – falou Takata, correndo pra cá e tirando as luvas (que haviam sido trazidas antes por Kubo-san).

Depois de olhar atentamente para o dispositivo, ele disse:

– É o MP4 do Yoshimura. – ele disse – Estava usando um desde ontem à noite.

– O que isso faz na cena do crime? – falei comigo mesma enquanto ele voltava a olhar o corpo.

[Pista: MP4]

Eu logo voltei à andar pela sala que estava cheia de sangue...

[Pista: Estado da sala]

...E resolvi olhar a coisa mais suspeita. Uma mensagem de morte escrita na parede.

– 'Isaac' e 'One of us'... O que significam?

[Pista: Mensagem de morte]

Então, decidi olhar para a roupa da vítima.

Primeiro olhei o suéter numa cadeira da sala de aula, distante do corpo da vítima. Não havia nada de errado com ele.

Depois eu olhei uma camiseta de manga larga vermelha, um pouco mais perto da vítima... – eu me aproximei e peguei na camisa – Hã?

Não era só uma camisa, mas duas, uma sob a outra. – pra quê usar duas camisas idênticas? e ainda sobre um suéter? – E não era só isso... numa parte de baixo da camisa, a cor estava mais forte –  me aproximei e então cheirei, e como pensava, era sangue.

[Pista: Camisas sob o suéter]

– O quê agora...? – pensei, olhando panorâmicamente, aí que notei algo entre as cadeiras bem longe da vítima.

Corri até ali e olhei o objeto. Se tratava de uma faca curva, não muito curva, mas ainda assim uma faca curva.

– Um objeto estranho para estar aqui... Nunca vi algo assim. –  disse.

– Miyake-san, eu acabei! –  falou Takata, ao se levantar depois de olhar o corpo – Argh, meus joelhos estão doendo.

– Miyake-san, tem um minuto? – falou Chiba, que apareceu na entrada da porta.

– Acabei a investigação, Miyake-san. – falou Kubo, que também apareceu na porta.

– Calma – falei zonza – um de cada vez. Primeiro Kubo.

– Não achei muito, só um pedaço de papel branco um pouco queimado na sala do incinerador. – ela disse.

[Pista: Pedaço de papel queimado]

– Kinoshita-kun é o dono desse papel. Quando acabarmos aqui, pergunte à ele o que ele sabe sobre isso – falou Chiba.

– Tá, agora Chiba. – falei.

– Eu queria perguntar se vocês tem algum testemunho, como a última vez que viram a vítima, como ele estava, se havia alguém suspeito atrás dele...

Depois de responder que não tinhamos nada a declarar, já que a última vez que o vimos foi no almoço, e não havia ninguém atrás dele naquela hora, era a vez de Takata.

– Enfim eu vou falar, né? – ele disse, apenas para que eu o apressasse a falar logo – Primeiramente, o local do corpo. Ele estava encostado na parede, ali – falou apontando.

[Pista: Posição do corpo]

– Ele tem vários ferimentos, como diz no Arquivo Monokuma, alguns nos braços, alguns no abdômen e um definitivo no coração. Nada nas pernas. Pequeno rastro de sangue na boca.

[Pista: Arquivo Monokuma 4: Vítima – Kazuhiko Yoshimura

Horário da morte: 13:30 às 14:18.

Local da morte: Sala de Aula B

Descobrimento do corpo: Hirai, Takata (às 14:20) e Kinoshita (às 14:21).

A vítima foi atingida por um golpe direto no coração e morreu momentos depois. Antes de morrer, sofreu alguns ferimentos nos braços e abdômen, mas nenhum fatal.]

[Pista: Análise do Corpo]

– O ferimento, ou melhor dizendo, os ferimentos, foram provavelmente causados por uma faca... Eu acho. – falou em dúvida – Por falar nisso, tem uma bem perto do cadáver.

[Pista: Faca próxima ao corpo]

– Havia muita fita adesiva na boca dele.

[Pista: Fita adesiva]

– É só isso. Bem pouca coisa, na verdade. –  ele disse.

– Realmente é pouco... Esse caso vai ser difícil. O assassino pode ter usado o incinerador facilmente pra eliminar pistas – falou Kubo, mas ela estava determinada.

⌇ Pessoal! Se juntem em frente à escadaria do Class Trial. Não demorem, a menos que queiram ser explodidos!

– Ele quis dizer metralhados, né... – pensei.

Kubo e Takata logo saíram da sala. Resolvi falar com Chiba que me encarava, com um rosto meio estranho, com temor mas confiante, confuso mas determinado, enfim, deformado em sentimentos.

– O que foi, Chiba?

– Miyake-san, me desculpe! –  ela falou, correndo o mais rápido possível para fora da sala.

Eu fiquei pasma por um segundo mas logo me recuperei.

– O que foi isso? – pensei.

Decidi ir logo para o primeiro andar, não quero morrer ainda.

Mas a partir daqui, o que me espera é apenas a dúvida de quem é o culpado, o dever de encontra-lo e o desespero de ver mais um colega partir.

A partir de agora... É vida ou morte!

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Antes de entrarmos na sala do julgamento, dividimos as pistas encontradas entre nós e Kinoshita adicionou algo.

Testemunho de Hideko 2 – Kinoshita disse que em suas ombreiras haviam facas curvas como as encontradas do outro lado da sala em que se encontrou o corpo da vítima. Ele disse que uma das facas desapareceu enquanto ele estava na sauna, mais ou menos às 10:22. Ele alegou que são para auto-defesa.

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Class Trial

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Nós nos sentamos assim: Mai-chan na frente do Monokuma, um estandarte do Daichi-sensei, Kinoshita-kun, Miyake-san, Takata-kun, um estandarte do Kazuhiko-kun, Hotaru-chan, eu, um estandarte do Oono-san, um estandarte do Yamaguchi-kun, Hirai-kun, Tsuji-san, Hayakawa-kun, um estandarte da Chie-chan e um estandarte da Hayashi-san.

– Uchida: Tem cada vez menos gente aqui... – disse cabisbaixa.

– Otonashi: Não foque nisso, Hotaru-chan – disse balançando a cabeça – Vamos focar na nossa situação.

– Kinoshita: Devemos lembrar que é uma situação onde a vida de todos está em risco.

– Takata: Sejam o menos sentimentalistas possíveis, ok? Mesmo que o assassino seja alguém próximo de vocês.

– Kubo: Enfim, devemos começar. A motivação seria um bom início, certo?

– Tsuji: Eu creio que sim. As pessoas que seriam executadas são: Kinoshita-san, eu, Chiba-san e Takata-kun. Ninguém discorda que são os assassinos mais prováveis, certo?

Depois de um minuto de silêncio, a maioria concordou.

– Miyake: Monokuma, há algo que eu quero lhe perguntar.

O urso que apenas observava atentamente cada coisa que fazíamos demorou a nota-la.

– Monokuma: Oh, desculpe, Miyake-senpai. Estava distraído.

– Miyake: Enfim, digamos que uma pessoa matasse alguém pra salvar alguém. Duas pessoas poderiam se graduar, o afetado pela motivação escolhido pelo assassino e o próprio, certo?

– Monokuma: Exacta! – ele tentou imitar francês ou italiano, sei lá.

– Miyake: Isso não faz as suspeitas caírem para duas pessoas específicas? – ela mandou uma indireta.

– Takata: E quem seriam? – ele sentiu a indireta, mas manteve-se calmo e se fez de sonso.

– Miyake: Sem querer incriminar ninguém sem discussão prévia, dado ao fato que você e Takata poderiam sair daqui, vocês poderiam ter armado isso, não?

– Hirai: Me ofende você pensar que eu não ligo pra nenhum de vocês – ele disse, se virando para a direção oposta a ela. Se ela estava acusando eles, ela estava acusando o Hirai-kun de matar Kazuhiko-kun, já que se Takata-kun o matasse apenas ele poderia sair de qualquer forma.

– Miyake: Não foi minha intenção, me desculpe.

– Kinoshita: Enfimmmm... Vamos para o caso em si, deixa a motivação pra lá.

– Otonashi: Hm... A fita adesiva estava pela metade. Onde o resto foi parar?

– Tsuji: É uma questão interessante.

– Kinoshita: Podem só ter ido à sala de artes e usado pra algo.

– Otonashi: Hm... Eu não acho que seja isso.

– Uchida: Talvez colaram algum papel na sala de documentos..? Vocês olharam lá?

– Hirai: A fita pode estar relacionada ao caso...

– Kubo: Eu concordo com isso! Havia fita adesiva na boca de Kazuhiko-kun, certo, Takata-kun?

– Takata: Está certo sim, havia fita adesiva na boca dele. O que nos leva a outra questão, se fundirmos essa pista com os diversos ferimentos no corpo: Ele foi torturado como Oono-san?

– Chiba: Yoshimura-kun... – ela disse triste.

– Tsuji: Eu acredito que sim, ele foi torturado. Não há mais nada que exija uma mordaça e duvido que o assassino tenha feito isso por nada.

– Kubo: Isso está errado! – rebati.

– Uchida: Para de roubar minha frase de efeito, eu usei primeiro então é minha! – ela fez birra, mas isso é automático. Sinto-me como uma protagonista de alguma história ao falar isso.

– Kubo: Desculpe, haha.

– Tsuji: Por que você discorda de mim?

– Kubo: O assassino pode ter usado a mordaça não para torturar, e sim para impedi-lo de gritar. Assim sendo, logo vem outra questão, certo?

– Chiba: De onde vieram os ferimentos que não são fatais?

– Kubo: Isso. Eu acredito que eles foram feitos para que o assassino pudesse usar o sangue numa falsa mensagem de morte, que não fez sentido, apenas para nos confundir no Class Trial.

– Miyake: Definitivamente, aquela mensagem de morte não fez o menor sentido... ‘Isaac’ e ‘One of us’?

– Tsuji: É bem capaz que seja falsa mesmo.

– Otonashi: Mas, Yuki-chan, se os ferimentos foram causados com Yoshimura-kun já amordaçado e a mercê do assassino, de onde veio todo o sangue na sala? Ele não lutou? – perguntou ela confusa.

– Takata: Eu posso responder isso. Se o culpado escreveu com sangue na parede, não pode ter despejado o sangue de Yoshimura pela sala? Lembrando que ele definitivamente perdeu muito sangue, o suficiente pra aquela quantidade eu não sei, mas acho que dava sim.

– Miyake: É, isso é possível. Eu acho.

– Kinoshita: Assim sendo, já sabemos que ele foi amordaçado, depois cortado várias vezes e seu sangue usado para escrever a mensagem de sangue e falsificar uma cena do crime, fazendo-nos pensar que Yoshimura-kun lutou com o assassino.

– Uchida: Hm... Agora vamos falar de como o assassino se limpou. Afinal, depois de fazer tudo isso com sangue, ele deve ter se sujado, nem que fosse um pouco, certo?

– Kubo: É verdade... Não tinha pensado nisso.

– Chiba: Miyake-san, você disse que a camisa de manga larga que a vítima usou estava suja de sangue, certo?

– Miyake: Sim, é. Uma das camisas vermelhas estava. Porém, o sangue já havia quase secado.

– Chiba: Hmm... – ela pensava – Seria possível então uma situação como essa: O assassino, antes de matar Yoshimura-kun, tira o suéter e as camisas do corpo dele e os veste, seguindo a seguinte ordem: Camisa vermelha > Camisa vermelha > Suéter. Então ele mata Yoshimura e o sangue respinga na camisa, que ele leva à sala do incinerador e coloca em cima do fogo para que o sangue secasse, fazendo-nos pensar que o sangue já está aí a bastante tempo, depois joga as camisas de volta na cena do crime.

– Otonashi: Wow, Mai-chan é muito inteligente! – ela falou orgulhosa.

– Chiba: ... – ela só se mantinha cabisbaixa.

– Miyake: Essa argumentação está incorreta! Quero dizer, é impossível que isso tenha acontecido devido ao tempo que o assassino teve para sair da cena do crime, voltar pra jogar a camisa lá, e depois ainda sair do terceiro andar!

– Takata: É isso aí – disse, logo bocejando – Eu e Hirai encontramos o corpo dois minutos depois do assassinato. Olhe o Arquivo Monokuma.

Chiba logo olhou o Arquivo Monokuma, e alguns outros que esqueceram também.

– Chiba: Hm... Definitivamente seria impossível fazer tudo isso em dois minutos.

– Kubo: A menos que... O assassino não tenha saído do terceiro andar!

– Uchida: O que isso quer dizer?

– Kubo: Logo ao encontrar o corpo, Hirai-kun gritou, certo? – eu olhei para ele e ele balançou a cabeça em afirmação – E uma única pessoa conseguiu ouvir o grito pois estava próximo da cena do crime, certo?

– Hirai: Realmente, isso é suspeito. O que você fazia no terceiro andar, Kinoshita-kun?

Kinoshita explicou sobre a carta que recebeu.

– Uchida: Espera, isso não te torna o mais suspeito?! – ela disse após ouvir o testemunho de Kinoshita – Você recebeu uma carta que ninguém mais viu e foi incinerada, estava próximo da cena do crime e ainda no melhor lugar para eliminar evidências!

[Rebuttal Showdown] - Uchida

– Uchida: Ele recebeu uma carta...

                               Que ninguém mais viu...

                                               E a incinerou!

– Kubo: Além dele, quem escreveu a carta também está aqui, e pode ter escrito-a para incriminar Kinoshita-kun!

– Uchida: Isso é possível, mas...

                               Kinoshita-san por si próprio pode ter escrito a carta...

                                               Para que ficasse livre de suspeitas!

– Kubo: Hnm! – eu não sabia como rebater aquilo...

– Uchida: Aliás...

                               Essa carta pode muito bem...

                                               Nem ter existido!

– Kubo: Partirei seus argumentos ao meio!

[Rebuttal Showdown] - Uchida - Fim

– Kubo: Enquanto olhava a sala do incinerador, eu achei um pequeno pedaço de papel um pouco queimado. Kinoshita-kun, você se certificou de jogar o papel dentro do incinerador?

– Kinoshita: Pensando bem, eu só joguei o papel no incinerador. Nem amassei antes.

– Kubo: O atrito no ar e a aceleração gravitacional fazem o papel flutuar ao invés de cair reto no chão, por isso um pedaço não entrou na máquina.

– Uchida: Entendo... Prossigamos.

– Tsuji: Agora eu gostaria de falar sobre o curioso caso do seu testemunho, Uchida-san.

– Uchida: Meu testemunho? Sobre eu ter encontrado Yoshimura-kun às 13:30?

– Tsuji: Exatamente. Mas tem uma coisa que contradiz o seu testemunho, e o de Otonashi-san.

– Otonashi: Até o meu?

– Hirai: Você estaria falando do Arquivo Monokuma? Lá, diz-se que o horário da morte foi das 13:32 às 14:18.

– Tsuji: É, precisamente. Como você pode ter encontrado a vítima quando ela ‘começou a morrer’ praticamente nesse horário?

– Uchida: Eu que sei é? Pergunta ao assassino! – ela brincou – Mas sério, eu não sei como o caso começou ali um minuto depois dele ter pegado meu lanche.

– Kinoshita: Monokuma, você comete erros de digitação quando faz os Arquivos?

– Monokuma: Não! Ursos não erram! Yoshimura Kazuhiko-senpai começou a morrer exatamente às 13 horas, 32 minutos e 21 segundos do dia 21 desde que vocês entraram aqui!

– Otonashi: Ele sabe até os segundos... – falou ela, assustada – Não temos nenhuma privacidade...

– Monokuma: Privacidade? Pra quê? Vocês querem fazer coisas super nível +18 colegial? Upupupupu...

– Otonashi: Não foi isso o que eu falei! – gritou envergonhada.

– Takata: Eu quero – falou olhando malicioso pra Hirai – Lastimavelmente, Hirai acha bem chato você gravar tudo, então não começamos nada ainda – suspirou – Mas por mim você gravava e me dava uma cópia ainda, huhuhu.

– Hirai: Gnh... – ele virou o rosto e resmungou – Pervertido...

– Miyake: Enfim, vamos voltar ao caso? – falou com olhos fechados e suspirando também.

– Chiba: Acho bom fazermos isso mesmo...

– Takata: Então, o que Tsuji falou é suspeito, mas não contradiz totalmente o testemunho da Uchida-san. Isso contradiz bem mais o testemunho da Otonashi-san.

– Miyake: Pois é. Se ele se feriu primeiramente às 13:32, não deveria ser possível a Otonashi o encontrar às 13:40.

– Uchida: Talvez a pessoa que ela encontrou nem seja o Yoshimura-kun e sim um impostor!

– Hirai: Não acho possível alguém ser um impostor tão bom, e ninguém fora Otonashi-san viu Yoshimura-kun depois de você ter o visto, logo, é melhor concordar com ela que discordar, se não ficamos sem pistas.

– Chiba: Pode ser que ele tenha sido atingido pelo assassino sem perceber?

– Kubo: Eu concordo com isso! É mais provável que Otonashi-san não esteja mentindo e que ele realmente tenha sido atingido, mas talvez um ferimento insignificante para ele achar que era algo a se preocupar.

– Takata: Hm... Um ferimento que havia no abdômen tinha um band-aid colado nele. Era pequeno, realmente. Não avisei antes, pois não achei que teria importância.

– Chiba: O culpado tentou também nos confundir usando o tempo. Quanto mais descobrimos sobre esse caso, mais confuso ele fica...

Todos ficaram em silêncio por um momento. Havia percebido algo, todos os outros também.

– Otonashi: E-ei... Só podemos falar da arma do crime agora, certo? – ela falou soando frio. Não temos a menor chance de descobrirmos o assassino só com essa pista...

– Kubo: Inclusive, é bem óbvio que a arma do crime foi a faca de cozinha.

– Chiba: Espere, não é bem assim. A faca curva de Kinoshita também pode ter sido usada.

Assim que nossas opiniões se dividiam em duas, decidimos discutir em dois grupos.

[Scrum Debate] – Arma do crime

Equipe 1 > A faca de cozinha é a arma do crime: Kubo, Hirai, Miyake, Kinoshita e Otonashi.

Equipe 2 > A faca curva é a arma do crime: Chiba, Uchida, Takata, Tsuji.

– Kubo: A faca de cozinha estava mais perto de Kazuhiko-kun. É difícil compreender isso?

– Tsuji: Não seja por isso, a faca de cozinha pode ter sido movida para fazer com que ela parecesse a arma do crime.

– Otonashi: Devemos lembrar que fora estar mais perto, estava suja de sangue também!

– Uchida: A faca curva também estava suja de sangue! E bem mais, inclusive.

– Hirai: O sangue pode ter sido colocado na faca curva!

– Chiba: Seguindo por essa lógica, o sangue poderia ter sido colocado em qualquer uma das facas!

– Miyake: É muito capaz que a faca curva seja só uma pista para incriminar Kinoshita!

– Takata: O formato do corte já diz que foi a faca curva!

– Equipe 2: Essa é a nossa resposta!

[Scrum Debate] – Arma do crime – Fim

P.O.V.: Mai Chiba

– Chiba: Seguindo os resultados da autópsia do Takata-kun, o ferimento bate com o formato da faca curva, certo?

– Takata: Exatamente!

– Kinoshita: Assim sendo, temos que apenas aceitar que foi a faca curva... E pensar que essas facas causariam tantos problemas quando eram pra ser pra autodefesa.

– Uchida: É isso que dá você ficar jogando suas tralhas de metal por aí! – falou chateada.

– Kinoshita: Me desculpe!

– Hirai: Voltamos à estaca zero, certo?

– Otonashi: Alguém poderia resumir o que sabemos até agora?

– Tsuji: Antes de tudo o culpado roubou uma das facas curvas escondidas na ombreira de Kinoshita e o deu um aviso para estar no na sala do incinerador exatamente às 14:15. Às 13:31, Yoshimura-kun saiu da cafeteria depois de ajudar Uchida-san a pegar um lanche. Às 13:32 ele foi atingido por algo – algo atirado pelo assassino – na barriga e colocou um band-aid. Então, por algum motivo Yoshimura-kun, subiu ao segundo andar – onde Otonashi-san o viu e cumprimentou – e ao terceiro andar, onde o assassino o pegou por trás e amordaçou sua boca com fita adesiva tirada da sala de artes e então o arrastou até a sala de aula B. Na sala de aula, o assassino o cortou inúmeras vezes e espalhou seu sangue pela sala... – ela se distraiu por alguns segundos.

– Miyake: Tsuji?

– Tsuji: Oh, desculpe. Então, er... Ele o cortou, provavelmente com a faca de cozinha, e então espalhou seu sangue imitando uma cena de luta, que foi reforçada pelo fato de terem duas facas na sala, e criou duas falsas mensagens de morte. Depois disso, ele matou definitivamente Yoshimura-kun...

– Takata: Ué, fazendo uma revisão assim a gente percebe vários erros na nossa teoria.

– Tsuji: Estranho, né? Eu estava pensando bem nisso mesmo.

– Kinoshita: Exatamente o quê está incoerente?

– Kubo: Vou fazer uma pequena análise sobre o que Tsuji-san falou.

[Thesis Dissection]

“Antes de tudo o culpado roubou uma das facas de cozinha e uma das facas curvas escondidas na ombreira de Kinoshita e o deu um aviso para estar no na sala do incinerador exatamente às 14:15.”

Ok, até aí tá certo.

“Às 13:31, Yoshimura-kun saiu da cafeteria depois de ajudar Uchida-san a pegar um lanche. Às 13:32 ele foi atingido por algo atirado pelo assassino na barriga e colocou um band-aid.”

A gente ainda não sabe o que o assassino jogou nele e muito menos como ele fez isso sem Kazuhiko-kun perceber.

“Então, por algum motivo, Yoshimura-kun subiu ao segundo andar – onde Otonashi-san o viu e cumprimentou – e ao terceiro andar, onde o assassino o pegou por trás e amordaçou sua boca com fita adesiva tirada da sala de artes e então o arrastou até a sala de aula B.”.

Não sabemos também por que Kazuhiko-kun subiu... E duvido que fora o Oono-san, Takata-kun e o Hayakawa-kun, alguém consiga lutar contra Kazuhiko-kun sem armas. Mas mesmo alguém conseguindo isso, acho improvável que ele seria nocauteado tão facilmente. Assim sendo, ele tinha que ser amarrado, por algo como uma corda, mas isso não aconteceu.

“Na sala de aula, o assassino o cortou inúmeras vezes e espalhou seu sangue pela sala...”.

Essa é a parte mais confusa que nós acabamos nos distraindo e pulando mais cedo. Se a tática de secar o sangue com o incinerador não foi usada para nos confundir sobre o horário da morte, como o sangue na camisa estava quase seco? E outra, se a camisa não foi usada de proteção, como o assassino estava livre de sangue?

“... imitando uma cena de luta, que foi reforçada pelo fato de terem duas facas na sala, e criou duas falsas mensagens de morte. Depois disso, ele matou definitivamente Yoshimura-kun...”.

E por último, as falsas mensagens de morte. Por que coisas sem sentido quando o assassino poderia, por exemplo, escrever “Shigeo Takata” com o objetivo de acusar alguém? E como ele fugiu à tempo?

[Thesis Dissection] – Fim

– Takata: Não tinha ninguém melhor pra colocar o nome de exemplo não? – falou esticando seus braços, com sono, ao que parece.

– Kubo: Haha! – ela riu um pouco – Foi só um exemplo, mesmo.

– Takata: Eu sei.

– Miyake: A teoria tem 7 erros... 7 erros são muitos erros.

– Uchida: Hm... Eu não quero acusar Chiba-san de nada, mas Yoshimura-kun não pode ter morrido envenenado por alguma planta?

– Kubo: Não, Hotaru-chan. No Arquivo Monokuma diz que ele morreu com o corte em seu coração.

– Uchida: Na verdade, não... “A vítima foi atingida por um golpe direto no coração e morreu momentos depois.”. Isso não especifica se foi pelo golpe ou não.

– Miyake: Realmente...

– Kinoshita: Mas por que puxar esse assunto agora? A arma do crime faz diferença, sendo que tem aquele painel enorme dizendo quais plantas são venenosas e quais não na cafeteria?

– Uchida: Bem, eu pensei que o assassino teria mais tempo de fugir se ele deixasse Yoshimura-san morrendo lá pelo veneno e fugisse depois de atacar o coração dele. Afinal, também diz que ele morreu ‘momentos’ depois. Eu acho que ‘momentos’ podem ser até alguns minutos.

– Chiba: Isso é um bom ponto.

– Takata: Monokuma, quanto tempo são ‘momentos’ pra você?

– Monokuma: Vocês já pediram ajuda uma vez! Se eu ficar falando, não vou ser um juiz e sim um participante da discussão! – isso era pra ser um tribunal normal? Porque como juiz a única coisa que ele faz é bater o martelinho no fim – Maaas, se querem tanto uma ajuda nesse caso maravilhosamente bem feito, eu vou dar só mais duas, então escolham bem a próxima pergunta. Momentos são alguns segundos, não passa de 10.

– Uchida: Então, mesmo que ele perfurasse o coração e deixasse o veneno lá, em 2 minutos e 10 segundos é impossível fugir do terceiro andar para outro lugar sem ser visto por Kinoshita-kun ou Hirai-kun... Ignorem o que eu disse.

– Miyake: É bom fazermos assim, eliminamos situação por situação.

– Otonashi: E gente, entre todas as pistas, nenhuma pode ter causado um ferimento, qualquer que seja, se não as duas facas – ela falou assustada – Então como ele foi ferido antes? O pessoal do primeiro andar não achou nada que pudesse ter causado algum ferimento em nenhum dos quartos ou em qualquer outro lugar, certo?

– Tsuji: É, não encontramos nada, e inclusive nenhuma das facas de cozinha estava sequer úmida. – logo, também não poderiam ter sido usadas e depois lavadas.

– Chiba: Será que essa parte da teoria está completamente errada?

– Kubo: Não sei, mas acho que sim.

– Kinoshita: Hm... Então, o que fazer?

– Miyake: Vamos pular isso e ir para as outras incoerências. Sobre Yoshimura ter subido, ele pode só ter ido ver a beleza da estufa. Enfim, isso não importa muito. O que importa é como o assassino sabia que ele estaria lá em cima as 14 e pouco, embora isso possa ter sido coincidência enquanto ele procurava alguém pra matar.

– Kubo: Hm... Verdade – falou Fuyuki-chan – ainda tem isso...

– Otonashi: Ah, sobre a parte final, da mensagem de morte, talvez o assassino tenha perdido a razão depois de matar alguém. Ninguém fica completamente são depois de matar alguém, então ele só tentou escrever algo aleatório porque não conseguia pensar em mais nada.

– Tsuji: Isso seria aceitável.

– Chiba: Mas realmente não há uma explicação para o sangue que deveria estar no assassino e no sangue quase seco. Posso gastar nossa última pergunta ao Monokuma?.. –perguntei, esperando um não. Afinal, ele pode responder só mais uma pergunta, então temos que saber com o que gastar.

– Takata: Vai, pergunta. Vai ser desperdício guardar pra depois se não soubermos quando usar, o que vai ser durante todo o julgamento. Faça uma pergunta que faça a diferença. E ajude no caso, como você sempre faz.

Então... Ele percebeu. Eu não estou sendo útil como sempre sou. Normalmente eu só consigo me focar no class trial quando alguém morre, então eu acho que sou mais útil nessas situações, e recentemente tenho conversado todo dia com Yoshimura-kun... Não, não devo me lembrar disso. Ele morreu, eu tenho que aceitar. Mas ainda assim, lágrimas caíram do meu rosto sem minha permissão.

– Chiba: Certo... – falei limpando as lágrimas que fizeram os outros perguntar se eu estava bem – Estou bem. Mas, Monokuma...

– Monokuma: Oiá, já vão fazer a outra pergunta? – falou enquanto tomava mel num pote que apareceu lá.

– Chiba: Qual é a pista que não estamos usando? – falei determinada.

– Monokuma: Hm... – ele fingiu pensar – Sim... Há realmente uma pista que vocês não estão usando.

– Hirai: Sério?! Qual é?

– Monokuma: Ora, você e seu namoradinho deveriam saber mais que todos! – falou mostrando as garras – A ‘música’!

– Takata: Música? – ele não entendeu, ou melhor, não compreendeu a primeiro momento do que Monokuma estava falando.

– Hirai: AH É! – ele se lembrou – Como pude esquecer algo tão importante?!

– Takata: Música? – ele ainda não parece entender.

– Hirai: Ai sua anta, a música que ouvimos quando chegamos no terceiro andar!

– Takata: Não precisava do anta! – rebateu chateado.

– Chiba: Como era essa música?! – ela falou apressada.

– Hirai: Eu não lembro direito...

– Chiba: Por favor, lembre-se logo! – falei e logo Miyake-san disse para termos um minuto de silêncio, para que eles conseguissem lembrar.

Hirai-kun às vezes fazia uns barulhos, acho que tentando imitar a melodia da música.

– Hirai: Acho que era alguma coisa assim: Got a secret / Can you keep it? / Swear this one you'll... save? – ele falava incerto.

– Chiba: Ah, eu conheço a música! É uma das músicas favoritas de Yoshimura-kun!

– Kubo: E-eu não sabia...

– Chiba: O nome é Secret, e é a música-tema da série Pretty Little Liars. Ele ouvia bastante nas nossas reuni- – eu logo tampei a boca, mas...

– Miyake: Nas nossas o quê? – falou ela, assustadora – Continue falando.

– Chiba: – eu engoli saliva e continuei – Nas nossas reuniões secretas...

– Otonashi: Como assim reuniões secretas?! – ela gritou.

– Chiba: Depois eu explico... – falei soando frio com os olhos fechados.

– Hirai: Onde essas reuniões aconteciam? Por acaso na cena do crime? – ele disse desconfiado.

– Chiba: Hnm... É. – eu sabia que só pioraria se eu mentisse, então continuei a falar a verdade... Por mais que me enchessem cada vez mais de perguntas e eu já estava com dor de cabeça.

– Miyake: Depois eu quero detalhes disso – ela falou serena e mortal – isso é, se você sobreviver a esse julgamento.

Eu já hiperventilava, chorava e estava morrendo de dor de cabeça...

– Chiba: Antes de tudo, eu vou desvendar esse caso! – me impus a todos ali presentes, mesmo com o rosto em lágrimas – Nem que... Nem que eu seja a culpada! – falei determinada.

Ninguém falou mais nada, então eu aproveitei a oportunidade e comecei a falar.

– Chiba: Ah – ofeguei – Então, a música... A música me deu uma ideia.  A ‘história’ da música é sobre duas amigas. Num certo dia, – falei enquanto limpava as lágrimas – a garota A decide contar um segredo para a garota B. Ela o faz, mas depois de algum tempo, vê a garota B falando pelo telefone o segredo dela para alguém, e então a mata. – parei pra respirar e então continuei – “'Cause two can keep a secret / If one of them is dead”; os únicos que mantinham segredos e que Yoshimura-kun conhecia eram nós mesmos. E a música só cita que um dos que mantinham segredos tem que morrer. Yoshimura-kun morreu, então eu não devo morrer...

– Kubo: Como assim... Eu já não estou entendendo nada... – falou ela chorando.

– Chiba: Fuyuki-chan, não chore. Com certeza ele fez algo para você ajudar também, pense bastante.

– Kubo: Algo para mim?

[Hangman's Gambit] – Kubo

Algo que Kazuhiko-kun deixou para mim?

...

I-S-A-A-C!

[Hangman's Gambit] – Kubo – Fim

– Kubo: Sim! Como pude ser tão incompetente?! Isaac é o protagonista de uma história minha que eu não publiquei e apenas Kazuhiko-kun sabia da existência.

– Otonashi: C-como é essa história?

– Kubo: Eu tenho vergonha dela, mas vida que segue:

“Isaac nasceu num pobre vilarejo e vivia todos os dias com muitas dificuldades, mas havia uma única coisa que lhe dava a energia para viver: Sua amada, de nome Vivian.
Num dia que deveria ser memorável, quando Isaac finalmente declarou seu amor à Vivian, o rei do país em que eles viviam veio à seu humilde vilarejo.
O senhor disse que uma vidente havia previsto que, caso seu filho tivesse filhos com a filha do líder da cidade, seriam a descendência mais bonita de todas.
O rei, extremamente vaidoso e arrogante como era, acreditou nisso.
E de fato, Vivian era filha do líder do vilarejo.
Isaac lutou com o príncipe, de nome Antonius, em nome de sua amada. Mas para a surpresa geral, Vivian intrometeu-se na luta.
Ela disse para Isaac que o que ela queria era ir com o príncipe.
O príncipe Antonius, Vivian e o rei então partiram, sem mais afazeres numa vila pobre, deixando Isaac de coração partido, que foi viver na floresta, longe dos outros.
Vivian, por mais que odiasse tudo o que vivia no palácio real, com mimos e tudo o que queria, devido à sua natureza forte e determinada, se esforçou para, como rainha, restaurar a economia, balanceando o dinheiro pelo país, já que antes, muitos viviam na miséria devido à concentração de capital no palácio.
Depois de vários anos, Vivian consegue visitar seu vilarejo natal e procura por Isaac, mas é perseguida por alguns soldados reais e o impiedoso príncipe Antonius, agora rei e pai de dois filhos.
Após ter cumprido o seu papel, que era ter filhos com o Rei Antonius, ela já não era de utilidade para ele, e ele estava pronto para matá-la, mas Isaac soube da volta dela e voltou de sua morada na floresta para protege-la.
Depois de travar uma luta de vida ou morte, derrotou todos os soldados e o próprio rei, mas ficou muito ferido e morreu por perda de sangue.
Agora a única líder do país, Vivian dedicou o resto da sua vida a ele, e somente a ele.

Isaac se sacrificou para salvar Vivian, e Vivian sacrificou sua vida para salvar o seu país.

Embora eles nunca tenham conseguido ficar juntos apropriadamente, eles se uniram pela coragem. A coragem de jogar tudo fora por um bem maior.”

– Uchida: Uhnnnn... Essa é uma história linda – falou ela, limpando as lágrimas – Triste, mas linda... Não precisa ter vergonha dela.

– Takata: Enfim, no que isso nos ajudou? – ele disse – pra mim estamos no mesmo nível de entendimento do caso que antes.

– Kubo: A moral de toda essa história é que Isaac se sacrifica para salvar Vivian, e então Vivian se sacrifica para manter todos salvos.

– Hirai: Então – ele falou, apontando para o estandarte de Yoshimura-kun – Yoshimura-kun se sacrificou para salvar ‘Vivian’?

– Miyake: Então, ele e o assassino trabalharam juntos no caso?! Ele queria que o assassino o matasse então o ajudou no plano, para que pudesse ser ‘Isaac’?

– Kinoshita: É bem a cara do Yoshimura. – ele prendeu o cabelo num coque – Ele sempre foi altruísta demais.

– Uchida: Assim sendo, tem algo errado. A Vivian de Yoshimura-san não é Kubo-san?

Fuyuki-chan corou muito, e Takata-kun e Otonashi-san riram, até que todos lembramos que ele estava morto.

– Uchida: ...Fuyuki-san não ia ser afetada pelas regras, então porque ele fez isso?

– Chiba: Eu não queria falar isso...

Eles discutiam mais e mais, mas ninguém chegava num acordo.

– Chiba: Isso com certeza magoaria Fuyuki-chan...

Kinoshita-kun, que fica ao meu lado no Class Trial, notou algo errado comigo.

– Kinoshita: Chiba-san?

– Chiba: ...

– Kinoshita: Você está com medo de falar alguma coisa? – fiz com a cabeça que sim e ele continuou – Eu sei que pode ser difícil falar certas coisas, mas a pior coisa do mundo é você guardar algo e se arrepender depois, ou não ter chance de falar novamente.

– Chiba: Obrigado, Kinoshita-kun – não sabia que ele era bom em dar conselhos, mas me sinto aliviada.

Ok, vou falar.

– Chiba: Pessoal! – chamei a atenção de todos – Eu sei porquê Yoshimura-kun fez tudo isso.

– Otonashi: Sério?

– Chiba: Sério. – suspirei profundamente – Hoje de manhã, depois do café, Yoshimura-kun se declarou pra mim! – berrei, logo colocando minhas mãos sobre o rosto com vergonha.

Fuyuki-chan apenas me olhava com um rosto surpreso, e os outros também.

– Miyake: Mas... Quê?! Hã?! – ela olhava para mim e para Fuyuki-chan – HÃÃÃ?

– Chiba: O que aconteceu foi o seguinte...

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Flashback ON

≈Dia 21 – 08:11 AM≈

Tanto eu quanto Yoshimura-kun estávamos na sala de aula B do segundo andar, para discutirmos nossas teorias, como fazemos todos os dias. Normalmente fazemos isso mais tarde, mas ele disse que tinha outra coisa pra contar hoje, então queria que fosse o mais rápido possível.

– O que você queria me contar, Yoshimura-kun?

– Er... Chiba-san... Na verdade, eu... – ele falava com vergonha e tremendo –Eu gosto de você!

– Eu também gosto de você. – falei.

– Eh?

– Eu gosto de todos aqui.

– Ah... Não é esse gostar... – ele falou com a mão sobre o rosto, suspirou e então falou – Eu quero na-namorar com você! AH! Eu não sei fazer isso!

– Er? Hm... Você diz, co-comigo? – eu estava atordoada, porque ninguém nunca havia antes me pedido algo assim, não sabia como reagir – Hn... Eu... Só me dê um tempo pra pensar, ok?

– Hã... Certo. – eu consegui perceber com clareza a decepção dele.

– Mas o que houve..? Você não gostava da Fuyuki-chan? – perguntei.

– É... Sim. Mas... Eu não sei... Eu gosto de você... Também. – ele falava lentamente – Eu realmente não sei, é como se... Ah, desisto. Realmente não sei. A única coisa que eu sei é que eu gosto de você, então vou te dar o tempo de pensar... Porque isso é o certo. – ele falou, enquanto abria um lindo sorriso. Mas eu sabia que ele estava magoado pela minha resposta e só conseguia sorrir daquele jeito por ser o Ator de Nível Super Colegial...

– Isso me lembra de uma outra teoria que eu criei hoje... Preciso que você ouça. – falei, tentando mudar de assunto – Eu acho que-

Ambos então ouvimos o barulho do celular que indicava uma nova regra.

– De novo? – ele falou com uma lágrima escorrendo pelo rosto, enquanto puxava seu Avatar Eletrônico, coisa que eu também fazia.

Regra Temporária nº 4: É proibido falar secretamente com outro aluno.

Um dos televisores que havia espalhados pela aeronave, assim como as câmeras, ligou.

  Uma regra foi desobedecida. Chiba Mai-senpai será executada daqui a três dias  

E..u..? – pensei, enquanto deixei meu Avatar Eletrônico cair no chão, chocada.

Logo eu olhei para Yoshimura-kun, afinal, eu ser executada logo que ele disse que queria namorar comigo não deve ter causado um bom efeito.

E ele estava com uma cara de temor misturada com uma de susto.

– Me desculpe... – ele andou até a porta e saiu, batendo-a com força.

Me desculpe... – eu pensei, chorando muito.

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

Flashback OFF

Class Trial

– Chiba: Logo que eu desci, falei com todos para não se importarem, e fui ao meu quarto. Fui almoçar meio dia e então voltei novamente até o meu quarto. Essa foi a última vez que vi Yoshimura-kun... – falei em pesar.

– Kubo: Kazuhiko-kun... – ela chorava, lágrimas de amor e tristeza.

– Hirai: Kubo-san... – Hirai-kun abraçou Kubo-san num ato de condescendência.

– Miyake: ...Mesmo assim, mesmo com Yoshimura ajudando o assassino, algumas coisas parecem impossíveis, como o assassino fugir do terceiro andar antes que Hirai e Takata chegassem e estar sem respingos de sangue. – ela não tinha certeza se deveria continuar falando do caso, mas achou melhor. O que acontece se Monokuma resolver criar uma regra de tempo-limite?

– Otonashi: Bem... Restam três perguntas, certo? – ela falou, tentando continuar – Já que Yoshimura-kun trabalhou em conjunto com o assassino, ele pode ter se ferido e colocado o band-aid, sabemos que ele subiu... Para morrer... E que não precisaria ser amarrado.

[Logic Dive/Brain Drive] – Chiba

Pergunta 1: Como o assassino estava sem sangue na roupa?

a) Ele usou a camisa da vítima como proteção

b) Ele se trocou

c) Ele estava com sangue

Pergunta 2: Porque escrever ‘one of us’ na parede?

a) Para eu me lembrar da melodia da música

b) Para eu me lembrar da letra da música

c) Para eu me lembrar da história da música

Pergunta 3: Como o assassino fugiu a tempo?

a) Ele usou uma passagem secreta

b) Ele não fugiu

c) Ele estava na sala do incinerador

– Chiba: É isso!

[Logic Dive/Brain Drive] – Chiba – Fim

– Chiba: Entendo... Então foi isso que aconteceu. – falei, depois de desvendar finalmente esse caso – Eu descobri a verdade por trás desse caso.

– Miyake: De verdade?! – ela parecia aliviada por eu ter descoberto essas grandes falhas na nossa teoria.

– Kubo: ..! Espere, então como o assassino estava sem sangue?! – ela falou olhando pra mim com raiva. Ela... Também percebeu, certo?...

– Uchida: Kubo-san? – ela questiona o estranho comportamento da nossa companheira.

– Chiba: O assassino estava com sangue. – falei determinada.

– Hirai: Como assim? – ele disse confuso.

– Kubo: Hnm! Porque ele escreveu ‘One of us’ na parede?! Diz! – ela parecia ainda mais nervosa.

– Chiba: Ele queria me lembrar da história da música favorita de Yoshimura-kun, ou melhor dizendo-

– Kubo: Pode parar por aí!

[MTB/PTA/Theory Armament] - Kubo

"Ele não pode ter feito isso!"

"Isso é mentira!"

"Me mostre provas!"

"Não, não, não!"

"Chiba, sua idiota!"

"Isso é impossível!"

"Como você explica a faca curva do outro lado da sala se ele morreu assim que a mesma perfurou seu coração?!"

– Chiba: Isso quebrará o engano e nos levará à verdade!

AR-QUIVO-MO-NOKUMA!

– Kubo: Ah! Hn... – ela engoliu saliva e se afastou um pouco.

[MTB/PTA/Theory Armament] – Kubo – Fim

– Takata: DO QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO? AAAAAAAAAAAH!

– Kinoshita: Expliquem pra a gente também!

– Uchida: Eu não tô entendo nada...

– Tsuji: Entendo... Então isso aconteceu.

– Miyake: Tsuji poderia explicar? As outras duas não parecem em boas condições para isso – ela disse, olhando para Kubo-san ofegante e eu ajoelhada de cansaço.

– Tsuji: Claro, Miya-chan. É o seguinte: foi suicídio.

– Otonashi: Su-Suicídio?! – ela perguntou descrente.

– Kubo: É... Foi suicídio. – ela falou, do outro lado da sala.

– Otonashi: Yuki-chan?!

– Kubo: Permitam-me revisar esse caso, do início... Para me redimir pelo meu surto agora há pouco.

[Closing Argument] – Kubo

Ato 1:

Esse caso começa no sexto dia do tempo limite de sete, quando Tsuji, Takata, Kinoshita e Chiba estão marcados para serem executados no sétimo.

A vítima quer impedir mais assassinatos, então ela decide se matar. Ela pergunta à Monokuma, em seu quarto, se isso contaria, e o mesmo responde que só conta se for um mistério que renda um bom Class Trial.

Ato 2:

A vítima estava andando pelo segundo andar enquanto pensava em como fazer um bom mistério, quando viu que Kinoshita estava na sauna. Ele então viu que, em cada uma das ombreiras de aço que Kinoshita sempre usa, havia facas curvas escondidas. Ele pegou uma sem que Kinoshita visse. Ele também deixou um papel com um aviso "Esteja na sala do incinerador às 14:15. Não se atrase. E jogue esse papel no incinerador assim que chegar. Eu achei algo que pode nos tirar dessa Aeronave", o que fez Kinoshita parecer culpado, pois não tinha álibi e estava perto da cena do crime (inclusive no melhor lugar para eliminar pistas) no momento de encontrarem o corpo.

Ato 3:

A vítima foi na cafeteria pegar a faca que seria outra arma do crime e a colocou sob o seu suéter. Ele achou que se usasse duas facas poderia ser misterioso para descobrir a arma do crime. Uchida o viu enquanto saía da cafeteria. Logo depois, ele foi à seu quarto, tirou a roupas, atacou seu abdômen (com a faca de cozinha) e mordeu a língua para não gritar. Colocou um band-aid. Trocou de roupa para duas camisas com a cor do sangue e colocou o suéter por cima. Seguiu para o segundo andar, onde Otonashi o viu subindo as escadas para o terceiro. Ele a cumprimentou, aguentando a dor sem relcamar e depois foi pegar fita adesiva na sala de artes.

Ato 4:

A vítima então foi até a Sala de Aula B no terceiro andar. Ele colou muita fita adesiva na sua boca, cortou seu braço esquerdo (ainda com a faca de cozinha) e com seu sangue escreveu ‘Isaac’ e ‘one of us’ na parede. ‘Isaac’ foi para lembrar-me da minha história não publicada e ‘one of us’ foi para lembrar Mai-chan da história da música, em que uma amiga mata a outra. Mas na verdade, o ponto que ele queria lembrar é que uma sobrevive e uma morre.

Se cortou mais, até o quanto ele achava que aguentaria sem desmaiar, e espalhou sangue por várias partes da sala. Ele deixou a faca de cozinha do seu lado, um pouco distante.

Ato 5:

A vítima tirou suas camisas e seu suéter e colocou seu MP4 para tocar ‘Secret’, tema de abertura de Pretty Little Liars, uma de suas séries favoritas, e o jogou para o outro lado da sala pelo chão. O objetivo era levar todos àquela sala com o som suspeito e usar o fim das letras da música como pista.

Ato 6:

Num ato definitivo, a vítima perfurou seu coração, acabando com a própria vida, usando a faca curva de Kinoshita, e no último suspiro, jogou-a do outro lado da sala, depois caiu no chão.

Momentos depois, Hirai e Takata, que estavam indo ao bar, ouviram a música e acharam o cadáver.

Não é isso, Mai-chan?

[Closing Argument] – Kubo – Fim

– Chiba: Isso é tudo, sim...

– Uchida: Isso é inacreditável... Nem parece que quem planejou tudo isso foi o próprio Yoshimura-kun...

≈Hora da Votação≈

P.O.V.: Fuyuki Kubo

– Monokuma: Votem em quem vocês acreditam que é o culpado!

⌇ ----------------------------------------------------------------⌇

– Bingo! Vocês acertaram! O assassino do ator de nível super colegial, Yoshimura Kazuhiko-senpai, é exatamente Yoshimura Kazuhiko-senpai! Hahahahahahaha! – ele deu aquela risada satânica. Tem certeza que ele não é o Monoakuma?

É... Acabou. Kazuhiko-kun realmente... Se matou.

– Bem, é bem chato o assassino não estar vivo para eu poder executá-lo – falou Monokuma – O que eu devo fazer? Hm...

– Você não pode executar nenhum de nós, certo? – falou Tsuji-san – Não desobedecemos nenhuma regra nem matamos ninguém.

– Hm... – ele pensava – Upupupu... Tive uma ideia...

– Isso não parece bom – falou Takata-kun.

O que mais me incomoda nisso é que eu não tinha a menor ideia disso tudo. Eu não sabia que ele gostava da Mai-chan; não sabia que ele se mataria em nome de alguém; não sabia de nada do plano dele; não conhecia uma das músicas favoritas dele; não saberia que ele deixou uma pista para eu ajudar a todos se Mai-chan não tivesse dito...

Eu não sabia de nada! Como pude ser tão determinada na investigação pra passar essa vergonha que eu fui aqui?! Eu nem mesmo aceitei que ele podia ter se matado então tentei contradizer Mai-chan com todas as minhas forças, embora no fundo eu soubesse que estávamos no caminho certo.

Eu sou tão patética!

E agora estou aqui, chorando, e tendo que ser confortada por Mai-chan e Yue-chan. Eu não queria isso! Eu não queria que ele morresse! Eu não queria que ninguém morresse! Por que isso teve que acontecer com a gente?!

Você não deve se culpar... Foi só um horrível acidente. Tenho certeza que ele iria querer que você superasse isso, também.

– O quê?! – me virei para os lados, para tentar descobrir de onde veio a estranha e nostálgica voz que ouvi.

– O que foi, Yuki-chan? – falou Yue-chan para mim. Ela não ouviu?

– Eu tenho a sensação de ter ouvido alguma voz familiar... – falei baixo.

Essa voz...

– Isso me lembra... – falou Mai-chan, embora eu estivesse concentrada pensando – Pessoal, vão até a sala de aula B amanhã às 15:30. Eu vou explicar tudo o que vocês não sabem lá, naquele horário.

Essa voz...

– Eu já tinha até me esquecido disso – falou Hotaru-chan.

Eu a conheço...

– Eu quero saber de tudo – falou, num tom de autoridade, Miyake-san.

Não pode ser... A pessoa dona dessa voz nunca falou isso...

– Pessoal, por enquanto, vamos ter um minuto de silêncio, para honrar a memória dele... – falou Hirai-kun.

Não tenho certeza, mas essa voz é...

– É... Como Yoshimura-kun fazia. – falou Kinoshita-san.

Minha?


Notas Finais


Eu quero saber de quem vocês suspeitaram shaushuahsuahsua

Esperavam isso? Fiquei com um pé atrás por causa que é quarto caso então podiam pensar 'é igual a Sakura', espero que não tenham pensado isso logo no início ;--;

Obrigado por lerem e, por favor, comentem o que acharam e o que esperam <3


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