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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 3: Bonds


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


Oi pessoas! Quanto tempo sem postar, desculpem :x
Estou morrendo de sono, então amanhã eu talvez edite as notas, e.e
A capa do capítulo é o segundo andar.
Acho que vai ter mais um ou dois capítulos antes do class trial do chapt. 2
Er... Bem, boa leitura e desculpe qualquer erro.

Capítulo 5 - Capítulo 3: Bonds


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 3: Bonds

 

P.O.V.: Fuyuki Kubo

≈Dia 5 – 07:43 AM≈

Ontem Yamaguchi-kun foi executado por matar Daichi-san. Desde ontem não nos falamos. Eu estou deitada aqui, pensando na vida. Mas por mais que eu pense tudo que pensei há alguns segundos desaparece. Acho que vou me levantar. Vou andar pela aeronave procurando algo para fazer. Ao chegar à porta, vi que havia uma carta.

“Devido aos acontecimentos recentes, o café será as 08:00 da manhã. Espero que consigam descansar melhor. Eu também não estou bem...
Ass: Haruka Miyake”

– É, eu acho que isso era necessário. Mesmo Miyake-san e Oono-san não estão bem...

Suspirei.

≈Dia 5 – 07:49 AM≈

Estava andando até chegar perto do quarto da Hayashi-san.

– Ei – ouvi uma voz vinda de lá. Aproximei-me para ouvir melhor – O que você vai fazer daqui para frente?

– O que você quer dizer? – falou outra voz – Não tem o que fazer. Estamos presos aqui, lembra?

– Sim – falou a primeira voz, um pouco cabisbaixa – Mas, quero dizer... Ainda... Você ainda... Confia em alguém?

– Não... Exceto você, em ninguém.

– Tem certeza? – falou a primeira voz, com uma leve suspeita, ainda cabisbaixa.

Depois de alguns segundos, a segunda voz respondeu:

– ... Sim.

– Eu também não me sinto segura com mais ninguém... – suspirou a voz feminina, a primeira voz – Mas mudando de assunto você olhou o mapa?

– Não, por quê? – falou a segunda voz.

– O segundo andar foi aberto.

– O quê?! – falou a segunda voz, enquanto eu pensava a mesma coisa.

– Tem uma piscina, uma sauna, uma sala de artes com um depósito de materiais de artes, uma sala de música, sala de áudio e vídeo, sala de jogos, sala de documentos, uma sala de exercícios físicos e dois banheiros, um masculino e um feminino. – complementou a primeira voz, a feminina – Ao que parece, toda vez que ocorrer um Class Trial, um novo andar será liberado.

– Toda vez que... – falou trêmula a outra voz – alguém morrer...

A voz feminina tossiu.

– Você tem que descansar – falou a segunda voz.

Eu então decidi ir embora. É falta de educação ficar espiando os outros...

≈Dia 5 – 07:54 AM≈

Voltei ao meu quarto e escrevi o meu diário, o que havia esquecido de fazer antes.

“Dia 4

Daichi-san morreu. Como estava nas regras, investigamos e achamos o culpado no Class Trial. Yamaguchi-kun havia matado Daichi-san para poder rever seus amigos. Foi muito triste. Descobrimos também que Yamaguchi-kun estava namorando Hayashi-san e só Hirai-kun sabia. Hayashi-san está muito abatida. Eu não consigo descrever como me sinto nesse momento. Eu espero do fundo do meu coração que isso não se repita. Se isso se repetir... Eu não sei o que farei...”

Olhei as horas, faltavam dois minutos. Saí e fui à cafeteria.

≈Dia 5 – 08:02 AM≈

Ao chegar na cafeteria, apenas Hayashi-san, Kinoshita-kun e Hirai-kun não haviam chegado. Embora alguns segundos depois de mim, Hirai-kun chegou. Ele foi diretamente à cozinha, refletiu por um segundo, como se algo faltasse, e pegou algumas frutas e uma faca. Depois, já iria sair da cafeteria.

– Hirai-dono, – falou Oono-san – Para onde pensa que vai com essa faca?

Hirai virou o rosto em direção à Oono-san. Sua expressão estava extremamente cansada, como se não tivesse dormido nem por um segundo.

– Não se preocupe, não vou matar ninguém.

– Não foi isso que eu perguntei – respondeu Oono-san – O que vai fazer com essa faca?

– Hayashi está doente. Estou cuidando dela, apenas isso. Vou apenas descascar essas frutas para ela.

– ... Mesmo assim, espere Kinoshita-dono chegar. Não podemos acreditar no que você diz. Temos que ser precavidos e... – Oono-san então foi interrompido.

– Precavidos? Se precaver do quê? De alguém matar alguém? E sua precaução é não deixar pegarem uma faca na cozinha? – falou Hirai-kun – Existem tantas, tantas coisas nessa maldita aeronave que podem servir de objetos de assassinato, e, mesmo que não existissem, se alguém for matar alguém matará mesmo que seja com suas próprias mãos, ou você é ingênuo demais para acreditar nisso? Eu já disse que não vou matar ninguém, então cale a boca e me deixe em paz!

Hirai-kun estava extremamente assustador. Eu diria que na verdade, ele também está doente. Ao falar tudo isso, ele deu as costas e foi até o quarto de Hayashi-san, deixando Oono-san e outros sem reação. Alguns minutos depois Kinoshita-san chegou. Notando as expressões das pessoas, perguntou:

– Hirai-kun passou aqui?

– Sim... – respondeu Tsuji-san.

– Bem, vamos comer. Não adianta ficar pensando nisso – falei.

– Certamente – falou Hayakawa-kun.

Sentamos-nos e comemos pães com manteiga e queijo, além de café e suco. Eu já havia me acostumado com o gosto do café do Yamaguchi-kun...

– Pensando já pra frente, alguém pode fazer o almoço? – Falou Uchida-san, deprimida, lembrando que nosso cozinheiro havia partido.

– Se eu me lembro bem, Hirai sabe cozinhar – falou Takata-kun – Bem, não que isso importe agora.

– Eu sei... – falou uma não tão animada Yue-chan.

– Eu também – falou Kazuhiko-kun.

– Nós deveríamos continuar fazendo o que fizemos antes do caso, conversando e aumentando nossos laços – falou Miyake-san – agora já sabemos que só precisamos não ver as motivações do Monokuma que tudo dará certo.

– Eu concordo com isso – falou Kinoshita-kun – Aliás, devemos fazer isso principalmente pelo que aconteceu. Se continuarmos nos separando cada vez que algo ruim acontecer, jamais pararemos de nos matar. Isso é triste, mas é a verdade.

– Eu acho que também deveríamos conversar não só com algumas pessoas, e sim com todo mundo. Hirai-kun, Yamaguchi-kun e Hayashi-kun praticamente só conversavam entre si, e veja o que aconteceu. Não que eu seja muito extrovertida, mas eu, não, nós, devemos fortalecer nossos laços para evitar esse tipo de tragédia novamente – falou Tsuji-san.

– Bem, deveríamos também olhar o segundo andar. Após o caso, ele foi liberado – falei.

– Então vamos fazer isso agora – falou Oono-san.

Nós então saímos da cafeteria e nos dirigimos à escada que ficava no dormitório. Após subir, encontramos logo uma sala de jogos: Fliperamas, videogames antigos, videogames novos, jogos de tabuleiro, jogos de cartas, etc. Tinha de tudo.

– Uma sala de jogos! – exclamaram, ao mesmo tempo, Kinoshita-kun e Hotaru-chan.

Um pouco a esquerda, uma sala de música trancada.

– Huh? Por que essa sala está trancada? – Chie-chan questionou.

– Provavelmente Monokuma não quer que nós vejamos o que tem nela – Kazuhiko-kun respondeu.

– Ei, eu não escondo coisas dos meus alunos – falou Monokuma, que apareceu do nada, com suas garras a mostra – É só que se eu mostrar tudo, eu já vou ter que abrir o próximo andar no próximo caso, e aí vai acabar as coisas pra vocês explorarem.

– Não apareça assim... Eu vou ter problemas de coração... – falou Yue-chan.

Andando direto da entrada, uma sala de documentos, que muito interessou Miyake-san.

– Eu ficarei aqui. Vou tentar descobrir algo sobre a nossa situação – disse ela.

Andando dessa vez para a esquerda, havia uma sala com objetos de malhação e exercícios físicos.

– ... – Takata-kun havia demonstrado certa empolgação diante dessa sala, mas logo isso sumiu.

Ao andar um pouco mais, chegamos à piscina. Era enorme; Não sei como algo daquele tamanho pôde caber aqui. Diagonalmente à esquerda desse lugar, chegamos a uma sauna, que estava trancada. Indo pelo pequeno corredor que havia ali, havia dois banheiros, um masculino e um feminino. Para baixo, outro corredor, dessa vez com a sala de arte – Que estava trancada – e a sala de áudio e vídeo.

– Por que a sala de artes está trancada?! – falou Yue-chan – Que injusto!

– Se o mundo fosse justo, não estaríamos presos aqui – falou Tsuji-san.

– Não é? – falou Takata-kun, suspirando – Mas de qualquer forma, já acabamos então eu vou pro meu quarto, até mais.

Ele deu as costas e foi embora.

– Que comportamento estranho – pensei.

– Então as salas de música, artes e a sauna estão trancadas – falou Oono-san – Bem, acho que vocês podem andar por aí, contanto que tentem fazer amizades.

– Quem topa jogar? – gritou Kinoshita-san.

– Euu! – respondeu Hotaru-chan. Eles parecem bem animados para isso.

– Bem, acho que não custa nada me divertir um pouco – falou Oono-san. Espera, ele vai jogar videogame? E eu achando que ele não era um adolescente normal.

– Eu quero ir pra piscina! Yue-chan, Fuyuki-chan, venham também! – falou Chie-chan.

– Certo, vai ser divertido! – falei, animada.

– Err... eu – falou Yue-chan, antes de ser interrompida por Chie-chan falando “Vamos, vamos!”.

– Acho que vou para a academia – Falou Hayakawa-kun – faz tempo que não faço nenhum exercício.

– Eu estava pensando na mesma coisa, haha – falou Kazuhiko-kun.

– Chiba-chan e Tsuji-san, e vocês? – perguntei, já que elas não pareciam querer se juntar a nenhum de nós.

– Eu acho que vou cuidar das minhas plantas lá em baixo, depois decido outra coisa pra fazer. Se eu não cuidar delas certinho, vão murchar – falou Chiba-chan.

– Eu... Vou ver o que Miyake-kun achou lá. Na sala de documentos – falou Tsuji-san, depois de pensar um pouco.

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≈Dia 5 – 08:23 AM≈

P.O.V.: Haruka Miyake

– Mas... Isso é...

Alguém abriu a porta. Esta pessoa era Tsuji.

– Que sala bagunçada – falou ela.

E realmente, os documentos estavam todos bagunçados: papéis no chão, gaveteiros abertos e a mesa que havia também estava bagunçada. Olhando para mim, ela perguntou se eu havia achado algo.

– Sim, eu achei arquivos sobre todos nós. Tem nome, altura, peso, idade, descrição de como conseguiu o talento, o talento, sexo e o clube do fundamental – falei, ainda surpresa.

– O quê? Deixe-me ver isso – falou ela, chegando perto.

“Kohaku Tsuji

Bibliotecária de Nível Super Colegial

Altura: 1,72 cm Peso: 60kg          Idade: 17 anos  Sexo: Feminino

Ela sempre está com uma aparência triste, e as pessoas se sentiam intimidadas à falar algo em sua presença. Ela silenciava a biblioteca em que estudava e trabalhava como ninguém mais, apenas de estar lá. Isso, combinado com sua ótima memória e ótimo senso de organização, lhe concedeu o título de Bibliotecária de Nível Super Colegial.

Seu talento, assim como alguns outros, podem ser ineficazes frente a outros super-colegiais.

No fundamental era do clube de literatura.”

– Incrível – falou ela, surpresa – está tudo certo. Conseguir informações detalhadas assim é difícil mesmo que seja de uma só pessoa, mas de 16?

– O controlador daquele urso... Não deve ser subestimado – falei.

– Isso também explica porquê meu talento não funciona com vocês.

– Será um Stalker de Nível Super Colegial? – falei, brincando.

– Mas... Espere. Se tiver de todos, podemos descobrir o talento da Uchida-chan! – falou Tsuji.

Realmente, eu não tinha pensado nisso. Fui então passando as páginas para trás, já que pareciam estar em ordem alfabética: Kohaku Tsuji, Kazuhiko Yoshimura, Hideko Kinoshita.

– Hã? – falei. Novamente passei a página do Kinoshita, mas ao invés de Uchida, estava Yoshimura.

– Se a página da Uchida-chan não está aqui, isso quer dizer... Que ela não é nossa colega?

– Acho impossível. Se ela não fosse nossa colega, ela seria quem está por trás de tudo isso, e se ela não fosse uma ótima atriz, ela nunca conseguiria nos enganar por tanto tempo. – falei – É mais fácil o talento dela ter algum segredo.

– Pode ser também – falou Tsuji - Eu só sei que isso é muito suspeito. Devemos manter o olho nela.

– Sim. Eu irei falar com Oono também; Mas tente não falar isso para mais ninguém. Se todos começarem a trata-la diferente, ela pode perceber.

– Sim – falou Tsuji.

– E por falar nisso, onde estão os outros? – perguntei.

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≈Dia 5 – 08:25 AM≈

P.O.V.: Mai Chiba

Eu estava descendo as escadas e então, no dormitório, vi Takata-san em frente a porta do quarto da Hayashi-san. Ele parecia indeciso se batia ou não na porta.

– O que está fazendo, Takata-san? – perguntei, assustando-o.

– Que droga... – falou ele – não me assuste assim.

– Desculpe, mas, o que está fazendo? – insisti.

– Eu queria ver como estão os dois – falou, corando – Mas... Bem...

– Você não sabe como e nem se deve fazer isso, certo? – falei por ele.

– Sim! Você é mais inteligente do que eu pensava! – falou ele, rindo e batendo nas minhas costas levemente.

– Como assim mais inteligente do que você pensava? – pensei, um pouco chateada – Se você quiser, eu posso ajudar você.

– Como?

– Vamos até o meu quarto.

– Ah... Isso sempre acontece... – falou ele, suspirando.

Depois de pensar um pouco, entendi a ambiguidade do que eu disse. Então, bem corada, falei:

– Não é isso... Só vem logo!

– Tá, tá – falou ele.

Chegando ao meu quarto, que é na frente do quarto da Hayashi-san, eu abri a porta. Takata-san se assustou com a quantidade de plantas que eu cultivava.

– Que incrível – falou ele – Tem tulipas, alecrim, rosas, cidreira, dente-de-leão, pluméria, malva, orégão, rosmaninho, orquídeas, tília, alfazema, magnólia, e muitas outras!

– Não é? – falei – Eu amo flores. Eu acho que não existe nada mais bonito que elas. São puras e, infelizmente, efêmeras, e por isso é maravilhoso cuidar e criar elas com muito cuidado. Fora isso, algumas plantas têm poderes curativos, então nós cuidamos delas e, quando estamos doentes, elas nos curam.

– É realmente uma visão maravilhosa – falou ele olhando os copos-de-leite.

 – Eu sugeri virmos aqui, pois podemos fazer algo como um chá ou remédio natural para os dois usando minhas plantas – falei.

– É uma ótima ideia! – falou ele, empolgado.

– Você realmente está preocupado com eles, não é? – perguntei.

– Eh... Sim... Bem, se eles seguirem agindo assim, vão ser suspeitos caso aconteça alguma coisa – respondeu ele – E caso os outros alunos ignorem as outras opções e votarem neles no Class Trial, pode ser problemático.

– Entendo. – respondi – Mas vamos começar.

– Certo, vou ajudar no que conseguir! – afirmou ele.

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≈Dia 5 – 08:27 AM≈

P.O.V.: Hideko Kinoshita

– Mwahahahaha! Eu venci! – falou Uchida-san.

– Nãoooo! – falei, lacrimejando.

– Ainda não! Vamos de novo! – falou Oono-san. Ele realmente tem força de vontade.

Estamos jogando The King of Fighters, mas Uchida-san é muito boa...

– Oono-san, como você obteve esse seu talento? – perguntei, enquanto sentei em um puff de que havia na sala de jogos, tentando puxar conversa.

– Minha família tem uma padaria – ele começou a explicar, sem desviar o olhar do jogo – Eu fiquei encarregado da segurança, pois meu pai havia ficado doente. Como morávamos em um lugar bem vazio, mal havia policiais, alguns ladrões se aproveitaram disso e tentaram invadir. Então eu comecei desde cedo a me preparar fisicamente para correr atrás de ladrões. Mas isso não foi muito necessário: Eu conseguia barrá-los assim que tentavam roubar algo. Não sei como, nem porque, mas eu consigo ver as coisas em câmera lenta ás vezes. Eu surrei tanto alguns que eles nunca sonharão em roubar de novo – falou ele, com os olhos brilhando.

– Assustador... – pensei – Mas então, sua família ainda está conseguindo se livrar dos ladrões? E seu pai ainda está doente?

– Não sei se minha família ainda vai conseguir vender as coisas tão bem se mim por lá, mas devo confiar neles, assim como confiaram em mim e me mandaram para cá. Bem, não para cá, e sim para o Colégio Topo da Esperança. Sobre meu pai, ele ainda está hospitalizado.

– Uma abertura! – pensou Uchida-san, usando sua habilidade mais forte, derrotando Oono-san – Parece que eu venci a batalha E a guerra, mwahahaha!

– Ah é? – pensei, nem um pouco surpreso com o resultado – E ninguém mais ri com “Mwahahaha”, é clichê.

– Kinoshita-dono! A culpa é toda sua! Você me tirou a concentração! – falou Oono-san.

– Mas você nem virou o rosto pra mim enquanto falávamos...! Que mal perdedor!

Os dois então se sentaram comigo.

– Mas quem tem o título mais estranho é você mesmo, Kinoshita-kun – falou Uchida-san.

– Minha história não é longa ou profunda como a do Oono-san. Eu sempre gostei de polir metais. Meu pai era um ferreiro, então eu sempre tive contato com esses materiais. Deixar todos os metais dourados: Esse era o meu objetivo de criança. Estúpido, não? Haha... – falei.

– Isso não é estúpido! É um sonho estranho, mas não é estúpido. – falou Uchida-san.

– Obrigado... – falei.

– Eu quero lembrar logo... do meu talento... – falou Uchida-san um pouco desanimada.

– Não se preocupe – falou Oono-san – Com certeza você se lembrará.

– Mas falando nisso, você se lembra de outras coisas? – perguntei a ela.

– Minha vida diária, meus pais, essas coisas? Se sim, me lembro – respondeu ela.

– Assim sendo, você não se lembra de fazer algo com frequência ou de algo que você goste muito? – falei – Isso pode ser seu talento.

– Não... Eu só me lembro de coisas normais e diárias, como comer, estudar, dormir e jogar.

– Você deve ser a Gamer de Nível Super Colegial – falou Oono-san – Só assim pra ter me vencido tantas vezes.

– Er... Isso é na verdade você tentando achar alguma desculpa por ter perdido – pensei.

– Eu não acho que seja isso... – falou ela.

– Hm... – pensei – Já sei! Vamos fazer um evento para tentarmos descobrir o talento da Uchida-san!

– Parece uma boa ideia – falou Oono-san – Vamos falar com os outros depois então.

– Sim! Eu talvez me lembre de algo, também! – falou Uchida-san – Obrigado!

– Mas – falei, me levantando – Agora eu vou ter minha vingança, Uchida-san!

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≈Dia 5 – 08:31 AM≈

P.O.V.: Otonashi Yue

– Ah... que gostoso... – falou Chie-chan, já dentro da piscina com a Yuki-chan.

– Por quê você não entra, Yue-chan? – falou Yuki-chan.

– Na verdade... Eu... Não sei nadar! – revelei, corada – Ai meu deus, que vergonha!

– Hahahaha – riu Chie-chan – Era por isso que você não queria vir?

– ...Sim. – falei com vergonha.

– Tudo bem, nós te ensinamos – falou Yuki-chan.

– Eu não acharia fácil assim, já tentei inúmeras vezes aprender, mas realmente não consigo...

– Tempo é o que mais temos – falou uma simpática Yuki-chan.

– Yuki-chan é tão agradável de se ter por perto... – pensei.

– Ei, Fuyuki-chan. Yoshimura-kun é seu namorado? – perguntou Chie-chan, para surpresa geral.

– Não, o q-quê? De onde você tirou essa baboseira? – falou Yuki-chan, corada – Somos só associados porque eu o conheci por intermédio de uma das obras idealizadas por mim ao inspecionar o elenco selecionado para a atuação da mesma.

– Isso não vai convencer ninguém, colega – pensou Chie-chan – Vamos treinar a natação da Yue-chan logo.

– Poder de persuasão: zero. – pensei, em seguida falando – É mesmo né?

Enquanto colocava a minha roupa de banho, Yuki-chan e Chie-chan conversavam.

– Chie-chan, que tipo de coisas você coleciona? – falou Yuki-chan.

– Tudo que eu ver e gostar eu coleciono – falou Chie-chan.

– Como assim tudo? De onde vem tanto dinheiro?

– Eu sou filha única de um juiz e uma advogada que mal param em casa. Eles trabalham tanto, que não me davam atenção. Eu recebia uma mesada altíssima mensal e com isso comecei as minhas coleções. Eu coloquei tantas coisas na casa antes tão solitária e vazia, apenas comigo, minha cuidadora e meus amigos imaginários para que nunca mais me sentisse solitária. Eu tenho tantas coleções de bichos de pelúcia que eu nem consigo contar. Às vezes, a Sr. Dahlia, que é minha cuidadora, ficava preocupada comigo, mas eu sempre soube que meus amigos existiam apenas na imaginação e que meus animais de pelúcia nunca ganhariam vida para brincar comigo, mas ainda assim gostava de fingir que tinha amigos. Mas não se preocupe, eu era bem cuidada. A Sr. Dahlia perdeu o bebê dela depois de sofrer um acidente de carro, e por isso cuidava de mim como sua filha. Mesmo assim, eu sofria por todos na minha escola me evitarem ‘por que eu era rica’.

– Eu não queria te fazer lembrar-se disso, desculpe... – falou Yuki-chan.

– Parece que todos têm histórias tristes...  – pensei.

– Não é nada! Eu já superei.

– Certo... – falou Yuki-chan.

Eu terminei de me trocar para uma roupa de banho.

– Vamos começar? – falou Yuki-chan.

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≈Dia 5 – 08:33 AM≈

P.O.V.: Kazuhiko Yoshimura

– Devo admitir que você não parecesse muito o tipo que se exercita – falou Hayakawa-kun, ofegante depois de se exercitar.

Ele então pegou uma garrafa de água e começou a beber.

– Como ator, eu tenho que me preocupar com minha aparência, haha – expliquei um pouco ofegante, e logo depois me girei e deitei no chão, um pouco cansado das flexões.

– Entendo – falou ele – Mas você parece cansado... Quer uma massagem?

– Um convite do Acupunturista de nível super colegial? Sendo assim, eu aceito – respondi, dando um ligeiro sorriso.

– Que bom, haha! Se eu perder a prática pode ser que eu perca o meu talento, então queria fazer uma massagem em alguém.

– Que modesto – falei – Eu sei muito bem que você acabou com todos os outros massagistas da sua terra natal, onde haviam muitos pois era uma cidade com inúmeras fontes termais que praticamente vive de turismo.

– Isso é exagero, hahaha – falou ele, fechando os olhos enquanto ria – Mas você realmente tem uma reputação grande também, sabia?

– É?

– “Kazuhiko Yoshimura, 16 anos, um ator que fica bom em qualquer papel, que consegue atuar tão bem que os espectadores duvidam se aquilo é realmente uma atuação ou a realidade.” – falou Hayakawa-kun.

– Isso é exagero, haha – comentei, parodiando o que ele disse ao ter falado sobre o seu talento.

– Vamos até o meu quarto para fazer a massagem – falou ele – podemos conversar mais lá.

– Certo.

Ele se levantou e me deu sua mão para eu me levantar, já que ainda estava deitado. Depois de vestirmos nossas camisas, saímos da academia.

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≈Dia 5 – 08:36 AM≈

Ao descermos para o primeiro andar, vimos Takata-kun saindo do quarto de Chiba-san e indo à cafeteria.

– Oi! – falei, chegando por trás dele já na cafeteria com Hayakawa-kun.

– Que susto! – falou ele – Eu ainda morro hoje...

– Hm? – pensou Hayakawa-kun, não entendendo.

– O que está fazendo? – perguntei.

Ele então explica tudo, enquanto pega um bule, açúcar e um copo de água.

– Então, quer ajudar eles na situação que eles estão para eles não serem tratados com diferença? – perguntei.

– Não foi isso o que eu disse! Eu só não quero que os outros votem neles nos Class Trial’s apenas por não estarem conosco a maioria do tempo. – falou ele, um pouco afobado – De qualquer forma eu vou pro quarto da Chiba-san terminar de fazer os remédios e chás.

Ele rapidamente saiu da cafeteria após falar. Nós seguimos o nosso objetivo e fomos até o quarto do Hayakawa.

– Por favor, deite-se. Ah, e tire o suéter.

Eu então tirei o meu suéter e me deitei na cama dele, de bruços.

– Sua cama não é tão acolchoada como a dos outros quartos, não é? – falei, percebendo a diferença.

– Caso se faça a massagem em uma superfície acolchoada, a pressão será absorvida. Mas eu também não gosto de fazer massagens com a pessoa deitada no chão, acho que é desconfortável. – falou ele, tirando o seu anel e sua pulseira.

Em uma das gavetas havia alguns óleos, que eu não consegui ver direito, pois já estava deitado. Ele pegou um óleo vegetal e passou nas mãos.

– Vou começar, Yoshimura-kun.

– Ah... Que coisa boa. – pensei – Você realmente é bom em qualquer tipo de massagem, não é?

Ele deslizou suas mãos nas minhas costas ao mesmo tempo na região da cintura até o pescoço algumas vezes. Ele então massageou meus ombros, empurrando levemente.

– Sim. Eu aprendi com minha mãe. – falou ele, sem perder o foco.

Ele fez o mesmo movimento de antes, o de empurrar, mas agora nas minhas costas, um lado de cada vez.

– Que tipo de pessoa era ela? – perguntei.

– Minha mãe é uma ótima massagista. Ela tinha muitos clientes, e era muito gentil e honesta. É o tipo de pessoa que não desiste dos seus sonhos, e por isso conseguiu ser uma ótima massagista, mesmo sendo muda.

– Ah... Desculpe-me – falei um pouco arrependido de ter perguntado.

– Tudo bem, mas relaxe, se não eu não consigo fazer a massagem.

Com os polegares, ele fez movimentos circulares ao redor da coluna na região do pescoço em direção à cintura. Ele continuou a massagem por algum tempo.

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≈Dia 5 – 11:50 AM≈

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Juntamo-nos para almoçar, e já estávamos todos cansados. Hirai-kun e Hayashi-san não estão aqui. Yue-chan e Kazuhiko-kun terminaram de fazer o almoço em meia hora.

≈Dia 5 – 00:40 PM≈

Depois de 10 minutos, todos já havíamos comido. Miyake-san chamou Oono-san para um pouco longe e falou algumas coisas com ele, mas não consegui ouvir. Depois, Oono-san ficou a frente de todos e começou a falar.

– Eu vou agora anunciar um festival! – falou ele, alto.

– Hã? – falou Chie-chan – festival?

– O objetivo será melhorar os nossos laços.

– De novo isso? – falou Takata-kun.

– Algum problema? – falou amendrontador.

– Não, nenhum – respondeu Takata-kun, logo virando o rosto e assobiando.

– Ei, como ele vai funcionar? – falou Hayakawa.

– Bem, haverá várias coisas nele. Um dos objetivos é fazer um evento em que cada um tentará uma coisa para fazer Uchida-kun se lembrar do talento dela. – falou Kinoshita-kun.

– Hehehe – riu ela, um pouco envergonhada.

– Aproveitando a oportunidade, Kubo-dono, você poderia criar um roteiro para uma apresentação teatral? Pode ser qualquer coisa. – perguntou Oono-san.

– Claro! – respondi sem hesitar – Seria uma honra!

– Também gostaríamos que alguns de vocês mostrassem seus talentos em um Show de Talentos – falou Kinoshita-kun – Vamos discutir a recompensa ainda, fora uma medalha de ouro real polida por mim mesmo, que em que gastei todos os meus Monocoins e o Monokuma ainda parcelou.

– Como assim parcelou? – pensou Chie.

– Bem, amanhã serão as preparações finais e depois já o evento – falou Oono-san.

– Dispensados – falou Miyake-san.

Como estou muito cansada de tentar ensinar Yue-chan a nadar, vou escrever o roteiro da peça, lanchar, tomar banho e dormir. Daqui para que eu acabe, já devem ser 17 horas.


Notas Finais


E aí, gostaram?
Tentei fazer com que não só a protagonista desenvolvesse laços e conversasse pra dar mais impacto quando alguém morrer, espero que tenha dado certo.
Vou tentar eliminar os clichês do caso (que eu já idealizei) enquanto isso e.e


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