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História Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 6: Change


Escrita por: Archryun

Notas do Autor


Sei que demorei, sorry, aulas voltaram e eu estou fora de sincronia ;-;
Fora isso, a semana passada eu tive um bloqueio criativo então por mais que eu escrevesse, saiam coisas ruins.

Mas postei, então boa leitura!

Capítulo 8 - Capítulo 6: Change


Fanfic / Fanfiction Danganronpa Remake: The Future Never Known - Capítulo 6: Change

P.O.V.: Shigeo Takata

≈Dia 8 – 11:23≈

Acabamos de sair do Class Trial. Todos foram logo para seus quartos... Eu consigo imaginar o porquê. Mas eu ainda tenho que falar com Hirai.

Eu fui ao seu quarto. Não havia ninguém lá...

Talvez ainda esteja na enfermaria...

Eu fui até lá. Ele estava sentado na maca enquanto olhava para uma câmera. Enquanto me aproximava, notei que ele chorava e também percebi a foto para qual ele estava olhando. Estavam ele, Hayashi-san e Akihiro-kun.

– Hm? – falou ele, me notando e limpando as lágrimas.

– Oi... – minha voz falhava. Mesmo eu sabendo que tinha que contar, me sentia mal – Eu vim aqui para...

– Não precisa dizer... – falou ele, fechando os olhos – Aika-san foi executada...

– Como sabe disso? – perguntei.

– Não se lembra? Eu fui atacado... Eu vi o rosto dela naquele momento...

– ...

– Eu... Eu só... – falou, entre lágrimas – Só queria proteger ela... Manter minha promessa... Eu queria ter percebido antes...

Eu apenas olhava para ele, entristecido...

– Eu queria ter sido um amigo melhor... Eu queria que eles dois estivessem aqui... Eu queria... Pelo menos ter me despedido... Por que é sempre com os meus amigos?

Eu me aproximei e o abracei. Ele moveu o rosto um pouco. Estava envergonhado.

Se você quiser ser um amigo melhor, sobreviva por eles!

Ele então parou de chorar, embora ainda tivesse lágrimas em seu rosto.

– Você quer que eles estejam aqui? Eles estão aqui, nos nossos corações! – ele levantou o rosto e eu continuei – Não é sempre só com seus amigos! Kinoshita-kun e Oono-san perderam Daichi-san, e Kubo-san e Otonashi-san perderam Honda-san. Você não deve esquecer os seus amigos, mas nunca deixar que a amargura que foi gerada por não os proteger se aposse de você! Por eles, você tem que sobreviver. Era isso que eles iriam querer.

Ele então me abraçou também.

– Obrigado, Takata. – falou ele, serenamente.

Obrigado, Akihiro-kun, Aika-san.

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Flashback ON

≈Dia 3 – 13:08≈

P.O.V.: Akiko Hirai

Nós nos juntamos para conversar novamente, dessa vez, no meu quarto.

– Vamos fazer uma competição! – falou Aika-san.

– Heh? De que tipo? – perguntou Akihiro-kun.

– Cada um de nós falará um segredo, e então, quem tiver o segredo eleito como o mais incrível, ganhará nosso apoio financeiro para comprar algo no Monoshop! Mas tem que ser um segredo mesmo, não pode inventar! – falou Aika-san.

Um segredo... Não é? – pensei – Eu acho que... Posso contar para eles...

– Então, quem começa? – falou Akihiro-kun.

Jogamos pedra-papel-tesoura. Eu venci, então sou o último. Akihiro-kun é o segundo e Aika-san é a primeira.

– Eu... Tenho uma doença. Periodicamente, os meus ossos enfraquecem e eu tenho que ficar deitada por alguns dias, de um a três dias.

– Isso é grave... – falou Akihiro-kun.

– Nunca ouvi falar dessa doença. – falei.

– É, eu também nunca ouvi falar até obter ela. Dizem que é um novo tipo. Eu não consigo lembrar onde eu consegui essa doença...

– Bem, agora eu. – falou Akihiro-kun – Eu fugi de casa.

– Ué, mas você falou isso ontem – falei.

– Desculpa, mas eu sou um santo, hahaha – respondeu ele.

– Sobrou eu... Eu... Na-na verdade... – falava, um pouco inseguro – Eu preciso que vocês prometam que não vão contar a ninguém.

Akihiro-kun colocou a mão sobre meu ombro direito.

– Pode falar. Nós juramos que não vamos falar nada pra ninguém – ele falou sério.

Pelo seu olhar, eu percebi que ele era confiável. Troquei olhares com Aika-san também, e então decidi falar.

– Eu... – falei bem baixo.

– Hã? – falou Aika-san, surpresa.

– Akiko...

E-eu não deveria ter dito nada..!  pensei hiperventilando.

Meus pensamentos foram interrompidos por um abraço de ambos.

– ?

– Era só isso? – falou Aika-san, demonstrando afeição, embora de olhos fechados.

Só isso?

– Não precisa ficar assim... Isso é algo normal. – falou Akihiro-kun.

Normal?

Eu então me lembrei da minha infância. Minha irmã mais velha, Amaterasu Hirai... E de meus pais a expulsando de casa depois de descobrirem que ela era como eu. Naquela época eu estava na sétima série, e guardei tudo para mim. Eu não tive coragem, como a minha irmã, e vivi uma vida de mentira. A realidade é que fui fraco, enquanto ela saiu de casa sem dizer uma palavra de adeus a meus pais. Eu desejava a ela paz e felicidade todo dia. Mas agora, eu sei que chorar e fingir não adianta.

Esse abraço... Esse abraço que as pessoas que eu amo um dia me deram...

– Mas – falou Aika-san – como comemoração de um novo nível de amizade, vamos tirar uma foto!

– Com que câmera? – falou Akihiro-kun.

– Hehe, eu comprei uma com 150 monocoins hoje.

Eu então limpei minhas lágrimas e fiquei entre eles, dando um grande sorriso para a câmera, junto com eles.

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Flashback OFF

≈Dia 8 – 11:25 ≈

Alguns minutos depois ele foi embora. Eu notei que havia um papel na cama, que não havia antes.

Esse é o mesmo tipo de papel da motivação de Monokuma. Deve ter caído do bolso da camiseta de Takata.

Eu peguei o papel e o li.

...

“O quarto na chamada tem uma queda pelo décimo quinto na chamada”

Então, logo você foi pegar o meu segredo? Eu duvido que isso foi aleatório, Monokuma. Mas acho que você calculou mal. Não me sinto mais aprisionado e nem desesperado. Meus amigos me ajudaram a superar o que quer que estivesse no meu passado. A esperança... Irá sempre triunfar perante o desespero.

Havia algo escrito embaixo, de lápis.

“Venha ao meu quarto quando estiver bem, eu vou contar o meu segredo”

Eu rasguei o papel e então eu fui ao quarto dele, já estava me sentindo melhor.

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≈Dia 9 – 07:58≈

P.O.V.: Hideko Kinoshita

Droga, porque eu sempre me atraso?! – pensei, sobre eu sempre dormir demais.

Ao chegar na cafeteria, todos já estavam lá. Tinha bolo de cenoura, e eu amo bolo de cenoura. Eu comi bastante e depois descansei ali mesmo.

≈Dia 9 – 08:16≈

Só eu ainda estava na cafeteria, descansando. Resolvi me levantar e ir andar por aí. As pessoas estavam espalhadas... Acho que é por causa do que aconteceu ontem.

Não que eu possa fazer nada sobre isso...

Enquanto emergia nos meus pensamentos, subi até o segundo andar.

Pensando bem, o terceiro não foi liberado, mas deve ter aberto algo nesse, então vou olhar.

Fui até a sauna. Estava aberto. Não parece que cabia mais que 10 pessoas ali. Depois fui até a sala de áudio e vídeo. Também aberta. Dizia “Sala de Áudio e Vídeo”, mas parecia mesmo um cinema. Haviam vários DVD’s perto de um computador que estava ligado com o projetor por um cabo enorme, já que o projetor ficava no teto e essa sala era alta. Por último, fui até a sala de artes, e para minha surpresa, Otonashi-san estava lá. A sala tinha vários quadros, alguns pintados, outros em branco, fora caixas com tintas e pincéis, e algumas mesas que supostamente estavam ali para que se sentassem e desenhassem.

– Otonashi-san, que surpresa! – falei, chamando a atenção dela, que estava desenhando algo num papel, sentada à um banco de madeira.

– Kinoshita-kun... Eu que o diga! – falou ela – De todas as pessoas, nunca o imaginei vindo aqui.

– Hahaha... – ri, um pouco forçado, pensando no porque dela pensar isso.

Puxei uma cadeira e me sentei ao lado dela. Olhei o que até então ela desenhava. Era um vestido, e pela aparência, de casamento. Estava um desenho lindo, nem lembrei que eram esboços.

– Por que desenhar um vestido de casamento? – perguntei. Não sei se foi a melhor forma de começar uma conversa, mas eu não costumo iniciar conversas então não estou acostumado.

– Minha mãe vai se casar de novo em breve. Eu queria fazer o vestido dela, afinal, eu sou uma designer.

– Eu não sei fazer muito fora polir metais, então acho que é bom você focar no que sabe. Aliás, o que aconteceu com seu pai?

– Meu pai, né... Não sei. Eu nunca o vi e sempre achei melhor não perguntar a minha mãe. Eu pensava que quando ela pensasse que eu deveria saber, ela falaria.

Aff... Não deveria ter falado isso. – pensei, em seguida falando – Mudando de assunto, você olhou as outras salas?

– Não, eu estava muito animada para desenhar. Queria muito fazer isso.

Eu sinto que estou atrapalhando, então vou sair daqui. Como não tinha nada pra fazer, peguei um dos DVD’s na sala de áudio e vídeo e comecei a ver um filme.

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≈Dia 9 – 10:01≈

– Ah, ah... Que final clichê. Vou descer e ir conversar com alguém.

E assim eu fiz. Desci as escadas e olhei o mapa para ver onde poderia ir. Eu acabei esbarrando na Miyake-san, que estava saindo de seu quarto, mas não caímos.

– Miyake-san... – falei, enquanto olhava para ela, um pouco corado – Você está muito bonita...

Miyake-san havia cortado o cabelo. Antes, ficava quase na cintura, mas agora está mais ou menos no ombro. Pessoalmente, eu acho que está bem mais bonito que antes.

– Ah, obrigado... – falou ela, seguindo o seu caminho – Ah é, se você vir alguém, diga que haverá uma reunião no horário do almoço para discutir sobre o segundo andar.

– Miyake-san! – chamei a atenção dela – Porque cortou o cabelo?

– Eu... Queria fazer lembranças. – eu comecei a andar ao lado dela, para não ficarmos parados conversando em frente aos quartos – Embora eu esteja vivendo essa vida escolar exótica com todos vocês, eu acho que se não me esforçar para fazer memórias eu posso um dia acabar esquecendo tudo isso.

– E isso, esquecer, não seria bom? – perguntei.

– Não, isso seria péssimo. Embora eu tenha passado por dolorosos momentos aqui, acredito que isso me fará mais forte no futuro. Fora isso, não posso esquecer as amizades que fiz aqui.

– Entendo...

≈Dia 9 – 10:42≈

P.O.V.: Mai Chiba

Eu estava no meu quarto, como sempre, cuidando das minhas plantas. Minha rotina era tomar café, cuidar das minhas plantas, almoçar, olhar a lavanderia (afinal eu era a responsável por lá) e voltar a cuidar das minhas plantas.

Aliás, por falar em responsabilidades, desde o primeiro caso que não obedecem direito aquela tabela de tarefas do Daichi-sensei e da Uchida-san. Mas bem, eu acredito que ninguém presta muito atenção em coisas como tarefas básicas quando se está em uma situação como a nossa.

– ...

– Estou com sede.

Eu sai então do meu quarto. Encontrei Hirai-kun conversando com Takata-kun no caminho da cafeteria. Hirai-kun estava diferente... Havia cortado o cabelo. Ele está mais bonito que antes.

– Bom dia, Chiba-san. – falou ele. Quando eu estou no Trial, eu não consigo pensar em mais nada, não importa o quanto tente. Já no meu normal, eu só consigo me concentrar em plantas, então às vezes sou meio lerda. Mas é bom quando eu penso algo produtivo: Que bom que ele não morreu quando foi atacado antes.

– Bom dia. – respondi ele com educação.

– Bom dia! – falou Takata-kun, um pouco animado.

– Bom dia. – repeti.

– Bom dia!

– Bom dia. – falei – Hã?

Quem falou da última vez foi Uchida-chan. Ela estava com um novo visual.

De onde ela veio? – pensamos os três, boquiabertos.

– Parece que vocês viram um fantasma – falou ela, com naturalidade – o que foi?

– Nada. – falei – Mas mudando de assunto, essas suas roupas... Sinto já ter visto elas.

– Jura? Hm... – falou ela – Deve ter visto no Monoshop. Eu comprei lá usando 400 Monocoins. O nome é “Uniforme do Colégio Topo da Esperança”, talvez você tenha visto antes de entrar para o colégio também.

– Talvez... – aquela roupa me dava uma sensação estranha, mas vamos mudar de assunto – Para onde vocês vão?

– Ginásio – falou Takata-kun – Nunca mais pratiquei nenhum esporte, então eu e o Hirai vamos para lá.

– Eu estou indo à cafeteria. E você, Chiba-san? – perguntou Uchida-chan.

– Igualmente.

– Então vamos juntas!

Nós fomos juntas até a cafeteria. Kubo-chan estava na parte da cozinha fazendo algo.

– Ótimo, eu precisava de ajuda mesmo. Venham aqui por favor.

Nós fomos até lá e ajudamos. Ela estava fazendo cookies de sobremesa para depois do almoço meio dia.

≈Dia 9 – 10:50≈

– Acabamos! – falou Uchida-chan.

Saímos da cozinha e fomos sentar nas mesas que haviam na cafeteria. Antes, eu fui beber água.

– Chiba-san, você bebe bastante água, não é?

– Sim. Acho que sou uma planta.

Ambas riram depois disso.

Conversamos por alguns minutos, até que Otonashi e Yoshimura chegaram. Lembrei agora que são eles que fazem o almoço. Eles já estavam conversando no caminho.

– Então, lasanha, certo? – falou Yue-chan.

– Sim. – falou Yoshimura-kun.

– Eu amo lasanha! – falou Uchida-chan – Minha mãe sempre fazia lasanha nas quintas-feiras.

Percebendo as nossas presenças, eles nos saudaram.

– Kazuhiko-kun, tem cookies no forno, mas acho que dá tempo de terminar de assar antes de vocês colocarem a lasanha.

– Ok! – falou ele, seguindo com Yue-chan para a cozinha.

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Continuamos conversando. 11:30 eles acabaram de fazer o almoço e vieram conversar conosco também. Yoshimura-kun se sentiu envergonhado entre todas nós. Logo, todos chegaram, e Yoshimura-kun ainda foi zoado por Takata-kun por estar entre várias garotas e não ‘agir’, só para ser puxado pela orelha por Hirai-kun. Falei que fiquei feliz por eles terem suas relações aprofundadas, só para Hirai virar o rosto completamente para outra direção. Ficamos conversando até tarde ali mesmo. Hirai conversava principalmente com Takata, Hayakawa com Uchida, Miyake com Tsuji, Yoshimura com Otonashi, e eu conversava principalmente com Kubo-chan.

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P.O.V.: Fuyuki Kubo

– Chiba-chan, porque você tem interesse em flores? – perguntei.

– Ah, existe uma causa e uma história por trás disso – falou ela.

– É? Qual seria a causa? – falei, começando a beber suco com um canudo.

– Minha lerdeza.

Eu tossi um pouco de suco para o lado, mas continuei como se nada tivesse acontecido.

Como lerdeza te dá um talento?!

– Err, bem, qual é a história?

– Eu nasci em uma área rural. Nunca soube fazer nada direito e era sempre repreendida pelos meus pais. Certo dia, eu me perdi do caminho da escola para casa ao pegar um ônibus errado e dormir nele, e fui parar num jardim florido em uma casa desconhecida. Eu estava perdida e sabia que, se tentasse voltar, podia acabar em um lugar pior ainda. Então eu sentei ao lado das flores. Um tempo passou e eu, entediada, comecei a cheirar as flores, conseguindo memorizar cada uma delas. Ao entardecer, a dona daquela casa, que inclusive era a única casa rica pela cidade em que eu morava, chegou. Eu disse que havia me perdido e a mulher me ajudou a voltar. Enquanto voltávamos, conversávamos. Ela falou sobre o nome da família dela ser Oomuri e que ela tinha uma filha mais ou menos da minha idade que ela teve que abandonar para manter o bebê seguro. Quando perguntei o porque, ela disse algo do tipo que o bebê estava em perigo naquela família, já que muitas das primas tinham inveja dela por ser a sucessora e podiam fazer algo terrível. Quando cheguei em casa, eu agradeci a mulher e em seguida pedi ao meus pais dinheiro para comprar livros, afinal, eu havia me fascinado com flores. Finalmente, havia algo que eu sabia fazer.

– Nossa. Isso é incrível. E tudo porque você pegou um ônibus errado porque estava com sono.

– Se não fosse a Oomuri-san, eu provavelmente não teria um talento... E nem estaria nessa situação. Mas eu prefiro passar por tudo isso agora do que perder as minhas amizades.

De longe, Miyake-san ouviu uma parte da nossa conversa.

Oomuri, né... Agora eu entendo... Porquê me abandonou. Que bom que ela não era alguém como eu pensava que fosse. Minha mãe.

– Miyake-san? – falou Tsuji.

– Oh, desculpe, me distraí. E, aliás, pode me chamar de outra coisa, “Miyake-san” é muito formal.

– Então... Miya-chan? – ela realmente não era boa nisso, mas acho que está bom.

– Miya-chan. – repetiu Miyake-san, concordando.

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Essas conversas todas se repetiram por dois dias. Tivemos mais dois longos dias de paz. Ficamos mais amigos que nunca. E isso se repetiu no terceiro dia, com um porém...

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≈Dia 10 – FT≈

P.O.V.: Hideko Kinoshita

Nós estávamos conversando, eu e a Otonashi-san. Ela estava me respondendo sobre as coisas favoritas dela.

– Desenhar é minha coisa favorita entre tudo. Mas eu gosto de brincadeiras também. Aquelas infantis, como morto-vivo, amarelinha, pega-pega, etc. Se eu pudesse falar mais, eu gosto de mexer no meu cabelo. – depois de responder, perguntou – E você?

Eu ri um pouco quando ela disse que gostava de brincadeiras de criança. Mas não foi um riso de deboche, eu só achava interessante. Uma coincidência do destino, era que eu gostava quando mexiam no meu cabelo, mas acho que ela acharia que eu inventei isso agora.

– Eu... Gosto de polir metais e do cheiro de gasolina.

– Você tem problemas? – falou ela, claramente surpresa com o que eu falei, mas brincando. Eu concordo, afinal, quem gosta do cheiro de gasolina?

– Ahaha – ri – Não que eu saiba. Mas eu também não sei porque gosto disso. Bem... Se tiver algo a mais que eu gosto essa coisa seria jogar videogame.

– Bem, eu também, mas não sou muito boa.

– Então, vou te ensinar! – peguei a mão dela e sorri.

– ...Certo. – ela corou um pouco.

Fomos jogar na sala de jogos.

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≈Dia 11 – FT≈

P.O.V.: Ren Hayakawa

– Mas é sério, Uchida-san, que se você errar um ponto de acupuntura o cliente pode acabar se machucando.

Estavamos falando sobre acupuntura. Mais especificamente, eu estava explicando à ela pois ela pediu.

– Anotado.

– Você também pode acabar causando espasmos.

– O que são espasmos?

– É algo como um tique nervoso.

– Ok.

– Bem, acho que acabamos.

– É só isso?

– Por hoje sim. – falei, colocando a mão sobre a cabeça dela. – Uchida-san, você... Ainda não lembra do seu talento, né.

– É...

– É por isso que me perguntou sobre acupuntura, pra ver se se lembrava de algo.

– É...

– Porque você está tão ansiosa?

– Eu – ela tirou minha mão da sua cabeça e colocou na mesa, sob sua outra mão, o que me fez ficar um pouco rosa – Eu não consigo parar de pensar que eu não pertenço a este lugar.

– Hã?

– Será que eu sou mesmo uma supercolegial? E uma dessa sala?

– Como assim, porque duvida disso?

– É um sentimento estranho. Esse sentimento de que eu tenho uma obrigação aqui... O mais estranho é que eu sinto como se tivesse algo para fazer aqui, e não no colégio. Como se, em alguma memória que eu perdi, eu soubesse que viria até aqui.

Isso me chamou a atenção.

– Não se importe com isso, pensar demais irá fritar o seu cérebro. E, agora, você é uma de nossas colegas.

Nós voltamos a conversar. Puxei um assunto qualquer falando da aba de eletrônicos do Monoshop, e a grande coincidência de nenhum ter sinal e rede, fora a falta de coisas como iPhones e Tablets, o que fez ela rir.

Mas sim, eu havia dito algo certo. Agora, ela é uma de nós. Mas, e depois? Quando ela recuperar a memória... O que... Qual será a reação dela para nós?

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≈Dia 12 – FT≈

P.O.V.: Yoshimura Kazuhiko

– Chiba-san, tudo bem com você?

– Ah..? Sim.

– Você estava falando e do nada parou, pareceu a Marina Joyce.

– Quem?

– Uma youtuber, mas deixa pra lá.

– Yoshimura-kun, você gosta de youtubers?

– Bem, sim, alguns. Eu gosto bastante dos que fazem vlogs principalmente. Eu inclusive já quis ser um, mas... Bem, na época eu era tímido, aí eu fiz o meu curso de teatro pra ver se conseguia me desfazer disso. Ainda sou um pouco tímido, mas não tanto quanto antes.

– Eh. Qual era o seu nível de timidez?

– Nível super colegial – falei rindo.

– Haha. – ela riu também.

– Yoshimura-kun, tem algo me incomodando.

– O que foi? – perguntei, mudando o tom – Pode falar comigo.

– O que você sente ao olhar para o uniforme que Uchida-chan esteve vestindo ultimamente?

– Eu sinto algo estranho, como se conhecesse.

– E agora, outra pergunta. O que é a academia topo da esperança?

– Eh? Bem, é uma escola que ensina estudantes com ótimos talentos nas suas áreas. É dito que é o melhor colégio do mundo em quesito de formação dos estudantes, e todos estudantes formados aqui tiveram futuros brilhantes.

– Você sabe algo sobre a escola fora isso?

Hã? Eu... Não consigo lembrar. De tantas pessoas formadas aqui, com certeza eu lembraria alguém, mas ninguém aparecia na minha mente, estava tudo branco.

– Como eu pensei... – falou ela – Eu tive a mesma reação.

– Eu não entendo, porque apagar tudo sobre a escola menos as informações básicas?

– Eu tenho uma teoria, mas não posso contar agora. Desculpe, vamos ter que esperar o próximo andar abrir.

– Por que não pode contar?

Ela chegou o rosto dela bem próximo ao meu, no meio da cafeteria cheia de gente, que inclusive olharam para cá ao mesmo tempo.

NÃO TEM COMO ESSA SITUAÇÃO FICAR MAIS CONSTRANGEDORA!

Eu olhei para os olhos dela, e ela os moveu em direção a uma câmera. Eu entendi. Ela não pode falar onde tem câmeras. Ela se afastou.

– Ah, fala sério! – falou Takata-kun – Beija, beija, beija!

Grr, eu vou ser zoado o resto da minha vida!

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≈Dia 12 – 19:00≈

P.O.V.: Fuyuki Kubo

Monokuma havia nos chamado para o ginásio. Já estava demorando pra ele nos dar um motivo, mas nós tivemos bastante tempo para nos enturmar. Agora com certeza nós resistiremos a qualquer tipo de artifício que ele utilize para nos desestabilizar da fina corda que é a esperança e cair no poço sem fundo do desespero.

– Olá meus queridos alunos. Sentiram saudades? Claro que vocês sentiram. – ele respondeu a pergunta retórica.

– Sim, muita saudade – ironizou Takata-kun.

– Ora, ora. Bem, suponho que meus alunos inteligentes saibam o porque de eu ter vindo aqui.

O que ele quis dizer com alunos inteligentes? – pensou Takata, com raiva pela alfinetada, mas Hirai segurou o seu ombro.

– Motivação, não é? – falou Hirai-kun.

– Bingo! Parabéns, Hirai-kun. A motivação é: Veneno do desespero.

– Hã? – perguntou Miyake-san.

– Há um veneno em forma de gás se espalhando agora mesmo no segundo andar. Quando acabar de se espalhar por lá, descerá pela escada e o primeiro lugar que atingirá será...

– O... Dormitório... – falou um descrente Oono-san.

– Espere! De que adianta nos matar assim? Se você quisesse fazer isso podia ter feito desde o início! – falou um exaltado Kinoshita-kun.

– Hã? – Monokuma se fazia de desentendido – Bem, acho que vocês interpretaram mal. O veneno não causa morte, causa desespero.

– Você vai nos torturar? – falou Yue-chan, com medo.

– Não esse desespero, desespero mesmo. Vocês vão ficar desesperadinhos da silva com o gás. Aí só vão pensar em causar desespero e vão sentir prazer enquanto sentem desespero. – ele falou, completando com sua sinistra risada – Upupu.

– Não existem substâncias que consigam fazer um veneno com essas propriedades – falou Tsuji-san, acreditando que era um blefe.

– Mas eu posso fazer até isso:

Monokuma levantou uma pata e Tsuji ficou cercada de metralhadoras saídas do chão e do teto do ginásio. Era visível que ela estava extremamente assustada, mesmo sendo difícil ver através do seu rosto melancólico.

– Legal né? Pena que vocês não desobedecem muito às regras, adoraria usar isso sempre.

Ele abaixou a pata e tudo voltou ao seu lugar. Tsuji-san caiu de joelhos e estava abatidíssima e tremendo. Miyake-san foi a seu auxílio.

Que brincadeira de mal gosto... – pensou Hayakawa-kun.

– Ok, continuando, matem alguém e não virarão pessoas que amam desespero. Eu desejo boa sorte para as pessoas mais fáceis de matar e desejo criatividade para o assassino, nada de casos fáceis, por favor, né. – ele simplesmente desapareceu.

Novamente nos encontrávamos naquela situação. Dessa vez, tínhamos que nos matar, se não, acabaríamos nos tornando como ele diz e nos mataríamos de qualquer forma. Eu me considerava madura, mas olhe para mim, que ingênua. O mandante por trás disso sempre vai dar um jeito de burlar as nossas amizades e laços.

Mas tem que haver algo pra impedir isso.

Precisamos esquecer tudo o que pensamos que conhecemos. Temos que pensar nessas motivações e execuções loucas como coisas normais. Acostumando-nos, nós poderíamos prever os movimentos dele, e nos precaver com antecedência.

Precisamos de uma mudança.

Precisamos mudar.


Notas Finais


O que acharam da motivação? Quem acham que morre nesse caso?
Gostaram dos free times? E das mudanças de visual?

Desculpa as muitas perguntas e.e

Quis focar um pouco nos free times, achei que tava faltando carisma em alguns personagens cof*Takata*cof*Kinoshita*cof

Comentem!


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