POV Julie
Acordei dentro de um carro,no primeiro momento eu estranhei,só que após alguns segundos eu me lembrei de estar sendo observada e depois alguém me apagar.Eu não estava entendendo nada,ele falou que me deixaria em paz e isso não me parece nem um pouco com paz.
- Você não machucou a garota não né cara?- Eu ouvi alguém dizendo,oi? Como assim pegar uma garota e não machuca-la,esse de fato é o sequestro mais estranho da face da Terra.
- Lógico que não,só desmaiei ela.- Acho que eles não perceberam que eu estava acordada.
E então eu me dei conta do que acontecia,eu estava sendo sequestrada.Por nem ter feito nada,não entrei em contato com a polícia,não fui atrás deles para acabar morta.Minha mãe nem vai ligar,isso é fato,só que minhas amigas vão e eu não gostaria de abandona-las.
Aos poucos o carro foi diminuindo a velocidade,eu até gostaria de saber onde estávamos,ou o caminho,só que os vidros totalmente escuros me empediam de ter qualquer visão da cidade de Atlanta.
- Você estava acordada?-Falou o segurança daquela boate ao abrir a porta do carro.
- Eu acabei de acordar e minha cabeça está doendo muito.- Eu falei,ele me ignorou e me puxou com uma certa força pelo braço.Se antes eu chorava agora eu chegava até a tremer por completo.Que eu iria morrer agora era fato,só que eu não queria morrer.
- Cara vai devagar,não temos ordens de machucar a garota.- Falou o outro cara,eu reconheci a sua voz era o mesmo do carro.Porém o que apertava meu braço apenas o ignorou.
Não estava reparando muito na decoração do lugar que eu estava,as lágrimas e o jeito que aquele ser me carregavam atrapalhavam,fazendo com que eu batesse em meus pés inúmeras vezes,correndo um risco e ir até o chão se não fosse a força que o segurança aplicava no meu braço.
- Está entregue.- Ele falou me olhando e então me empurrou por uma porta,meus olhos estavam inchados e eu ainda chorava.Ao passar pela porta eu caí e joelhos e quem visse essa cena iria rir de mim com toda certeza.
- Então aqui estamos.- Ergui meu olhar para ver quem falava e por mais que eu desejasse o contrário eu estava certa.Era o garoto da festa e o mesmo que falou comigo um dia depois na lanchonete.
- Eu não falei nada para a polícia.- Falei tentando diminuir o choro.
- O Julie você chegou chorando e eu nem entendi o porque,está devendo garota?-Ele falou irônico,nem liguei para o resto da frase,já que tinha certeza de que eu não falei meu nome para ele como ele poderia saber.
- Como você sabe meu nome?-Perguntei um tanto confusa.
- Sério que você quer saber disso?-Ele falou me olhando sério.- Eu posso te matar por você ser a porra de um informante e você quer saber como eu descobri seu lindo nome?
Quando ele falou isso deu para perceber o ódio se instalando em casa parte do seu corpo,principalmente em sua mão,já que ele apertava a mesma com muita força que ela chegava a ficar branca.
- É que eu nunca te falei meu nome,eu não entendo oque eu estou fazendo aqui.- Dei uma pausa.- Eu não falei para a polícia,não sou nem louca,tudo bem que eu não deveria ter corrido só que foi minha primeira opção,vai que você me matava lá mesmo.
- Garota tu tá ficando louca,eu sei que você não falou nada para a polícia e só não te matei por isso.- Ele falou e então deu um soco na mesa.
- Tudo bem.- Eu falei e criei coragem e me levantei,ele seguia o meu corpo esperando um movimento errado meu como se fosse me atacar caso isso acontesse o que ele realmente faria sem nenhuma dúvida.Só que ao contrário do que ele imaginava eu só queria me sentar no sofá que havia ali e então enxuguei minhas lágrimas,tentando entender oque ele queria comigo já que não é pela polícia.
- Só para você saber quem me falou o seu nome foi a moça da lanchonete.A boa aluna da escola,uma garota que sempre da fora na maioria dos garotos,porém já namorou.-Ele falou com tom de deboche.
- Onde isso entra no que eu estou fazendo aqui?-Eu falei não é crime ser uma boa aluna ou já ter namorado um cara que foi um completo babaca.
- Acontece que essa moça que ela me falou não existe,oque você acha que pode haver de errado?-Ele falou andando lentamente até o lugar onde eu estava sentada.
- Eu acho que tem algum engano,já que essa garota está bem na sua frente.- Falei por mais que eu não quisesse deixar ele irritado acho que foi isso que eu fiz.
- Me responde direito garota.- Ele falou e apertou minhas bochechas.- Você acha que eu sou burro?-Ele falou me empurrando fazendo com que eu deitasse no sofá.
- Não tem sentido isso que você está falando garoto,como alguém que está na sua frente não existe.Quem te falou que eu não existo deveria estar muito chapado.- Falei e fui um pouco mais longe dele pelo oque aquele sofá me permitia ficar.
- Acontece garota que eu vi com meus próprios olhos,você não está no banco de dados.- Ele falou com raiva,como assim eu não estava no banco de dados.Se isso fosse verdade eu não poderia estudar por falta de documentos.
- Isso está errado,se isso fosse verdade eu não poderia nem estudar por falta de documentos.Quem te falou isso?-Aquilo estava muito estranho,eu sabia que tinha todos meus documentos.
- Meu hacker,não tem como ele estar errado,ele não erra.Então a questão é porque você escondeu seus documentos?- Ele disse e se levantou passando a mão pelos cabelos.
- Garoto eu não escondi meus documentos,não tem porque eu fazer isso.- Falei séria para ele.
- Cala a boca.- Ele gritou e então veio para cima de mim como se fosse me bater,porém ele olhou em meus olhos e não fez isso.
- Eu posso ir embora?- Perguntei um pouco receosa.
- Não,quem sabe você não me fala a verdade sendo torturada.- Ele falou e um sorriso psicopata surgiu em seu rosto.
- Não,não,não,não.-Eu falei e então comecei a chorar,não tinha porque ele fazer aquilo sem motivos.
- Cala a porra da boca.- Ele falou e então me deu um tapa no rosto com muita força.Eu caí e comecei a chorar baixinho.
Então ele me puxou pelos cabelos,fechei meus olhos com força e então ele jogou minha cabeça para trás fazendo com que eu a batesse na parede e soltasse um gemido de dor.
- Você merecia ser torturada até implorar pela morte por ser uma garota mentirosa.- Ele deu uma pausa.- Só que você irá ter um tempo para falar a verdade dentro dessa casa antes que eu resolva saber toda a verdade,só que enquanto isso você vai ficar aqui nessa casa e não sai para nada.- Ele falou de um modo que fez o medo percorrer minha espinha e então ele se distanciou e saiu pela porta a batendo com uma enorme força.
Eu me joguei nno chão e me permitir chorar,eu não sabia o porque ele falou que eu não tinha documentos,como falar isso para ele.Não consegui fazer ele acreditar agora,minha morte é só uma questão de tempo.Fui enterrompida por uma senhora.
- Você vai ficar em um dos quartos,ele não deixou você sair,então eu levarei a comida.- Ela falou tentando me ajudar a levantar,porém era muito pequena perto de mim.- Tenta colaborar com ele,se você fizer isso ele deixa você ir embora logo.
- Só que nem eu sei oque está acontecendo,é como se eu não existisse para o mundo.- Ela assentiu e então me guiou para fora do escritório,fazendo eu perceber como aquela casa era maravilhosa,se bem que está mais para uma mansão.Cada detalhe era maravilhoso,quando chegamos a uma porta,ela se virou quase indo embora.
- Esse será seu quarto,se precisar chama Joana,que eu tentarei aparecer.- Com um sorriso fraco ela saiu.
Eu entrei e me deparei com um quarto bonito,a fosse comparado com o meu quarto antigo.Oque me fez pensar que o inferno pode ser bem mais bonito do que todos imaginam,ainda mais se você nem sabe oque faz para estar nela.
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