História Danger Love - Hoje é meu aniversário porra...

POV   Mônica

        Sorri encarando meu reflexo no espelho, finalmente achei o vestido perfeito, retirei o vestido com todo cuidado do mundo por que eu tenho certeza que não vou achar outro igual a este.

- Não vai deixar a gente ver seu vestido mesmo? - Lola disse me encarando com uma cara de brava que mais parecia um tomate.

- Ela é uma puta Lola, quer fazer mistério pra adiantar de merda nenhuma sendo que vamos se arrumar todas juntas- disse Penha super brava e mais vermelha que Lola.

- Pois vocês estão muito enganadas minhas queridas, eu vou me arrumar no meu quarto e vocês vão se arrumar no quarto de vocês - disse passando por elas com meu belíssimo vestido em mãos, porém o mesmo em um saco. - Vejam pelo lado positivo, pelo menos as madames aí vão andar de limusine - quase fiquei surda com seus gritinhos histéricos.

   O fato era que, Penha e Lola eram minhas únicas amigas no colégio, ambas populares eu a excluída mas foi só eu andar com elas que eu deixei de ser invisível. Nada mais justo que convidar elas para minha festa de aniversário.

- Nikka me diga, vai ser aquele festão com gogoboys ou vai ser aquela coisa chata tradicional? - Lola, a mais safada perguntou.

  Lola é aquele tipo de amiga que te faz perder a timidez em segundos, principalmente quando se trata de garotos. Cabelos preto e estilo de rockeira com jeito de puta, ela é o que eu chamo de amiga.

- Um pouco dos dois - respondi enquanto saiamos da loja. Pedi para que entregassem meu vestido lá na mansão.

- Vai ter gatinhos por lá? Não daqueles que fazem mia e sim daqueles que são fofos - Penha, a romântica perguntou.

 Penha é aquele tipo de garota que se piscar para ela, seu coração se derrete todo, usa sempre rosa mas adora roupas curtas e um belo decote, não sei como ela ainda é virgem.

- Tem os irmãos da Magali, eles são bonitinhos - disse a última parte baixinho.

- Aposto que você já usou a ideia do pesadelo só pra ir correndo pro quarto de um deles - Lola disse e eu lhe olhei indignada.

- Acha mesmo que eu uso seus conselhos de puta? Faça-me o favor Lola e toma vergonha na cara - disse brava e elas riram.

- Se ficou bravinha é porque essa ideia já se passou pela sua mente - disse Penha sorrindo maliciosa e eu corei violentamente fazendo ela arregalar os olhos. - Sua vadia! 

  Me despedi das meninas assim que vi DC encostado em seu carro, elas ficaram gritando coisas do tipo que antes da festa eu deixava de ser santa e eu lhe mandei o dedo do meio fazendo elas caírem na gargalhada.

- Cansou de fazer compras? - ele disse irônico ao notar que eu carregava apenas uma sacolinha pequena.

- Claro, comprei o shopping inteiro - devolvi na mesma moeda.

- Nossa, quem é você e o que fez com a Monica fofinha que eu conheço? - disse ele abrindo a porta do carro pra mim entrar e assim eu fiz.

- Ficou em uma loja dessas por aí - disse cruzando os braços emburrada.

- Você devia estar contente, Magali não gosta muito de dar festas - disse ele ainda do lado de fora do carro me encarando.

- Sou grata a ela por isso - disse lhe encarando também.

 Ele deu a volta no carro e tomou seu lugar no volante, saímos em silêncio do estacionamento mas logo ele ligou o radio onde passava algumas músicas aleatórias e as que conhecemos cantávamos. DC encarava muito o retrovisor e isso já estava começando a me assustar.

  Quando dei por mim já estávamos em meio a uma perseguição nada confortável, ele virou o carro bruscamente em uma esquina e quase batemos em um ônibus.

- DC o que está acontecendo? - perguntei tentando não entrar mais desespero do que eu já me encontrava.

- Relaxa eu tenho tudo sob controle - ele realmente tinha tudo sob controle. Até parece.

- Eu não quero morrer - sussurrei fechando os olhos assim que ele quase bateu em um carro.

Começaram a atirar no nosso carro e eu comecei a chorar. Porra hoje é meu aniversário, não quero morrer.

- Preciso que você atire no pneu do carro aí atrás - disse ele simplista, como se aquilo fosse a coisa mais fácil do mundo.

- O quê?! - gritei não acreditando no estava ouvindo.

- Pega a arma, coloca a cabeça pra fora do carro, mira e atira. Só isso - me explicou.

- SÓ ISSO? - gritei. - O cara vai atirar em mim e eu vou morrer. Minha cabeça vai servir de almoço para os pombos da rua. - tá legal peguei pesado.

- Então teremos que saltar - olhei pra ele furiosa.

- Ah claro, assim o carro passa por cima de mim e eu viro puré - disse não querendo fazer isso.

- 1 - começou a contar.

- DC não - implorei.

- 2.

- por favor.

- 3 - pulou do carro e eu sem saber o que fazer abri a porta e pulei também.

Rolei até a calçada e bate a cabeça na guia, tudo foi ficando escuro e logo eu apaguei.

Pov Cascão

  Encostei no batente da porta com uma mão no peito e uma na cabeça, um aperto no peito veio de repente e minha cabeça insistia em gritar repetidas vezes o nome de Mônica. Um desespero tomou conta de mim e Magali me olhou preocupada, procurei pelo meu celular e não demorou para que eu colocasse o telefone em meu ouvido escutando a voz irritante da moça da caixa postal.

- O que foi? - Magali perguntou.

- Estou preocupada com a Môni… - DC entrou gritando em casa fazendo Magali gritar uma série de palavrões quando borrou seu batom.

   Corri até o andar de baixo onde Mônica ajudava DC  a caminhar, ambos estavam bastante machucados, mas Mônica tinha um corte na sobrancelha e um filete de sangue em seu lábio inferior.

  Ajudei DC a se sentar no sofá e ele logo se jogou de cara em uma almofada, segurei o rosto de Mônica em minhas mãos analisando seus machucados.

- O que aconteceu? - perguntei.

- Fomos perseguidos - Mônica falou dando uma risadinha.

- Tá rindo do que?

- Foi até que divertido - disse dando de ombros.

- Mônica seu vestido chegou - Magali disse segurando o mesmo em mãos.

 Ela sorriu e logo saiu correndo com o mesmo em mãos. Essa garota ainda me mata do coração.

(...)

Pov Mônica

         Assim que estava devidamente pronta eu desci igual a uma princesa sobre aquela escadaria, meu vestido rosa era perfeito em meu corpo ( foto do cap ), hoje era meu dia de rainha e nada nem ninguém iria me atrapalhar.

    Cascão me esperava na ponta da escada trajando seu lindo smoking preto, era para meu pai estar ali, mas ele me abandonou sem nem me dizer adeus e não posso mentir que às vezes ele faz falta em minha vida. Peguei na mão de Cascão e logo estávamos dançando uma valsa bem engraçada mas depois de um tempo ela teve fim, uma música agitada tomou conta do ambiente e logo todos já estavam na pista.

  Tirei a parte de baixo do meu vestido e logo um vestido curtinho rosa brilhante deu lugar ao rosa bebê comprido. Todos me olhavam boquiabertos pelo tamanho do meu vestido, sim ele era curto mas também não era pra tanto.

  Resolvi ir pra pista de dança junto de Lola e Penha mas não demorou muito para que DC puxasse Lola para si em uma dança um tanto ousada. Penha ficou de costas pra mim assim que Rude Boy da Rihanna, fomos até o chão e subimos com cara de safada, virei e fingi que iria lhe dar um beijo mas mordi sua bochecha. Rimos muito ao final da música, um carinha qualquer pediu para dançar com ela e eu fiquei abandonada na pista.

  Fui até o bar que tinha ali e pedi um copo de soda, tomei tudo em um gole só e voltei pra pista enquanto tocava Check On da Beyoncé, eu dançava como se não houvesse amanhã,Lola e DC estavam em algum canto se comendo assim como Magali e Cascão que depois da valsa sumiu, não duvido muito que Pena não esteja perdendo sua virgindade em algum quarto dessa mansão.

  Braços fortes rodearam minha cintura e eu até me assustaria se não tivesse sentido seu perfume maravilhoso que me fazia suspirar só de inalar seu aroma, preferi ficar de costas pra ele pois assim eu podia dançar sem timidez alguma. Despacito do Justin Bieber começou a tocar e eu senti meu corpo se arrepiar quando minhas costas se chocaram contra o peito de Cebola.

  Um passinho pra frente acompanhado de uma rebolada intensa e outra pra trás, meu quadril tinha vida própria e se mexia no ritmo da música.

- Despacito,Quiero respirar tu cuello despacito,Deja que te diga cosas al oído, Para que te acuerdes si no estás conmigo  - Cebola cantou o refrão da música em meu ouvido, foi tão baixinho que me deixou arrepiada, ele deu um beijo em meu pescoço me fazendo arfar e sentir coisas que eu nunca tinha sentido. - Despacito,Quiero desnudarte a besos despacito,Firmó en las paredes de tu laberinto,Y hacer de tu cuerpo todo un manuscrito - me virei pra ele e encarei seus olhos cor de mel.

  Não sei de onde tomei coragem pra isso mas seus lábios estavam tão convidativos que me deu vontade de beijá-los.

  Nossas línguas brigavam por espaço nos causando um arrepio inexplicável, meus braços foram automaticamente para seu pescoço quando seus braços juntaram seu corpo ao meu. Separei nosso beijo devido a falta de ar mas lhe dei vários selinhos, mordi o lóbulo de sua orelha fazendo com que um longo suspiro saísse de seus lábios.

- Faça-me sua essa noite - sussurrei mordendo seu pescoço.

 Eu poderia me arrepender disso mais tarde,mas hoje é meu aniversário porra!