História Danger Love (EM REVISÃO) - Culpa.

Sai em desparada do quarto, passei pelo corredor e cheguei a sala. Vi que os meninos estavam apreensivos, pareciam estar preocupados. Assim que me viram, logo me encheram de perguntas. Principalmente Suga, ele parecia estar quase chorando. Por um momento, soltei um pequeno sorriso de lado, ao ver o quanto eles se importavam comigo. Logo Yee veio até mim, e eu fiz o que tinha que fazer. 

-Gente, não foi nada. Só coisa boba. Eu e a Yee vamos na farmácia comprar alguns remédios.- disse cutuo Yee com o braço levemente. 

-Ah, sim! Nós vamos... Bora Mari?- disse ela indo até a porta. 

-Posso ir com vocês???! - disse J - Hope se levantando. 

-Não Hoseok, fica aqui. Voltamos daqui a pouco. -disse puxando Yee e saindo pra fora. Pude ouvir um pequeno diálogo dentro da casa, entre Yoongi e Hobi. 

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-Nossa. O que deu nela? Ela quase nunca me chama de Hoseok. 

-Calma, deve ser por causa do stress. Garanto que logo ela vai voltar a ser a mesma. 

-Espero!! 

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O percurso até a farmácia, foi completamente silencioso. Apenas quando chegamos na frente da farmácia, Yee quebrou o silêncio. 

-Mariana, tem certeza que quer mesmo fazer isso?- disse ela me encarando. 

-Eu realmente não quero. Mas eu preciso. Se eu ter esse filho, Kim pode pega-ló, e só Deus sabe o que faria com ele. Ele melhor ele nem vir a esse mundo. Porque ele é tão cruel. Não merece isso.- disse entrando na farmácia. Yee veio logo atrás de mim. 

Me surpreendi ao ver quem era a atendente. Myung-Hee. Ela parecia estar diferente de antes. Mais contida. Quando ela me viu, apenas deu um passo pra trás e abaixou a cabeça. O que aconteceu com ela? Será que furar ela naquela vez, fez ela mudar? 

-Eu não vim aqui bater em você, Myung...  Como vai a escola? -perguntei tentando quebrar o clima pesado. 

-Ahh... Mesma coisa. O que quer, Mariana? - falou ela levantando a cabeça e se aproximando. 

- Preciso de um remédio... Pra matar algo.- falar aquelas palavras me machucaram profundamente. Que tipo de monstro eu estava sendo? 

-Uhm...  Ratos? Insetos? - disse ela com uma voz simpática. 

-Não... Algo dentro de mim.- disse e ela pareceu entender dessa vez. Não sei O que aconteceu para ela ficar assim, mas ela pareceu realmente preocupada comigo, pois custou a me dar o remédio. Me deu uma cartela, e olhou no fundo dos meus olhos. 

-Mariana, te conheço pouco. Sei que te fiz mal, mas não sou mais assim. Sai da gangue de Kim Hung-Gi. Não sou mais daquela forma. Você tem absoluta certeza que quer fazer isso?- disse ela com uma voz de pena. 

Fitei a cartela de remédios, Myung, e Yee. Não podia ter esse filho, mas já o amava com todas as minhas forças. Mas ele iria sofrer aqui nesse mundo, do jeito que as coisas estavam. Precisava poupar ele de Kim Hung-Gi a todo custo. E só tinha uma forma. Aborto. 

-... Tenho. Obrigada pela preocupação, Myung-Hee. Boa noite. 

Sai do lugar puxando Yee pra fora do lugar. O caminho dessa vez, foi completamente silencioso. Nem quando saímos da farmácia e nem quando chegamos em casa. Nenhuma palavra se quer foi trocada.

Entrei em casa, e vi que todos já haviam voltado a suas atividades normais. Yoongi estava dormindo no sofá. Era melhor assim, pois não corria risco de me ver tomando aquele remédio. Fui na cozinha, peguei água e fui para o banheiro. Aproveitei e tomei banho. Como no banheiro tinha chuveiro e banheiro, optei pela banheiro. Entrei nela completamente cheia, e fiquei fitando o teto por alguns minutos. Olhei pro lado e vi meu short. Peguei a cartela e a fiquei fitando do mesmo modo que o teto. Nela havia 3 remédios, e atrás dela, recomendava que tomasse um em casa dia, se estivesse em dúvida de abortar ou não. Eu apenas tirei os três comprimidos, e os engoli com a água, tudo de uma vez. 

Coloquei minha mão sobre minha barriga, e apenas senti lágrimas rolando pêlo  meu rosto. Fechei meus olhos. Eu sabia o monstro que eu havia sido.

-Me perdoa bebê. Mas você não pode nascer. Me desculpa.- disse me afundando na banheira. 

A única coisa que sentia era nojo de mim mesma. Como fui capaz de fazer isso? Eu realmente sou um monstro. Vou carregar isso comigo pelo resto da vida. Me sinto tão culpada. A culpa me consumiu.