História Danger Love (EM REVISÃO) - Abandoning.

-CARALHO!- gritei dando um soco na parede para descontar minha raiva. Vi J-Hope se assustar 

-Calma Mari, se revoltar nessas horas não vai adiantar! Se acalma, por favor... - disse ele se aproximando e me dando um abraço. Eu queria muito retribuir, mas a minha raiva estava muito grande. Era capaz de eu apertar ele tanto, que poderia mata-ló sufocado, mesmo não fazendo nada contra mim. 

Logo em seguida, Yee, CL e os meninos chegaram na sala, todos estavam com cara de assustado, e curiosos, pelo meu súbito grito. 

-O que aconteceu, porque gritou? Eu estava no quinto sono! -disse Yoongi coçando os olhos e se sentando no sofá. 

-A polícia descobriu que fui eu que atirei no carro do seu "Papi". - disse irônica e em seguida, me sentando ao lado do mesmo, fazendo-o me olhar incrédulo. 

-Droga! Sabem aonde estamos?- disse ele passando a mão em sua testa. 

-Sabem. E sabem que eu não estou sozinha. Sabem que estou com outras 9 pessoas que ainda...- fui interrompida pela voz assustada de Yee. 

-Fomos identificados? - disse ela com um olhar de preocupação. 

-Não, apenas eu fui.- disse em um calmo. Por um lado, agradeço por minha mãe ter falecido, ela com certeza ficaria com desgosto de saber que a filha dela quase cometeu um assassinato. 

-Mariana, por favor, vamos dormir! Amanhã pensamos o que faremos, já está tarde.- disse CL apontando para o relógio. 

-Você tem razão. Preciso descansar.- disse me dirigindo ao quarto junto de Yoongi. 

Me deitei, e por alguns minutos, tentei dormir, mas foi inútil. Estava preocupada demais, para sequer dormir. Eu sentia medo. Não era medo que eu fosse presa, ou algo do tipo, era que eles descobrissem as identidades dos meninos e das meninas. Eles seriam presos, sem dúvida nenhuma. E isso, me machucaria muito, mais do que tudo. Ver as pessoas que mais me ajudaram e orientaram nos momentos mais difíceis sofrendo, iria me enlouquecer. 

Em meio há tantas preocupações, consegui dormir. 

No dia seguinte... 

Estava finalmente dormindo bem, quando sou acordada pelos gritos estéticos de Yee. Aquilo não era normal. Me levanto rapidamente e chego na sala, vendo sentada no chão, e todos tentando acalma-lá, mas parecia impossível. Nem o próprio Jimin estava conseguindo. Eu só queria saber o que estava acontecendo. 

-PORQUE PARK? PORQUE ESSA PESSOA DESGRAÇADA DISSE A ELES? ELES VÃO ACABAR COM A MINHA VIDA! - disse ela entre gritos, e chorando como eu nunca vi antes. 

-Yee, se acalma, por favor eu te pesso. Por mim, por nós! Você precisa voltar ao equilíbrio.- disse ele segurando a cabeça da mesma e a encarando de modo como nunca vi antes. 

- Jimin, eles vão nos achar, não tem mais volta. Eu vou ser presa, vou morrer naquele lugar horrível. EU NÃO QUERO! - disse ela mostrando equilíbrio por alguns segundos, mas logo voltando a loucura. 

-O que tá acontecendo? Yee, me responde, por favor. - disse em abaixando ao lado da mesma. Ela me encarou e logo me abraçou forte. 

- Eles querem me levar Mari, não deixa, por favor, por favor... Não deixa.- disse ela em tom calmo. Parece que eu consegui. 

- Eles quem, Yee? Ninguém vai te levar, eu estou aqui... - disse acariciando os cabelos da mesma. Ela se afastou de mim, e limpou as lágrimas. Parecia ter voltado ao norma. 

- Eles descobriram minha identidade. Eles estão nos procurado Mariana. Passou na televisão há alguns minutos. Minha mãe deve ter visto. O que eu vou fazer? - disse ele ainda soluçando um pouco. 

Me assustei com as palavras da mesma. Yee sempre foi uma ótima filha, aluna e amiga. Se a mãe dela tiver visto, pode fazer até uma loucura. Eu não sabia o que falar para ela. Eu estava sem palavras, a única coisa que pude fazer, foi abraça-lá novamente. 

-Vai ficar tudo bem... Eu sei. Nós já passamos por tantas, vamos superar... - fui interrompida pelo tocar do celular de Yee, que estava em cima do sofá. Namjoon o pegou, e nos olhou com os olhos de decepção. 

-É a sua mãe. - disse ele dando o celular para a mesma. 

Ela suspirou, e logo atendeu. 

-Mãe? Estava com saudades. 

- Eu já sei de tudo Yee. Não adianta fingir. Eu só não te entreguei para a Polícia, porque você é minha filha. Eu não quero desculpas, venha para Seul, dê seu jeito. Nós vamos se mudar ainda hoje, vamos para a Tailândia. Se não vier em duas horas, eu vou te entregar. 

-Mas mãe, por favor, eu estou... 

-Nada de mas, se não quiser apodrecer naquela cadeia imunda, venha agora. 

-Mãe. Eu não vou. 

-Você vai vir sim. Eu não te criei para ser uma vagabunda que anda com criminosos. Venha, se não, TODOS iram para a cadeia. 

-... Eu te odeio. 

-... Isso é para seu bem, Yee. 

Ela desligou, e logo começou a chorar novamente, mas dessa vez, ela não estava sozinha, todos estavam chorando, principalmente eu e Jimin, que éramos tão próximos a ela. Graças ao viva-voz do celular, ouvimos a ligação, e soubemos o quanto Seiko estava furiosa e cria. Diferente de quando ainda éramos vizinhas. 

Passamos longos minutos abraçadas, e logo Yee se levantou e encarou cada um que estava na sala. 

- Eu não quero ir, mas eu vou. Por vocês. 

                            [... ]

As malas de Yee já estavam prontas, e ela já estava arrumada. Seus longos cabelos pretos ondulados soltos, com um vestido rosinha bebê e uma sapatilha dourada. Ela estava se despedindo de todos. Ela não sabia, mas aquilo doía mais em mim do que nela, ela estava sofrendo por minha causa. 

Fui eu que entrei nesse mundo. 

Fui eu que á trouxe comigo. 

Fui eu que atirei naquele carro. 

Fui eu que destruí a vida dela, e de todos nesse lugar. 

Ela se despediu de todos, e deixou Jimin por último. 

-Sabe, meu Dooly. Você, foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Agradeço a cada dia, por ter você ao meu lado. Eu espero que você seja feliz. Eu te amo, Park Jimin. 

-Se esse é o seu pedido, eu obedeço. Eu te amo, Yee. 

Logo depois, ela partiu, sem ao menos olhar pra trás. Eu a conheço, aquilo só a machucaria mais. 

Eu sei que não foi escolha dela, e nem muito menos culpa dela, mas... 

Ela nos abandonou.