História Dangerous - Décimo Capítulo

Ele me tirou de seus braços, e foi para parte mais escura do quartinho.

Me assustei quando ele apontou uma arma para minha cabeça. Ele me olhava com raiva, seus olhos estavam escuros igual à do sonho que eu tiverá.

Ele sorriu sádico, eu estava tremola, temia que em algumas horas eu estaria à sete palmos do chão. O cano da arma estava gelada, fazendo eu tremer ainda mais.

Eu não entendia do por quê ele estar fazendo aquilo, o que eu fiz de errado?

— Você foi uma garotinha muito levada, Harley Quinn. — chegou perto do meu rosto — Sabe o que acontece com garotinhas levadas?

Neguei com a cabeça.

Ele ri leve.

— Por que você me traiu, minha doce? Achei que você e eu fomos um belo casal. — alisou meu rosto com a arma.

— D-Do que está falando? — gaguejei.

— Fingindo que não sabe o que fez, não resolve sua situação! — trincou os dentes metálicos, demonstrando sua raiva.

Ele agarra meu pescoço e me prensa na parede do local.

— Por que se aliou ao meu inimigo?! — gritou. 

Me lembro da conversa com Caleb, no primeiro dia que coloquei meus pés nesse maldito lugar.

Tentei sugar o máximo de oxigênio pela boca, falhando completamente. Joker percebe que estava me sufocando e me solta fazendo eu cair com um saco vazio no chão.

— Eu... eu fiz isso para te proteger. — falei e tossi.

Ele se virá para mim com o cenho franzido. Ele me levanta devagar e tira meu cabelo da frente do meu rosto.

— Me proteger?

— Ele me ameçou dizendo que se eu não...— engoli seco.— transa-se e me aliasse a ele, ele mataria você.

Ele se afastou se mim, ainda com cenho franzido. Me assustei quando o mesmo soltou sua risada medonha.

— Puta merda, você é tão ingênua garota. — ele ria. — Se nem o Batman, que é o Batman, conseguio me matar ainda imagina aquele play boyzinho.

— Ei, não ria por eu ter praticamente salvo sua vida. — bati o pé de raiva. Sério mesmo que ele estava me zuando, que idiota.

— Você não salvou minha vida! Eu acabaria com ele numa boa mas... obrigado — ele fez uma cara de confuso quando disse a última palavra, demonstrando não saber se aquela era a palavra certa.

Cerrei os olhos.

— De nada. — revirei os olhos.

Ele agarrou meu rosto, fazendo eu gemer de dor. Se aproximou do meu ouvido e mordeu meu lóbulo.

— Apenas revire os olhos quando eu te fazer gozar. — arfei.

Ri boba e envergonhada.

— Vamos, ficamos muito tempo aqui. Podem estar procurando a gente.

— Ei, ei espera, você irá me tirar daqui, não é? — segurei sua mão. Ele olho para as nossas mãos entre-laçadas e desfez, suspirei chateada mas ignorei.

— Ainda não, tenho assuntos a tratar com Caleb sobre a distribuição das mercadorias. — disse sério. — Acho melhor você ficar aqui por enquanto.

— O que...— ele colocou a mão na minha boca.

— Shiu. —sussurou.

A porta se abriu revelando um dos homens de Caleb. Joker pegou sua cabeça e a jogou contra a parede fazendo o homem cair desmaiado - ou morto - no chão.

Algo dentro de mim me fez a começar a rir descontrolada. Coringa me abraçou sorrindo.

O sangue começou a escorrer pela cabeça do homem caído.

— Gostou não é? — ele disse é riu — Você é como eu, só deixei o monstro dentro de você sair. 

Ele se virou para mim, e me beijou ferozmente. O Palhaço me deu um impulso para pular, fiz e cruzei meus pés para ficar em sua cintura. Ele passa a mão por minha bunda, deferindo um tapa estralado, gritei.  Ele riu malicioso e eu sorri sem desgrudar nossos lábios.

Por conta da falta de ar, paramos com o beijo.

— Você é tão linda. — olhei no seus olhos e ele nos meus. — Não decepcione o papai mais. Vá se cubrir. — dei um selinho nele e desci.

Me cubrir?

PUTA MERDA TO SEM SUTIÃ. 

Como eu não percebi?! Que vergonha. 

Coloquei a peça íntima rapidamente.

— Eu irei sair primeiro. 

Ele já ia saindo quando segurei seu braço, ele se virou.

— Você pelo menos virá... virá vir me ver? — falei.

— Eu darei um jeito de te ver, baby. — ele se foi.

Suspirei, arrumando meu cabelo. Já estava saindo, quando sinto uma mão em minha canela.

Olhei o homem estatelado no chão.

— Eu vou te matar, vadia. — disse fraco.

— Não, se você não se lembrar — dei um chute em seu rosto, fazendo-o desmaiar de novo.

Empurrei ele para dentro do quarto, fechando a porta em seguida. Segui o corredor até o salão da boate.

As luzes estavam baixas, dando um ar sofisticado e sensual. Caminhei até o bar, me sentando do lado de Brenda.

Brenda tem sido uma amiga muito boa, sempre me ajudava quando aquelas bruacas me atacavam com palavras.

— E aí, soube que o seu Palhacinho está aqui. — ela falou um pouco alto e perto do meu ouvido por causa da música. Assenti. — É a sua chance de sair daqui, mulher.

— Ele disse que agora não da. Tem negócios a resolver com Caleb.

Ela sorriu assentindo.

Ela olha para o lado, mandando  um olhar safado ,provavelmente para algum velho tarado.

— Tenho que ir.— ela suspira e desce do banquinho indo até uma mesa com dois homens de meia idade.

Ouso um assovio e olho para o lado esquerdo da boate, avistando Caleb e mais capangas conversando com Joker.

Ele me chama com a mão e eu vou até ele.

P.O.V. Joker

Eu e o Play boyzinho, conversamos sobre algumas regiões que iria fazer bem aos nossos negócios.

Ele sugeriu em começarmos em Dallas, Texas. Ele tinha alguns traficantes lá que poderiam ajudar na distribuição em casas de shows, rachas, etc.

Vejo Harley se aproximando calmamente, ela olha para mim na mesma intensidade que eu olhava para ela.

Ela senta do lado do meu inimigo, o mesmo a abraça-a trazendo ela para mais perto do seu corpo. Observo tudo, tentando não demonstrar minha raiva. 

Minha mulher, meu brinquedo, ninguém a toca, ninguém a olha!

— Não se importa, hum? — fala ele.

Sorrindo debochado para mim, começa a beija-la ferozmente passando a mão em suas pernas.

Eu estava afim de estourar os miolos daquele filho da puta, e bater...bater em Harley até ela desmaiar.

Eu sentia meu sangue fervendo correndo por minhas veias.

Eu não podia estragar tudo agora. Eu era impulsivo, eu sabia disso. Seu não tivesse me controlando agora esses dois estariam a sete palmos do chão.

— Não estamos aqui para isso, Caleb. — sorri me levantando. — Ela é meu presente de lealdade a você, pegue ela o quanto você quiser meu caro amigo. 

Menti, é claro.

Olhei para Quinn sério, ela me olhou com seus belos olhos azuis, ele estavam marejados.

— Bom, se é assim. Brenda é sua como prova da minha. — Caleb falou. 

Harley o olha de olhos arregalados.

— O que foi princesinha? Sua amiga também merece se divertir.

Ela fala algo em seu ouvido, o mesmo assenti e ela saiu.

Caleb volta seus olhos para mim e revira-os rindo.

— Mulheres...

P.O.V Policial Rocky

— Delegado...— William vem correndo para minha sala.

— Diga William. — digo mexendo em alguns papéis, não dando muita importância.

— Descobrimos a verdadeira história da Senhorita Harley Quinn. — William, balança o relatório na mão e respira. 

Levanto da cadeira.