Já se fazia mais de 30 minutos que estávamos correndo por uma mata escura e fechada, me dava a impressão que estávamos correndo em circulos. Eu já estava ficando com pouco de medo.
Eu já estava a começando a me arrepender... NÃO SEJA FORTE HARLEY.
- Pelo amor de Deus...- Brenda parou e falou completamente ofegante. - Eu deveria ter me preparado antes... Um abdominal ou um treininho de pernas.
Apoiou suas mãos nos seus joelhos, completamente exauta. Eu não estava diferente.
- Parece que estamos andando em círculos.
- Você trouxe água?!
Abri a mochila e, lhe entreguei a grande garrafa com água.
Ela bebeu quase a metade.
- Não beba tudo... Ainda temos muito para andar! - peguei a garrafa e dei um gole.
Começamos a andar novamente. Um silêncio pairou.
Até Brenda falar:
- O que pretende fazer quando chegarmos lá?
- Vou procurar um amigo meu. Ele com certeza vai me ajudar. - Respondi.
Chris, aquele viado que amo mais que chocolate. O único que teve uma amizade verdadeira comigo, lembro quando ele foi o único que conversou comigo no meu primeiro dia de aula; seus conselhos e esfregadas na cara, que me ajudaram demais. Eu amo demais aquela porpurina.
- E você? Vai encontrar alguém? - perguntei a Brenda.
A mesma suspirou tristonha. A encarei.
- Harley... Eu simplesmente não tenho ninguém. Minha única tia mora na Rússia e não liga pra mim, e nem quero inclusive! Ela é uma vaca interresseira.
Falou com raiva.
- A primeira coisa que vou fazer é, procurar um emprego e um abrigo. - falou triste.
A abraçei de lado, passando a mão por seu cabelo, fazendo um cafuné.
- Hey, não diga isso! Você tem a mim. - sorri para ela e a mesma retribui.
- Obrigada.
Ficamos horas - que na verdade eram minutos - andando.
Chegamos em uma avenida um pouco movimentada. Passava vários táxis. Apontei o dedo fazendo um deles parar.
- Você irá comigo para a casa do meu amigo. - falei a Brenda e a mesma sorriu agradecida.
Falei o endereço dá casa de Chris para o motorista do táxi.
Ficamos olhando para a janela daquele carro amarelo.
Passei pela minha escola e as lembranças me vieram a cabeça automaticamente.
• 15 minutos depois...
- Parece chegamos. - Brenda falou.
- Sim, chegamos.
Meu sorriso estava tão grande que quase não cabia em meu rosto.
Pagamos o taxista com o dinheiro que conseguimos, dançando para aqueles velhos nojentos.
Caminhei com Brenda até a porta.
A casa de Chris era bem grande. Ele morava apenas com sua mãe, a dona Erica é estilista e não para de viajar pelo país, as vezes para casa apenas ver se seu filho está bem ou precisando de dinheiro. Chris provavelmente está sozinho.
Bati na porta três vezes, e ninguém respondeu, bati mais vezes.
- CALMA CARALHO, JA VAI, TA COM O CU PEGANDO FOGO?
Ele abre a porta.
Como eu senti saudade dele!
Pulei nele o abraçando fortemente, ele me levantou do chão me girando.
Ele me soltou e começou a dar pulinhos e gritinhos finos.
- AAAAAIIII VIADA QUE SAUDADE. - ele me abraçou novamente. - Fique sabendo que eu estou puta com você sua bicha louca.
Comecei a rir.
- Se acalme. - falei rindo. - Deixa eu te apresentar uma pessoa.
Peguei Brenda pelo braço e a trouxe para perto.
- Brenda esse é o Chris e Chris essa é a Brenda. - apresentei os dois.
- Prazer - falaram e deram um aperto de mão.
- Agora... Vamos nós sentar e você vai me explicar o seu sumiço. - a palavra estava em Chris agora.
- Querem algo antes? - o mesmo perguntou.
- Água muita água. - falou Brenda, rimos.
Depois de Bren (apelido de Brenda) tomar sua preciosa água, nos sentamos no sofá.
- Comece. - disse Chris, cruzando as pernas.
- Bom...
Contei tudo que aconteceu comigo, contando também a parte da minha relação com Joker. E Brenda contou a dela.
- Minha santa porpurina... - ele ficou boquiabertos - Estou chocada. Vocês precisam denunciar esse covardes.
- Eu acho melhor não... - Brenda falou - Com certeza eles vão nos achar e pior ainda... Nós matar.
- Eu também concordo. - falei
Não eu não concordo. Por mim eu matava Caleb com as minhas próprias mãos, por ter trazido o mal para mim, minha amiga e para várias mulheres inocetes. Eu o odeio com todas as forças mas, á uma pessoa envolvida que não quero infurnada na cadeia para o resto de sua vida.
Eu sou tão fraca... Ele me deixa naquela boate servindo de prazer para aqueles nojetos, me bate, me xinga e mesmo assim o amo.
PERA OQUE? EU O AMO?
- Okay... A decisão é de vocês! - ele ergueu as mãos feito rendição. - Mas não apoio!
- Vocês iram ficar aqui. - ele se levantou. - E não foi uma pergunta e sim uma afirmação.
Rimos.
- Enfim... - apassou a mão pelo cabelo e suspirou - Vão tomar um banho, que vou preparar algo para a gente comer.
Assenti. Me levantei e abracei-o
- Eu te amo. - sorri.
Ele riu pelo nariz.
- Eu sei, eu sei.
Esse era seu jeito de falar "eu te amo também"
Como eu já conhecia sua casa, eu subi com Bren para um quarto. Mandei ela para o quarto da frente e a mesma foi.
Peguei uma toalha embaixo da pia do banheiro e pendurei no suporte de toalhas do banheiro. Separei minha roupa, que era: um shorts de ginástica e um moletom cinza do Arctic Monkeys, deixei tudo em cima da cama e fui para o banheiro me despi e entrei no box, ligando a água. A mesma caiu quente em minha nuca e depois por todo meu corpo.
Levantei minha cabeça, sentindo a água escorrer por meu lábios, aquilo me lembrou dos lábios de Coringa. Toquei meus lábios, visualizando com os olhos fechados Coringa; ele estava belo, seus cabelos verdes estavam jogados para trás e seus olhos azuis me encaravam.
Abri os olhos me decepcionando sabendo que ele não estava lá realmente.
Terminei meu banho, me sequei e me vesti.
Segui o corredor e descia as escadas. Ouso Brenda e Chris rindo na cozinha.
- Vocês transaram virtualmente?! - Brenda gargalhava, sorri com aquilo - Como isso é possível?
- Palavras sujas e outras coisas. MENINA, COMO EU AMEI.
- Estou vendo que a conversa aqui está boa né - ri.- Você ainda namora Daniel? - perguntei a Chris.
- Sim. Vamos nós ver pela primeira vez, mês que vez.
- Estou muito feliz por você. Precisamos inventar um shipp! HM... - fiquei pensando.
- Dach? - Brenda deu uma sugestão.
- É, gostei... A-pro-va-do.
- Agora... Eu quero ver se aprovam a minha lasanha. - disse tirando a comida forno.
- Iiihh, to fora. - falei.
- HEY!
Rimos.
P.O.V. Joker
Eu estava na minha casa, resolvendo um plano para um assalto ao banco de Gotham. Quando me ligam dizendo que uma gangue filha dá puta atacou a boate, logo me veio na cabeça "Harley" .
Puta que pariu! Se aconteceu algo com a minha posse, cabeças iram rolar.
Ninguém mexe no que é meu!
Peguei minha Lamborghini roxa e fui direto para a boate.
Chegando lá vi homens colocando corpos sem vida, na casamba de um caminhão.
Entrei, dando passos largos para não pisar nos corpos dos azarados.
- Já sabe quem foram? - perguntei a CJ.
- Sim. Foi uma gangue leste chamada The Kings. - respondeu.
The Kings, esse nome me faz rir pra caralho. Eles tem que se ligar que o rei nessa porra aqui sou eu.
E eu e meus cervos vamos rancar cabeça por cabeça.
- Caleb está?
- Sim, mas ele tá putasso. - falou CJ.
Fui andando até o escritório e entrei sem bater, porque eu não sou obrigado.
- Ta de TPM, coleguinha?
- Nem venha, com suas piadinhas Coringa! - ele andava pra um lado e um pro outro. - Eu vou acabar com aqueles filhos da puta.
- Se acalma... - ajeitei meu terno e me sentei.
- Me acalmar? Eles destruíram minha boate. Isso vai custar milhões para consertar, MAS QUE PORRA.
Empurrou uma cadeira.
Eu apenas observa o gilique dá mocinha. Mas eu entendo como é, já explodiram minha mercadoria.
- Prepare seus capangas.
P.O.V. Autora
Joker sai da sala de Caleb, já se dirigindo a saída. Quando se lembra de Harley.
Ele se aproxima de CJ e o chama, o mesmo se virá.
- CJ, você viu Harley?
- Você não ficou sabendo? - fiz uma cara de "conte logo" e o mesmo continou
•Horas Antes•
CJ bate na porta do escritório de seu chefe, e Caleb permite que ele entre.
- Diga. - Caleb fala o encarando.
- Chefe é sobre a Harley.
- Se você veio me avisar que ela também levou bala, saiba que eu não ligo.
- Não, não. Na verdade ela fugiu com a vadia dá Brenda.- falou CJ calmo.
- Como?! ela teriam Morrido em meio ao tiroteio. Não me diga que elas são aliadas daquela gangue!
- Elas só fugiram. Elas saíram por sua saída de emergência.
- Mas como aquelas vadias sab... Brenda - Caleb rosnou os dentes.
- Devo contar ao Coringa? - perguntou.
-Não...- Caleb pensou melhor - Sim.
- Mas não a história real. Conte como se ela tivesse sido baleada e não aguentou, vamos ver se aquele viadinho é mesmo leal.
- OK senhor.
Cj sai da sala, com a história falsa já na cabeça, pronta para ser contada a Coringa.
•OFF•
- Ela foi baleada na cabeça, está morta.
Os olhos de Coringa não se mexia, suas mãos se fecharam, e seu ódio aumentou ao máximo.
- Não está triste pela morte Harley, está Sr. Coringa? - CJ falou.
- O que? Claro que não seu idiota. Eu me importo apenas comigo mesmo, a vadia que não foi inteligente de se esconder. Ela que se foda!
Coringa saiu daquela boate, indo em direção a sua Lamborghini.
Ligou-a e cantou pneu.
E a sua famosa frase veio em sua mente.
"Cabeças iram rolar"
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