Já se fazia quatro meses que eu estava longe de criminosos, de boate, longe dele, quatro meses sem estar em perigo.
Eu tentava esquecer o que sentia por aquele psicopata louco, meu cérebro lutava para esquece-lo, esquecer até mesmo seu nome e seu rosto, mas meu coração lutava contra. Eu estava tendo a vida que sempre quis, desde que o Palhaço chegou em minha vida, estragando-a mas, quem deu início a toda a merda que vivi foi meus pais - que é que posso chamo-los assim, pois aquilos não são pais.
Até hoje não sei o que aconteceu com os dois desgraçados que me venderam como se eu fosse simples mercadoria.
Eu sou grata aos céus por ter Chris do meu lado, ele ajudou eu e Brenda a termos finalmente uma vida de paz. Serei grata eternamente.
Eu voltei a estudar, não no meu antigo colégio, era mais seguro para Troye. Sim, para Troye porque se aquele maldito cruzar o meu caminho, eu sou capaz de matar ele e eu não estou brincando. Preciso ficar longe de problemas, principalmente com gângsters, não quero voltar para aquele inferno nunca mais.
Meu objetivo é ir para Nova York e cursar psiquiatria.
Como Brenda já tinha seus 22 anos, arrumou um emprego em uma loja de roupas femininas e esta juntado dinheiro para a Califórnia, quer cursar moda lá. Estou orgulhosa dela.
- Acorda Maricota. - Brenda jogou uma almofada na minha cara. - Estava pensativa... Pensando no quê?
Se sentou a meu lado no sofá.
- De como nossa vida mudou durante esses quatro meses.
- Nossa... - ela sorriu. - Estão sendo os melhores meses da minha vida. Longe daqueles canalhas, longe do perigo.
- Sabe o que temos que fazer? - neguei. - Comemorar! Festa amanhã a noite.
- O que?! Brenda, é perigoso. Já pensou se tem algum capanga do Caleb ou do Coringa nessa festa, estaremos fodidas.
- Se acalma, não seremos descobertas, estaremos fantasiadas.
- Festa á fantasia? Nem é Halloween. - franzi o cenho.
Ela revirou os olhos como se estive dizendo: "Você é burra?"
- Aniversário. - ela se ajeitou no sofá. - Vai se arrumar, vou chamar um táxi para irmos ao shopping.
- Okay mas de quem é a festa mesmo? - falei já me levantando.
- É da Ivy.
- Verdade! Já tinha me esquecido, vou me arrumar.
Subi as escadas correndo, indo para meu quarto. Quando Brenda começou a trabalhar na lanchonete, Ivy e ela se tornaram amigas e depois Bren me apresentou ela e também nos tornamos amigas. Mas infelizmente ela sumiu um pouco, Brenda falou que ela começou a faltar bastante no trabalho mas o motivo do sumiço não sabe.
Girei a manivela do chuveiro, deixando a água morna cair sobre minha cabeça e logo se espalhando por todo meu corpo, terminei e fui até meu closet. Escolhi uma calça preta de cintura alta, uma blusinha azul e uma sapatinha também preta, me olhei no espelho e estava bom.
- Como está bela. - me assustei com a mulher loira atrás de mim.
- Q-Quem é você? - perguntei.
Me virei para trás não vendo nada, voltei a olhar para o espelho e lá estava ela, parada com um sorriso. Isso só pode ser um sonho! Não pode ser.
- Não se lembra de mim? Saiba que fiquei chateada agora.
- Quem é você? E como entrou aqui? - perguntei novamente.
- VOCÊ ROUBOU ELE DE MIM !! - ela começou a gritar. - VOCÊ SEMPRE FOI A QUERIDINHA DELE, SUA VADIA. COMO PODE ROUBAR ELE DE MIM?
Tapei meus ouvidos e fechei os olhos desejando que aquilo acabasse. Minha cabeça estava em chamas. O que ela estava dizendo?
- O QUE VOCÊ QUER? - gritei.
O quarto ficou em silencio, não se ouvia nenhum ruído. Abri meus olhos devagar e o quarto estava vazio.
Já estávamos no shopping. Brenda não parava de entrar em lojas de brinquedos para olhar as fantasias. Não comentei nada sobre o ocorrido no quarto, ela iria me achar louca. Eu nunca aconteceu aquilo na minha vida, quem era aquela mulher? Que homem eu roubei dela? O que eu fiz de errado?
- Aqui está! Eu ficarei gata amanhã. - ri pelo nariz. Convencida. Vendo a fantasia de pirata - Já tem alguma ideia do que ira se fantasiar?
- Nenhuma.- respondi, olhando algumas fantasias.
- Vai de palhacinha - sugeriu, olhando mais fantasias.
Pensei, é parece uma boa fantasia.
- Olha essa.- me mostrou uma.
- Huh... Não gostei. - falei.
Brenda coçou o queixo.
- Eu um dia estava mexendo em umas caixas no porão lá de casa e, achei uma caixa que parecia ter várias fantasias, você poderia procurar algo lá. - disse, assenti.
Ela foi pagar sua fantasia enquanto eu a esperava do lado de fora da loja, aproveitei para chamar um táxi pelo aplicativo. Chegamos em casa e, eu já fui para o porão procurar uma fantasia. Vasculhei várias caixas, vinte minutos depois achei a bendita caixa. Sim, havia várias fantasias, achei também uma roupa que imitava a de um bobo da corte. Experimente... Ficou muito folgada e feia. Parecia que uma lâmpada tinha acendido em cima de minha cabeça, fazendo eu ter uma ideia. Eu iria fazer minha própria fantasia e eu já sabia como eu queria.
Peguei a peça, ela tinha umas das minhas duas cores favoritas: azul e rosa. Sai do porão indo para o quarto de Brenda.
- Olá, posso entrar? - perguntei.
- Pode. - respondeu pegando umas roupas do chão e jogando no closet.
- Me ajuda a fazer minha fantasia? - me sentei na cama, ela fez o mesmo.
- Não é mais fácil comprar?
- Mas que graça teria? Temos que ser original.
- Ta bom, qual sua ideia? - perguntou e cruzou suas pernas em cima da cama. Ela pegou a peça e analisou.
Quando Bren era mais jovem sua mãe dela era costureira e, ela a ensinou o básico para ela seguir o mesmo caminho.
Contei toda minha ideia e ela achou um máximo. Sentamos no chão e, começamos a trabalhar. Ouvimos uns passos subindo a escada, era Chris.
- O que estão aprontando suas pirralhas? - se juntou a nós no chão.
- Primeiro: estamos fazendo uma fantasia da Harley para o aniversário da Ivy amanhã; segundo: eu sou mais velha do que você, eu que deveria te chamar de pirralho. - Brenda falou e eu ri da cara de Chris.
- Grossa. - falou e passou a mão no cabelo.
Recortamos a peça transformando-a em um shorts.
- Isso combinaria com uma camiseta minha...- passou a mão no queixo pensativo. - já volto.
Ele saiu e minutos depois voltou com uma camiseta branca, com manga média, em cada manda tinha duas listras vermelhas e na gola descendo tinha um aspecto de manchado, também vermelho.
- Perfeito.
Já se faziam algumas horas e, finalmente terminamos.
- Huh... - Brenda disse.- Esta faltando algo nessa blusa.
- Você leu minha mente, viada. - a palavra estava em Chris agora.
- A gente pode pensar nisso amanhã, são quase...- olhei a hora no celular. - são quase 1:00 da manhã.
- Verdade. - Chris bocejou.- Minha beleza precisa de um descanso.
Rimos.
- Boa noite, suas viadas. - eu e Bren falamos "boa noite".
Brenda saiu e eu apaguei todas as luzes do quarto, deixando apenas a luz da lua iluminar a escuridão. Fechei meus olhos, relaxando.
Abri meus olhos, eu estava deitada em um jardim lindo mas, não era um jardim comum. Era tudo em cores escuras, o céu estava acinzentado, a flores eram em uma coloração preta. Olhei para o lado... O rosto dele parecia uma melodia, não saia nunca da minha cabeça e mesmo que eu já tenha decorado cada traço, corte, imperfeições perfeitas, eu não me cansada de olha-lo.
Ele acariciou meu rosto carinhosamente, e em seguida senti seus lábios tocarem os meus, fechei meus olhos. Nós eramos a única coisa que tinha cor. Eu finalmente estava feliz e ao lado dele.
O cenário muda. Eu estava em uma sala, a luz estava baixa.
- Você mataria por mim? - poderia reconhecer essa voz de marte. Joker.
Olho para o lado vendo Joker amarrado em uma cadeira, franzi o cenho estranhando. Do escuro sai Brenda e Chris, Brenda estava com um isqueiro e Chris com um galão. Os dois sorriram perversos.
- O que vocês estão fazendo?!
Chris abre o galão e despeja todo o líquido em Coringa, o palhaço ri, o cheiro de gasolina adentra minhas narinas.
- Vamos causar dor a ele... Como ele causou em você. - Brenda responde minha pergunta e acende o isqueiro.
Olho para minha mão direita e vejo que seguro uma arma, a mesma arma que Coringa me deu de presente. Aponto para os dois, os mesmos sorriem e franzem o cenho.
- Isso é sério? - Brenda diz.
- Ela não vai atirar na gente, Brendinha. Sabe porque?- Brenda nega ainda olhando para mim. - Por que ela é uma fraca, que se entrega para um psicopata, que a deixa em uma boate como puta enquanto ele esta fazendo dinheiro lá fora.
- CALA A PORRA DA BOCA! - grito.
- Mostre que estão errados, Harley, Mostre quem é a monstrinha do papai. - a palavra estava em Coringa agora.
Mirei a arma para a cabeça de Brenda, e atirei e em seguida atirei em Chris
BANG!
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