História Dangerous - Capítulo Oitavo

P.O.V Harley Quinn 

Abri os olhos e senti lábios macios nos meus, era Sr.J . O mesmo me beijava ferozmente, e com o passar de alguns segundos me deixou sem ar. Ele parou e me olhos com aqueles olhos azuis que eu tanto amava, seu sorriso metálico apareceu.

Eu ouvia alguns tiros. Aquilo era real? Ele se importava comigo? Pelo visto sim.

Meu sorriso não conseguia se fechar.

— Você é uma vadia. — sussurrou perto de meus lábios — Você achava mesmo que eu não iria descobrir sobre você e Caleb!

Nesse momento ele já estava gritando, eu estava assustada. Ele me desferiu um soco no rosto me fazendo ficar um pouco desnorteada.

Comecei a chorar.

— E-eu fui forçada. — falei fraco.

Eu não estava mentindo. Caleb disse que eu não fizesse aquilo, me mataria e mataria Joker. Quando Caleb me ameaçou com aquelas palavras, me questionei se ele conseguiria matar Coringa. Me toquei que não, Caleb não conseguiria; se nem mesmo o Batman, que tinha várias oportunidades para matar o Palhaço e não conseguia, como Caleb iria. Eu era tão tola. Mas também tinha a quesito dele me matar, isso eu não duvidava que conseguiria, eu era fraca. Eu já estaria a sete palmos do chão nesse momento.

— Mentira. Quer ser uma vadia? Então vai ser tratada com tal. 

Ele tirou o cinto, arregalo meus olhos azuis. Sr.J começa a me bater com a fivela.

— Para, para por favor! 

Eu apenas gritava, os tiros havia parado, apenas estava o som dos meus gritos.

Minha pele estava cortada e vermelha, logo ficando roxa. Ele estava em cima das minha pernas me impossibilitando de correr dali.

As águas que escorriam dos meus olhos não paravam por um segundo se quer.

Até que ele parou, me olhou, sua respiração estava descompensada. Seus olhos estavam escuros, não era ele, eu não conseguia desvendar sua expressão.

— Minha ovelhinha, não chore. — passou sua mão por bochecha esquerda, me esquivei um pouco mas logo cedo ao seu carinho. — Você é minha rainha, você é minha Harley Quinn. Você entendeu?

Não respondi.

— Você entendeu?! — gritou, assenti, sorriu. — Vamos para casa.

Fui acordada com um algo líquido e gelado, molhando todo o meu corpo, tremi de frio. Me levantei em um pulo, sentindo uma dor na minha cintura, ignorei a mesma.

— Qual seu problema?!  — podem me chamar de burra por falar assim com um dos homens do Caleb, era o cara negro. Ouvi uma conversa que o nome dele era Poe.

Ele me olhou furioso.

— Sorte sua que o patrão não permitiu que a gente quebrasse essa linda carinha. — ele riu e passou sua mão nojenta dele no meu rosto.

— Não rela em mim! — peguei sua mão e jogando à brutalmente para longe de mim.

Ele riu.

Olhou para a porta que estava aberta, como se procurasse por alguém. Logo senti a pressão de sua mão em minha face fazendo com que eu virasse o rosto para o lado.

— Se você contar para alguém... — ele segurava meu rosto fortemente, me fazendo olhar em seus olhos. Ele riu.

— Pegue suas coisas! — apontou para minha mochila.

— Para onde vai me levar?

— Sem perguntas, vamos logo. — saiu pela porta.

Vesti um shorts curto preto, regata azul e um par de tênis. Coloquei minha mochila na costas e olhei para o relógio na parede. Eram 3:56 a.m. 

Para onde vamos a essa hora?

Eu estava com um pressentimento que eu não sabia explicar.

— Pronta? — Poe falou da porta. — Vamos logo então.

Acenou com a cabeça para que eu saísse. Andávamos pelo corredor, estava silêncio o que era bem difícil acontecer naquele local.

— Puta merda, essa bunda estaria roxa se fosse minha. Que tal um dia princesinha? — ele falou no meu ouvido. Quase vomitei ali mesmo.

— Se você relar um dedo em mim, eu corto seu pinto e colo na sua testa enquanto estiver dormindo. — ele me virou para ele e levantou a mão.

Pensa pelo lado bom, ele viraria um unicórnio.

— Poe, Caleb está lhe chaman... — Rocco outro capanga, entrou no corredor, pegando Põe quase me deferindo um tapa.

— Cara, você está louco?! Não podemos relar nela. Ela é do patrão, se ele souber... — ele segurava a mão do homem a minha frente, Poe o cortou.

— É eu sei. Vamos logo! 

Eu estava com um capuz preto na cabeça, não enxergava nada e minha boca estava impossibilitada de falar por conta da fita adesiva.

Ouvi o motor do carro sendo ligado e começando a se movimentar.

Percebi por causa de alguns sons que eu não estava sozinha, mais mulheres estavam comigo.

Uma começou a gritar mas os gritos estavam sendo abafados pela fita. Aqui era um pesadelo!

Me lembrei do sonho que havia tido com Joker. Me questiono se ele seria capaz de me espancar, como no tal sonho.

Eu não duvidava, ele era um homem considerado doente. Mas se isso acontecesse, não me importava se ele me batesse eu só queria sair dessa merda.

Já fazia quase duas horas, que estávamos viajando. Para onde estavam nos levando?

Rezei, para que não nós matassem.

Os gritos da mulher que provavelmente estava no fundo do carro, pararam.

Meus olhos passaram e se fecharam, fazendo eu dormir.

P.O.V Joker

Convoco meus capangas para irmos à tal boate Diamond. Aquele filho da puta iria se arrepender de ter tocado na minha Harley, ninguém podia a olhar, tocar, desejar, cheirar seu perfume, a não ser eu!

Chego na tal cidade e logo acho a boate Diamond. Saiu da van pela porta de trás, olho em volta vendo a rua um pouco movimentada.

Ajeito meu paletó roxo, pego minhas duas armar e coloco as mesmas no coudri que estão localizados nos dois lados do meu corpo.

— Vamos amigos, não vamos deixa-los esperando. 

Vamos até a entrada da boate. Vejo mulheres encapuzadas e com as mãos presas.

P.O.V Narradora 

A tenebrosa e escandalosa risada de Coringa ocoou pelo local decorado eroticamente.

A risada chama a atenção de Caleb e seus outros três capangas.

— Olá amigos. — o de cabelo verde fala em uma posição engraçada.

— Eu não sou seu amigo, Coringa, muito menos quando matou meu pai. — Caleb fala travando seu maxilar, raivoso.

— Oh eu sinto muito. — o Palhaço coloca a mão no peito fingindo se sentindo culpado. — Hm, na verdade não sinto muito.

Sua risada ocooa mais uma vez no local.

— Vem, pode ir me dando minha Harley. — gesticula com a mão para que o loiro a de sua Rainha.

— Você acha que eu vou lhe dar ela assim, — o homem ri sarcástico. — Você tirou tudo de meu pai, agora eu vou tirar tudo de você.

— Ui, o bofe me deu medo. — falou afeminando a voz. 

— Aliás, Harley se entregou a mim. 

Coringa pela primeira vez ficou confuso, não entendia o porquê de Quinn se entrar ao homem que a comprou, fazendo com que ela trabalhasse sendo uma vadia.  Antes de Harley ser levada de Joker, ela era sempre carinhosa e parecia ter finalmente se rendido aos encantos do perigoso Palhaço do Crime.

Joker observou atentamente Caleb colocando sua arma em uma mesa de sinuca.

— Sua garotinha...— o loiro entralou a língua no céu da boca e riu. — Quer dizer, minha garotinha já  deve estar bem longe daqui.

No momento o sangue de Joker já estava quente de raiva. Ele já não se importava com ela mas ela ainda era dele e voltaria para ele.

O de cabelo verde alisou a cobertura aveludada da mesa de sinuca, rindo a todo momento e se aproximou do rosto do homem.

— Faz o que quiser com ela, não me importo, ela é apenas uma puta. — mentiu, Caleb sorriu.

Coringa inclina sua cabeça para o lado esquerdo, avistando Rocco, seu ex-seguidor.

— Meu velho companheiro, como vai? — fala se aproximando.

— E-eu vou bem senhor. — gaguejou deixando amostra seu medo do Palhaço.

— Ainda me chamando de "senhor", mesmo quando me traiu? — o Palhaço sorri inclinando a cabeça, Rocco não responde.

O Palhaço estende sua mão, deixando o anel rente a boca do homem a sua frente.

—Quer beijinho?— diz Rocco.— Okay.

O mesmo beija o anel de Coringa. Coringa sorri malicioso e agarra o rosto do homem.

— Hum, deu pra ver que foi com vontade. — diz "sesual" — Rocco, Rocco. Você não sabe como eu queria lhe mostrar meus brinquedinhos novos ou os que sobraram quando você explodiu os mesmos.

— Pode leva-lo, não preciso mais dele.

Joker escuta a voz de Caleb J. mas não se virá, apenas fica olhando dentro dos olhos de Rocco, apreciando o medo que exalava 

Rocco se desespera.

— É O QUE?! EU TE AJUDEI EM TUDO.

— Foi apenas negócios, meu caro amigo. — Caleb fala sem expressão alguma.

Joker se virá de uma maneira engraçada.

— Cruel, gostei de você.— fala apontando para Caleb. — Levam o imbecil para o carro e quando chegarem o coloquem na minha maravilhosa sala. — ordenou para os seu capangas, que até então observam a cena.

Coringa era esperto, sabia que se convence Caleb a se aliar a ele poderia pegar todas suas riquezas e ainda mais sua Harley Quinn.

— Vamos tratar de negócios.

P.O.V. Harley Quinn 

O capuz foi tirado quando chegamos no local. Olhei em volta, vendo a decoração rústica, um palco com um poste no meio, várias mesas e um bar.

— Olá, eu me chamo Troye e eu cuidarei deste local daqui em diante.

Meu sorriso surgiu instantaneamente em meu rosto. Era Troye o garoto que eu era apaixonada desde a Sexta série, ele era minha chance de sir daqui, eu apenas torcia para que ele me ajudasse. 

Ele olhou breve para mim e arregalou os olhos mas logo voltando a falar.

— Vocês iram ser divididas em cinco grupos de quatro e cada grupo irá ficar em um quarto. — ele estralou os dedos para que os homens comecem a dividir os grupos.

Eu apenas me questionava do porque ele estar ali.  Ele havia virado traficante de mulheres? Porquê a maioria dali, segundo Brenda, eram; inclusive ela.

— Você.— apontou para minha.— Venha aqui.

Caminhei calmamente até ele.

— Chris está deprimido sem você no colégio. Não entendi por que desapareceu.— sussurrou.

— Você pode me tirar daqui, não pode. — ele assenti e ri.

Ele me olha sarcástico.

— Eu posso mas não vou. Seu Palhacinho vai pagar por tudo que fez o meu pai. — suspiro já entendendo.

— Você é irmão do...

— Sim, eu sou irmão de Caleb. — sorri sádico.