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História Dangerous - Five


Escrita por: jiminfave

Notas do Autor


Olá docinhos, eu aproveitei esse período de férias pra poder escrever dangerous já que ela tava parada há um bom tempo, espero que tenham uma ótima leitura e não deixem de comentar bastante o que estão achando. Não se esqueçam de favoritar a fanfic, me ajuda bastante, e de dar uma olhada em breaking rules.

Não vou falar muito, mas gostaria de dizer que talvez em breve eu poste uma oneshot jikook pois já tenho todo plot na cabeça e gostaria que vocês lessem. Enfim, tenham um boa leitura e perdão pelos erros.

Capítulo 5 - Five


Jungkook fechou a porta do carro com hostilidade e começou a caminhar na direção da residência. Um grupo de homens com coletes permaneceram dentro do carro da polícia, enquanto uma dupla o seguia. Este ajustou os botões de seu terno antes de pender o tato para alinhar os fios que decaíam em seu rosto. 

Subiu os três degraus de pedra com celeridade e centralizou-se diante da porta. Apenas algumas batidas foram o suficiente para a mulher abrir a porta e se deparar com a presença do detetive. Sua expressão oscilou quando vislumbrou o maior erguer o canto dos lábios em um sorriso atento e instruído. 

– Bom dia, senhora. – sua voz soava tão mordaz, que podia facilmente deixá-la com pânico do que viria a seguir. – Trouxe um mandato para revistar o quarto de seu filho. Temos essa permissão e caso queira impedir terá que resolver na justiça. – levantou um papel com a assinatura de um juiz e a mulher rapidamente se espantou.

– Mas-

Antes que pudesse se defender, Jeon introduziu-se dentro da casa de forma imprevista, fazendo a mesma sobressaltar sem saber como interceder. Os dois policiais que estavam fora, automaticamente adentraram o local e começaram a vasculhar o ambiente com os olhos. 

– Poderia nos dizer onde fica o quarto de seu filho? – Jungkook indagou, sua voz era fria e totalmente carregada. 

– Vocês não tem esse direito! – retrucou pávida e sem saber como convencê-lo de que não poderia invadir sua casa daquele jeito. 

– Se não quer me dizer, então eu mesmo procuro. – afrontou a mulher antes de avistar um de seus homens diante da porta. – Me acompanha até em cima. E você, tente achar o Yoongi. Não faço ideia onde ele se meteu. 

– Sim, senhor. – fez uma reverência e se distanciou a procura do outro detetive. 

Abruptamente, Jungkook subiu as escadas de forma ágil e sem ao menos se importar com a mulher afirmando constantemente de que ele não tinha o direito de estender-se até o quarto de seu filho. Este encontrava-se do mesmo jeito que estava quando Jimin fora levado. 

Não se importando com o corredor escuro, Jungkook empurrou a primeira porta que seus olhos avistaram. Deu de cara com o quarto da mulher e então decidiu avançar para a outra divisão. Forçou outra porta, mas esta encontrava-se trancada, e nem impulsionando com esforço, a mesma cedia. 

A mulher havia o seguido até a parte superior, implorou para o homem não se atrever a invadir o quarto de seu menino, mas este apenas ignorou a mensagem. Jungkook retirou a arma da cintura e arrastou-se para trás, apontou a mesma na direção da fechadura e disparou. A mulher, ao ouvir o som retumbante, protestou em um grito. 

– Por favor, é o quarto do meu filho, não mexa em nada! – ela clamou assim que Jungkook adentrou o cômodo totalmente organizado. 

– Acho melhor se afastar. O trabalho agora é da polícia. – esticou a mão na direção dela em um movimento de bloqueio para que não ousasse difundir-se no seu momento de trabalho. 

A senhora evidenciou uma indignação ao firmar o olhar no detetive rodeando o quarto com as vistas. Não queria que ele se atrevesse a se alastrar nas coisas de seu filho e revirar tudo o que Jimin guardava naquele ambiente. Eram coisas íntimas que somente o seu menino tinha o direito de tocá-las. Em todo esse tempo, nem ela mesma havia tido a coragem de examinar seus pertences. 

– Saía daqui. Eu não quero falar de novo. – Jungkook agravou a voz a fim de intimidar a mulher. Esta retirou-se as pressas, sem ao menos contestar.

O quarto cheirava a algo doce que Jungkook não conseguia identificá-lo corretamente. As paredes eram pintadas de azul claro e algumas fotos enfeitavam a silhueta da cama. Tudo aparentava estar em perfeita ordem, sem uma única poeira nos móveis.

Com apenas um aceno, Jungkook chamou o policial para adentrar o ambiente e ajudá-lo na investigação. Dirigiu-se até uma prateleira de madeira e concebeu alguns livros alinhados. Pegou um aleatório e começou a abrir as páginas automaticamente.

Não tendo resultado com a busca, depositou o livro no mesmo lugar e resolveu avançar no armário do garoto. Seu olhar encaminhou nas inúmeras peças de roupas totalmente arrumadas e separadas por cores. Desde os mais claros até os mais escuros.

Seu olhar imobilizou em uma caixa mediana, logo abaixo das inúmeras outras. Mas aquela, em específico, despertou mais sua atenção por ser a única colorida dentre as outras.

Agachou-se para assegurar a mesma entre as mãos e rapidamente uma pontada foi sentida em seu peito, quando este analisou as diversas fotos do garoto. Algumas em lugares abertos e com animais pequenos e outras em seu próprio quarto com a luminosidade baixa. Seu rosto angelical denunciada o quão jovem aquele rapaz era. Jungkook não podia acreditar que o ser humano chegava a ser tão impiedoso quando desejava atingir a fraqueza do outro, ainda mais de um adolescente.

– Senhor? – o policial o chamou pela segunda vez, fazendo Jungkook despertar-se da tensão e encará-lo por cima do ombro. – Encontrei isso. Acho que vai gostar de ver.

Jungkook vislumbrou um tipo de cartão nas palmas cobertas por luvas do detetive. Levantou-se em súbito, caminhando na direção dele para examinar perfeitamente.

– Isso é um convite? – Jungkook quis saber e o outro acenou positivamente. – Coloque dentro do saco e investigue o nome desse lugar.

O homem acenou antes de se afastar, e com o olhar atento, Jungkook começou a vasculhar o ambiente delicadamente. Não queria perder qualquer coisa que julgasse ser importante na investigação. Porém, o que ele mais ansiava para encontrar, neste momento pareceu evaporar de suas vistas. O notebook não encontrava-se ali, ou aparentemente não estava sendo bom o bastante para achá-lo.

Subitamente, seu pensamento começou a implorar para imaginar aonde alguém poderia esconder um notebook. Se tinha algo nele, este deveria estar em um lugar sigiloso e totalmente inconcebível aos olhos alheios.

Olhou pela última vez as diversas fotos despejadas em suas mãos e examinou aquele rosto tão ingênuo e afetuoso. Automaticamente, suas vistas rodearam o local como se estivesse buscando algo dentre as paredes. Paralisou quando captou o laptop bem acomodado abaixo de um pano escuro. Este localizava-se inferior ao guarda roupa.

Não evitou erguer o canto dos lábios em um sorriso de satisfação e avançou rumo ao que desde o princípio desejava ter em mãos. Retirou o mesmo debaixo do guarda roupa e o desenrolou do pano com habilidade.

Se tudo o que mais queria era descobrir o que acontecera com Jimin e o restante dos adolescentes, suas respostas estariam replicadas naquele notebook. Precisava esclarecer todas as incertezas que estavam contornando sua cabeça.

– James! – gritou em um chamado e o outro rapidamente mostrou-se diante da porta. – Guarde o notebook no saco e leve diretamente para a minha sala. Vou ligar para o Yoongi e preciso que ele esteja comigo na hora de examinar tudo com cuidado.

– Sim, Senhor. – retrucou com um olhar intricado. – E o que fará com isso, se me permite perguntar?

O homem apontou para a caixa nas palmas do detetive e este ligeiramente seguiu o olhar dele. Jungkook coçou a garganta e aspirou com avidez, mas sem perder a postura séria e austera.

– Também vou levar isso. – respondeu seriamente.

– Mas são apenas fotos, Senhor.

– Que para mim tem relação com o caso. Algum problema? – retrucou ríspido, fazendo o mesmo negar. – Ótimo. Então faça o que pedi e leve logo essas coisas para o meu escritório.

Jungkook sentia suas costas pesarem e a cabeça arder devido toda aquela análise no caso. Estava com o intelecto esgotado e seus ombros fatigados suplicavam para receber uma massagem. Afrouxou a gravata do pescoço, a fim de atenuar toda tensão que carregava em mente, e enxergou um dos policiais adentrar a sala do escritório com uma caixa grande em mãos.

Este depositou a mesma sobre a mesa, bem próximo a Jungkook, e fez um aceno antes de se retirar. O moreno levantou-se e seguiu até a porta para impedir que alguém estorvasse sua atividade. Fechou-a vagarosamente e voltou ao mesmo lugar de antes, averiguando o fundo da caixa. Retirou de lá o estojo com as fotografias do garoto e explorou ainda mais dos detalhes dele.

Não conseguia esconder a contrição que envolvia todo seu interior. O garoto era tão vivaz, que Jungkook duvidou que existisse algum ser humano capaz de ter a intenção de machucá-lo. Sua mente não atingia a compreensão desses bandidos.

Por que queriam os adolescentes? Por que machucá-los com a intenção de lucrar com a dor física deles?

Eram perguntas que Jeon considerava não haver respostas. Eles são homens ambiciosos, que visam lucrar com o corpo daqueles adolescentes, sem ao menos contestar a espontaneidade de fazer por vontade própria ou não. Só de imaginar que eram forçados regularmente a ceder aos comandos dos clientes, Jungkook sentia uma repulsa predominar em si.

Apartou tais pensamentos e se dedicou em buscar respostas. Só que ele não faria sem a presença do detetive Yoongi. O mesmo também estava incluso nesse caso, e nada mais justo do que aguardar pelo comparecimento dele. Tentou ligar tantas vezes e sempre estava na caixa postal, então esperar era a melhor alternativa.

Situou a pequena caixa no mesmo lugar de antes e pegou alguns papéis para atestar sua verificação. Com os mesmos posicionados em frente ao rosto, Jeon começou a andar a caminho da poltrona, entretanto seu pé chocou-se com a quina da mesa e toda papelada despencou-se no chão.

– Porra! – exclamou em reclamação e voltou a sua atenção nos documentos entornados no chão.

Agachou-se abruptamente para recolher os papéis e suspirou com impaciência. Estava consumido com tanto tempo perdido e aquilo parecia ser mais uma brincadeira do destino para gozar da sua cara.

Conforme ia reunindo todos os papéis em ordem, percebeu um barulho de salto atingir a madeira do chão e se aproximar. Os passos eram depositados lentamente mas com firmeza. Jungkook franziu as sobrancelhas quando esbarrou-se com um par de pernas femininas centralizadas diante dele. Esta imobilizou-se em sua frente, bem adjunto ao seu rosto, e colocou o peso de seu corpo em uma única perna.

Jeongguk foi impelindo seu olhar para cima, examinando as pernas pouco torneadas e um vestido curto que a mulher usara. A peça de roupa delineava perfeitamente a silhueta de suas coxas e de sua cintura. Jungkook induziu o olhar pela cintura dela, constatando a curva de seu quadril e subiu as vistas para seu decote que mostrava-se visível.

Levantou-se calmamente, sem desviar seus olhos negros daquela figura feminina que sorria perigosamente em sua direção. A mulher tinha olhos castanhos e uma franja que decaía precisamente na lateral de seu rosto. O cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo no alto da cabeça e o blazer preto destacava todo seu perfil atraente.

– Desculpe, posso te ajudar? – Jeon quebrou o silêncio, fazendo a mulher contemplar a bela voz grave que o mesmo possuía.

– Prazer, me chamo Rose e acho que serei sua nova parceira nesse caso. – Jungkook mudou a expressão subitamente. Não que estivesse achado uma má ideia, mas ele ainda tinha Yoongi consigo e não precisava de mais ninguém.

– Acho que você se enganou, eu já tenho um parceiro nesse caso. – a mulher sorriu arduamente antes de andar até a mesa e olhar dentro da caixa. Voltou a encará-lo com confiança antes de retrucar.

– O Seokjin me dirigiu à essa demanda. Se quer reclamar, que seja com ele, eu só obedeço as ordens. – Jungkook a fitou com desconfiança. Por mais que falasse a verdade, aquilo ainda soava suspeito.

– E por que exatamente o Yoongi sairia desse caso? – ela deu de ombros e sorriu.

Antes que pudesse responder, a mulher andou todo percurso lentamente para alcançar Jungkook. Acomodou ambas as mãos nos ombros dele e arrumou delicadamente seu terno. Foi apertando aos poucos a gravata dele e se aproximou de seu rosto com atrevimento.

– Não tenho todas as respostas, mas acho que seu amigo não quer fazer mais parte do caso. – o outro franziu a testa hipotético de tudo aquilo.

– O que está insinuando?

– Que alguma coisa o fez desistir de trabalhar na investigação. E eu tenho certeza que não foi o companheiro dele. – o olhou de cima a baixo, denunciando uma provocação árdua em seu semblante.

– E por que você assumiria o lugar dele? – ignorou a tentativa de provocação e questionou mais uma vez.

– Está dizendo isso por eu ser mulher? – acariciou seus ombros relaxados e apoiou as mãos no peitoral dele. – Garanto que meu gênero não impede de ser melhor que você.

– Em momento algum eu disse isso. – retrucou com segurança. Seu olhar desceu para a boca dela desenhada com um batom vermelho.

– Então não subestime minha inteligência e me conte o que descobriu sobre a máfia. – sua voz soou mais firme, mas ainda sim suave.

– O caso é sigiloso, não conto para qualquer pessoa. – deu um passo para trás a fim de se afastar do perigo que começava a se tornar aquela mínima distância.

– Eu trabalho aqui há anos. Não pense que sou uma principiante, querido. – distanciou-se dele e sentou-se na ampla poltrona. Cruzou as pernas com tenacidade, e Jungkook seguiu seus movimentos como um feitiço. – Sou tão boa quanto pode imaginar.

– Para uma detetive experiente, você parece dar em cima de todo mundo para conseguir respostas. – seu tom de voz era insultuoso.

– Quem disse que minha experiência é a base disso? – exprimiu com uma demanda.

– Ótimo, então o que você sugere? – tentou intimidar para ter certeza do que a mesma acabara de afirmar.

– É óbvio que tudo isso surgiu através de um site. Esses adolescentes deviam fazer perfis falsos dizendo que eram maiores de idade para induzir esses cafajestes a chamá-los para algum tipo de concurso. – Jungkook prestava atenção em tudo o que era dito pela moça. – Então, minha sugestão é descobrir qual é o site e que devemos criar um perfil falso para atrair a presa para nossa armadilha.

– Espera, o quê? Você quer se arriscar para esses homens que nem sabemos quem são? – Jungkook indagou surpreso e ao mesmo tempo impressionado.

– Meu querido, é assim que eles fazem. Atrai esses jovens para a armadilha deles e depois atacam, por que não podemos devolver na mesma moeda? – ela sorriu com convicção e continuou. – A gente só precisa estar perto do inimigo para saber qual será o próximo passo dele.

Jungkook ergueu minimamente o canto dos lábios totalmente satisfeito com a resposta dela. Por mais que fosse loucura criar um perfil falso e conversar com o patife que estava organizando tudo isso, por outro lado se tornava mais prático para conhecer e descobrir onde eles estavam exatamente.

– Já que você é minha nova parceira, como quer dar o próximo passo? – observou a mulher levantar-se do assento e direcionar até si com uma concentração penetrável. 

– Descubra o que há nesse notebook e veja quem são as pessoas que trabalha nessa máfia. Depois disso, pode deixar todo trabalho pra mim. Porque a mestra sabe o que fazer. – Jungkook a fitou com afinco, analisando toda segurança rodear os olhos dela.

– Farei todo trabalho agora, mas não gosto quando me dão ordens. – a alertou com firmeza. – Vou olhar o notebook sozinho, certo?

– Mas eu também estou trabalhando nesse cenário. Ou você está evitando lidar com isso? – atiçou a confiança do rapaz e este a repreendeu com o olhar.

– Por mais que sua sugestão seja convincente, não vou deixar que toque em nada sem antes confirmar com o Seokjin que você está realmente envolvida nesse caso. – a mulher o encarou profundamente e em seguida suavizou a expressão.

– Como preferir, bonitão. – arrastou os pés em direção a porta.

Distanciou-se enquanto rebolava o quadril ardilosamente. Jungkook arriou as vistas para a bunda da mulher, que remexia de um lado para outro, e rapidamente passou uma palma no cabelo um tanto úmido. A mesma abriu a porta e piscou o olho para ele assim que se retirou de seu campo de visão.

– Eu preciso de muito café. – foi tudo o que disse antes de desabar no sofá.

Jimin sentia-se como um prisioneiro naquele ambiente escuro e hostil. Suas costas latejavam por decorrência do chão sólido, e seu corpo tremia devido ao frio tenebroso que fazia. Não sabia distinguir se a palpitação era por consequência do tempo gélido ou do pânico por ficar naquele lugar escuro e silencioso. 

Por mais que Hoseok tivesse dito que seria apenas uma noite, Jimin estava amedrontado e com muita fome. Não sabia se deveria pedir uma roupa mais acolhedora que pudesse fazê-lo se sentir mais agasalhado, ou então um prato de comida. Percebeu seu estômago implorar por algo e rapidamente levou os braços para envolver na barriga. 

Não resistindo mais a agonia em seu estômago, levantou-se de imprevisto e seguiu até a porta. Uniu o ouvido à mesma, a fim de verificar alguma movimentação de pessoas lá fora, mas o silêncio foi tudo o que conseguiu divisar. 

– Hoseok! – gritou e bateu na porta como se ele pudesse ouvi-lo. – Eu estou com fome e com muito frito! 

Imobilizou-se para ver se ele aparecia para responder ao seu chamado, mas tudo aparentava ser em vão. Por mais que suplicasse pedindo por comida, ninguém se atreveria a ir naquela parte superior da boate. Hoseok devia estar trabalhando agora e seu medo era que outro além dele pudesse ouvi-lo. Seus pelos eriçaram ao imaginar Eric sendo o único a comparecer naquela sala. 

– Hoseok! Por favor, eu estou com fome! – tentou mais uma vez, mas novamente não teve resultado. – Eu preciso de você. – sussurrou e abaixou a cabeça, encostando a mesma na porta. 

Percebeu algumas pisadas no chão e a madeira rangendo, deu alguns passos para trás um tanto assustado e reparou na maçaneta da porta. Alguém a girava com suavidade, enquanto a empurrava para dentro. Jimin sentiu o pânico correr cada fibra de seu corpo ao supor que seria Eric ou qualquer outro homem que trabalha para Namjoon. 

Conforme a porta ia se abrindo, Jimin impelia-se para trás em um movimento de defensiva. Hoseok mostrou-se na porta e rapidamente sua expressão moderou. Este a fechou vagarosamente para não fazer tanto barulho e mirou o outro que abraçava o próprio corpo. 

– Graças a Deus. Hoseok eu preciso de comida, estou faminto e com muito frio. – conduziu-se até o maior que mantinha o semblante inexpressivo. 

– Agradeça a quem quiser, mas não grite de novo. – murmurou como se alguém pudesse ouvi-lo. – Vou trazer comida para você contanto que evite escândalos. O Namjoon está cuidando de alguns assuntos e precisa de silêncio.

Jimin assentiu freneticamente e notou Hoseok tirar a jaqueta de couro que vestia. Esticou-a na direção do garoto e este manteve hesitante ao pegar o traje. 

– Use isto enquanto arrumo algo para se agasalhar. – Jimin sobressaltou, não por ter sido algo apavorante, mas por não acreditar na atitude de Hoseok. 

– Obrigado. – disse com receio, pegando a jaqueta e levando até os ombros desajeitadamente. Hoseok se aproximou dele para poder ajudá-lo e sentiu a respiração do garoto ficar mais acelerada. – Eu não vou aguentar ficar tanto tempo aqui, por que não pode me deixar em seu quarto?

– Você está pagando por ter errado, esqueceu-se disso? – Jimin abaixou a cabeça com apreensão e sentiu o indicador do mais velho direcionar seu queixo para suspendê-lo. 

– Já disse que vou te tirar daqui amanhã. Vou pegar a sua comida e uma roupa melhor pra você. – sua voz demonstrava-se tão firme e segura. – Não grite de novo porque eu posso não estar aqui. 

– Eu pensei que fosse o Eric. – disse em um fio de voz. 

– Poderia ter sido ele se não estivesse resolvendo um caso com o Namjoon. Parece que uma das meninas tentou fugir e eles vão matá-la.

Jimin sentiu seu coração falhar uma batida assim que ouviu o que Hoseok dissera. Seu pensamento começou a lembrar de Hannah. A mesma sempre tentava fugir quando trabalhava na boate limpando as coisas ou então em momento que era levada para o quarto por um dos clientes. 

Uma dor lancinante consumiu todo seu coração, fazendo o mesmo não ter voz nem para perguntar se era realmente a sua amiga. Hoseok percebeu os olhos dele se encherem de lágrimas automaticamente, e arqueou as sobrancelhas. 

– É a Hannah? – sua voz vacilou ao imaginar sua amiga morta. 

– Isso não importa, Jimin. Vou buscar comida, espero que se comporte. – afastou-se dele, mas sentiu seu braço ser envolvido pela mão do garoto que o impediu de seguir. 

– Por favor, me diz se é a Hannah. – suplicou mais uma vez, observando o maior comprimir o canto dos lábios com impaciência. 

 – Não posso te dizer se é ela porque não vi. Então não me faça mais perguntas desse tipo. – soltou-se das palmas dele com certa grosseria. – Vou viajar daqui a pouco para os Estados Unidos pra buscar novas pessoas, então quero que evite me gritar porque se o Namjoon ouvir ele pode fazer uma atrocidade com você.

Jimin não sabia se podia confiar em toda aquela proteção que Hoseok estava desafiando para manter. Ele apresentava estar determinado a defender e cuidar do garoto, mas ao mesmo tempo tudo parecia se tornar uma desconfiança temível. 

Ainda suspeitava se devia acreditar em todas aquelas conversas sobre protegê-lo de outras pessoas e ser somente dele. Hoseok não tinha forças para enfrentar Namjoon, o que seria de Jimin caso o homem desconfiasse de sua traição? 

Hoseok nunca fora apto para encará-lo de frente, e qualquer presunção poderia fazer Jimin ser preso eternamente em um porão - como já fizera com inúmeras garotas - ou então ser morto por se atrever a tal comportamento. 

Queria confiar em Hoseok, queria entrar no jogo dele, mas para isso exige descobrir se ele está efetivamente brincando com seu psicológico. De qualquer forma não iria se atrever a afrontá-lo de novo, desejava se proteger e cuidar de Hannah. Se é que ela poderia ainda estar viva.

Notou que sua respiração estava devidamente demasiada, quando o silêncio ocupou o ambiente e apenas os seus suspiros pesados eram ouvidos. O pensando vagou nas lembranças de sua amiga, fazendo uma divisão de seu cérebro desconsiderar essa alternativa. Entretanto, quanto mais esforçava-se para desacreditar nessa hipótese, suas recordações faziam questão de alertá-lo de que tudo naquele lugar era possível. 

– Vou deixá-lo sozinho e sob vigilância de um dos meus homens. Ele não vai entrar aqui, mas vai ficar de olho do lado de fora. – Jimin despertou-se de seu conflito interno e fitou Hoseok. Não respondeu nada mas acenou positivamente.

Jung aproximou-se dele, unindo os seus lábios em sua testa e depositando um selar consideravelmente demorado. O rosado permaneceu quieto e sem mover um músculo. Seus pensamentos estavam uma bagunça, com lembranças se fundindo como um meio de atingir uma réplica. 

Hoseok se distanciou e Jimin nem se deu conta quando este já não localizava-se mais ali. Naquele momento, as coisas não estavam fazendo sentido, seu corpo tremia como se uma descarga cruzasse por todo seu físico e a mente pareceu esvaziar de imediato. O escuro o ajudava a não compreender nada e a respeitar o silêncio que preenchia o ambiente. Tudo parecia ter ficado em câmera lenta.

Sentiu suas vistas nublarem e o corpo debilitar sem controle. As pernas fraquejaram, fazendo o mesmo desabar no chão e não ter mais consciência de nada que não fosse uma imagem de sua amiga. A fraqueza de não se alimentar com a notícia que recebera foi basicamente uma comoção para o mesmo não resistir ao próprio peso do corpo. 

 


Notas Finais


Eu confesso que to um pouco nervosa pra saber o que vocês estão achando dos acontecimentos, se está indo rápido demais ou lento demais, porque eu gosto de fazer tudo detalhado então pra mim tudo vai ocorrer no seu determinado tempo.

Enfim, quero agradecer aos favoritos e aos comentários, vou responder todos. Beijinhos e até a próxima atualização amores!!!


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