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História Dangerous - Corra


Escrita por: Analua_maloa

Notas do Autor


Tive que escrever pelo celular por preguiça de ligar o computador, estão, perdoem qualquer erro.
Boa leitura

Capítulo 13 - Corra


Andava a passos firmes pelo corredor, sentia o nó na garganta e a tristeza pesar em minha mente. A cena da caixa se quebrando e os olhos cheios de raiva do Andrew ecoavam em minha memória. Mas eu havia decidido; não iria mais me lamentar por isso. Aquilo tinha um valor sentimental grande pra mim, mas não era o fim do mundo. Minha mãe morreu, ela se foi e eu devo superar.

Ao chegar perto da porta do meu quarto, ouvi a voz da Bex um tanto quanto alterada. Me aproximei da porta, apoiando um ouvido na mesma.

- Você não pode fazer isso, ainda estou aqui. – Sua voz era de desespero. Ela deu uma pequena pausa e voltou a falar logo – achei que você só quisesse informações. Eu dei o que você precisava, isso não estava em nossos planos! 

- Eu sei disso, mas você não disse que eu me sacrificaria! - gritou

A curiosidade de saber sobre o que e com quem ela estava falando me fez abrir a porta, quando tive a visão ampla do quarto, uma Rebecca assustada me encarou fixamente.

- Se sacrificar por quem? - perguntei entrando no quarto

- Ah... O meu pai. Ele vai me fazer ficar até o fim do ano aqui porque vai viajar. Não estava em meus planos ter que me sacrificar por ele. – disse forçando um sorriso após desligar o telefone. Lógico que essa história não me convenceu, nenhuma palavra se encaixava nessa história ridícula. – Ma... mas então, onde esteve?

- no lago... – respondi baixo ainda a olhando desconfiada.

- Ah, claro. Então, vamos? Os garotos devem estar nos esperando na biblioteca. – ela pegou sua bolsa e foi saindo do quarto, revirei os olhos e a segui.

- Não entendo porque o Henri escolheu Dom e Andy para fazer o trabalho conosco. – resmunguei assim que entramos no prédio estudantil.

- Eles andam bem próximos ultimamente. – deu de ombros e eu suspirei.

- Só com o Dom, já que ficou claro na ultima semana que Andy não vai nada com a cara do Henri.

- Ele estava com ciúmes, te ver tão perto do Henri o irritou. – riu me olhando com malícia

- Henri ficou com o olho roxo por vários dias, aquilo foi ridículo -disse me lembrando do acontecimento da semana passada. Andy bateu no Henri porque o viu me abraçar.

Andamos por mais alguns minutos em silêncio, Bex estava tensa e aquilo já estava me incomodando. Quando ia perguntar o que estava acontecendo, ouvimos um estrondo vindo da biblioteca. Ela me olhou assustada e correu para o local, fiquei sem reação por alguns segundos mas logo corri atrás dela. Assim que entramos na sala coberta de livros, vi uma das estantes ao chão e vários livros esparramados por toda a sala. Ouvimos gemidos de dor e urros de raiva vindos do corredor seguinte, corri ate lá e parei ao ver Andrew segurar Henri pelo colarinho da camisa e deferir vários socos em sua barriga e Dom tentar derrubar mais uma estante.

- Que porra esta acontecendo aqui?! – gritei e eles me olhando, mas não por muito tempo pois Andy voltou a socar Henri que já esta todo ensanguentado. – Andy, para porra. Você enlouqueceu?

Tentei afastar Andrew de Henri, mas ele o segurava com firmeza e mantinha os olhos fixos no Moreno. Olhei em volta para pedir ajuda ao Dom mas nem ele e nem Bex estavam ali.

- Fala onde esta?! – Andy gritou desesperado e pressionou o garoto contra o livros.

- Onde está o que?! Me explica – gritei

- Seu amiguinho aqui é um infiltrado. Ele trabalha pro Ian. Sempre soube que tinha algo de errado com ele! – disse me olhando com um sorriso sarcástico nos lábios. Senti minhas pernas fraquejarem – Ele escondeu uma bomba na escola, ela vai explodir em – ele segurou o pulso de Henri tirando e logo olhando o relógio preto. – 15 minutos, foda-se, precisamos sair daqui!

Ele soltou Henri que encostou na prateleira. Não sei como ele se mantinha em pé, estava praticamente inconsciente e mesmo assim tinha um sorriso sádico nos lábios.

- todos temos segredinhos, Ana – disse pausadamente e fechou os olhos em seguida. Andy urrou de raiva e socou mais uma vez a boca de seu estomago, dando em seguida um gancho de direita em seu rosto. Ele sacou a arma e apontou para a cabeça do moreno à sua frente.

- Ultima chance, onde esta a porra da bomba?!

- A gente se vê no inferno! – riu com dificuldade e eu arregalei os olhos. Não conseguia me mexer, era como estar em um pesadelo e não conseguir gritar. E então houve o estalo da arma e o baque abafado do corpo se chocando ao chão. Fechei os olhos para não ver mais o furo na testa daquele que a pouco tempo era meu amigo.

Andy andou apressado até mim e segurou meu pulso, o olhei com os olhos marejados e vi pena em seu olhar. Uma sirene tocou alta por todo o colégio o que me fez estremecer por medo de ser a tal bomba.

- Eu também fui enganado. Fui burro e não percebi o que estava acontecendo, mas agora é tarde de mais pra lamentar. Nós precisamos sair daqui, vamos correr ate a floresta e pegar as motos que escondi lá quando cheguei. Dom acionou o botão de incêndio para que todos saíssem da escola. – suspirou e segurou meu rosto – vamos correr e você só vai parar quando subir na moto, entendeu? – perguntou e eu assenti. Ele olhou o pulso do corpo sangrando ao chão e voltou a me encarar – temos 5 minutos.

A muito tempo eu não deixava o medo me dominar, mas agora eu sentia. Medo de morrer, de nunca mais ver o meu pai ou os garotos da equipe. Medo de perder o Andy.

Ele puxou meu pulso me fazendo acordar do transe e começar a correr. Eu via as pessoas nos acompanhando para fora do prédio e o campus se tornar um aglomerados de gente que não entendia nada do que estava acontecendo. Meu coração saltava em fortes batidas e eu já não sentia minhas pernas.

Passamos pelo campus sem olhar pra trás e quando chegamos em frente à igreja na ala da piscina, parei me curvando sobre meus joelhos.

- Andy, não consigo mais! – sussurrei ofegante

- Você tem que conseguir, temos que sair logo daqui! – ele olhava do relógio para mim. – droga, um minuto! – gritou e segurou em meus ombros, parei por alguns segundos e de longe conseguia ouvir um tic tac repetido. Agarrei o pulso de Andy levando-o perto do ouvido e ele me encarou confuso.

- ta ouvindo? – o olhei e ele negou, olhei no relógio que contava 30, 29, 28... Meu coração paro. Olhei da igreja para a piscina e sem pensar duas vezes puxei Andy e corri. Foi tempo suficiente para chegarmos a beira da piscina. O relógio apitou informando o fim de nosso tempo, nós ouvimos o estrondo, pulamos na água e mesmo submersos, conseguíamos ouvir os gritos de desespero. Vários pedaços de madeira e concreto afundavam. O ar em meus pulmões se esvaíram, Andy me puxou para a superfície e eu agradeci mentalmente por ele estar ali. Fui puxada para os seus braços que me rodearam enquanto eu tossia e respirava o mais rápido que conseguia.

- Vai ficar tudo bem. – sussurrou enquanto apertava mais o abraço e eu assenti. – Aqueles desgraçados calcularam tudo. Até o momento em que iriamos passar por aqui. - Andrew me soltou e foi saindo da piscina. O segui e ao olhar em volta pude ver o estrago que a bomba causou. Havia pedaços de santos e anjos por todo lado, assim como estilhaços de concreto e cadeiras. O fogo atingia toda a escola e de longe se enxergava pessoas correndo para a saída.

Olhei para o andy que tinha um corte na testa e nas bochechas. Me aproximei dele e então me lembrei.

- Droga, Rebecca! – fiz menção de voltar mas ele segurou meu braço- Andy, a Rebecca! -gritei e ele me puxou pra si.

- Ela ta com o Dom! – me olhou sério e eu suspirei aliviada.

- Pera, você disse eles? – perguntei me lembrando do que Andy havia dito a pouco.

- Ah... sim. Vamos, eu te explico tudo quando estivermos seguros. – segurou minha mão e me puxou para a saída secreta que dava na floresta.

Assim que passamos pelo pequeno buraco feito na parede, seguimos em direção ao lago, mas antes mesmo de chegarmos, pude ver a hornet preta estacionada ao lado de uma árvore. Andy me entregou um capacete e segurou o seu.

- Ian deve estar vindo pra cá. – Ele montou na moto e esperou até que eu fizesse o mesmo.

- Por que ele viria se acha que estamos mortos? – perguntei confusa, subindo na moto e segurando em sua cintura.

- Ele quer ter certeza, mas duvido muito que seu intuito fosse nos matar, ele não é idiota de achar que uma bomba idiota nos mataria. –

- Você disse “eles” lá dentro. Isso quer dizer que tinham mais gente trabalhando para o Ian?

- Sim, mais uma... – disse baixo e meu coração falhou uma batida. Não queria mas tinha que perguntar.

- Quem?... – meu tom de voz era baixo. Não queria ouvir a resposta.

– Rebecca.



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