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História Dangerous - Angry


Escrita por: PaulooHenrique e SnowFrost

Notas do Autor


Mesmo capítulo postado anteriormente. Se já leram, não esqueçam de ir ler o Fun que é o capítulo certo.

Espero que gostem :)

Capítulo 5 - Angry


De manhã ela acordou com uma leve dor de cabeça e ao olhar para lado, não encontrou Barry, apenas um bilhete avisando que ele chegaria tarde e que ela não precisava se preocupar, também pedia desculpas, mas o trabalho o arrancou da cama cedo e que ele a amava.

Levantou-se da cama renovada e preparou um pequeno café da manhã que supriria a pequena ressaca que tinha. Enquanto comia, foi devaneando sobre o estado de sua vida. Estava desempregada desde que fugira de Cisco e já passara uns meses, precisava de um emprego, era injusto que Barry tivesse que cobrir todos os custos e por esse motivo, iria à procura naquele dia. Mesmo que fossem coisas comuns, não aguentava mais ter que ficar ali sozinha esperando ele, como uma mulher-troféu.

Trocou de roupa e saiu. Visitou diversos pubs pela cidade, queria uma vaga de garçonete ou faxineira, não era muito, mas era o que podia fazer. Não tinha cursado faculdade e era o único trabalho digno que conseguia pensar. Foi rejeitada em vários sem nem falar uma palavra, vários a reconheciam da vitrine e a expulsavam do local como um animal pulguento, outros eram até simpáticos, mas não tinham vagas no momento ou apenas não a queriam ali e diziam isso para não serem mal-educados.

Seu ânimo começava a acabar, mas não recorreria ao caminho mais fácil novamente, iria persistir até achar algo. Caitlin Snow não desistia sem uma boa luta.

xx

Caitlin Snow era tão estúpida!

Laurel vinha seguindo-a por várias horas. Não, ela seguia a mulher por semanas.

Viu Sara se encontrar com aquele homem alto e magro e suspeitando que a loira sabia mais do que dizia, o seguiu até o hotel. Ficou de tocaia por semanas até que Caitlin finalmente apareceu e ela acabou com o mistério. Sabia que a morena não tinha fugido da Holanda, como o cafetão começava a desconfiar e sempre soube que Sara tinha algo a ver com tudo aquilo. Era tão obvio!

Estava observando tudo por bom tempo, gravara a rotina de Caitlin e do amante para então entregá-la a Vibe e nunca mais precisar ficar se vendendo nas vitrines. Não, ela comandaria toda a máfia ao lado de Vibe! Queria isso há muito tempo, mas o imbecil tinha uma predileção irracional por Caitlin, mesmo ela não tendo o interesse de controlar nada e agora era sua chance de desmascará-la e entrega-la ao mafioso. Enfim conseguiria o que queria. Enfim seria Laurel Lance-Ramon e não Black Siren, a prostituta.

Também desmascararia Sara e teria o prazer de ver o corpo dela flutuando em algum canal, a vadia estava acobertando Caitlin para que Vibe não descobrisse seu paradeiro, era ela que dava pistas falsas ou atrasadas para os imbecis dos capangas dele. Tinha as duas vadias em suas mãos, e agora finalmente tinha um plano.

Aproximou-se de Caitlin no bar e a chamou com um sorriso inocente. A mulher se sobressaltou quando a viu e encarou todos os cantos possíveis, provavelmente tentando achar uma forma de escapar.

“Relaxa, não vou contar ao Vibe.” A acalmou, sorrindo inocentemente. “Sente-se comigo querida.” Pediu. Sentando na primeira cadeira desocupada e apontando a outra logo a sua frente.

A morena encarou Laurel com desconfiança, não confiava muito na loira. Era metida e ambiciosa, passando por cima de tudo e todos para conseguir o que queria. Infelizmente não tinha outra escolha.

“Como está Laurel?” Questionou amigavelmente.

“Estou bem na medida do possível, o de sempre, você sabe como é.” Respondeu, não podia mentir, afinal Caitlin conhecia a vida de prostituição. Seria o mais verdadeira que seu plano permitisse.

“Como estão as outras? Sara?” Perguntou receosa. Ansiava novidades das amigas, não via Sara há tanto tempo e ela cortara o contato com Barry a algumas semanas para a segurança dos dois e a sua própria.

“Felicity e Oliver começaram um namoro escondido, obviamente.” Explicou, acalmando a morena que havia arregalado os olhos com a notícia. “Kara está ocupando sua vitrine e morando com Sara e ela está bem acredito eu. Mais calada e agindo um pouco estranho, mas está bem.” Era verdade, não sabia o que tinha acontecido, mas a loira não tinha muitos créditos com Vibe nos últimos dias.

“O que você quer Laurel?” Caitlin foi direto ao assunto.

“Conversar. Você conquistou o que todas nós queremos Caitlin: liberdade e quero saber como é isso, como é essa vida.” Falou soando tão convincente que ela própria teria acreditado. Aguardou alguns minutos esperando para saber se a morena acreditaria ou não e sorriu ao ver que tinha caindo. Idiota!

Ouviu pacientemente sobre a vida chata de Caitlin e o homem misterioso, que acabou descobrindo que o nome, Barry Allen e fingiu sorrisos como se aquilo a importasse. Caitlin parecia estar vivendo um conto de fadas, pena que ela seria a bruxa má ou malévola que iria estragar de uma vez por todas.

“Ontem um americano foi até minha vitrine.” Laurel contou, quando ela perguntou sobre seus clientes e se tinha algum interessante. “Você não acreditaria na aparência dele. Alto, magro, mas atlético, olhos castanho-esverdeados, um verdadeiro gentleman. Tão raro! Me prometeu o mundo, acho que estou apaixonada Caitlin.” Contou suspirando dramaticamente.

Já Caitlin endureceu na cadeira, enquanto processava o que tinha ouvido. Não podia ser. Então esse era o tão importante trabalho de Barry? A razão pela qual ele chegava todos os dias tarde? Ele estava fodendo Laurel? E todas as promessas? Por que estava lhe ajudando? Por pena?

“O que houve querida?” Laurel questionou preocupada.

“N-nada. Só lembrei que...” Caitlin começou a fala num fiapo de voz, tentando segurar as lágrimas. “Deixei o fogão ligado, apenas isso.” Já não encarava Laurel e sim o horizonte atrás dela. Sua cabeça, como uma máquina, processava tudo numa velocidade surpreendente. “É isso! Eu realmente preciso ir, a gente se vê por ai.” Disse, saindo do bar quase correndo.

Laurel deixou o sorriso maquiavélico aparecer, tinha uma suspeita do que Barry era e mal podia esperar para ver a reação de Vibe quando contasse tudo o que sabia. Ele cobriria seus pés de jóias, não havia mais o que esperar, tudo estava correndo perfeitamente.

Fazia semanas que tinha notado ele rondando o De Wallen, conversando com meninas, fazendo perguntas e desaparecendo com algumas. Tinha o visto uma vez com Caitlin e foi fácil ligar os pontos. Agora era só esperar o derradeiro final.

i.

Caitlin corria pelas vielas de Amsterdã sem rumo, estava desolada demais para importa-se para onde estava indo. Em um ponto não conseguiu mais correr e encostou-se a grade a beira do canal, agarrando com toda sua força. Então tudo tinha sido mentira?

Não! Ela precisava dar a Barry o benefício da dúvida. Tudo aquilo precisava de uma explicação, não podia aceitar que os últimos meses tinham sido uma ilusão. Não podia! Barry a amava, ele era dela e ela dele. Aliás, Barry não era o único americano, alto e magro, de olhos castanho-esverdeados e gentleman. Claro que não era.

Limpou as lágrimas e resolveu voltar ao hotel, iria esperar por Barry e conversar com ele, como pessoas civilizadas. Teria suas explicações e então resolveria o que fazer.

Mas antes precisava de uma boa dose de algo forte. Entrou no Brouwerij’t IJ, um enorme pub-moinho e foi direto ao barman pedindo uma dose de tequila, que engoliu de uma só vez ao receber. Na mesa mais próxima, havia um grupo de pessoas que parecia discutir algo importante, tentou não ouvir, mas estava tão perto que era impossível e o garçom demorava com sua segunda dose da bebida.

“...Pegamos o desgraçado ainda essa semana. O MI6 está confiante e a polícia holandesa disse que...” Uma voz chamou a atenção de Caitlin, reconhecia parcialmente, mas não conseguia lembrar onde e vinha do grupo ao lado. Estava junto com mais três pessoas, um homem alto de incríveis olhos azuis vestido elegantemente, um homem negro com cara de poucos amigos e um homem bem mais novo que todos na mesa, mas que estava visivelmente interessado.

E então ele.

“Não mude de assunto, seu trabalho era captura-lo e você dormiu com a puta que precisávamos da ajuda! Isso é seu serviço? É dessa forma que vamos pega-lo?” O homem negro questionou indignado.

“Mas você mesmo disse que a Interpol fechou o cerco para que ele não fugi...” A voz dele morreu ao levantar o olhar e ver quem lhe encarava furiosamente. Abriu e fechou a boca diversas vezes, mas nada saia.

“Então é isso? Seu cretino! Você é o maior filho da puta que já conheci na minha vida, como pode me enganar? Como pode... como pode dizer que me amava?” Caitlin gritou indignada, não se importando que provavelmente chamasse a atenção de todos no pub.

“Além de prostituta é barraqueira.” O outro homem falou secamente, recebendo um olhar de reprovação de Barry ao seu lado. Caitlin quase voou no desgraçado, mas foi segurada por Barry que a levou para longe dos outros.

“Me deixa explic...” Ele tentou falar, mas foi interrompido pela cotovelada que ela lhe deu na beira do estômago para desvencilhar-se e também por vingança.

“Você me dá nojo! Cruel, egoísta e mentiroso. Você me usou Barry! A mim, a Laurel e aposto que muitas outras garotas da Red Light. Por Deus, você é pior que o Vibe. Você me deu esperança, me deu sonhos, me fez acreditar em mentiras. Vibe nunca fez isso, nunca me enganou dessa forma. Ele tentou me alertar sobre você.” Ela cuspiu as palavras, desabafando tudo que estava preso em seu peito.

“Caitlin espera, você está entendo tudo errado.” Barry tentou explicar, mas teve sua resposta quando a mão de Caitlin acertou a sua cara. Porra, como que alguém tão delicada poderia ter uma mão tão pesada! Ao se recuperar, Caitlin tinha sumido. Olhou por todos os lados, mas nada.

Caralho!

xx

Resignada a não soltar nenhuma lágrima por aquele homem, ela foi caminhando sem direção. Barry era pior do que ela podia imaginar. Como pode deixar-se enganar? Como pode ser tão estúpida?

Parou em frente uma edificação simples, nada comparado as gigantescas casas dos canais, mas fora ali que tivera os melhores momentos de sua infância ao lado de Cisco e Dante. O antigo orfanato, hoje desativado e caindo aos pedaços. Era estranho tê-lo como ponto de reconforto, mas era o único lar que ela conheceu.

Tinha tantas memórias com Cisco ali, o menino doce e inocente que conhecera tão bem um dia, bem diferente de Vibe, o brutamonte que apesar de ser uma pessoa horrível, reconhecera e tinha lhe avisado da verdadeira natureza de Barry.

Só de pensar nele seu coração doía, como pode se deixar enganar? Como escolheu não ver a verdade? Como todos seus clientes, ele lhe usara e esperava usar mais, pelo que entendera, e depois iria descarta-la como a vadia imunda que era.

‘Você é uma imbecil, Caitlin Snow.’ Pensou, encostando na mureta e escorrendo até o chão, por mais que não quisesse deixas as lágrimas caírem, era impossível. Seu coração estava destruído.

iii.

Sara estava na sala quando Kara abriu a porta e fechou rapidamente, estava lívida, com o rosto branco feito giz. Engoliu em seco e não enrolou, tratou de contar tudo para a latina.

Kara voltava de sua vitrine e passava no prédio da máfia rapidamente para pagar sua “mensalidade”. Entregou o dinheiro a um homem chamado Cold, e passou em frente à sala de Vibe, sua curiosidade falara mais alto. Encostou o ouvido na porta e notou a voz feminina, reconhecendo ser de Laurel.

“...Ela esta a poucas quadras daqui, bem de baixo do nosso nariz, eu a encontrei num bar e a segui até a casa, é claro que tomei cuidado para eles não me ver em momento algum” Laurel informou.

“Vou matar cada um dos imbecis que mandei rastreá-la. Eles conseguem transportar toneladas de heroína pelo país e não conseguem encontrar Caitlin? Obrigado Laurel, você será recompensada” Ele deu um sorriso cafajeste para ela.

“Porra, nós temos que avisar a Caitlin” Sara não perdeu tempo depois que Kara contou a história e foi arrumando tudo o que podia carregar consigo. Tinha a impressão que aquilo seria uma confusão, e talvez nunca mais voltasse ali, finalmente as três podiam fugir do país, se livrar de Vibe e toda sua merda.

Praticamente voaram até o quarto de hotel de Barry, mas infelizmente estava fechado e depois de bater diversas vezes sem resposta, desistiram. Como num pressentimento, seguiram para o antigo orfanato de Caitlin. A mulher estava sentada no chão chorando e a loira não perdeu tempo, correndo em direção a amiga e a abraçando longamente.

“O que aconteceu?” perguntou apreensiva.

“Barry...” Ela respondeu com o olhar desfocado. “Ele me manipulou... Só queria me usar para chegar no Cisco, ele é um agente secreto ou algo assim, e não é só, eu descobri que ele dormiu com a Laurel, talvez até outras.”

“Tenho certeza que não foi a intenção dele” Disse Kara rapidamente recebendo um olhar furioso da loira, e por fim, se calou.

“Você merece coisa melhor, Caitlin” Sara abraçou a amiga carinhosamente, fazendo caricias na cabeça da morena confortando, mas soltou um gemido quando Caitlin se acomodou em seu peito.

“O que foi? O que aconteceu com você?” Caitlin se sobressaltou, olhando para a amiga atentamente pela primeira vez. Notou algumas manchas nos braços dela e mesmo que tentasse cobrir com o vestido, suas pernas estavam igualmente roxas.

“Ele... O que Vibe fez com você?” Engoliu em seco nervosamente, mas sua voz logo tomou uma voz irritadiça.

“Não foi ele, foi um cliente estúpido” A loira desconversou.

“Foi o Vibe” Kara contou, não iria acobertar tal covardia. “Ele estava furioso com a sua fuga, e Sara levou a culpa, ele... ele a es...” Ela não conseguiu terminar a frase, não conseguia pronunciar tal brutalidade, presenciara os gritos e os machucados de Sara e ainda tinha pesadelos com isso.

Caitlin encarou fixamente Sara.

“Ele fez isso com você?” Ela não acreditava que a crueldade dele tivesse chegado a tal ponto. A loira tentou falar que não tinha sido grande coisa, mas Caitlin estava completamente indignada, enojada. Aquele definitivamente não era um dia bom, a cada notícia que recebia, sua esperança se esvaia cada vez mais, ela detestava o mundo, esse lugar podre e queria sair dali o mais rápido o possível.

A morena ponderou todas as suas alternativas, ela tinha que fugir dali com Sara. Vibe mataria as duas quando as encontrasse e agora Kara também, mesmo um pouco estranha, estava envolvida demais e Caitlin não queria o sangue dela em suas mãos. Precisavam sumir para todo sempre.

Ficar em Amsterdã, até mesmo na Holanda estava fora de cogitação, era perigoso demais. Ir pedir ajuda para a polícia era irreal, eles nunca conseguiram encontrar a máfia de Vibe, e ela estava desconfiada demais para aceitar sua ajuda. Poderia voltar para Barry, se ele fosse o homem que dizia ser as protegeria, a agência secreta poderia coloca-las no anonimato e poderiam viver em paz o resto da vida, mas sendo pessoas diferentes, trocar os nomes por causa do programa de proteção as testemunhas e não queria nada daquilo, Sara tinha uma família para voltar e seria injusto fazê-los sofrer por uma falsa morte. Além disso, ele era um mentiroso.

A última opção era mais simples, mas completamente errada. Infelizmente lhe passava um prazer estranho, iria estragar o plano de alguém, mas sem duvidas era o único jeito dela viver o resto da vida sem ser perseguida.

“Me dá seu celular.” Pediu para Sara, seu aparelho tinha sido abandonado no apartamento e nunca pensara em conseguir um novo. Se afastou das duas, não queria ser interrompida, digitou a mensagem rapidamente e enviou para o número que conhecia muito bem.

Tenho uma importante informação para você, resposta apenas por sms. Sis.

Me deixou interessado. O que tem para mim? E a que preço?

Primeiro, você vai me deixar em paz, não me siga, não tente me procurar. Sara e Kara também. Segundo, você vai depositar uma boa quantia de dólares nessa conta.

Enviou as informações necessárias junto com o sms e aguardou a resposta. A conta era antiga e não fora mexida a um bom tempo, mas agora seria bem útil. Rezava que Vibe concordasse com os termos, mesmo um monstro como ele sabia distinguir suas batalhas, escolher o que era importante do que não era e esperava que ele tivesse palavra. Se ela o avisasse, ele teria que deixa-la partir.

Se a informação for valiosa, aceito.

Barry Allen é um agente secreto e está atrás de você. Estão programando um cerco para essa semana, a Interpol e o MI6 estão envolvidos trabalhando com a polícia holandesa.

Esperou sabendo que ele estava ponderando a veracidade da informação e então o aparelho apitou em suas mãos.

Feito.

Checou o app de seu banco para ver se ele realmente tinha cumprido com sua palavra e sorriu.

Foi ótimo fazer negócio com você Cisco, até nunca mais. 

xx

Vibe tacou o celular na parede e xingou. Maldito! A policia estava mais perto do que achava e teria que abrir mão da busca por Caitlin... por enquanto. Não deixaria ela escapar, iria até o inferno se precisasse para encontrá-la. Por fim soltou um grito de frustração. 


Notas Finais


O que acharam?


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