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História Dangerous Attraction - Brighton Beach


Escrita por: Cah_mars

Capítulo 17 - Brighton Beach


MellanieP.O.V

Não pode ser, o que ele quer comigo dessa vez? As imagens daqueles dias no porão vem a minha mente, todos as surras todo o desprezo por mim a dor, e agora ele liga para minha casa como se fossemos melhores amigos.

- Eu não posso atender – digo já sentindo as lagrimas começarem a escorrer por meu rosto, Dalila quando viu que eu estava chorando deixou o telefone no quarto e saiu. Não posso ouvir aquela voz de novo, não depois de tanto tempo em paz, por que minha vida tem que ser assim? O que foi que eu fiz para merecer isso? Mesmo com medo e com o coração na mão a curiosidade me motiva a pegar o telefone. 

–Alô? – Digo receosa.

- Mell... eu preciso muito conversar com você. – Essa voz ainda tem efeito sobre mim, querendo ou não aqueles momentos ainda estão claros em minha mente.

-Me deixa em paz ta bom, eu estou tentando recomeçar a minha vida, a vida que você destruiu. - Não consigo conter o coro, chego a soluçar mas a raiva e a magoa me consomem.

- Por favor Mellanie, me deixa falar com você por uma hora e se depois você ainda quiser eu nunca mais te procuro... só me escuta, por favor. – A voz dele tem um tom tão calmo, algo que nunca ouvi antes.

-O que você quer de mim? Eu não sou louca de chegar perto de você.

- Vai ser em um lugar público, num restaurante. Me encontra amanhã no The River ás 20 horas, eu vou estar te esperando. – Qual o problema desse cara?

- Justin eu não...– Antes que pudesse ao menos terminar a frase ele desliga, mas se ele acha que vai ser assim, que vai me ligar e eu vou sair correndo atrás dele mas esta redondamente enganado. Depois de um banho demorado deito e começo a pensar no Justin... no John e em como tudo esta indo de mal a pior.

Acordo com o sol no meu rosto, esqueci a droga da janela aberta. Olho o relógio perto da cama e vejo que já são quase uma da tarde, desde que voltei para casa adquiri o péssimo hábito de acordar bem tarde já que estou tentando evitar minha mãe, assim como ela tenta me evitar. Aquela ligação do Justin ainda esta me perturbando, confesso que queria muito poder ir ate o The River e saber o que ele tanto quer mas não posso dar esse gostinho para ele por isso vou encontrar o John, talvez assim consiga me distrair.

Passo o dia assistindo comédias românticas bem ridículas e quase perco a hora, começo a me arrumar mas não exagero já que não sei o que ele planeja para esta noite, coloco um short jeans com uma camiseta e um blazer, pego um salto e uma bolsa pequena e só deixo os cabelos caírem sobre os ombros naturalmente, quando termino já são quase sete, desço e assim que chego a sala ouço meu celular tocar, o que indica que ele já chegou. 

Quando passo pelo portão o vejo encostado no carro, com aquele mesmo ar divertido de quando nos conhecemos e também no primeiro jantar.

- Esta linda, acho que devia ter me arrumado um pouco mais – ele diz sorrindo.

- Você também não esta nada mal – Ele me abraça e abre a porta do carro para que eu possa entrar. – Para onde vamos? – Pergunto quando ele entra no carro.

- Ainda não posso te contar mas te aconselho a ligar o radio, por que vamos passar um bom tempo nesse carro.

- Estou começando a ficar com medo – Digo rindo.

- Não vou te seqüestrar mocinha, pelo menos não hoje. – vejo um brilho malicioso em seus olhos, mas tento não focar nisso. Essa minha paranóia vai acabar me deixando maluca. Já estávamos a quase uma hora e meia no carro, a essa hora Justin já deve estar me esperando no Restaurante, solto uma risada fraca quando o imagino lá parada me esperando sem nem imaginar que nunca vou aparecer.

- Rindo de que? – Ele pergunta.

- De nada, eu adoro essa musica – digo para tentar mudar de assunto.

- Ate que não é ruim.

Depois de mais quarenta minutos de musicas e conversas sobres cantores latinos, sim cantores latinos e eu não faço idéia de como esse assunto surgiu, ele para o carro, e quando olho em volta e quase não acredito no que estou vendo.  – Estamos em uma praia? – Pergunto boquiaberta.

- Gostou?  - ele sorri, e pega minha mão – Naquele dia em que me pediu pra te levar para casa, você comentou que estava passando por problemas então pensei que a gente podia jantar aqui na praia, esquecer os problemas por algumas horas sem ninguém para interromper, deu trabalho mas achei o lugar mais vazio de Brighton Beach.

- É incrível John... Obrigada – Mesmo estando no carro e tendo que ficar em uma posição desconfortável o abracei com toda a minha força – Muito obrigada.
 
- Gostou tanto assim? – ele pergunta enquanto passa a mão em meu cabelo.
 
- Já faz tempo que sinto que ninguém mais se importa, me sinto meio sem chão, assim o que você fez me deixou extasiada.
 
- Fico feliz, agora vamos.
 
Saio do carro e começamos a andar em direção a praia, ele carrega uma caixa onde provavelmente esta a comida. Quando saímos do asfalto tiro meu salto e sintoa área nos pés, já faz tanto tempo que não venho a praia que tinha me esquecido como essa sensação é boa. Sentamos em uma rocha alta perto do mar e ele tira alguns sanduiches da caixa.
 
- Desculpa não trazer algo mais sofisticado, eu não cozinho muito bem – Ele diz sem graça.
 
- Eu já amei, esta tudo ótimo. – Comemos e conversamos sobre a vida dele, ele me disse que era filho único de pais separados e que nunca havia conhecido sua mãe. Trabalha ajudando o pai nos negócios da família que ele não me disse o que era mas também não insisti já que também não queria me aprofundar muito nos assuntos da minha família.
 
-Então Mell, te contei sobre mim, respondi suas perguntas.... agora me fala de você.
 
- Nossa eu amo praias, o clima e ate o cheiro é especial. – Mudar de assunto não é o meu forte, Tenho que melhor muito isso.
 
- Mellanie, sem essa me conta.   
 
- Eu te conto se prometer não fugir de mim depois – Sorrio sem graça
 
- Prometo – Ele ri
 
- Bom, meu pai era o dono do International New York Bank, minha mãe trabalhava para ele antes de se casarem, ele morreu a pouco tempo e desde então minha vida esta uma bagunça.
 
- Então esse era o problema? Você perdeu seu pai. Por que eu fugiria?
 
- É uma parte do problema, tudo é uma grande bola de neve.
 
- Você não quer me contar? Talvez eu possa ajudar e se abrir para alguém vai fazer você se sentir melhor.
 
- É melhor não, nem eu digeri isso ainda.
 
-Confia em mim Mell, eu só quero o seu bem – Ele se aproxima e sem que eu tenha tempo de raciocinar sela nossos lábios me deixando sem reação, sua língua pede passagem e eu dou. O beijo dele é tranquilo, me passa serenidade. Quando ficamos sem ar ele para com dois selinhos demorados e encosta sua testa na minha. – Eu só quero que você confie em mim...
 
-É muita coisa John, chega a ser difícil de acreditar, eu não sei se devo...
 
- Pode falar Mell.- Ele diz segurando minhas mãos, e ai eu conto, conto tudo desde o começo, a única coisa que não falei foi sobre meu envolvimento com o Justin, acho que isso é particular demais.
 
- Mell você tem que chamar a policia, eles machucaram você e mataram seu pai.
 
-Eles são perigosos e eu não quero colocar ninguém em risco atoa. Tudo o que eu quero é esquecer que eles existem e seguir em frente.
 
- Mas Mell... – o interrompo antes que o assunto vá longe demais.
 
- Vamos esquecer isso okay? Viemos aqui para esquecer. – O resto da noite passou tranquilamente, acabamos saindo tarde de lá e chegando na cidade mais tarde ainda. Quando o carro parou em frente ao portão de casa ele tentou me beijar de novo mas dessa vez recuei, não acho que esteja pronto para qualquer tipo de relacionamento agora.
 
Entro em casa e tudo esta apagado, todos ainda devem estar dormindo. Subo devagar para o quarto esta tão escuro que não enxergo nada mas como já estou bem acostumada com esse espaço deixo a luz apagada, jogo o sapato em qualquer lugar depois tiro a blusa e o short e vou em direção ao closet, pego a primeira camiseta que encontro e visto, vou ate o banheiro e acendo a luz de lá que ilumina um pouco o quarto então vejo uma silhueta na cama como se alguém estivesse sentado. Com o susto dou passos para trás e acabo esbarrando no balcão e um vidro de perfume cai no chão fazendo barulho,  mas a pessoa nem se mexe como se nem tivesse escutado, e de repente fala sem nenhum tipo de emoção na voz.
 
- Chegou tarde Mallanie, aproveitou bem a noite? 



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