Capítulo 3
Temos um chamado.
Logo pela manhã Magnus recebeu um e-mail de Luke, era sobre um processo sobre desmembramento de uma parcela de polícias que vende yin fen, é óbvio que havia mais membros, mas eles prenderam boa parte dos cabeças, o que faria diferença caso eles soubessem manejar o caso.
Depois de ler sobre o caso, ele seguiu para o distrito.
Magnus já havia trabalhado com Luke, mas não nessa divisão, era um trabalho mais calmo, depois Luke foi transferido para o esquadrão suicida, ou como era conhecida a corregedoria e Magnus para a unidade de vítimas especiais.
Ninguém sabia ao certo qual era o motivo do afastamento de Magnus, ele nunca deixou que a bebida atingisse o seu trabalho, por isso não era considerado um alcoólatra, mesmo assim, ele estava no limite e não queria passar por ele. Quando viu que estava num caminho sem volta, quando se pegou querendo beber no trabalho, ele se afastou.
Ao adentrar o lugar, ele seguiu em direção à sala de Luke.
- Graymark. –Cumprimenta, adentrando a sala de Luke.
-Bane. –Cumprimenta, levantando-se.
-Yin Fen? –Pergunta, deixando a sua pasta em cima da cadeira. –Posso indicia-los por formação de quadrilha, homicídio e trafico, mas vocês estão longe de acabar com isso. –Afirma, olhando-o nos olhos.
-O que precisa? –Pergunta, suspirando.
-Ir mais afundo... Descobri quem é a fonte e se é da policia ou se é de fora. –Comenta, apontando em direção a Luke.
-A parte da narcóticos diz que começou fora, mas policiais acabaram com os cabeças e estão manipulando toda a produção e distribuição. –Revela e Magnus concorda com a cabeça.
-Vou indiciar os que têm na mão, mas vão a fundo... Bem mais fundo, senão vai ser como cortar a cabeça de uma hidra... Corta uma, aparecem três... Há um chefe e nós temos que encontrar quem é. –Aconselha, recolhendo a sua pasta e saindo da sala, porém um loiro impede, fazendo-o parar de andar.
Magnus lança um olhar para o loiro, que o faz recolher a mão e encarar Luke.
-Você deveria estar de folga. –Acusa Luke, encarando o loiro.
-Não tenho vida. –Afirma, debochado. –Ok, estou fugindo de Imogen, ela está preocupada com o neto dela. –Diz, sarcástico, recebendo um olhar descrente de Luke. –Na verdade, estou aqui para entregar o resto do relatório, já que Alec tem um almoço em família. –Resmunga, sentando-se e colocando os pés em cima da mesa.
Magnus encara Luke e o mesmo nega com a cabeça, voltando o seu olhar para Jace, que estava encarando Magnus atentamente.
-Jace, este é Magnus Bane, promotor. –Apresenta Luke, apontando em direção a Magnus.
-Eu já o vi antes... Na casa de Imogen, eles estavam discutindo. –Revela, cruzando os braços. –Precisa ter muito peito para enfrenta-la, ela não é do tipo que perdoa, é do tipo que prende por desacato. –Garante, divertido.
-Você deve ser Jonathan Herondale, o neto rebelde de Imogen. –Revela e Jace coloca um sorriso debochado nos lábios.
-Óbvio que já ouviu falar de mim... Não sou do tipo que se esquece com facilidade. –Afirma, descontraído.
-Modesto ele, não? –Pergunta Magnus, encarando Luke, que ri.
***
Alec se encarava no espelho, ainda conseguia sentir o cheiro forte de tinta de cabelo, mas estava agradecido por ter a cor do seu cabelo de volta, assim como não precisar mais usar lentes de contato.
-Você está mesmo se encarando no espelho? –Pergunta Izzy, divertida.
-Tive que pintar o cabelo dessa vez. –Responde, resmungando, arrancando uma risada da irmã, porém Alec observa a sua mão tremer.
-O que aconteceu? –Pergunta, pegando a mão de Izzy e a observando engolir em seco.
-Não foram meses fáceis. –Responde, suspirando.
-Vai me contar o que está acontecendo? –Pergunta, analisando-a.
-Não hoje. –Responde, beijando a bochecha do irmão, no segundo que ouve os saltos de Maryse na escada.
Maryse e Robert estavam numa bolha só deles, fazendo com que Alec prestasse atenção na conversa.
-Magnus está na cidade? –Pergunta Maryse, surpresa.
-Voltou ontem e já está trabalhando. –Responde, animado.
-Mags voltou? –Pergunta Izzy, animada.
-Conhece? –Pergunta Alec, confuso.
-Óbvio que sim, é o colega de trabalho mais interessante do papai. –Responde, animada. –Agora que ele está solteiro, pretendo conhecer intimamente se é que me entende. –Comenta, maliciosa.
Alec a encara confuso, sem entender o que havia acontecido para o amor entre Izzy e Meliorn acabasse desse jeito.
-Isabelle. –Repreende Maryse, com uma expressão fechada.
-Você não tinha namorado? –Pergunta Alec, chamando a atenção de todos.
Foi nesse momento que Robert e Maryse perceberam que ele estava em casa e se aproximaram do filho mais velho, abraçando-o.
-Fico feliz que esteja em casa. –Comenta Maryse, alisando as suas costas e beijando a sua bochecha.
-Também, mas... Eu ainda quero saber o que aconteceu. –Afirma, encarando Izzy e fazendo Maryse suspirar.
-Vai por mim, estou tentando tirar delas há meses, mas infelizmente não poderei estar aqui para presenciar a sua tentativa... Tenho uma audiência. –Avisa, saindo de casa e Alec vira-se em direção as duas.
Alec sabe que não pode cobrar nada de Isabelle, não quando ele sempre está ausente e ela sabia que era só uma ligação que ele largaria qualquer coisa para socorrê-la.
-O que aconteceu? –Pergunta, cruzando os braços atrás do corpo.
-Hum... Ele não me ajudou, eu acabei... Perdendo o bebê e estou tentando superar isso. –Responde Izzy, coçando a garganta, quando Alec sente o seu celular vibrando, mas a revelação foi tão chocante que Alec não conseguiu se mexer.
-O quê? –Pergunta, irritado. –Por que não... Por que não me ligou? –Questiona, aproximando-se de Izzy, alisando o seu rosto.
-Não queria atrapalhar o seu trabalho. –Responde, suspirando.
-Não atrapalharia, sabe disso. –Diz, puxando-a para um abraço.
O celular de Alec voltou a tocar, mas ele continuou ignorando, até que o de Izzy tocou e ela atendeu.
-Jace, o quê... Ok. –Sussurra, passando o telefone para Alec.
-Não é um bom momento, Jace. –Avisa, alisando o rosto.
-Triplo homicídio... Envolvendo Clarissa Morgenstern, uma policial das vitimas especiais e como havia indícios de Yin Fen, Luke nos quer no caso. –Revela, sério. Sério demais, normalmente, Jace faria uma piada sobre o assunto, mas essa piada não foi contada.
-Por que está tão sério? –Pergunta, direto.
-Ela é irmã do Sebastian. –Responde, direto, no segundo que Max entra e se aproxima de Izzy, cumprimentando-a animado.
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