História Dangerous Love. - Que Comece a vingança...

~ P.O.V Logan ~

Acordo com meu celular tocando e percebo que dormi em frente à mesa. Em cima do notebook.

Com a vista embaçada pelo sono, estendi a não pela superfície lisa da mesa até achar o aparelho.

~ Ligação on ~

- Alô? - Pergunto sem me dar o trabalho de melhorar minha voz de sono ou sequer verificar quem ligou.

- Está tudo bem? - A pessoa ri do outro lado da linha. - Posso ligar outra hora se quiser.

- Diz logo Kendall, estava dormindo. - Bocejo e Esfrego os olhos.

- Só queria te dizer que mandei o que me pediu por email. - Diz.

- O que eu pedi? - Franzo as sobrancelhas mesmo sabendo que ele não pode ver. - Eu pedi o quê? - Pergunto confuso.

- Está de ressaca? - Ri debochado.

- Estou com sono. - Reviro os olhos o ouvindo rir. - Pode me explicar?

- A papelada do Martinez, eu meio que... invadi o seu computador ontem e vi que estava terminando, mas como estava sem interação eu resolvi terminar. - Diz como se fosse uma coisa normal.

- Obrigado. - Abaixo a cabeça. - Estou exausto. - Digo.

- Deve estar doente. - Sugere.

- Não posso ficar doente, tenho que estar sempre atento. - Implico.

- Sei, você não é de ferro sabia? Dorme um pouco e vê se fica melhor, caso contrario eu vou até aí. - Diz e eu rio.

- Vai sair do seu... ninho? - Ele Bufa.

- Sim e vou te prender em uma cadeira para parar de debochar de mim. - Diz.

- Eu poderia te dar as cordas e a fita adesiva que você não conseguiria nem mover o meu dedo mindinho Schmidt. - Ele ri. - Quando vir tente não quebrar a minha campainha okay? - Ele responde um "Uhum" e desliga.

~ Ligação off ~

Eu não estou doente.

Não posso simplesmente me dar ao luxo disso.

Me levanto e vou lentamente até meu quarto, deixo minha cabeça repousar no travesseiro e antes que eu perceba estou sem o controle de minhas ações, em um sono profundo.

(...)

- Está vivo? - Pergunta alguém me cutucando.

- Você não estará mais, se continuar me cutucando. - Aviso e ele ri. Abro lentamente os olhos. - Como entrou?

- Tenho lá meus truques. - Dá de ombros. - Bom, você não está com febre e nem parece estar realmente mal.

- Estou cansado e só Kendall. - Me sento. - Dormi na mesa de computador ontem. - Coço minha nuca. - Com o rosto enterrado nas teclas do notebook. - Me levanto.

- Bela forma de dormir. - Cruza os braços. - Ei, eu trouxe as cordas, devo te prender na cadeira ou... - Mexe as mãos e eu rio.

- Se não quiser acabar sem alguns dentes pode esquecer. - Ele ri.

- O trabalho está em cima da impressora e fiz café, esta na cozinha. - Descemos as escadas.

- Fez isso? - O olho.

- É, sabe como é, eu já estava aqui e você não acordava. - Revira os olhos.

- Obrigado. - Fazemos nosso comprimento.

- Agora eu tenho que ir, descansa que provavelmente o Martinez vai querer esses papéis para amanhã. Ou hoje mesmo. - Vai até a porta. - E se cuida que eu não posso ficar saindo toda hora da agência.

- Pode deixar Viciado em tecnologia. - Debocho e o ouço rir antes de fechar a porta.

Ah como é bom ter um amigo que invade a sua casa e faz café.

~ P.O.V Narrador ~

O moreno mal percebia que já eram 16:30 da tarde e James ou "Jason" saia da boate com Violet.

Isso mesmo. Juntos.

O moreno criou coragem e chamou a garota para uma surpresa.

Queria cumprir sua missão, mas não deixaria essa garota de coração partido.

No céu a luz do sol dava lugar a escuridão lentamente enquanto James ia com Violet até a praia.

Era a primeira vez que saia com a garota e queria mostrar uma de suas paixões na cidade.

Um pequeno e aconchegante restaurante com tema Havaiano.

Velas espalhadas pelas mesas e alguns holofotes dourados espalhados pelo local.

A música ambiente deixava o local animado e embora fosse descontraído, os garçons estavam muito bem vestidos.

James olhou para Violet e a mesma o deu um sorriso encantado antes de entrarem, logo sendo guiados até uma mesa.

(...)

Após o jantar e muita conversa, James viu que um espaço se dispunha em frente ao palco para alguns casais dançarem - Tal como era feito.

- Quer dançar? - Pergunta sorrindo.

- Dançamos o dia inteiro Jason. - Ri a garota e James morde sua sua própria bochecha. Ela o chama de Jason como se esse fosse seu real nome, e isso o fazia sentir estranho.

- Pelo menos aqui podemos dançar como quem não quer ganhar um concurso. - Responde o homem e Violet sorri o acompanhando até o local.

Abraça seus largos ombros e sente as mãos de "Jason" em sua cintura com calma.

Se movimentam de um lado para o outro, se aproximando cada vez mais um do outro.

- Namora comigo? - Pergunta o moreno em seu ouvido e Violet ri.

- Não. - Sorri e o mesmo sorri de volta.

Voltam a andar no compasso da música, seus olhos presos um no outro, suas respirações perdidas e seus lábios colados em um leve selinho.

- Namora comigo Violet? - Pergunta ainda com os olhos fechados.

- Não. - Susurra a garota.

A gira lentamente e a deixa de costas para seu corpo, é possível ver que alguns casais observam os dois com sorrisos.

Abraça a cintura da morena e apóia sua cabeça em seu ombro beijando carinhosamente seu pescoço.

- Fica comigo Violet. Não me deixe. - Diz em seu ouvido.

- Nunca. - A garota sorri de olhos fechados. - Nunca te deixarei. - Volta a abraçar os ombros do moreno.

- Então namora comigo. - Impõe a proposta. - Aceita o meu pedido e namora comigo.

- Namoro. - Sorri contra o pescoço de "Jason". - Mesmo que eu não deva, eu namoro com você Jason Burn. - Diz e o beija arrancando alguns aplausos dos presentes ali.

(...)

~ P.O.V Logan ~

Olhando as luzes da cidade, viro a rua que me levará até a boate.

Bruno me mandou uma mensagem dizendo que queria os papéis o mais rápido possível e que eu devia deixá-los em minha sala que ele os pegará amanhã.

Como sempre imprevisível.

Estaciono o carro e suspiro esfregando os olhos.

Pego a pasta onde coloquei os papéis e vou logo para a entrada lateral onde tenho acesso às salas.

Consigo ouvir a música que toca na boate ecoar pelos corredores e finalmente deixo os papéis em minha mesa.

Volto pelo mesmo caminho e sinto uma sensação estranha.

A mesma que senti em minha sala à algum tempo.

Meus pensamentos são interrompidos com um barulho de algo caindo atrás de mim, olho na direção e não vejo nada então me viro para continuar meu caminho.

Porém assim que me viro vejo David me olhando com um sorriso malicioso.

- O que faz aquí David? - Pergunto e ele ri.

- O mesmo que você Mitchell. Resolvendo coisas. - Cruza os braços. - E a coisa da vez, é você. - Termina a frase e o olho confuso.

Olha para algo atrás de mim e logo sinto algo ao meu redor. Uma corda.

Alguém atrás de mim chuta a parte de trás de meu joelho e eu caio ajoelhado dando vantagem para seja lá quem conseguir me prender.

Me sacudo tentando me levantar, porém David me acerta dois socos que me fazem perder a vantagem os permitindo concluir o que planejam.

Depois de enrolar a corda ao meu redor forte o bastante para deixar uma grossa camada que me impede de me mexer ou lutar, puxa meus pulsos e os prende nas costas com a mesma corda com força.

- Você vai me pagar Mitchell. - Diz David maldoso. - Muito caro.

- Do quê está falando David? Enlouqueceu? - Me sacudo e logo sinto um pano ser colocado a força em minha boca e amarrado atrás de minha cabeça.

- Se fazendo de bobo. - Ri e me puxa para me levantar. - Você não me engana mais Mitchell. Se é que se chama assim. - Então um de cada lado meu me puxam para a direção do estacionamento.

Não tem ninguém a vista, as luzes com certeza não ajudam e graças à eles não consigo gritar.

Será que descobriram? Depois de três anos?

David me empurra dentro de um carro e um homem que até agora nunca tinha visto se senta ao meu lado prendendo o cinto em mim.

Ele está mesmo fazendo isso?

- Relaxe aí Logan, enquanto ainda pode. - Diz David rindo. - Vai ser a última vez que verá o lado de fora. - Entrega uma seringa para o homem ao meu lado e imediatamente ele a espeta e injeta seu conteúdo em meu braço.

Tento falar algo más só ouço meus próprios ruídos - coisa que me irrita tanto quanto esse pano machuca minha boca com a força que está amarrado. - Me sacudo já sentindo o carro começar a se mover e não consigo prestar atenção em mais nada, apenas em minhas mãos presas que eu tento soltar.

Tudo começa a girar.

Perde o foco. Ouço uma risada ecoar no espaço do carro antes de cair em um sono profundo.

Tendo a lua da praia como última visão.