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História Dangerous Love. - "Não Seria Capaz"


Escrita por: Bela_Do_Bear

Notas do Autor


Hey gente...
Bom, hoje como prometido estou aqui para postar mais um capítulo inédito.

Estou meio pra baixo hoje então não vou enrolar e fazer meus surtos okay?
Espero que entendam.

Boa Leitura...

Capítulo 20 - "Não Seria Capaz"


~ P.O.V James ~

Ainda encaro Bruno Martinez tentando entender o porquê de estar aqui.

Ele me lembra os gângster's dos filmes.

Me olha de forma desconfiada sem tirar o sorriso macabro dos lábios.

Põe os braços para trás e volta a andar.

- Soube que é parceiro de dança da Violet. É verdade? - Levanta a sobrancelha.

- É. E você é um marginal. - Digo e me arrependo de minhas palavras ao receber uma joelhada no estômago.

- Não precisa se preocupar Marcos, estamos apenas conversando. Vai ter sua chance mais tarde. - Caminha até mais perto rindo. - Então Jason. - Sinto uma mão em meu cabelo e ele o puxa forte levantando minha cabeça, já que eu havia me curvado com a joelhada. - Não é muito esperto não é? Afinal, quem resolve dançar com a filha de alguém como eu?

- Eu não sinto medo facilmente. - Permaneço firme.

- Corajoso. - Caminha ao meu redor. - Mas burro. - Volta à minha frente e faz um gesto com a mão para os homens. - Amarrem ele. - Diz e eu arregalo os olhos. - Ninguém se mete comigo ou com a minha filha garoto. - Puxam com força meus braços para trás e os prendem com cordas ásperas enquanto eu tento me soltar deles.

- O quê você vai fazer? Me matar? Acabar com o sonho da sua filha é isso? - Eles continuam me segurando depois de preso. - Não seria capaz. - Rosno e ele gargalha.

- "Não seria capaz". - Diz tentando imitar minha voz de forma gozada. - Eu posso fazer qualquer coisa garoto. E se eu digo que não vai dançar com ela, é porque não vai. - Mexe as mãos dando ênfase em suas palavras.

- Mas é o sonho dela. - Ele dá de ombros. - Como pode ser tão frio a ponto de não perceber que é isso que ela quer. Dançar. - Ele volta até minha frente.

- Simples. Eu não quero você perto dela. Nem você, e nem ninguém. - Diz em tom baixo e ameaçador. - Quando eu quero algo, eu consigo. Não importa de quem seja o sangue à ser derramado. - Então desfere um soco em meu rosto.

- E por que? Ela não pode amar ninguém por quê? - Faço força em sua direção mas os homens me seguram. - Ela não pode amar nada e nem fazer nada que quer por quê?

- Porque ela não vai. O amor é mentiroso, nos engana. Nos corrói por dentro e o que sobra é apenas milhões de sentimentos vazios. - Me olha com os olhos em fendas. - Minha filha, pode fazer o que for, mas não vai se intoxicar por esse veneno que é o amor. - Um sorriso macabro se abre em seu rosto.

- Tarde demais. - Digo e ele imediatamente fecha o sorriso.

- Como assim? - Seus braços se cruzam.

- Ela se apaixonou por mim e eu por ela. - Ele franze a testa. - Eu a pedi em namoro e ela aceitou. Isso tudo em segredo pois ela temia que você destruísse tudo. E olha só onde estamos. Olhe só o que está fazendo. Sua filha me ama e você está destruindo tudo novamente. - Ele olha para o capanga ao meu lado e sinto algo gelado em minha garganta.

Uma faca.

A lâmina afiada me permite sentir o frio do metal.

Imediatamente me calo engolindo em seco e ele ri.

- Cuidado com o que fala para mim garoto. Não sabe do que sou capaz. - Assinto com a cabeça e o homem afasta a faca me permitindo olhar para Bruno. - Ela te ama é? - Ri. - E você a ama de volta como imagino, não é?

- Eu a amo Sr. Martinez. Eu juro que amo. - Ele me dá outro soco que deixa minha vista turva.- Não destrua o sonho de Violet por favor. - Imploro e ele ri.

- Adoro quando imploram. - Respira fundo e sorri ainda macabro. - Entenda Jason, minha filha não faz nada que eu não aceite. Você me dizer isso, só piora sua situação. - Se vira.

- Pode fazer o que for comigo, mas deixe ela dançar nesse concurso Sr. Martinez. Deixe ela conseguir essa bolsa. - Peço e ele acena com a cabeça.

- Ela já iria participar de qualquer forma, foi o sonho da mãe dela. - Se vira para mim e revira os olhos. - Mas não vou permitir que ela se afaste de mim. Sem você, ela não vai à lugar nenhum. E se insistir vai ser pior. - Dá de ombros.

- Faria isso com sua própria filha? - Forço meu corpo para sua direção com raiva. - VOCÊ É UM MANÍACO! - Me mexo com mais força.

- Não, eu sou Bruno Martinez. Você não devia ter se metido comigo Jason Burn. - Segura meu queixo com força. - Não devia ter entrado nesta boate e conhecido minha filha. - Sinto um arrepio correr minha espinha. - E agora vai se arrepender. - Ri maléfico.

(...)

Ele literalmente pôs sentido na palavra se arrepender.

Depois de me acertar diversos socos e chutes, me prendeu em uma sala escura e vazia. Parecia um porão ou um depósito. Só sei que estava vazio e cada barulho emitido por mim ecoava por todo o lugar.

Me prendeu em uma cadeira e disse que depois dava um jeito em mim. Mas que se eu chamasse atenção alguma, seria mil vezes pior.

Por isso ele usou um pedaço de fita para cobrir minha boca que estava machucada e sangrando por conta dos socos.

A música da boate ainda ecoava por meus ouvidos e isso me dava ainda mais dicas de que ainda não havia amanhecido.

Pelo menos Violet está em casa à salvo.

Eu a deixei lá quando deu 00:00 depois do segundo filme. Nunca havia ficado tanto tempo ao seu lado e isso me fez sentir que devo lhe contar a verdade.

Estou tão perto.

Já conheço Bruno e ele praticamente fez uma confissão.

Então tenho minhas provas de que ele deve ser preso.

Só há um problema.

Eu estou preso agora. E não há ninguém para me ajudar.

~ P.O.V Narrador ~

No hospital, o moreno deitado na cama se mexia lentamente sem vontade nenhuma de abrir os olhos.

Ainda tinha a sensação incômoda de enjôo e sabia que não havia nada em seu estômago para por para fora, porém ao que parece seu subconsciente não entendia isso.

Se ergueu e buscou o pote em cima da cama, se curvando no mesmo e sentindo passar por sua garganta o que parecia ser água.

Uma mão passou a esfregar suas costas com cuidado enquanto ele fazia devida força para vomitar no pote.

- Calma Logan, calma. - Uma voz disse e ele a reconhecia.

- Calma nada... - Tossiu. - Não tem mais nada para eu vomitar e ainda sinto vontade de fazer isso... - Respirou fundo e depois de limpar a boca se encostou com os olhos fechados. - Estou cansado disso Kendall, tudo o que saiu foi água. Não tem mais nada... - Suspirou e esfregou as mãos no rosto.

- Olha para mim e vê se acerta o meu nome vai? - A voz disse e ele o olhou sério, pronto para dar uma bela bronca em Kendall. Porém não era o loiro ali ao seu lado. Sua boca se abriu e ele arregalou os olhos.

- J-John? É... Você mesmo? - O mesmo sorri.

- Eu mesmo parceiro. - Diz e Logan sorri aberto.

- Você acordou... Você... Você está bem? - Pergunta e John ri.

- Eu tinha a mesma pergunta para você, mas pelo visto você não está tão bem. - Se curvou um pouco mais e sorriu. - Estou bem cara, em breve vou ter alta. Graças à você. - Logan ri e fecha os olhos.- Foi David que fez isso não foi?

- Sim... - Logan diz sem o olhar. Respira fundo. - Ele ferrou com o meu estômago. - Diz e John ri.

- Precisa colocar mais algo para fora? - Pergunta realmente preocupado. Logan nega com a cabeça. - Tem certeza?

- John, eu não comi nada desde que cheguei aqui e nada parou no meu estômago. Se tivesse algo para ir para esse pote, vai por mim, eu saberia. - O olha e sorri. - Nem água está parando no meu estômago.

- Tem que ir com calma campeão, David deve ter feito algo para isso acontecer. - O mesmo pega o pote e o coloca no chão, embaixo da cama. - Preciso falar com você à respeito disso tudo.

- E eu preciso de explicações suas. - Logan o olha. - Primeiramente sobre Bruno Martinez, por quê me disse para ter cuidado com ele? - John morde o lábio e se apóia na cama.

- Você ia descobrir uma hora ou outra. - Olha para baixo. - É melhor que saiba por mim. - Respira fundo. - Antes de aceitarmos a missão do Bruno Martinez, antes mesmo de sermos convocados para essa missão, eu andei pesquisando. - Arrastou os dedos pelo lençol azul claro na cama. - Sabe que eu sou agente à pouco mais de três ou quatro anos que você não é?

- Acho que são três anos. O que têm? - Logan o olha enquanto o outro moreno apenas continua sem fazer contato visual.

- Minhas especialidades sempre foram variadas, e antes de ser agente de campo, eu era muito curioso. E em uma dessas minhas buscas de curiosidade pelos arquivos da Interpol, eu descobri um arquivo sobre o seu pai. - Finalmente olha para Logan que fecha os olhos e nega com a cabeça.

- Pode não falar dele por favor? - Pede e John agarra sua mão.

- Eu tenho que te falar disso. Já passou tempo mais que o suficiente para você saber. - Diz e Logan franze as sobrancelhas soltando sua mão.

- Saber sobre o quê? - Pergunta e John Respira fundo.

- Seu pai foi para uma missão de resgate e acabou em uma emboscada não é? - O olha já sabendo a resposta.

- Foi o que me disseram quando eu era pequeno. - John morde novamente o lábio. - O quê sabe que eu não sei John?

- Essa emboscada, foi com Bruno Martinez. Foi ele quem matou o seu pai Logan e jurou que iria atrás de você. - Diz e Logan o encara confuso.

Sua expressão congelada e suas sobrancelhas franzidas.

Sua boca se abre e fecha sem emitir som algum.

Seus olhos não demonstram nenhum sinal de lágrimas ou qualquer coisa que quebre sua seriedade.

- Como sabe disso? - É tudo o que consegue perguntar. - Em quê arquivo achou isso?

- Em um dos últimos arquivos sobre o caso do seu pai. Como sabe, tudo à respeito disso foi arquivado em documento de informação sigilosa e criptografado. - O olha. - Eu descobri antes de fazerem isso tudo. Eles esconderam isso para você não ir até ele atrás de vingança.

- Seria estupidez da minha parte, sabe disso. - Se arruma na cama e Respira fundo. - Não... Faz sentido... - Passa a mão no rosto.

- Você precisava saber. Na noite em que aconteceu aquilo tudo, eu ia te contar. Mas eu não aguentei, David tinha usado um... Negócio estranho em mim. Tudo que eu consegui dizer foi...

- "Tome cuidado com Bruno Martinez." - Logan o interrompe. - Esse tempo todo eu venho me perguntando à respeito disso. Agora entendo. - Ri um pouco. - Como eu não percebi isso?

- Ninguém na agência sabe. Eu que era muito curioso, descobri por acaso. No início não pensei que fosse importante, até te conhecer. Percebi que precisava saber disso. - Logan acena com a cabeça. - Está tudo bem?

- Está. - O olha e dá um leve sorriso. - Obrigado por me contar. Só não entendo o porquê de Bruno me tratar tão... Bem.

- Acha que ele já descobriu? - Pergunta John.

- Não, acho que ele sabe algo. - Continua com as sobrancelhas franzidas. - Algo que tem haver comigo.

- Vamos descobrir, seja lá o que for. - Sorri. - Mas agora tem que se cuidar. Não está muito bem.

- Eu sei. - Logan suspira.

~ P.O.V Logan ~

Ainda estava enjoado, mas nada saia e isso apenas cooperava para eu me sentir ainda mais fraco.

Não estava com tanta dor, o remédio ainda fazia efeito e pelo menos isso era bom.

- Kendall trouxe seu notebook. Acho que ele andou mexendo nele. - Levanta o notebook e eu reviro os olhos.

- Ele deve ter usado para procurar alguma informação daquele lugar. - Ele acenou que sim. - Ou queria invadir o meu Facebook.- Então ele me olha antes de rir.

- Nunca para com suas piadas não é? - Pergunta e eu rio pegando meu notebook ao seu lado.

- Preciso ter senso de humor na situação que estou. Ou eu fico louco. - Ligo o mesmo e logo uma página de chamada de vídeo aparece.

Presley.

Sorrio e logo a abro a vendo sorrindo para mim.

- Oi Logan! Que saudade maninh... - Seu sorriso se fecha e ela fica séria.- O que houve com o seu rosto? - Pergunta preocupada.

- Droga... - Fecho os olhos me repreendendo por ter esquecido o jeito que estou. - Oi Press. Como está?

- Não muda de assunto. O que aconteceu? Se meteu em alguma briga? - Não desvia os olhos claros de mim mantendo sua expressão preocupada.- E que barulhos são esses? Está no hospital?

- Presley. - Ela respira fundo e espera eu responder. - Estou sim no hospital, a missão em que estou fez um maluco me capturar. Mas estou bem. - Ela suspira.

- Não parece estar bem. - Abaixo a cabeça e olho para a pequena imagem onde posso ver o que ela vê. Eu estou... Realmente bastante machucado.

- É eu sei, mas estou. Acredita em mim. - Sorrio e ela nega com a cabeça. - Como está a mamãe? Como estão as coisas aí?

- Eu que ia perguntar isso, mamãe deixou eu ir ficar aí com você por duas semanas e eu ia amanhã, mas agora estou repensando vendo o seu estado. - Coço os olhos.

- Não é muito seguro você vir agora Press, tem... Muitas coisas acontecendo e ter você aqui pode piorar as coisas e ainda te colocar em perigo. - Ela franze as sobrancelhas.

- Como assim? O que eu tenho haver com isso? - Suspiro.

- Tem certeza Logan? Ela pode não reagir muito bem. - John Diz e eu aceno que sim.

- Quem está aí? - Presley parece e cada vez mais curiosa. Acho que essa curiosidade veio do meu pai.

- O meu parceiro. Lembra que eu disse que ele estava em coma por causa dessa missão? - Ela retorce os lábios tentando lembrar. - A missão do cara de nome engraçado que te fez rir por 20 minutos. - Ela parece ter lembrado. - Então, é sobre isso que eu tenho que falar com você. É sobre o papai. - Ela fica séria. Nunca falamos dele, à não ser que seja realmente sério.

- Estou ouvindo. - Se apóia próxima a tela.

(...)

- Como pode ser? E por que agora? - Pergunta após eu terminar de lhe contar tudo.

- É essa a pergunta que não quer calar. - Suspiro. - Mas eu vou descobrir okay? Confia em mim.

- Confio, apenas não quero que se machuque. - Me olha preocupada.

- Eu estou um tanto roxo demais não estou? - Ela ri de leve e John me olha risonho. - É que você está me olhando da mesma forma que o John, então estou supondo que apanhei um bocado nesse cativeiro. - Ela revira os olhos parando de rir.

- Não é engraçado, é preocupante. - Repreende.

- É um pouco engraçado sim, para alguém que foi praticamente envenenado ele está até que em bom estado. - John ri de leve.

- Logan, acho que vou ter que deixar o seu parceiro infértil. - Presley diz e John se cala imediatamente com os olhos arregalados. - Acho bom ele ter parado de rir. - Sorri.

- Minha irmã sendo ameaçadora? Quem é você e o que fez com a Press fofa e amável? - Pergunto e ela ri. - Essa é minha irmã. - Sorrio sentindo minha bochecha doer um pouco, mas ignoro.

- Melhor você ficar bom logo viu? Quero muito te ver. - Diz e John ri.

- Se ela vir, eu vou precisar de algum guarda costas para ela não me ameaçar Logan. Você vai me proteger dela certo? - Me olha e eu levanto a sobrancelha.

- Não. Não vou. - Digo e Presley ri alto. - Ela é minha irmã John, fala sério, ela é um amor. - Ele ri depois de fazer careta.

Alguém bate na porta e entra o doutor Marcos.

- Com licença, se sente melhor Logan? - Me olha preocupado.

- Tirando a parte que eu estou sem nada no estômago, nunca estive melhor. - Ele sorri de leve.

- Vou fazer alguns exames para ver o que aconteceu, provavelmente foi o processo de desintoxicação agindo com relação aos medicamentos que injetaram em você, mas temo que seja algo pior. Por isso preciso descartar as possíveis hipóteses o mais rápido possível. - Aceno com a cabeça e Presley faz sinal de positivo com a mão.

- Vai dar tudo certo Maninho. Você vai ficar bem logo. - Sorrio e ela o faz também.

- Espero. - Então finalizo a chamada de vídeo e deixo o notebook com John que o deixa ao seu lado no sofá. - John é melhor você voltar para o seu quarto e depois dos exames você volta. Deve demorar e eu não quero que veja nada disso. - Ele acena que sim se levantando e sentando na cadeira de rodas que eu não havia percebido ali.

- Mas olha, não vou repetir o que a sua irmã ameaçadora disse, mas vou dizer o que te ouvi repetir várias vezes para mim, quando eu estava na cama e você pedia para eu acordar. "Você é forte, então logo vai levantar dessa cama e sair fazendo besteira por aí. Você vai ver." - Rio e ele estende a mão para mim e eu a aperto. - Vou vir te perturbar quando acabar os exames. - Vira a cadeira e começa a empurrar as rodas até a porta.

- Vou estar aqui esperando ansiosamente. - Ele ri e sai.

- Pronto? - O Doutor Pergunta e eu suspiro.

- Sempre. - Sorrio de leve.

Eu não estou pronto e temo o que pode vir.


Notas Finais


#ContinuareiSempreEscrevendo
Sempre.

Desculpe não ter falado quase nada.
Beijos! 💙💙💙


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