História Dangerous Love. - Você mentiu para mim!!

~ P.O.V Narrador ~

Dois dias se passaram e com eles se se foi o clima quente de San Diego.

De uma hora para a outra a cidade ficou fria, o céu acinzentado e chuvas frequentes.

As praias temporariamente em alerta pelo perigo de atividades em mar e todos usando casacos durante todo o dia.

James havia tentado conversar com Violet, mas como já esperava a garota o estava ignorando.

Cada chamada que o moreno fazia era para o número da garota que imediatamente ignorava.

James podia ver seu erro a cada vez que a garota encerrava as chamadas sem sequer esperar chamar e sabia que só havia um modo de acabar com isso.

Um modo não tão convencional.

(...)

~ P.O.V James ~

Bato em sua porta e saio da frente da mesma para não ser visto pelo olho-mágico.

Ouço o barulho dá tranca da porta e a mesma se abre um pouco.

Dou um passo para ela poder me ver e imediatamente ela tenta fechar a porta em minha cara.

Tenta.

Eu seguro a porta e a impeço de fechar.

- O quê você quer Jason? - Pergunta e eu suspiro.

- Conversar. Por favor. - Ela bufa irritada.

- Não temos o que conversar. Está acabado. - Empurra novamente a porta e a mesma não se mexe a deixando mais irritada.

- Você queria a verdade, eu vou te contar se deixar. - Digo e ela me olha.

- Não quero ouvir nada vindo de você. - Sua voz diminui.

- Só me dê cinco minutos. - Peço e ela solta a porta.

- Está perdendo seu tempo aqui. - Diz já andando de um lado para o outro enquanto eu fecho a porta atrás de mim. - Diga Jason. - Passa as mãos no cabelo.

- Eu... Eu te escondi muitas coisas Violet, uma delas é o motivo de eu ter ido até o Music Express para a audição. - Engulo em seco.

- Como assim? - Cruza os braços. - Me explica melhor Jason.

- Para início, eu não me chamo Jason Burn. - Ela levanta a sobrancelha. - Me chamo James Maslow, sou um detetive e fui contratado para reunir provas sobre o seu pai, para prender ele. - Tento controlar minha respiração. - Parte dá minha missão era seduzir você e... Assim me aproximar à ponto de descobrir coisas sobre Bruno Martinez. - Abaixo a cabeça. - Eu não sou dançarino, a última vez que dancei foi... Em um emprego de verão, quando estava na faculdade, eu era instrutor de dança de salão. - Seguro minha nuca. - Tudo não bastou de um disfarce bem tramado para eu parecer ser quem nunca fui. - Respiro fundo finalmente a olhando. Ela tem os olhos fixos em mim, não demonstra nenhuma emoção nos mesmos. - Mas Violet, cada vez que eu disse que te amo, foi verdade. Você se apaixonou por Jason Burn, mas na verdade era eu, James que te amava sem você saber. - Dou um passo em sua direção. - No início eu tentei resistir à esse sentimento, mas ele foi crescendo dentro de mim e eu não conseguia manter distância de você, cada segundo que eu passava sem te ver era um insignificante segundo sem motivos para viver. - Me aproximo mais. - Quando eu te pedi em namoro, eu pensei em te dizer a verdade, pensei em dizer tudo pois me doía muito ver você me chamando de um nome que não é meu, mas tudo girava em torno dessa missão e agora que eu pareci ter te perdido eu vi o quão idiota fui em te esconder isso. - Sinto uma lágrima em minha bochecha. - Eu te amo Violet, não consigo ficar longe de você e saiba que eu vou fazer qualquer coisa para que quando tudo isso acabar, você possa seguir o seu sonho e eu esteja ao seu lado.

Ela me olha e vejo seus olhos vermelhos e marejados.

Ela os fecha lentamente e duas lágrimas escorrem por seu rosto até caírem no chão.

- Sai daqui. - Diz e sua voz falha um pouco. Toco em sua bochecha e ela empurrar forte a minha mão. - Não me toque! VOCÊ MENTIU PARA MIM. - Grita com voz de choro. - Você fez eu me apaixonar por você e... Enquanto isso tinha uma trama por trás de tudo. - Mais lágrimas escorrem por seu lindo rosto. - Eu era apenas uma "missão" para você Jason? Ou James, seja lá quem você for eu quero que fique longe de mim. - Diz com raiva.

- Violet eu sinto muito por tudo o que fiz. - Ela abaixa a cabeça.

- Não sente, você não sente e nem nunca sentiu nada. - Me olha séria. - Eu nunca tinha sentido o que senti com você, e agora eu vejo que da sua parte foi tudo encenação. Você me usou James, você me usou como uma peça para chegar ao meu pai. - Diz e me empurra. - E ainda tem a ousadia de dizer que me ama e quer o meu bem? - Soca o meu peito. - Quer saber? Jason, James ou tanto faz, pegue os seus papéis e cumpra a sua missão, mas assim que tudo acabar, esqueça que um dia me conheceu. - Eu a olho triste. - Esqueça tudo o que eu te disse e tudo o que passamos. Aliás, não foi nada não é? Foi tudo parte do seu plano eu tenho certeza. Foi predestinado você me "seduzir" e como eu sou muito boba, caí direitinho na sua lábia. - Passa a mão nos olhos. - Me esquece e nunca mais volte a colocar os pés aqui ou eu te mato. - Diz séria e caminha até a porta. - Eu juro, não vai gostar do tratamento que receberá se voltar aqui. - Diz e abre a porta. - Saia e nunca mais se meta na minha vida novamente. Nunca mais cruze o meu caminho. - Vira o rosto e eu caminho lentamente até a porta.

- Eu sinto muito, de verdade. Eu... Eu te amei desde a primeira vez que nos vimos quando eu esbarrei em você na boate, e desde o primeiro toque na sua mão eu soube que não ia ser fácil manter o meu disfarce. - A ouço fungar. - Eu o mantive, mas por dentro eu gritava para te contar a verdade e eu entendo se contar tudo ao seu pai sobre mim, afinal, ele é Bruno Martinez e... Acabaria com qualquer um que mexesse com o seu coração. - Seguro sua mão e ela permite. - Mas antes, eu queria te dizer que os dias em que eu te via, foram os que mais valeram à pena, pois eu sempre teria o seu sorriso bem na minha frente. - Beijo delicadamente as costas de sua mão. - Adeus Mechas Azuis. - Largo sua mão. - Não me odeie por te amar por favor. - Então deixo o local secando meus olhos.

Ouço a porta fechar com força e um barulho baixo de choro.

Meu coração se encolhe no peito e eu me encosto na parede fria do elevador enquanto ele me leva para o estacionamento.

As lágrimas não demoram à chegar e os soluços também.

Minha Violet... Ela me deixou.

Como Logan havia dito à muito tempo, o final dessa missão era óbvio.

Nós prendemos o pai dela e somos todos odiados terminando com os corações partidos.

Pelo menos eu terminei assim.

~ P.O.V Logan ~

Já faziam horas que eu estava sem fazer absolutamente nada.

O Dr. Marcos disse que de acordo com os resultados dos exames que fez hoje - E que demoraram um bom tempo - eu teria alta em alguns dias.

E isso é bom por um lado, vou poder sair e talvez voltar à minha rotina.

Porém por outro lado, terei que começar a fisioterapia - A qual já está agendada - E usar uma muleta - Que Kendall fez questão de deixar ao lado da cama.

Minha vida nesses próximos meses não será a vida que eu tenho levado todos esses anos, e eu só espero que tudo possa ser como era antes.

Alguém bate levemente na porta e eu digo que pode entrar.

Com certeza não é o doutor Marcos, ele sequer bate na porta.

Ela entra e vejo seus cabelos castanhos escuros, chegam um pouco abaixo dos ombros e são totalmente lisos.

Ela usa um pouco de maquiagem mas quase não percebo isso, apenas consigo ver o delineado leve acima de seus olhos verdes.

- Oi... - Sorri tímida e eu sorrio de leve.

- Oi, acho que é a primeira vez que vejo você sem estar atrás daquela mesa. - Digo e ela ri baixinho.

- É... Queria ver como estava, vi quando chegou e o Dr. Marcos à todo momento passa com algum papel relacionado a você. - Se senta no sofá.

- Você... Me viu quando eu cheguei? - A olho com cautela. Eu devia estar como quem passou por um massacre.

- Vi, os paramédicos passaram com você na maca pela recepção. - Abaixa a cabeça. - É bom ver você acordado pelo menos. - Ri um pouco.

- Eu devia estar horrível quando me viu. - Sorrio de lado e ela assente com a cabeça.

- Estava muito machucado. - Sua mão hesitante para sob a cama. - É bom ver você melhor.

- É bom ver alguém. - Sorrio e pego sua mão que se aproximava lentamente da minha. - Não precisa se preocupar, eu sei o quê faço.

- Sabia o quê estava fazendo para acabar desse jeito? - Apóia o cotovelo na cama também e entrelaça nossos dedos.

- Não. - Olho para nossas mãos. - Não sabia mesmo.

- É o seu trabalho não é? - Ri e eu a olho. - Tal como com o seu amigo. - Abaixo a cabeça.

- É mais ou menos isso. - Rio e volto à encarar seus olhos verdes. - Por que veio me ver Meredith?

- Porque me preocupei de... Não ver mais você me irritando para ver seu amigo fora de horário. - Levanto seu rosto que havia se abaixado com o polegar. - Me preocupei de não ver mais você, então quis vir uma última vez.

- Você tinha vindo antes? - Ela assente. - Como eu não vi?

- Você estava sedado, foi um pouco depois da primeira cirurgia que não deu certo, antes do seu amigo ir ver você. - Sorri levemente. - Eu entrei por dois minutos e apenas vi você aí, parado e sem aparência de estar sentindo dor, apenas isso me tranquilizou. - Seus dedos passam por meu braço lentamente na direção de meu pescoço. - Eu olhei para você com aquela máscara de respiração e simplesmente me senti feliz com a fumaça que tinha nela. - Sua mão passa por minha bochecha e eu sorrio provavelmente deixando minhas covinhas aparecerem. - Me sinto mais feliz agora. - Me olha e me sinto hipnotizado.

- E o motivo dessa felicidade tem nome? - Seu polegar acaricia lentamente minha bochecha.

- Tem, ele apenas é muito lento para saber. - Ri e eu rio junto.

- Eu não sou tão lento assim. - Ela ri e volta a segurar a minha mão.

- É sim, você é muito lento Henderson. - Diz e eu pego a sua outra mão. Segurando assim uma em cada mão. Mordo meu lábio e a olho.

- Eu sei que posso não ter feito isso antes, mas você aceita... Tomar um café ou algo assim comigo quando eu sair daqui? - Ela ri e abaixa a cabeça.

- Eu aceito. - Me olha. - Você demorou bastante para me perguntar isso não é?

- Procurava as palavras certas e o momento certo. - Sorrio e ela faz o mesmo. - Porque a garota certa sempre esteve bem ali na recepção à cada vez que eu vinha.

- Admite, você é muito lento. - Ri e eu rio também.

- Okay, só um pouco. - Rimos juntos.

(...)

- Veja pelo lado bom, vai ter alta em dois dias. - Kendall diz e eu reviro os olhos.

- Os dias aqui parecem se rastejar e não passam nunca. - Suspiro. - Mesmo que eu não possa andar normalmente eu quero ir para casa. - apoio a cabeça em meu braço.

- Paciência é uma virtude sabia? - O olho e ele ri. - O tempo passa rápido. Relaxa.

- Você viu o James em algum lugar? Ele não apareceu mais por aqui. - Ele nega com a cabeça. - Estou preocupado.

- Por que? Ele é adulto, sabe se cuidar sozinho. - Dá de ombros.

- Diz isso porque não o conhece como eu. - Balanço a cabeça. - Já aguentei muitas ressacas com ele Kendall, quando ele some assim, pode ter certeza de que coisa boa não é. - Fecho os olhos.

- De quê tipo de "coisa" está falando? - Me olha confuso.

- Não tenho nem ideia. - Suspiro.