~ P.O.V James ~
O
Que
Está
Acontecendo
Aquí?
- Me chamo Logan Mitchell, estou ao dispor se tiver dúvidas ou se precisar de um tempo longe dela. Ela fica insuportável com o tempo. - Diz e eu franzo as sobrancelhas. Ele sorri e se afasta.
- Você como sempre muito engraçadinho. - Diz Violet com irônia. - Más me diz, por que voltou? - Pergunta.
- Seu pai me chamou. - Diz suspirando e o olho ainda mais incrédulo e desconfiado sem que a garota perceba. - Quer saber? Vou deixar vocês dançarem e ele ver como você é pesada, depois conversamos okay? - Dá uma piscada para a mesma que ri e me olha como se eu fosse um total desconhecido.
Ah más nós vamos conversar sim Henderson.
Há se vamos.
- Então? Pronto? - Pergunta colocando as mãos na cintura.
- Espero que sim. - Sorrio de lado e ela ri.
(...)
Suas mãos deslizam por meu braço e eu tento não derruba-la no chão.
A música suave que enche a sala com seus ecos me faz sentir como se estivesse em um filme.
A colocando de volta no chão, giro seu corpo e logo suas mãos voltam para meus ombros como em uma valsa moderna.
- Muito bem. - Diz permanecendo na mesma posição. - A quanto tempo disse que não dança? - Debocha.
- Touché. - Rio e ela me acompanha.
A giro e seguro sua cintura a trazendo para mim, grudando nossos corpos como um só.
Sua mão desliza até minhas costas e se engancha em meu ombro enquanto seu corpo se inclina para o lado.
É como se um pensasse como o outro. Partilhando o mesmo entendimento de movimentos.
Se aproxima e segura minha nuca e minha cintura.
Seguro suas pernas e a trago para cima girando pela sala, ao último som da música.
Nossos olhares grudados e corpos colados. Sinto o batimento de seu coração acelerado se misturando ao meu.
Meus músculos travados na mesma posição não me permitem soltar seu pequeno corpo e igual a mim ela não me solta.
O que está acontecendo comigo?
- Acho que está bom por hoje Jason. - Diz e eu aceno com a cabeça voltando a mim. - Já pode me colocar no chão. - Diz baixo sem desviar seus olhos dos meus.
- Oh... claro. - A coloco no chão e solto sua cintura, gesto imitado por ela que solta minha nuca. - Então? - Coço a nuca.
- Amanhã no mesmo horário? - Pergunta desligando o som.
- Fechado. - Digo me aproximando. Estendo minha mão, mas ela a ignora me dando um abraço calmo. Segura minha nuca e nos cola como estávamos a minutos atrás.
- Somos parceiros agora. - Diz em meu ouvido. - Não quero formalidades entre nós. - Eu aceno com a cabeça a abraçando de volta. Sinto arrepios estranhos em meu corpo, correntes elétricas... que estranho.
- Nos vemos amanhã então Violet. - Digo quando nos separamos e eu pego minha mochila.
- Igualmente Jason. - Faz continência e eu saio da sala depois de sorrir de lado.
Agora falta uma coisa.
(...)
~ P.O.V Logan ~
Após guardar a última pasta na gaveta da grande mesa de madeira escura, ainda cheirando a verniz e com traços visíveis de que é nova me levanto e suspiro cansado.
Pego minha pasta - que mais parece uma bolsa de carteiro, só que cinza. - E a coloco em meu ombro antes de apagar a luz e fechar a porta da sala.
Passo pela sala de ensaios ou como gosto de chamar, "sala do espelho" e só o que vejo é Violet dançando livremente ao som alto de uma música desconhecida por mim.
Gira diversas vezes e quando está parando seu pé escorrega.
Largo minha bolsa no chão e corro para pegá-la antes que caia.
- Logan? - Pergunta ainda se apoiando em mim. - Quando desenvolveu reflexos assim? - Ri um pouco.
- Desde que você resolveu começar a dançar. - Rio e ela ri junto antes de me soltar. - Montando a coreografía para... - Faço um gesto com a mão para ela continuar.
- A apresentação de duplas regionais. - Diz arrumando seu rabo-de-cavalo. - E sim, hoje foi apenas um aquecimento com Jason, amanhã vamos começar de verdade.
- Quando você ficou tão determinada? - Brinco e ela ri.
- Acho que 1 ano atrás. - Vem até mim e me abraça. - Por que sumiu Logan? - Sua voz ecoa em meus ouvidos.
- Seu pai me manteve muito ocupado. Precisava de férias. - Dou de ombros e beijo sua testa. - Tenho que ir baixinha, quer carona? - Pego minha bolsa caída no chão.
- Não precisa, vou ficar mais um pouco aqui e depois vou lá para baixo. Segunda à noite lota esse lugar, é até um pouco irônico. - Diz e eu rio.
- Tudo bem, até amanhã então. - Aceno e saio após ela acenar e mandar um beijo no ar para mim.
(...)
Abro os olhos ouvindo a campainha do elevador informando que cheguei - finalmente - em casa.
Destranco a porta e deixo a chave na mesinha ao lado da mesma.
Já que as cortinas estão abertas não me dou o trabalho de acender a luz, a lua já me proporciona iluminação suficiente da sala e das escadas.
Deixo minha pasta em cima do sofá e tiro a escuta de meu bolso.
Porém tenho uma sensação de alarde.
Como se alguém estivesse se aproximando devagar de mim, o som da respiração, talvez um passo ou outro com hesitação.
Rápidamente me viro e antes que o intruso possa fazer algo, seguro seu braço e o imobilizo o fazendo cair no chão.
Seguro seu braço nas costas o ouvindo gemer com a dor.
- Quem é você e o que veio fazer aqui? - Pergunto entre dentes. Ele apenas continua fazendo ruidos se dor e eu puxo mais seu braço, lhe tirando um quase grito. - Responde se não quiser que eu quebre o seu braço aqui e agora.
- J-James... - Fiz com a voz entrecortada. - Sou eu... Logan. - Diz e eu o solto imediatamente.
- O que você tem na cabeça seu idiota? Eu podia ter quebrado mesmo o seu braço! - Me levanto e ele continua no chão.
- Ai... - Geme antes de tentar se levantar. - Você é muito impulsivo. - Diz mexendo no ombro.
- Eu sou precavido. - Corrijo. - Agora me diz Miolo Mole, o que fazia no meu apartamento sem que eu soubesse? - Cruzo os braços e ele se levanta ainda mexendo o braço. - Responde Maslow, ou volta para o chão e ganha um gesso de brinde para a próxima visita. - Digo e ele dá um passo para trás.
- Quero explicações Logan. - Diz. - O que você fazia lá hoje? Como conhecia tão bem Violet? - Fica sério. - O que você está escondendo de mim Logan? - Suspiro.
- Isso é motivo para invadir a minha casa e quase quebrar o braço? - Pergunto indo até o sofá e se sento.
- Como eu disse "Você é muito impulsivo." - Faz aspas com as mãos. - E se eu vou descobrir o que quero, vale sim à pena. - Vem devagar até mim. - Vai me contar?
- Cedo ou tarde você ia saber... - Abaixo a cabeça. - Eu sinceramente achava que seria tarde....
- Para de me enrolar Logan. - Se senta na poltrona preta perto de mim. Suspiro.
É agora ou nunca.
Por que não pode ser nunca?
- Se lembra que eu disse, na sua casa, que eu iria me ferrar "de novo"? - Faço aspas com os dedos e ele acente. - Era no sentido literal. - O olho. - À dois anos fui designado para a investigação que você acabou de ser indicado e... bom, você acabou de conhecer o meu disfarce. - Dou de ombros.
- Logan Mitchell? - Pergunta e eu aceno com a cabeça. - E de quem Violet falava? John. - Sinto um arrepio correr minha espinha.
- John é o meu parceiro. - Abaixo a cabeça. - Ele está em coma à nove meses. - O ouço respirar fundo.
- O que... - Sua voz some. - O que aconteceu?
- Bruno Martinez foi o que aconteceu. - Quase rosno. - Aquele desgraçado... - Mordo meu lábio e respiro fundo me levantando. - Em uma das noites que estávamos analizando os papéis de Bruno, ele desapareceu. - Coloco os braços para trás e começo a andar pela sala. - Eu me disfarcei de advogado e John era meu assistente por não saber mexer muito com papéis. Eu pedi para ele pegar uma coisa na minha sala, e ele não voltou mais. - Cruzo os braços. - Eu o procurei em todos os lugares possíveis, mas não achei nem sinal de que ele tivesse passado em qualquer um deles, como se ele tivesse evaporado. - Olho para o chão. - Foram dois dias para Kendall rastrear ele pela escuta, mas... Quando eu o encontrei... - Suspiro. - Ficou claro o que haviam feito com ele. - Tento encurtar os detalhes.
- E o que fizeram? Quem fez? - James voltou com suas perguntas.
- Bruno o torturou. - Digo o olhando e ele olha para baixo. - Tudo o que ele disse para mim foi "Tome cuidado com Bruno, fique vivo." E logo depois apagou nos meus braços. - Me sento novamente. - Não sei o que fizeram à ele, mas tentaram matá-lo sem dúvida. E tentaram fazer-lo de forma lenta. - Afirmo. - No hospital não souberam dizer o que aconteceu à ele ou se acordaria algum dia, mas eu não vou desistir de ver ele se levantando daquela cama, e eu vou fazer de tudo James, para que Bruno Martinez se arrependa de ter feito aquilo à John. - James se levanta e vem até mim.
- Por isso aceitou vir comigo para essa investigação? - Pergunta com as mãos nos bolsos.
- Como eu disse James, seu pai não pensou bem quando te colocou nesse caso, é bem mais do que você já viu, mais do que já fez. - Digo e suspiro. - É algo mais extremo que qualquer caso que já aceitou James.
- E estamos juntos. - Se aproxima. - Somos eu e você contra Bruno Martinez. Juntos. - Coloca a mão em meu ombro.
- Juntos como sempre. - Digo sorrindo.
Assim espero.
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