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História Dangerous Love - Prisão


Escrita por: taeyana

Capítulo 14 - Prisão


- Anda, desse daí - Percebi que já tinha chegado quando o policial abriu a porta e me tirou de lá, acho que ele percebeu que eu havia chorado quando olhou para mim e riu da minha cara - Arruma essa cara de cachorro sem dono, aqui ninguém tem dó não ! - pegou meu braço e foi me empurrando até a delegacia. 

Eu estava com tanta vergonha, só conseguia olhar para o chão, o ambiente de uma delegacia é horrível, meu braço doía mais que tudo, pensei até que já estava perdendo os movimentos, o policial me fazia andar rápido e as lágrimas ameaçavam cair de novo. Decidi levantar a cabeça e encarar isso tudo que estava acontecendo, se era pra ser assim então eu tinha que saber lidar, olhei para os lados e tinha alguns homens com as mãos algemadas, estavam na mesma situação que a minha, me olhavam com uma cara de '' olha só, mais um que vai ver o sol nascer quadrado '', eu olhava para eles sério, tentando esconder o medo que eu estava sentindo, já estava pensando na ideia de fazer amizade com todo os presos, se algum pegar raiva de mim ou não for com a minha cara estou ferrado, eles tem cara de ser bem violentos e não se importam em matar alguém, e eu não to afim de perder minha vida.

Estávamos quase chegando na sala do delegado, o policial que me carregava não tinha dó de mim, apertava meu braço muito forte, eu já estava quase pedindo pra ele parar de apertar mas obviamente meu pedido não seria atendido

- Aqui está um dos suspeitos, Senhor - disse o policial me jogando dentro daquela sala, o delegado me encarou e eu encarei de volta, não deixei o medo falar mais alto, me fizeram sentar em uma das cadeiras, fiquei cara a cara com o homem que ia me jogar na prisão - Foi fácil pegá-lo, ele chegou bem na hora que estávamos vasculhando a casa - o delegado soltou uma risada, como se finalmente tivesse pego quem ele tanto queria

- Muito bem, pode se retirar, me deixe a sós com ele - o policial saiu, olhei no fundo dos olhos do delegado, esperando ele me encher de perguntas - Então você é o famoso Nakamoto Yuta, finalmente nos conhecemos - encostou na cadeira e deu outro sorriso, enquanto isso minha cara continuava séria - Me parece que você andou aprontando em uma joalheria por ai - eu poderia falar que não tinha nada a ver com esse assalto, mas claramente ele não iria acreditar em mim, foi encontrado sacos de joia dentro da minha casa, armaram muito bem pra cima de mim, então eu só fiquei ali calado e ouvindo o delegado me incriminar por algo que eu não fiz - Eu posso aliviar para você, se você cooperar com meu trabalho e me dizer aonde está o chefe, o líder de vocês, o mandante - eu falaria tudo se eu soubesse aonde esse canalha estava, com certeza eu ia denunciar ele e todos os amigos dele, mas eu não faço ideia de onde ele possa esta

- Eu não sei aonde ele esta - queria que colocassem um detector de mentiras em mim para que o delegado soubesse que o que eu estou falando é verdade, estou em um beco sem saída, terei que pagar por uma coisa que eu não fiz

- Eu estou tentando te ajudar - ele se levantou e veio andando em minha direção - Quem sabe se você me falar eu até deixo você ir embora - ficou atrás de mim e falou perto do meu ouvido - Colabora 

- Eu realmente não sei - as lágrimas queriam cair de novo, eu estava em uma situação difícil, estava tendo a chance de ser liberado mas eu não podia responder aquela pergunta, o delegado já estava ficando sem paciência, um policial chegou na sala 

- Leva - bastou falar isso para o policial me pegar de uma forma bruta pelo braço e me faze levantar da cadeira, eu estava sendo levado para prisão, o delegado não queria entender o meu lado, me prendeu sem saber da verdade, apesar que palavras não tinha importância quando a prova do roubo estava dentro da minha casa 

Me levaram para um lugar onde eu pudesse trocar a roupa, tive que tirar pulseira e uns anéis e colocar dentro de um saquinho, o celular também, mas quando peguei ele para colocar dentro do saquinho vi uma notificação avisando que tinha mensagem da Nara, meu coração acelerou na hora que vi seu nome na tela do meu celular, a vontade de responde-la foi enorme mas não tive tempo, arrancaram o celular das minhas mãos e me deram um macacão cinza para vestir .
Depois que troquei de roupa, fui levado até uma das celas, no caminho fui passando por outras que estavam cheias de detentos, alguns gritavam '' MAIS UM '', '' OLHA O PLAYBOYZINHO '', '' SEJA BEM VINDO'', outros só me olhavam, eu estava quase passando mal com o fedor do macacão, parece que nunca fora lavado, continuei caminhando como se nada demais estivesse acontecendo, mas por dentro eu estava chorando, eu estava pedindo socorro por dentro, eu queria gritar por ajuda, mas eu estava sozinho, não tinha ninguém.

O policial me parou em uma das celas e abriu para eu entrar, me jogou lá dentro como se eu fosse um pedaço de papel sendo jogado no lixo, olhei para os lados e vi aquele lugar vazio, uma cama, uma pia, e um vaso sanitário, estava tudo sujo, '' então é aqui que irei passar o resto da minha vida ? '' perguntei para mim mesmo, sentei na cama e só então percebi que tinha um cara na outra cama deitado lendo um livro, levei um pequeno susto, afinal eu não tinha visto ele ali

- Bem vindo - ele disse ainda com os olhos no livro, não respondi nada, apenas encarei ele - Não precisa ter medo de mim, podemos ser bons companheiros de cela, é só não invadir meu espaço que eu não invado o seu - se sentou na cama e me olhou 

- Obrigado - foi só isso que consegui dizer, continuei olhando em volta, tudo meio escuro, só a luz do sol iluminava aquele lugar, - Está aqui muito tempo ? - resolvi puxar assunto com o cara 

- 3 meses, já estou acostumado com esse lugar - deu um leve sorriso - Fez o que pra chegar até aqui ? 

- Roubei uma joalheria - eu não ia contar que tudo isso foi armação, ia ser uma história muito longa, então falei apenas isso, o que fez ele ficar com uma cara engraçada

- Você não tem cara disso - me olhava descaradamente - Mas quem ver cara não ver coração - me lembrei do chefe da gangue, ele sempre dizia que eu não tinha cara de bandido, por eu ter lembrado dele uma raiva começou a subir - Qual seu nome ?

- Yuta, e o seu ?

- Toyo

Eu e Toyo tínhamos desenvolvido uma amizade, com uma semana juntos eu já não me sentia mais sozinho, o cara é bom companheiro de cela, ele me emprestava alguns livros para ler e não ficar no tédio, uns de ação outros de terror, até uns românticos eu li, contanto que eu estivesse com a mente ocupada, tava tudo ok. Tinha os dias de banho de sol, ficávamos na área aberta da prisão, único momento que eu conseguia sentir um ar puro, que eu me encontrava em paz, já que dentro de uma cela você só consegue ver a escuridão. Era um tempo em que eu fechava os olhos e sentia um vento leve em mim, eu até '' falava '' com minha mãe, esse vento era como se fosse ela, me acolhendo, me abraçando, me protegendo, eu também pensava na Nara, na promessa que eu tinha feito de nunca abandonar ela, falhei na promessa, com certeza ela estava com raiva de mim e tinha achado que eu fugi.

Ficar preso era um dos meus maiores medos, mas agora que passei uma semana aqui estou conseguindo me acostumar um pouco, eu nem tenho escolha, aqui é o único lugar que me resta, eu e Toyo conversávamos sobre tudo, sobre nossas vidas, infância, família, festas, mulheres e até sobre o primeiro amor, ele me contou que já foi muito apaixonado por uma garota, contou que tiveram lindos momentos juntos, achei interessante ouvir isso, foi legal ouvir uma história assim, depois que ele acabou sua história eu fiquei um bom tempo me perguntando quando eu teria uma história de amor assim, nunca me apaixonei por uma garota de verdade, nunca me vi chorando e sofrendo por alguém do sexo oposto, as mulheres que eu me relacionava eram daquelas que você só fica uma noite, depois nem vê mais a cara delas, será se um dia irei experimentar o sentimento de amar alguém ? Quando será que irei conhecer a garota dos meus sonhos ? Ou será se .... Será se eu já a conheci ? 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ;)


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