História Dangerous love - Me and my brigadeiro

E dei de cara com o Chris, amigo do idiota que levou tiro ontem, o mesmo idiota que estava no meu sonho. Ele me olhou de cima a baixo e deu um sorriso safado que claro, foi retribuído. Ele logo ficou sem graça.

— Oi, é... Desculpa chegar assim do nada... – falou enquanto coçava a nuca.

— Oi, relaxa. Mas como você descobriu meu endere...

— Anne, depois eu te explico tudo mas agora eu preciso que você venha comigo dar uma olhada no ferimento do Justin, eles estão sangrando muito.

— Claro que eu vou. Espera 10 segundos, entra aí.

Botei a primeira roupa que eu vi pela frente, peguei tudo que eu tinha de primeiro socorros e alguns outros equipamentos médicos e guardei numa bolsa, peguei meu brigadeiro e minha colher e sai com Chris. Descemos o prédio de elevador e assim que saímos ele foi em direção a um carro que estava estacionado em frente ao meu prédio, era um Bugatti Veyron 16.4. Sim, eu entendo carros, meu pai me ensinou tudo sobre eles. Acho que não consegui esconder minha cara de surpresa com o carro, porque Chris logo falou:

— Gostou do carro? 

— Claro. É um Bugatti Veyron 16.4, pode marcar até 407 km/h, tem o motor W16 AWD e foi lançado em 2005. É um carro muito foda, pena que é um milhão e meio. 

Aí foi Chris que não conseguiu esconder sua cara de surpreso.

— Você entende de carros?

— Claro. Aprendi tudo sobre eles.

— O que é isso que você está comendo? 

— Ah, é brigadeiro. Um doce brasileiro. Quer provar? 

— Brasileiro? Quero sim.

Dei uma colherada pra ele e pela cara que fez parece ter gostado.

— Caralho. Isso é muito bom. Como eu nunca tinha comido isso antes? 

— É porque ele não é muito comum aqui, mas um dia desses eu faço pra você. Só espero que não seja por causa do seu amigo idiota de novo. – revirei os olhos fazendo ele rir e concordar. – mas, o que aconteceu com ele? 

— Ah, ontem você deve ter percebido que ele é teimoso pra caralho, né? – concordei com a cabeça – então, ele tomou os remédios, trocou o curativo não ficou em repouso por nem 1 minuto.

— Então acho que os pontos dele devem estar abertos. Se for isso eu vou precisar de algumas coisas que eu não tenho. 

— Tudo bem, só me falar o que precisa que chegando lá eu mando alguém comprar.

— Vou ver primeiro os ferimentos e depois te falo então, ok?

— Ok.

Foram uns 10 minutos de viagem porque logo entramos em um condomínio de mansões fodas. Ele parou em carro em frente a mandão mais foda, a maior e mais bonita do condomínio. Saímos do carro eu, Chris, meu brigadeiro e minha bolsa, e logo vi vários caras grades de terno e radinhos nas mãos. Afinal, quem é Justin Bieber? Chris tocou o interfone que tinha uma câmera logo em cima apontada para nós e logo ouvi uma voz do outro lado da linha 

— Quem é essa gata com você Chris? 

— Cala borra, Ryan, é a médica porra. 

A porta abriu, nós entramos e para minha surpresa, a casa era ainda mais foda por dentro. Chaz estava sentado no sofá jogando vídeo game com uma menina que me olhou de cima a baixo quando eu cheguei. 

— Fala aí, doutora Anne! Tudo bem? Justin está lá em cima. 

— Oi, Chaz! Pode ser só Anne, sem essa de doutora. – sorri pra ele.

— Vamos, vou te levar no quarto do Justin. – Chris falou.

— Anne! – Chaz me gritou antes de subirmos – Que que é isso que você ta comendo? 

Ri e Chris respondeu rápido:

— Chaz, é um doce brasileiro, o melhor doce do mundo, você tem que provar! 

Dei uma colherada pra ele e assim como Chris ficou louco com o doce. Deixei o prato com ele já que ele tinha gostado tanto e subi as escadas com Chris. Quando chegamos no 2º andar seguimos por um longo corredor com algumas portas e vários quadros que pareciam ter sido caros pra caralho. Chegamos na última porta do corredor e Chris a abriu. E pude ver Justin deitado na cama com os curativos cheios de sangue. Ele já estava pálido de tanto sangue que perdeu.

— Bieber, você tinha que ter ficado de repouso. 

— Chris, você só achou ela? Não consegue outra pessoa não?

— Cala boca, Drew. Ela vai cuidar de você. 

Ignorei o comentário idiota e falei: 

— Chris vou dar uma olhada e te falo o que eu vou precisar. 

Ele concordou com a cabeça. Me aproximei do Bieber e botei minhas luvas. 

— Vou tirar o curativo. – avisei.

— Ok.

Tirei, e assim que tirei pude perceber que os pontos realmente tinham aberto. 

— Chris, vou precisar de anestesia local e o soro Ringer Lactato. 

Ele saiu do quarto enquanto pegada o celular do bolso. 

— Bieber, eu vou limpar, pode ser que doa.

— Tá bom.

Tirei o curativo do braço direito. Limpei e tirei os pontos que estavam abertos. Quando acabei, Chris entrou com o que eu pedi e saiu de novo. Botei o soro no braço esquerdo dele, suturei o machucado e fiz novos curativos. Demorei uns 30 minutos para fazer tudo. Foi bem rápido porque o estrago não foi tão grande. 

— Pronto. Acabei. Vou te receitar uma pomada para passar no lugar do ferimento para cicatrizar mais rápido. 

— Ok. Passa pro Chris que ele compra tudo. – concordei com a cabeça. 

Comecei a recolher minhas coisas e tinham algumas coisas pra jogar no lixo.

— Onde tem lixo aqui? 

— No banheiro.

Fui até o banheiro, que era enorme, devia ter o tamanho do meu quarto, ri mentalmente do meu comentário, e tinha uma banheira com hidromassagem que devia ser incrível. Joguei as coisas no lixo, na volta eu peguei minha bolsa e estava esperando ele agradecer. 

— Que que foi? Que que você tá esperando pra ir embora? 

— "Muito obrigado doutora, você foi incrível, salvou minha vida, sou eternamente grato." – falei imitando sua voz.
 
            Ele riu. 

— Primeiro que eu não falo desse jeito. Segundo, você só está aqui por causa do Chris. Terceiro, fala direito comigo. 

— Beleza, Bieber, não vou discutir com você. Não quer agradecer, não agradece. Fiz meu trabalho bem feito e se você precisar de novo, que arranje outra pessoa pra isso. 

Sai irritada e bati a porta. 

P.O.V Justin Bieber 

Quando saímos do hospital, eu e os caras precisávamos ir comemorar o roubo quase perfeito (se eu não tivesse sido baleado teria sido perfeito). Fomos para uma (de muitas) das minhas boates em Miami. Eu não pude dirigir por causa do tiro no braço direito, então fui no carro do Ryan que tinha passado lá no hospital para irmos todos juntos pra boate. Chaz foi com o carro dele e Chris com o dele. O meu, um dos seguranças levou pra casa minha casa. Chegamos na boate e claro, estava tudo muito foda. Algumas das minhas meninas estavam como garçonetes e andavam de calcinha, sutiã e salto alto, outras estavam nos palcos dançando nos poli dances, algumas já estavam com seus sutiãs no chão, e outras já estavam sendo levadas para os quartos. Assim que eu gosto, tudo funcionando como deveria estar. Subimos para área VIP e Chris, Chaz e Ryan já estavam rodeados de mulheres, eu estava só observando o movimento lá baixo sentado no sofá com uma puta de cada lado enquanto eu bebia uma vodka com soda e gelo. Caitlin estava lá em baixo, eu estava a observando se esfregar em um otário qualquer até que um homem chegou por trás dela e botou a mão na boca dela fazendo com que ela não grite e o vi falando algo no ouvido dela e encostar uma arma nas costas dela. 

— Chris, Chaz e Ryan, Caitlin tá sendo sequestrada.

Todos nós levantamos correndo, descemos as escadas sem perder os olhos dela e cercamos eles. Esse cara é tão babaca assim? Tentar sequestrar Caitlin na minha boate, sabendo que eu estou aqui? Tem alguma coisa errada. 

— Solta ela agora ou eu te meto bala. 

Ele soltou ela assustado. 

— Foi mal aí chefe, essa mina é tua? 

— Fala direito porra, não sabe quem eu sou? 

Ele riu. 

— Não sei e realmente não estou querendo saber. Não sabia que a mina era sua cara, relaxa. 

Olhei pra ele sorrindo, sabendo que ele ia pro saco hoje. 

 — Prazer, meu nome é Justin Bieber. – quando falei isso, só faltava ele se ajoelhar pra pedir desculpas – Mas isso não te importa mais, já que o saco te espera. – aí ele realmente ajoelhou e começou a pedir "perdão" – Seguranças, pode mandar pro saco esse daqui. E se chorar, pode ser com bastante calma, de repente vai tirando os dedos, ah, melhor que o dedo, pode tirar o pau dele. – Foi aí que ele começou a engolir o choro, que bom né porque morrer sem nenhuma dignidade é foda.

Depois dessa confusão, Chris levou Caitlin pra casa, eu e os caras ficamos até umas 4 horas na boate. 
Acordei 11 horas com as mesmas  duas putas de ontem na cama. Acordei as duas.

— Tão fazendo o que ainda aqui? 

As duas falaram um "desculpa, senhor Bieber", botaram as roupas e saíram. Chris me mandou uma mensagem me chamando no 3º andar, na sala dele cheia de computadores, telas e outras coisas eletrônicas de nerd. Tomei uma aspirina e fui falar com ele.

— Fala, Beadles. 

— Justin, acho melhor você ficar quieto por um tempinho, os tiras te reconheceram entrando no hospital ontem. Consegui tirar sua ficha de lá por aqui , mas acho melhor tomar cuidado. 

— Pode deixar, valeu Chris. 

Peguei meu skate e fui andar na pista que eu tenho nos fundos, estava tudo tranquilo até que eu cai e meu curativo começou a sangrar. Merda. Entrei em casa e não parava de sangrar. Procurei alguém mas Chaz e Ryan devem estar nas suas casa com putas de ontem, só me resta Chris. Fui de elevador para não fazer esforço e logo cheguei no 3º andar. Entrei na sala e Chris me olhou assustado.

— Cara, você ta sangrando, que que houve?  

— Serio que eu estou sangrando Chris? Eu nem percebi. – ele revirou os olhos– Porra, chama um médico. 

— Cara, o médico que costumava vir em casa morreu. – ele parou e parecia estar pensando em alguma coisa – Já sei quem vamos chamar. Deixa comigo, vai deitar, Drew.

Deixei ele mexendo no computador dele e fui deitar, troquei o curativo duas vezes porque estavam com muito sangue e depois fique olhando para parede e pensando que cara, eu sou o maior gângster de Miami e comecei a sangrar pra caralho só por que caí de skate? Porra. Acabei pegando no sono. 

" — Vai jus... Implora pra mim vai...

— Caralho. Anne. 

— Ah, você não quer mais nada é isso? Tudo bem.. – Ela se preparou para levantar.

— Não, não. Porra, por favor Anne, senta logo vai, tô te implorando... 

Não me arrependi de ter implorado, porra, ela tava em cima de mim, sem roupa, brincando de quase sentar, rebolar e levantar, quase sentar, rebolar e levantar, porra. Nunca nenhuma mulher tinha conseguido me fazer implorar, mas essa... foi a melhor foda da minha vida, e olha que eu já tive mui.."

Porra. Acordei assustado. Agora lembrei de onde eu lembrava dessa garota, eu sempre sonhava com ela. Levantei, tomei um banho gelado, troquei o curativo de novo e tomei o remédio pra dor.
Deitei de novo e Chris entra com ela, era só o que faltava hoje.

P.O.V Anne Scott 

Desci puta as escadas e dei de cara com a mesma menina que estava no sofá antes com o Chaz. 

— Oi, eu sou a Caitlin. Sou irmã do Chris. Mais cedo não conseguimos nos apresentar.

— Ah, você é irmã do Chris? Meu nome é Anne, eu sou a médica que veio aqui ajudar o idiota do Bieber. – revirei os olhos, o que fez ela rir.

— Achei que você fosse mais uma que ia ficar puxando o saco dele.

— Eu? Puxando o saco de alguém? Ainda mais do Bieber? – Ri e ela riu comigo.

— Gostei de você. – Sorri pra ela – Chris foi no galpão com os meninos e pediu pra eu levar você em casa.

Galpão? Que galpão? Vou fingir que entendi, que talvez ela ache que eu sei de alguma coisa sobre isso e continue me falando. 

— Foi? Ah tudo bem, vamos então.

Voltamos em uma Land Rover preta. Sem grandes surpresas com o carro dessa vez. Já estávamos no caminho, já estava ficando escuro. 

— Você vai fazer o que amanhã? 

— Amanhã? Não sei. Ah, amanhã é meu aniversário.

— Ta brincando? Vamos sair amanhã? A gente pode ir em uma das boates do Justin. Te pego aqui 19:00 e você se arruma lá em casa comigo, aproveita e me ajuda. Ah, melhor que isso, te pego de tarde, nós vamos no salão e depois compramos roupa pra ir, tudo por minha conta, ok?? Te pego três horas.

Ela falou tudo muito rápido, parece que ficou animada. Mas perai, Justin tem uma boate? E parece ter mais de uma ela falou "uma das". Quem é ele afinal? Coisa boa não é.

— Calma, Caitlin a gente acabou de se conhecer. – Ri – Mas eu gostei de você, então ok, tá combinado. Amanhã às 15? 

— Eba!!!! Combinado. Os meninos vão adorar.

—  Mas eu posso levar uma amiga à noite?

— Claro! Quanto mais gente melhor.

Chegamos no meu prédio. Me despedi da Caitlin e subi pro meu apartamento, Tracy estava lá dormindo. Tomei um banho, me arrumei e fui para o hospital. Cheguei lá era 21:00. Nada demais, fiz duas retiradas de apêndice, uma retirada de vesícula e um rim. Quando deu 00:00 meu celular começou a tocar...