- Jimin... - tentei o afastar um pouco, mas segurou minhas mãos me impedindo e pareceu ter ficado com raiva.
- Não nega. - apertou minhas mãos. Tentei solta-las, mas ele apertou ainda mais. Aquilo estava doendo. - Você só está piorando minha situação me negando. Por que não pode simplesmente fazer o que pedi para me ver bem ?! Ah, é! Tinha esquecido que você não tá nem ai para mim, não é mesmo ?!
- Não fala besteira. Você é importante para mim e eu me importo sim com você!
- Mentira! Para você eu sempre fui apenas um idiota que procurava quando não tinha ninguém para te babar, para te mimar!
- De onde você tirou isso ?!
- Você sempre foi assim, Yang. Uma mimada, acostumada a ser babada por todos ao seu redor, isso porque todos se encantam por você. Você enfeitiça quem quiser e até quem não quer também, tipo eu. Mas para quê ? Para depois jogar fora como fez milhões de vezes comigo ?!
- De que YangMi você está falando ? Essa n sou eu! Se acha que eu sou essa garota mimada e dissimulada que acabou de falar é porque não me conhece! Eu sempre dei mais importância para os outros do que para mim mesma!
- Você não é assim comigo! Mesmo sabendo que eu te amo mais que a mim mesmo, você faz pouco caso disso e não faz ideia de como isso é horrível...
- Eu não faço pouco coisa nenhuma! Você é e sempre foi uma pessoa extremamente importante para mim e sempre será, então para com esse ataque!
- Sou ? Então prova! Faz o que te pedi, faz!
- Não preciso te provar nada. Sei que você sabe que estou falando a verdade.
Em um movimento rápido, Jimin pôs uma perna de cada lado de minha cintura e prendeu meus pulsos com força contra a cama, um de cada lado de minha cabeça, para então atacar meus lábios com certa fúria, me obrigando a beija-lo.
Me debatia tentando me soltar, mas não consegui.
Aquilo não era um beijo e sim uma luta.
Enquanto eu tentava me livrar ele brigava com minha língua e até a mordia na tentativa de me fazer ceder de uma vez.
Já estava sem ar. Ele não desgrudava para me deixar respirar.
Busquei forças do além para conseguir empurra-lo e não sei como, mas consegui afasta-lo.
Me levantei e tentei ir em direção a porta. Porém, ele me alcançou antes e voltou a me jogar na cama. Antes que ele me encurralasse mais uma vez, eu sai correndo até a porta dessa vez conseguindo sair do quarto. Mas nada mais que isso, pois ele é muito rápido e me alcançou outra vez.
- Para com isso e me solta, Jimin! - pedia batendo em seu braço enquanto ele me levava de Volta para o quarto. - Jimin!
- CALADA! - gritou.
Ele estava descontrolado por conta da raiva que está o consumindo. É mais um de seus vários surtos de fúria.
Ao adentrar o quarto ele trancou a porta. Isso me deixou com um pouco de medo.
Sem perigo de eu fugir de novo ele me soltou e ficou me encarando de modo atordoante.
- P-por favo...
- Quieta! Eu odeio você, odeio Amar você! - esbravejou.
- Então porque não tenta eliminar esse amor ?
- Já fiz isso centenas de vezes, mas não tem como! Eu pertenço a você e não tem como mudar isso.
Ele me prendeu na parede fazendo minhas costas bater com brutalidade na mesma e começou a soca-la, me fazendo me encolher no meio para não ser atingida.
- Calma, Jimin! Para! - o abracei tentando controla-lo. Ele parou de socar a parede e retribui o abraço de forma desesperada me apertando em seus braços. - Calma...
O garoto iniciou um choro intenso com soluços e lagrimas rolando descontroladamente por seu rosto e me molhando.
- Eu te amo, de verdade, amo muito, muito mesmo! Acredita em mim Yang. - falava com dificuldade por conta do choro.
- Shhh... Eu acredito em você, eu acredito. - Fiquei lhe fazendo carinho enquanto ele ai se acalmando aos poucos cessando o choro. Ele já não chorava tanto quanto antes quando se desfez do abraço e se ajoelhou a minha frente. - O que ta fazendo ?
- Me perdoa ? - perguntou de cabeça baixa.
- Pelo que ? - perguntei confusa.
- Por tudo.
- Não precisa se desculpar de nada. - me abaixei em sua frente. - Eu sei que não faz por mal. Você não pode se controlar, não sozinho.
- Você me odeia ? - levantou a cabeça para me encarar. Seu rosto se encontra banhado de lagrimas.
- Claro que não! Eu te amo, não como você queria, mas amo.
- Yang... Você não devia ter dito isso. - falou negando com a cabeça freneticamente.
- Olha para mim. - segurei seu rosto ente minhas mãos. - Está tudo bem. Daqui para frente eu estarei sempre com você para te ajudar, ok ?
- Não. O melhor a se fazer é ficar longe de mim. Eu posso machucar você em um de meus ataques e eu não quero isso. - retirou minhas mãos de si.
- Pode até tentar se afastar de mim., mas não vai conseguir. Eu acabei de fazer uma promessa de que irei está sempre com você daqui para frente e eu não pretendo quebra-la.
- Estou falando serio.... E-
- Eu também estou falando serio. - pus a mão em sua boca para não o deixar falar mais nada. - Não importa o que disser. Eu não irei mudar de ideia e ponto.
Ele tirou a minha mão de sua boca e selou nossos lábios.
Me assustei um pouco, mas retribui. O beijo foi calmo, bem calmo. Foi lento. Foi bom, muito bom. Eu realmente gostei e isso me deixou incomodada.
Por falta de ar finalizei o beijo com um pouco de dificuldade, pois o Jimin não queria deixar.
Ele não respira ?! Como ele consegue sustentar um beijo tão longo sem sentir falta de ar ?!
- Obrigado. - abriu aquele sorrido lindo que ele tem, mas mesmo assim ainda tinha um pouco te tristeza em seu olhar.
Ele levantou e me estendeu a mão para me ajudar a levantar também.
Aceite.
Ainda segurando minha mão andou em direção a cama onde me fez sentar e logo depois deitou com a cabeça em meu colo e a minha mão que segurava levou até seu cabelo em um pedido para fazer cafune. Não neguei e o fiz até que ele dormiu.
Deixei o Jimin dormindo no quarto e fui da uma olhada na casa. É grande, iluminada e bem perto do mar.
Me sentei em uma cadeira que havia na varanda e fiquei observando a linda paisagem.
Lembrei que quando cheguei estava cansada e precisava dormir para recuperar as energias, mas acabou que quem fez isso foi o Jimin.
Não gostei de o ouvir falar aquelas coisas... Me incomoda muito saber que daquela maneira que ele me ver.
Ele realmente se sente muito decepcionado por eu não o corresponder, mas mesmo assim não desiste. Não quero mais dar más impressões a ele, fiz a promessa de ajuda-lo e estar sempre com ele e irei cumprir, não importa o que tente me impedir.
Senti um incomodo na cabeça, uma dor estranha. Com medo de ter outra lembrança daquelas onde minha cabeça só falta explodir, me levantei e fui atrás de alguma outra coisa para fazer. Porém não tinha absolutamente nada.
Vai ser difícil passar um tempo aqui sendo que a única coisa que se tem para fazer é assistir tv o que eu não estou nem um pouquinho afim de fazer, então só me resta uma coisa: Comer. Fui até a cozinha e fiz um sanduíche para mim. Quando terminei me sentei no sofá e fiquei olhando pró nada. Não gosto de ficar assim porque acabo tendo lembranças e elas não trazem boas reações durante ou até depois. Ainda não estou preparada para ter outra e acho que não estarei tão sedo.
- Você me assustou. - escutei sua voz ao meu lado e me assustei ao ver que ele estava sentado no sofá junto comigo. Como não percebi ele chegar ? - Pensei que tivesse fugido enquanto eu dormia.
- Eu não faria isso.
- Não ?
- Não.
- E se o Jungkook chegasse aqui querendo te levar com ele, você iria ?
- Onde quer chegar, Jimin ?
- Só estou tentando ver se você realmente irá cumprir com o que disse.
- Claro que vou! Eu dei minha palavra.
- Você não vai aguentar muito tempo. Eu tenho ataques constantes.
- Não importa.
- Eu estou com medo de acabar te machucando, droga! Você não entendi ?! - levantou frustrado.
- Se ficar querendo discutir isso comigo, vai acabar se irritando porque eu estou decidida.
- Você é muito teimosa! - começou a andar de um lado para o outro.
- Eu sei. - me levantei e parei em sua frente. - Respira, Jimin. Você tem que se acalmar.
Ele suspirou e ficou um pouco menos tenso. satisfeita voltei a sentar.
- Yang, posso te fazer uma pergunta ?
- Pode... - olhei curiosa. - Sobre o que é ?
- Já... Já aconteceu algo entre você e o Jungkook ? - perguntou me olhando no fundo dos olhos e meio nervoso.
- Olha Jimin... Para falar a verdade eu não sei. - fui sincera. - Se já eu não lembro.
- Você estava na casa dele... Não aconteceu nada lá ? - perguntou, meio desconfiado.
- Não. - respondi simples.
- Vocês pareciam bem íntimos enquanto se despediam hoje mais sedo...
- Não começa, Jimin.
- O que tinha naquele papel que ele te deu ?
- Papel... ? Ha! Era um desenho. Por falar nele, esqueci no carro... Daria para pegar ?
- O que tem nele ?
- Eu. Ele me desenhou.
- Por quê ?
- : Por que ele quis ué. - dei de ombros.
- Quero ver esse desenho. - levantou, se retirou da casa e eu o segui.
Fomos até a garagem e ele rapidamente foi a procura do desenho dentro do carro.
- Achou ? - perguntei meio inquieta.
Não tenho certeza se deixei mesmo no carro e estou com medo de ter perdido. Realmente gostei do desenho. Ele é tão detalhado... Achei fofo o Jungkook o ter feito para mim.
- Achei. - saiu de dentro do carro com o papel na mão. - Ele caprichou. Não esqueceu nem da sua pinta minúscula da bochecha.
- Pois é. Amei esse desenho.
- Pois eu não. Ele não deixou de fora nenhum um detalhe seu e isso significa que ele anda te observando demais. - amassou a folha deixando-a uma bolinha.
- Não faz isso! - tentei pegar dele, mas ele levantou o braço fazendo com que eu não alcançasse. - Me da isso, Jimin!
- Depois que eu queimar te dou as cinzas.
- Se você queimar ele, eu queimo sua cara!
Ele ignorou o que eu disse, me desviou entrou na casa novamente indo direto para cozinha e eu atrás.
- Tente me convencer a não fazer isso. - disse enquanto ligava o fogão e com o mesmo já ligado se virou para mim esperando que eu dissesse algo.
- Faço o que você quiser só não o queime!
- Tudo ? - me lançou um olhar sugestivo e sorrio de lado.
- Sim, agora me da isso! - tentei pegar, mas ele me empurrou de leve de volta para onde eu estava. - Jimin!
- Quero beijo. - fez biquinho.
- Outro ?! Não, jimin. Não é festa. - cruzei o braço o olhando com reprovação.
- Ta bom. Você que sabe. - deu de ombros e botou uma pontinha do desenho no fogo.
- Para, para, para! - ele afastou o papel do fogo e me olhou sorrindo de forma divertida. - Seu idiota!
- Vai dar ?
- Não! - ele ameaçou pôr o desenho novamente no fogo. - 'Tá bom, ta bom, ta bom! Eu dou, mas é só um selinho!
- 2
- 1
- 4
- 1
- 7
- 2
- 13
- Ou 2 ou nada!
- Ou 5 ou seu desenho vai virar cinzas!
- Jimin, você é um chantagista descarado! 3 e não se fala mais nisso.
- Ok.
Ele fez novamente biquinho, se inclinou um pouco para frente ficando um pouco mais baixo para que eu alcançasse o beijar e ficou esperando que eu fosse até ele cumprir com o combinado. Porém achei tão fofo e engraçado, ele ali na minha frente, daquele jeito que comecei a rir ao invés disso.
- Que isso, Jimin ? - perguntei tentando controlar a risada.
- Que foi ?! Para de rir! - falou rindo também.
- Se ajeita! Não precisa ficar nessa posição. Eu sou baixa mas não tão baixa assim!
- Tá, tá. Vem logo.
Respirei fundo e fui até ele ficando na ponta dos pés para dar os dois primeiros selinho e quando fui dar o terceiro, assim que nossos lábios encostaram, ele segurou minha nuca me impedindo de separa-los.
Eu sabia que ele iria fazer algo assim, aish!
Esparramei minhas mãos em seu peito e conseguir o empurrar.
- Seu imbecil. Não sabe brincar... - reclamei, mas notei que ele olhava fixamente para algo atrás de mim de olhos arregalados e boca entre aberta.
Me virei para ver o que era e dei de cara com um TaeHyung de olhar vazio e com uma arma na mão.
Jimin me puxou para trás dele e com isso fez o TaeHyung levantar a mão, que até então estava abaixada com arma e mira-la bem em direção ao coração do Jimin.
Eu fiquei completamente paralisada olhando para ele que não parecia o mesmo e evidentemente se encontrava consumido por sentimentos negativos.
- TaeHyung, abaixa essa arma. - sua voz suou tão séria que até me deu calafrios.
- Achei linda a cena romântica do casal. - sorrio irônico.
- Abaixa. A. Arma. - repetiu, dessa vez pausadamente.
- Eu te avisei milhares de vezes, Jimin. Mas você me ouviu ? Não! Você pediu por isso...
- Eu a amo... E você é irmão dela, cara. TaeHyung, pelo amor de Deus, acorda... Vocês tem o mesmo sangue! Entende de uma vez que-
- CALADO! - gritou impedindo o Jimin de continuar o que falava.
- Tae-TaeHyung... - gaguejei, mas finalmente consegui falar algo. - Por favor...
Ele olhou para mim e não sei se foi impressão, mas acho que ele ficou mais calmo enquanto olhava em meus olhos.
Jimin aproveitou o momento de distração do amigo e tentou pegar a arma de suas mãos, só que o mesmo foi mais rápido e antes disso atirou no braço e na perna do outro.
Jimin se ajoelhou no chão e seu enquanto os locais atingidos começaram a sangrar muito. Ele ficou tentando estacar.
Corri até ele e me ajoelhei ao seu lado, mas antes que eu pudesse toca-lo, fui puxada para trás pelos cabelos e em seguida senti uma ardência em meu rosto. TaeHyung havia me batido.
- DEIXA ELA, SEU DOENTE! - gritou enquanto ainda se contorcia no chão um pouco mais a minha frente.
Ignorando o outro, e se abaixou em minha frente e segurou meu rosto entre suas mãos. Morrendo de medo dele eu não conseguia olhar em seus olhos.
- Você vem comigo e se me desobedece, mato esse lixo que você chama de amigo. - me soltou e voltou a ficar de pé. - Levante-se e me siga.
Olhei para o Jimin e ele estava se levantando, mas não conseguiu. Ele estava cheio de sangue... Essa situação toda... Isso tudo é loucura, minha vida é uma loucura!
Lagrimas começaram a rolar em meu rosto. Queria que fosse tudo um pesadelo.
- Nã-não chora... Yang... Por favor...
- Mandei me seguir. - falou da porta. - Vamos, não me faça ir até ai novamente e atirar, dessa vez no coração e na cabeça desse infeliz.
Me levante, mas minhas pernas travaram. Eu não conseguia sair do lugar. O nervosismo tomava conta de mim me impedindo de fazer qualquer outra coisa que não fosse apenas olhar para Jimin totalmente desesperada e sem saber o que fazer.
Se eu for ele não vai ter condições de ligar para alguém e pedir ajuda sendo assim irá acabar morrendo, pois esta perdendo muito sangue.
- Se você quiser, vou até o inferno com você, TaeHyung, mas chama ajuda para ele, eu imploro...
- Ele faz isso depois. Venha, vamos embora daqui de uma vez!
- Ele não vai conseguir! Por favor... - pedi soluçando por conta do choro.
- Aish! Tudo bem. - pegou o celular e discou o numero de alguém. - Mas para de chorar!
Tentei parar para não irritar mais ele, mas estava meio difícil.
Abaixado na frente do Jimin, TaeHyung colocou o aparelho no viva voz e ao a pessoa atender conheci a voz de primeira : Era o Shin.
- Alô ? TaeHyung ?! O que você quer ? Por que me ligou ?! Cadê a Yang ?! Hein ?! Responde! - mal entendeu e já foi disparando a falar desesperadamente.
- Vai Jimin, pede logo ajuda para ele. Anda logo que eu não tenho a vida toda!
- Shi-shin... Corre... Vem na casa de praia dos meus país... Rápido. Preciso de ajuda. - falou com muita dificuldade.
- Jimin ?! Ai Meu Deus! O que você ta fazendo ai ?! O Que O Taehyung Te Fez ?!
- Sem perguntas. Vem logo que eu estou perdendo muito sangue... E a Yang preci... - não pode terminar de falar, pois TaeHyung lhe chutou o fazendo cair para trás e encerrou a ligação.
- Vem. - me puxou pelo braço. - Não podemos perder a hora.
- Não! Espera... - parei me fazendo ele parar também e me olhar com reprovação e totalmente impaciente.
- O que foi agora ?!
- Vai deixar ele assim ? Desse jeito ?! - apontei para Jimin que agora apenas murmurava de dor jogado no chão.
- Vou! - voltou a me puxar. - Já falei que não podemos perder a hora.
- Isso é muita maldade, desumano! A hora de quê que não podemos perder ?! - tentei puxar meu braço e ele segurou ainda mais forte - Solta! Você tá me machucando!
- Fica quieta que você está me irritando! - me empurrou para dentro do carro e em seguida entrou. - Só abra essa sua boquinha linda quando eu mandar.
Passou o dedo de leve sobre meu lábio inferior e mordeu o próprio logo depois abrindo um sorriso psicopata e se virando para o volante, para assim então, dá partida.
O caminho todo, eu só pensei no Jimin. Medo de perde-lo era o que sentia. Se algo de ruim acontecer a ele, eu não sei o que vai ser de mim.
Fiquei tão distraída, que não percebi meu irmão sair do carro e em seguida abrir a porta para mim esperando que eu fizesse o mesmo.
Quando eu sai do veiculo a vontade que me deu ao ver onde estava foi de sair correndo.
- Por que me trouxe até o aero porto ?! - perguntei.
Mas na verdade eu sabia bem o por quê.
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