Olhou seu relógio novamente e viu que eram pontualmente 14h00, assim que atravessou as pesadas portas giratórias e observou aquela empresa seu estomago deu um nó.
De longe dava para avistar o quão desorganizado era, as pessoas praticamente trompavam umas nas outras carregando papeis, a conversa paralela se mistura as gargalhadas de pessoas que não estavam nos seus devidos setores. Passou pelos estagiários e de esguelha viu que ao invés de estarem arquivando ou fazendo planilhas estavam jogando jogos de carros, eles ao menos minimizava as abas quando viam as pessoas chegando, respirou fundo e pegou o elevador até subir ao térreo, onde supostamente ficava o presidente.
Assim que as portas metálicas se abriram ela saiu do elevador arrumando sua blusa de seda branca e puxando sua sai executiva preta que pegava um pouco acima de seus joelhos.
— Com licença. — Pediu educadamente a uma mulher de óculos, que digitava rapidamente um documento.
— Ah Sim. — Assim que seus olhos castanhos pousaram nela eles brilharam.
— Eu vim para a entrevista de...
— Oh Claro. — Ela a cortou esbouçando um sorriso débil, fazendo a ruiva juntar as sobrancelhas confusa. — O senhor Gray a aguarda, senhorita Erza...
— Scarlet. — Ela completou.
— Exatamente, venha. — E em silencio ela apenas a acompanhou até pararem a frente de uma grande e pesada porta de madeira.
— Pode entrar ... e boa sorte. — Ela desejou puxando a maçaneta, Erza deu de ombros e entrou na sala. — Você vai precisar! — Cantarolou Laki antes de fechar a porta, e isso a fez franzir a testa confusa.
Olhou a volta e viu uma pilha de papeis espalhado sobre a mesa de madeira, a sala era muito bem iluminada e tinha um ar acolhedor, a passos nervosos começou a andar até que em meio a pilha encontrou um homem de cabeça baixa, murmurando algumas coisas que ela não compreendeu, provavelmente tentando entender as cláusulas de um contrato.
— Senhor Gray? — Pigarreou e imediatamente a cabeça dele se levantou.
Seus olhos azuis estampavam irritação, mas assim que eles pararam na mulher a sua frente algo se ascendeu em seu interior, a expressão séria misturada com o belo corpo de curvas fartas fez sua mente divagar por pensamentos nada puros.
— Sim... — ele respondeu coçando o rosto enquanto tentava se recuperar.
— Eu vim para a entrevista de emprego. — Ela explicou se aproximando da mesa, e assim que o perfume dela invadiu suas narinas foi como um tapa na cara.
Ele ficou em silêncio apenas a observando se sentar com uma classe naquela cadeira enquanto cruzava suas pernas brancas, e esse gesto o deixou irrequieto.
— Não vai dizer nada? — Ela já estava se irritando com a jeito dele.
— Vou. Claro. — E depois de balançar sua cabeça recobrou a postura azeda de sempre. — Então senhorita.... — Ele ficou vasculhando sua agenda em meio àquela bagunça, mas como esperado não a encontrou.
— Erza. — Ela completou. — Erza Scarlet. — em seguida estendeu sua mão.
E assim que ele a segurou um arrepio perpassou sua espinha, seu aperto era caloroso e firme.
— Bem senhorita Scarlet, trouxe seu currículo?
— Aqui. — Ela estendeu a parta branca, e avidamente ele o pegou e abriu.
— Contadora. — Comentou olhando brevemente por cima de seus cílios.
— Sim.
— E sabe falar nove línguas. — Agora seus olhos se arregalaram.
— Além do Inglês, Espanhol, Sueco, Alemão, Francês, Italiano, Japonês, Russo e arranho um pouco de português.
Rapidamente voltou seus olhos para o currículo, tinha as melhores notas da universidade e ainda tinha o endereço e a idade; 25 anos. Ele era ainda 5 anos mais velho que ela.
— É casada, senhorita Scarlet?
— Não, sou solteira. — Respondeu enrugando o nariz. — Mas o que o meu estado civil tem a ver com o emprego?
Ele se controlou para não rir, acima de tudo tinha um senso crítico.Tinha que ser ela mesma, até agora foi a única que apareceu com um currículo de verdade e ainda sabia se portar.
— Dependendo do cargo diz muito. — em seguida entregou o currículo para ela.
— Ainda não entendi.
— A senhorita não precisa entender. — Respondeu seco. — O emprego é seu.
Ela mordeu sua língua internamente para não rebater, precisava desse emprego.
— E quando eu começo. — Perguntou devolvendo a mesma entonação que ele usou, e de certo fato o surpreendido.
E assim que ela ficou de pé foi quase inevitável seus olhos não se prenderem ao corpo a sua frente, jogou suas costas contra o encosto almofadado de sua cadeira e inspirou fundo.
— Agora mesmo, me ajude a organizar esses papeis.
— Na verdade é preciso arrumar essa bagunça que o senhor chama de empresa. — Ela rebateu sarcástica, fazendo ele se irritar.
— O que a senhorita disse?
— Que o senhor precisa arrumar a sua empresa, por acaso já saiu dessa sala hoje e andou pelo andar de baixo? Aquilo está uma desorganização tremenda, e sua mesa então nem se fala.
— Senhorita Scarlet eu sugiro que... — ela o cortou.
— Para de me chamar de Senhorita Scarlet! — Sibilou irritada, a maneira como ele proferia isso a irritava. — Me chame de Erza.
— Senhorita Scarlet. — Ele fez questão de dar ênfase ao cinismo. — Se presa pelo emprego recém adquirido eu aconselho a fechar a boca.
Ela em seguida soltou uma risada sarcástica e se inclinou apoiando as mãos sobre o tampo da mesa, e assim que ela fez isso foi quase impossível não notar o belo e recatado decote da blusa.
— Me manda fechar a boca de novo para ver o que acontece. — Ele estava o desafiando, era isso mesmo? Pensou.
Ele estreitou seus olhos e se aproximou dela, o corpo grande e malhando que dava para claramente ver por baixo da camisa branca social sem a gravata com os três primeiros botões que contribuíam para deixa-lo com um ar selvático.
— Está me ameaçando?
— De modo algum senhor Fullbuster. — Ironizou se afastando da mesa. — Apenas estou te dando um simples toque.
Em seguida ela deu as costas e foi caminhando até a porta.
— Aonde a senhorita pensa que vai? — Ela olhou por cima de seu ombro com desdém. — Vou avisar ao meu primo que consegui o emprego.
Em seguida começou a andar de novo, mas Gray a barrou.
— Senhorita Scarlet, eu acho que a senhorita não ouviu que já tem trabalho para fazer.
Ela virou seu tronco irritada.
— Não se preocupe, prometo ser rápida e a lendo mais. — Ela olhou para a pilha de papeis e em seguida para ele. — Duvido que por uns 5 minutos sua empresa fique ainda mais bagunçada do que já está.
E simplesmente depois disso ela deu as costas abriu a porta e a trancou, o deixando estático, nunca em sua vida lidou com uma mulher igual a essa. Enquanto ela tinha um ar imponente quase selvagem com aparecia de uma deusa fogosa, o gênio era como de uma onça. Não era igual as mulheres sem sal e interesseiras que o rondava.
Por fim caiu exausto na cadeira e terminou de bagunçar o resto dos papeis, essa mulher acabaria o enlouquecendo, e o pior de tudo é que se passou apenas 8 minutos e ele já estava nesse estado, imagina daqui para frente agora...
Continua...
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