História Dangerous Woman - Vista-se e vai trabalhar!

 Os dedos finos escorregavam pelas teclas com nervosismo, a cada cinco minutos ela contraia seus ombros e demostrava o desconforto assim que olhava para frente e via aqueles olhos atentos a cada movimento que seu corpo fazia. E isso já estava a irritando.

— Senhor Zeref, eu já disse que não posso te mostrar a empresa neste momento. — Sua voz era calma e suave, parecia uma melodia.

Em resposta ele se inclinou na cadeira giratória e apoiou os cotovelos na mesa, se aproximando mais.

 Mavis prendeu a respiração por um minuto.

— Não tem problema. — Sorriu de modo afetado. — Eu espero até a senhorita poder.

O jeito como ele a olhava fazia sua pele pinicar, os olhos negros pareciam dois buracos profundos, o jeito como ele se sentava lhe dava um ar arrogante desafiador. Por fim tentou se recompor e voltou sua atenção ao monitor acesso.

— Então a senhorita é nova aqui. — Começou brincando com copo de louça onde ela guardava as canetas e lápis.

— Sim. — Respondeu o observando e assim que ele ergueu a cabeça ela ficou vermelha e desviou os olhos.

Ele sorriu, aliais nunca havia conversado com uma mulher tímida, estava acostumado a outros tipos de mulheres.

— Sabe Mavis você é a melhor coisa que aconteceu nessa empresa. — Concluiu depois de jogar suas costas para trás.

— Como?! — Ela parou de teclar e agora estava o fitando atentamente.

Quando ele entreabre os lábios para explicar a porta do escritório se abre.

— Mavis eu preciso daquele relatório dos holandeses que... — Natsu parou bruscamente de falar assim que viu Zeref praticamente jogado na cadeira a frente dela. Seus olhos se estreitaram.

— Olá Natsu! — Cumprimentou carregado de sarcasmo fazendo assim aumentar o estresse dele.

— O relatório eu estou arquivando senhor Dragneel, mas tem uma cópia... — Ela se levantou e virou-se para a estante, que ficava atrás da mesa, e assim que ergueu a cabeça para cima engoliu e seco. Mesmo usando o salto mais alto ainda continuava baixa, sua altura sempre foi um problema de baixa autoestima.

— Eu te ajudo. — Sentiu um arrepio quando um corpo mais alto e malhado parou atrás dela e esticando os braços cobertos por uma jaqueta de couro preta puxou a caixa lá do alto e depois a colocou sobre a mesa.

— Obrigada. — Ela agradeceu sem graça e ele apenas deu de ombros e a contragosto se afastou dela, ou senão Natsu avançaria e de quebra arrancaria o membro dele.

— Acho melhor eu ir para o meu setor.

— Acho uma ótima ideia. — Concordou Natsu o fazendo revirar os olhos.

— Até depois Angel. — Sussurrou no ouvido dela e depois de ver o tingimento das bochechas deu um sorriso satisfeito e decidiu se retirar.

Mavis ficou olhando por um longo tempo o elevador por onde ele passou se fechar, no fundo ela sentia que Zeref não era o tipo de homem certo dela se relacionar, ele era o típico Bad boy, o vilão e não o príncipe que ela tanto esperou. No fim acabou soltando um suspiro derrotado, por que ela sempre tinha que atrair apenas homens assim? Que eram verdadeiros imãs para encrencas?

— Mavis você está bem? — Natsu parou ao lado dela preocupado.

— Sim...Sim. Aqui está o documento. — Falou abrindo a caixa e pegando o primeiro papel a sua frente.

— Obrigado. — Ele ainda a olhava seriamente, e depois de um tempo se deu por excedido, ele sentia que devia a proteger de Zeref, ela era uma garota boa e não merecia ter o coração dilacerado por um homem arrogante e prepotente que não levava nada a sério. — Olha Mavis, eu te aconselho a ficar longe do Zeref, ele não é o  homem certo para você...você merece coisa melhor e...

Ela apenas assentiu dando um sorriso amargo.

— Eu sei, obrigada, vou tomar cuidado.

Ela não podia correr o perigo de se apaixonar de novo por mais um garoto problema, porém como ela já estava farta de saber:

Ninguém manda no próprio coração.

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— Senhorita Scarlet eu não estou entendendo nada disso! — Já fazia mais de duas horas que ele lia a mesma página cinco vezes.

— O que senhor Fullbuster? — Indagou parando ao lado dele da cadeira, se inclinado para ler a página que ele segurava. Gray fez um esforço sobre-humano para não se deixar envolver pelo perfume inebriante dela. Desviou a atenção do papel e optou por observa-la de perfil, o cabelo vermelho vivo fazia um contraste perfeito com a pele branca que aparentava ser tão macia e...

— Está me ouvindo Gray? — Os olhos castanhos emanavam raiva, piscando algumas vezes respirou fundo e desviou seus olhos para o papel novamente. Tentando a todo custo ignorar o calor que emanava do próprio corpo com ela ali tão próxima dele a mão chegava a ficar inquieta.

Erza Scarlet era uma mulher perigosa, seu cheiro, seu corpo e o jeito em que ela gostava de provocá-lo era uma ameaça que o atiçava.

— Claro, mas acho que essa empresa não precisa de reestruturação alguma. — Atordoado fechou a pasta e entregou a ela.

A ruiva estreitou seus olhos e não pegou a pasta, pelo contrário segurou a cadeira giratória e com um simples puxão o fez ficar de frente para ela, segurou os braços da cadeira um em cada lado e se inclinou para frente.

O fazendo engolir em seco.

 — Você está de brincadeira com a minha cara? — Sem falar nada ele apenas negou com a cabeça. — Senhor Fullbuster quando foi a última vez que saiu dessa sala e andou pela empresa? Visitou cada setor? Conversou com os funcionários? Hã.

Por mais que ele estivesse irritado com o tom que ela estava usando, tinha que admitir que ela estava certa, fazia séculos que ele não saia dessa sala.

— Viu! — Ela sorriu sem humor e se afastou da cadeira.

Ele permaneceu calado cerrou os punhos e preferiu observar a grande janela que tinha uma vista privilegiada de toda a cidade e depois de alguns minutos pensado olhou para ela novamente, seu olhar era indecifrável.

— Vamos lá — em seguida ele se levantou e isso a deixou confusa.

— Ir aonde?

— Inspecionar a empresa senhorita Scarlet. — Debochou pronto para sair, porém foi barrado por ela.

— E você pretende ir assim? — Apontou para o estado desleixado dele, a camisa branca estava para fora da Calça executiva, completamente mal abotoada o cabelo negro bagunçado combinado com os olhos azuis escuros davam um ar selvático muito atraente na opinião dela. Pigarreou enquanto expulsava esse pensamento estupido. — O senhor parece um ...mendigo senhor Fullbuster ...não quero dizer...até um mendigo estaria mais apresentado que o senhor.

Ele se irritou.

— Então faça alguma coisa! — Rugiu se aproximando dela.

— VAI LAVAR ESSE ROSTO E PENTEAR ESSE CABELO! — Ele permaneceu estático.  — AGORA! — em seguida apontou para uma porta, que provavelmente era onde ficava o banheiro, contrariado ele obedeceu.

Assim que a porta foi fechada com violência Erza gemeu frustrada apoiado os braços sobre a mesa.

— É por você vovô...só por você. — Ela sussurrou a ponto de pedir demissão e procurar outro emprego.

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— E agora senhorita Scarlet. — Ele falou fechando a porta, assim que ela ergueu seus olhos já via a imagem de outro homem, cabelo arrumado e mesmo a cara sustentando a mesma expressão de quem chupou limão azedo já parecia mais apresentável na opinião dela.

— Coloca o terno e a gravata. — Ele revirou os olhos e acatou, essa ruiva era pior do que a mãe dele o mandando e ele nem sabia do porquê estava a obedecendo.

— Eu não sei colocar esse troço. — Resmungou estendendo a gravata vermelha.

Ela soltou o ar pela boca e foi caminhando na direção dele.

— Eu arrumo para o senhor Fullbuster. — em seguida ela tomou da mão dele e esperou com paciência até ele colocar o blazer escuro, e assim que ela enroscou a gravata no pescoço dele e o puxou com força fez seu tronco automaticamente se inclinar para frente, vindo quase de encontro com o rosto dela, e isso o fez reprimir um palavrão. Tentou olhar para todos os lados, mas isso foi impossível.

Tinha que admitir que ela ficava até bonita concentrada daquele jeito...Bonita era apelido ela ficava estupidamente sexy, logo sua mente infeliz viajou por pensamentos nada puros que incluía ela nua em cima da mesa com a gravata amarrada nas mãos e ...

— Assim está bom? — Ele piscou algumas vezes e a observou sem entender. — A gravata Gray, está muito apertada o nó? — em seguida ela riu e com os dedos afrouxou.

— Está...ótimo assim... — atordoado ele tirou as mãos dela dali e recuou um passo terminando de se arrumar.

  — Vamos? — Perguntou assim que terminou de abotoar o último botão.

E em resposta ela apenas assentiu solene e em silêncio o acompanhou....

Continua....