Enquanto eu tentava processar todas aquelas informações, uns seguranças apareceram e me levaram de volta pra dentro do prédio. Eles me levam até a sala do meu pai, e ao entrar fico a uma certa distância dele, o mesmo faz um sinal com as mãos dispensando os seguranças pra ficarmos a sós.
- bom... Parece que não começamos muito bem... Prazer meu nome Min Young, e... bom... e eu sou seu pai.
- você não é meu pai... Eu nunca vou te chamar de pai...
- bom, eu vejo que você não criou uma boa imagem de mim... Precisamos mudar isso -
Mudar ? Até parece...
- vamos lá... O que você sabe sobre mim ?
- É... Seu nome é quase igual ao meu e... Você é CEO de uma empresa... E você abandonou sua esposa e seu filho quando ele tinha acabado de nascer.
- bom... Primeiramente, sim nossos nomes são parecidos por que fui eu quem escolheu seu nome -como assim ele escolheu meu nome ?!- ... Eu sou o CEO daqui sim, mas não foi fácil chegar a esse cargo, e por último, eu não abandonei vocês...
- não ? - pergunto desconfiado
- claro que não, eu jamais faria isso... Quando eu tinha acabado de ser promovido a CEO, eu ainda estava com sua mãe, porém ela não queria morar aqui em Seul e nossa relação já estava bem conturbada, quando eu disse que teríamos de morar definitivamente aqui por causa da promoção, ela arrumou as malas dela e disse que iria embora, e então mandou eu escolher entre ela e minha carreira, eu não ia arriscar perder tudo por uma relação inconstante como a que eu tinha com ela, então preferi ficar, porém eu não sabia que ela estava grávida... Só depois que o divórcio havia sido assinado ela me contou sobre você...
- ela não faria isso... Ela não era assim...
- não era pra você, mas eu entendo... Eu escolhi meu trabalho do que ficar com ela... É compreensível que ela tenha ficado brava. Mas eu ia constantemente visitar vocês e sempre ajudei nas despesas, e após você ter nascido eu sempre lhe visitava, porém quando você completou três anos, nós brigamos e ela ela ficou com tanta raiva que ordenou uma Medida Protetiva, ou seja, eu não podia me aproximar de vocês a não ser que eu quisesse ser preso. Mas mesmo assim eu tentei ser presente, sempre mandava presentes, como a sua bicicleta o vídeo game ...
- pera... Tudo aquilo foi você que me deu?
- sim - ele disse sorrindo
- ela disse que ela que tinha comprado...
- ela fez isso ? -ele perguntou, parecia realmente ofendido, até que começou a rir - é bem a cara dela... Mesmo sabendo usar a situação a seu favor como podia, ela nunca prejudicou ninguém, era até divertido quando descobriam suas mentirinhas e ela tentava se safar ...
- e você não tá bravo ?
- eu ? Ah sim, tô, claro que eu tô ! Olha minha cara de bravo -ele disse arqueando as sombrancelhas e inchando as bochechas, eu não aguentei e soltei uma risada- ela era uma boa pessoa, meio intensa, e histérica, mas era uma boa pessoa, sempre colocava todos pra cima, não tinha como ficar deprimido perto dela, então acho que o melhor que temos a fazer é honrar a memória dela ao invés de condena-la, e pensar que ela está em um lugar melhor
- no céu ?
- não, aqui - ele disse apontando pro meu peito- eu disse que ela foi uma pessoa boa, não sei se deus concorda... Afinal, santa ela não era, mas no seu coração eu sei que ela sempre vai estar. -não pude deixar de sorrir de seu comentário.
Ele se aproxima e se ajoelha na minha frente estendendo a mão pra mim aperta-la.
- amigos ?!
Eu o olhei nos olhos, acho que ele não era tudo aquilo que minha mãe falava... Será que eu devo dar uma chance a ele de se aproximar ? Ou é melhor continuar na defensiva e não me aproximar ?
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