História Dangerously - Yoonseok/sope - Eu serei forte ! Eu acho...

Ao acordar me vejo numa sala branca e deitado em uma cama meio desconfortável. Reviro os olhos pela sala e vejo Hoseok sentado numa poltrona cochilando, atrás da poltrona estava Taehyung no colo da mãe, ao ver que eu tinha acordado ele corre em minha direção e começa a se desculpar. 

- desculpa hyung... Eu não devia ter pedido pra você procurar lá... 

- tá tudo bem... - digo com a voz meio rouca - eu apaguei ? 

- sim, o médico disse que a aranha não era venenosa, mas você teve uma reação alérgica, por isso desmaiou, eu consegui o telefone da sua mãe com a diretora da escola e ela já está vindo... - diz a mãe deles

- ah... Tá bom

Eu fico mais aliviado em saber que minha mãe estava a caminho, ao me virar percebo que Hoseok já havia acordado e me olhava preocupado.

Ao perceber que eu o encarava ele sorri, seus olhos estavam inchados e ele parecia muito abalado, não consegui conter um sorriso ao pensar que talvez ele realmente se preocupasse comigo mesmo me conhecendo a pouco tempo. 

Não demora muito pra minha mãe chegar, ela parecia desesperada. Ela agradece à mãe dos meninos por ter me "socorrido", e quase discute com a mesma quando a ela disse que pagaria pela consulta. No final acaba que elas dividem a conta e trocam telefone, caso algo assim acontecesse denovo.

 No dia seguinte, quando chego na escola, Hoseok e Taehyung estavam sentados na calçada, e ao me verem correm na minha direção me bombardeando de perguntas. 

- ... eu já disse que eu tô bem... 

- tá mesmo ? Tem certeza ? - Taehyung perguntou olhando no fundo dos meus olhos como se quisesse perceber qualquer sinal de que eu estivesse mentindo 

- absoluta... 

- vem então hyung, que hoje você vai brincar com a gente... - Hoseok diz me puxando alegre como sempre, como eu percebi que ele estava realmente querendo brincar comigo a um bom tempo, resolvi fazer o que ele queria. 

Estávamos brincando de pega-pega com outras crianças, e tenho que admitir, eu estava me divertindo, até alguém esbarrar em mim me fazendo cair.

 Por de short acabo fazendo um machucado feio no joelho, como resultado sou obrigado a ficar uma semana em casa com uma febre altíssima.

Parecia que o universo queria a todo custo me machucar, primeiro quase fui atropelado, depois fui picado por uma aranha,  agora meu joelho... 

Parecia que ele conspirava contra a gente pra nos separar, como se ele não quisesse que eu fosse feliz... 

Quanto mais próximo de Hoseok e Taehyung eu ficava, mais as lesões ficavam feias.

Na semana seguinte enquanto íamos pro intervalo, alguém me empurra da escada e eu torço o tornozelo. Na outra, me acertam com uma bola de baseball, me fazendo ganhar um nariz escorrendo sangue. Na seguinte, um cachorro gigante corre atrás de mim enquanto eu voltava da escola. A pior foi quando uma bicicleta me atropelou e acabo ganhando uns ossos trincados, tive que andar de muletas por um bom tempo. Teve também uma vez que jogaram um balde de água sanitária em Ji-a e como nós não nos dávamos bem, ela já veio me acusando - como se eu fosse o único na escola que não gostava daquela patricinha mimada - a diretora disse que se encontrassem provas de que tinha sido eu, eu seria transferido de escola, mas como não havia, esse caso não deu em nada.

Já tinha pensado em parar de andar com eles, vai ver esses eram avisos do universo mandando eu me afastar, mas eu achei que não seria justo, nem com eles, nem comigo, afinal, nunca tive amigos, meus pais eram divorciados, não tinha notícias de meu pai desde de que me entendo por gente, eu acho que eu tinha o direito de ser feliz sim, e se isso me custasse alguns hematomas e até alguns dentes arrancados na marra, eu não me importaria, eu seria forte, contanto que eu estivesse com eles dois.

Ja não sabia imaginar minha vida longe o jeito estranho do Taehyung -parecia até que ele não era desse planeta- e muito menos longe de Hoseok. Ficar sem olhar para aqueles olhinhos brilhantes, aquele sorriso radiante, nunca mais chegar na escola sabendo que ele estaria lá me esperando pronto pra matar a saudade como se não me visse a anos, parecia ser uma tortura. 

Eu não poderia simplesmente me afastar deles, achei que o mais cruel que o destino faria comigo era quebrar alguns ossos, e eu estava disposto a suportar. 

Mas eu estava enganado, fui mais que surpreendido. O universo me mostrou como ele podia ser cruel.

Quando eu pensei que poderia suportar qualquer coisa, o destino me pregou a pior das peças me mostrando que eu estava errado, acho que nem um adulto estaria pronto para aquilo quanto mais eu que só tinha sete anos...